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Alimenta 2025 reforça importância da unificação dos sistemas de inspeção no Brasil
Segurança alimentar, plataformas digitais, cooperação entre entes federativos e ampliação de mercados foram debatidos por gestores estaduais e federais como pilares para fortalecer a inspeção de produtos de origem animal.

A integração entre os sistemas de inspeção e a manutenção da qualidade sanitária de produtos de origem animal foram temas de debate, nesta terça-feira (17), durante o Alimenta 2025. O encontro dos Gestores Estaduais dos Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal aconteceu na sede da Fiep, em Curitiba, e contou com representantes de diferentes estados e do governo federal. A ação reitera a importância do alinhamento entre os sistemas que garantem a segurança dos alimentos consumidos no Brasil.

Fotos: Divulgação/Adapar
Na abertura oficial do evento, o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, destacou a relevância do diálogo permanente entre os gestores estaduais e federais acerca do tema. “São essas parcerias que nos permitem construir um sistema de inspeção mais eficiente, que garanta a qualidade sanitária dos nossos produtos e, ao mesmo tempo, abra novos mercados para os produtores locais”, afirmou.
O gestor também apresentou os avanços do Governo do Estado, com destaque para as ações realizadas no âmbito do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte do Paraná (Susaf-PR). Ações de integração entre a esfera municipal e o Estado, líder na produção e exportação de proteína animal no Brasil também foram lembradas.
O Paraná é o Estado brasileiro que mais produz e exporta frangos e, recentemente, alcançou a segunda colocação em relação aos suínos, atrás apenas de Santa Catarina. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e correspondem aos números do primeiro trimestre de 2025.
Discussões
A portaria Nº 1.275/2025 da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), vinculada ao Ministério da Agricultura e
Pecuária (Mapa), que atualmente está aberta para uma consulta pública, foi um tema abordado pela Adapar. A abordagem em relação à publicação teve foco nos potenciais impactos da nova regulamentação federal para os serviços de inspeção estaduais, ressaltando a importância da participação ativa dos gestores com contribuições técnicas para o aprimoramento da norma.
A chefe do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal e Vegetal da (DPAV) da Adapar, Mariza Koloda Henning, apresentou o modelo atual do Serviço de Inspeção do Paraná e as práticas realizadas pelo serviço veterinário oficial.
Em relação à legislação, Mariza falou sobre as delimitações entre a função de fiscalização feita pelo Estado e pelos médicos veterinários que atuam diretamente na inspeção dentro dos frigoríficos. “Isso a gente vai bater sempre, na delimitação da atuação de cada profissional em cada etapa desse trabalho de inspeção feita pelo Estado com o setor privado”, salienta.
A programação do encontro contou com a participação de auditores do Mapa, que trataram dos aspectos nacionais relacionados ao controle e monitoramento dos sistemas de inspeção.
Plataforma nacional
Para ilustrar o funcionamento da plataforma integrada, os auditores apresentaram a Adapar como a terceira maior com cadastros na plataforma E-SISBI, de gestão do Sistema Brasileiro de Inspeção, que pode ser relacionado a produtos de origem animal (Sisb-POA), a produtos de origem vegetal (Sisbi-POV) e a insumos agropecuários (Sisbi-IA).
A plataforma é utilizada para gestão dos serviços oficiais de inspeção de produtos de origem animal dos estados, Distrito Federal, municípios –individuais ou organizados em consórcios públicos – contemplando o Cadastro Geral de todos os serviços de inspeção, dos estabelecimentos e produtos neles registrados. Dos 2.987 produtos da autarquia cadastrados no sistema, 1.986 já estão totalmente integrados à plataforma nacional.
Nesse contexto, o chefe da Divisão de Defesa Agropecuária do Mapa na Superintendência Federal de Agricultura no
Paraná (SFA/PR), Cesar Augusto Pian, explicou o funcionamento do sistema de controle nacional e os principais desafios enfrentados para