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Alíquota favorece venda de ovo fértil ao Marrocos
Apesar de o mercado para ovos férteis estar aberto desde 2020, o Brasil ainda não exporta para o país árabe.
O mercado do Marrocos para material genético avícola e para lagostas do Brasil foram abertos há mais de três anos, em 2020, mas os brasileiros ainda não exportaram esses produtos para o país do Norte da África. Segundo a adida agrícola da Embaixada do Brasil em Rabat, Ellen Laurindo, os impostos para os dois são baixos se comparados com outras proteínas animais importadas pelo país árabe.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) divulgou, no início deste mês, um estudo de mercado que analisa a oportunidade de exportadores brasileiros venderem lagostas e material genético avícola para o Marrocos. A adida falou com a reportagem da ANBA sobre o levantamento. “Existe potencial na venda desses produtos [ao Marrocos], considerando que o imposto sobre produtos de origem animal é em média, de 69%. Para o material genético avícola, no caso, os ovos férteis, o imposto é de 2,5% e para lagosta congelada, de 10%. Esses são os produtos com o valor de imposto mais baixo [considerando essa gama de produtos]”, disse Ellen.
Para se ter uma ideia, o Marrocos taxa em 200% a carne bovina importada do Brasil. Segundo a adida, isso acontece por questões de protecionismo e pelo país árabe ter acordos de livre comércio com outros países e regiões, como União Europeia, Turquia, Estados Unidos e Liga Árabe, entre outros. “A carne bovina do Brasil ainda chega aqui porque os hotéis compram, por ser um produto premium. Mas o Brasil e o Mercosul não têm acordo firmado com o Marrocos”, disse.
E mesmo com os acordos, a carne importada desses países é taxada em 40%.
Já no caso do material genético avícola, o país árabe não consegue taxar nessas proporções por não ter uma produção própria relevante. “Eles compram muito da França e da Espanha com tarifa zero, e tem a facilidade do transporte. Mas os custos da Europa são muito altos, a mão de obra é cara, o volume é limitado”, informou Ellen.
O Brasil já manda ovos férteis para o Senegal e para a Mauritânia, países próximos ao Marrocos. “O Brasil é o maior exportador de ovos férteis para o Senegal e a Europa não exporta para eles, então já existe uma rota. Acho que dá para explorar isso também”, disse.
Apesar de o mercado para ovos férteis estar aberto desde 2020, o Brasil ainda não exporta para o país árabe. “Mas há interesse de algumas empresas brasileiras”, contou a adida.
No estudo, a ApexBrasil fala de pintos de um dia, mas Ellen Laurindo informou que para o Marrocos os produtos interessantes nessa área são ovos férteis, que são transportados refrigerados e incubados no país.
Os embarques de genética avícola do Brasil cresceram 78,3% no acumulado deste ano, entre janeiro e agosto, no comparativo com o mesmo período do ano passado. A receita de vendas internacionais aumentou em 47% no mesmo período, segundo levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
O principal importador foi o México, que comprou 10,429 mil toneladas nos primeiros oito meses deste ano. O Senegal também se destacou com aquisições de 2,262 mil toneladas no período.
Lagosta
O Marrocos é o maior produtor e exportador de sardinhas do mundo, e sim, seu mar tem lagostas, mas a produção é pequena. Em 2019, foram 280 toneladas, segundo o estudo da ApexBrasil, e parte disso foi vendida ao exterior.
O crustáceo não faz parte da alimentação dos marroquinos, que preferem carne bovina e de frango a pescados. “No caso da lagosta, seria para atender Marrakech, o sistema hoteleiro”, disse Ellen.
Com a pequena produção, o abastecimento nacional é mínimo e é necessário importar. Ano passado, de acordo com o estudo, o Marrocos comprou US$ 55 milhões em lagostas congeladas importadas da Mauritânia. Outros países concorrentes nesse mercado são a Espanha e a Argentina, e o Brasil agora pode entrar nesse páreo.
Como referência, o Brasil exportou US$ 73,8 milhões em lagosta congelada para o mundo em 2022. Os mercados foram diversos, incluindo Estados Unidos, China, Austrália, Japão e México.
Nesse caso, também o mercado do Marrocos está aberto desde 2020, mas o Brasil ainda não exportou para o país. “Eles não importam tanto, é um mercado de nicho inexplorado, para atender hotéis, e pós-covid, o setor hoteleiro está bombando, o turismo está se consolidando”, lembrou Ellen.
O Marrocos será uma das sedes da Copa do Mundo FIFA 2030 e a companhia aérea nacional, a Royal Air Maroc, está voltando a ofertar voos diretos para diversos destinos no mundo e deve voltar ao Brasil em 2025, segundo previu a adida.
Outro grande evento no país será a reunião anual do Fundo Monetário Internacional que ocorre em Marrakech entre 09 e 14 de outubro. O Marrocos é um dos maiores destinos turísticos da África.
A ApexBrasil aplica uma metodologia de priorização de mercados que identifica países que oferecem as melhores oportunidades para determinados setores econômicos. Acesse aqui o estudo de mercado da ApexBrasil.
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Fórum Aquicultura 4.0 integra programação do IFC Brasil
Este ano, a segunda edição do Fórum Aquicultura 4.0 debate tendências e oportunidades em aquicultura digital e de precisão voltadas também à agricultura familiar, startups e com participação de palestrantes do Chile e do Canadá. O evento organizado pela Embrapa Agricultura Digital e Embrapa Pesca e Aquicultura será realizado dia 25 de setembro como parte da programação do International Fish Congress (IFC) e Expo Brasil 2024, sediado em Foz do Iguaçu/PR, de 24 a 26 de setembro.
O Fórum tem início no segundo dia do congresso, às 8h30min, com a plenária principal que contará com as presenças de Clênio Pillon, diretor de Pesquisa e Inovação Embrapa, abordando a transformação digital no campo, o agro 4.0 e os reflexos na aquicultura. O representante da Aquabyte, Gabriel de Moura fala sobre a importância da inteligência artificial na aquicultura, e Adolfo Alvial, diretor-executivo do Clube de Inovação Aquícola e do Orbe XXI, sobre a evolução tecnológica na aquicultura do Chile.
Aquicultura 4.0 para produção familiar é um dos três painéis do programa do evento. Nele, estarão em discussão os desafios da introdução do digital na produção familiar assim como o uso de IA para gerenciamento da aquicultura voltada à segurança alimentar.
Na oportunidade, será apresentada experiência em desenvolvimento em municípios alcançados por ações do Centro de Ciências para o Desenvolvimento em Agricultura Digital, o Semear Digital, liderado pela Embrapa Agricultura Digital e com financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)
Novo aplicativo em teste
Os participantes do Fórum vão conhecer cases envolvendo a produção aquícola nos Distritos AgroTecnológicos (DATs) paulistas de Caconde e Jacupiranga, em que membros da equipe interinstitucional e multidisciplinar do Semear Digital atuam no letramento digital, voltado ao uso de soluções digitais em suporte ao gerenciamento da atividade.
Está em teste junto às comunidades um aplicativo desenvolvido por pesquisadores da Embrapa Agricultura Digital. “A ferramenta faz uso de um assistente virtual (chatbot).
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Lar aprova compra da fábrica de óleos da Copagril por R$ 280 milhões
Estrutura tem capacidade de esmagamento de mil toneladas de soja por dia e faz parte de um complexo industrial. Parte envolvida nas transações corresponderia exclusivamente ao esmagamento da soja.
Assembleia realizada na terça-feira (10) pela Lar Cooperativa, em Medianeira (PR), definiu a compra, no valor de R$ 280 milhões, da fábrica de esmagamento de soja para produção de óleo da Copagril, cooperativa com sede em Marechal Cândido Rondon. Há poucos dias, uma assembleia extraordinária da Copagril já havia autorizado a venda da indústria.
Nenhuma das cooperativas, no entanto, confirmou a aquisição nem falou sobre as transações. Interlocutores afirmaram à reportagem que se trata de uma negociação em duas etapas, sendo R$ 230 milhões à vista e R$ 50 milhões no momento em que se resolverem algumas pendências relacionadas à transação comercial.
A indústria, que voltou a operar em 2021, fica no município de Marechal Rondon e havia sido adquirida pela Copagril em um leilão de uma extinta empresa do agro com sede em Toledo.
Segundo o site oficial da própria Copagril, a estrutura tem capacidade de esmagamento de mil toneladas de soja por dia e faz parte de um complexo industrial. A parte envolvida nas transações corresponderia exclusivamente ao esmagamento da soja.
Frigorífico de aves
Esta não é a primeira “parceria” e negociação entre as cooperativas. Em um comunicado conjunto entre a Lar e a Copagril no fim de 2020, as cooperativas anunciaram uma “aliança estratégica de intercooperação”, em que a Lar adquiriu a Unidade Industrial de Abate de Aves e a Unidade Industrial de Rações, pertencentes à Copagril em Marechal Rondon e Entre Rios do Oeste.
Na época as cooperativas afirmaram que a intercooperação iniciaria em janeiro de 2021 e o processo de transição se daria assim que ocorresse aprovação pelos órgãos responsáveis, o que de fato se estabeleceu.
Redefinição de estratégias
No início deste ano a Copagril contratou um CEO para redefinir algumas estratégias. O propósito seria colocar a cooperativa num novo patamar, para que chegue em 2027 faturando R$ 5 bilhões. Além disso, a cooperativa contratou a consultoria do Rabobank, instituição financeira especializada em agronegócio, para auxiliar na reestruturação e no planejamento futuro.
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Florianópolis recebe autoridades públicas e empreendedores do setor solar para debater perspectivas do mercado fotovoltaico
Promovido pela ABSOLAR, evento acontece no dia 19 de setembro, na capital catarinense, e vai tratar de desafios regulatórios, ampliação de portfólio com novos produtos e serviços, capacitação profissional, financiamento de projetos e impactos da reforma tributária no setor.
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) vai reunir, no dia 19 de setembro deste ano, em Florianópolis (SC), empresários, consultores, agentes e especialistas para uma série de debates sobre avanços e as perspectivas da energia solar na região Sul e no País. Trata-se do ABSOLAR Meeting Sul, evento que discute as novas oportunidades de negócios e investimentos para as companhias do setor, tanto no âmbito nacional quanto no desenvolvimento regional.
Entre as autoridades públicas convidadas para o evento, destacam-se os governadores Ratinho Jr, do Paraná, Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e Jorginho Mello, de Santa Catarina. Também contará com a presença das lideranças nacionais e regionais da ABSOLAR e dezenas de players expoentes do setor fotovoltaico.
O evento tratará de temas como desafios regulatórios nos pedidos de conexão de sistemas fotovoltaicos, soluções de financiamento de projetos, gestão e capacitação de profissionais, sistemas híbridos (on-grid e off-grid) de geração solar e ampliação de portfólio com novos produtos e serviços, além de análises dos impactos da reforma tributária no setor.
Na ocasião, os empreendedores poderão também acompanhar as atualizações das novas tecnologias de carregadores de veículos elétricos e entender as oportunidades da fonte solar no mercado livre de energia, mercado de compensação de carbono e hidrogênio verde (H2V).
Segundo dados da ABSOLAR, a geração própria de energia solar já proporcionou aos estados do Sul do País a atração de mais de R$ 36 bilhões em investimentos e geração de mais de 214,7 mil empregos. Toda a região possui atualmente mais de 7 gigawatts (GW) de potência instada telhados, fachadas e pequenos terrenos
A proposta do ABSOLAR Meeting Sul, que conta com a fintech Meu Financiamento Solar como anfitriã, é colaborar com as empresas na geração de novos negócios e atualização profissional, bem como ampliar o relacionamento e o networking entre fornecedores, integradores, fabricantes e clientes que compõem a cadeia de valor da energia solar no País.
Durante o encontro, que conta ainda com o apoio da Ecom Energia, Growatt, Moura, Solar Group, Sungrow e WEG, serão organizados painéis de debates e palestras com especialistas sobre os avanços da energia solar na região e no Brasil, o desenvolvimento econômico, ambiental e social a partir da fonte fotovoltaica, os modelos de financiamento de projetos e o avanço do empreendedorismo no segmento, entre outros. O credenciamento começa às 8h, as palestras, às 9h e as atividades se encerram às 18h.
Inscrições e mais informações podem ser obtidas no link: http://absolarmeeting.org.br/.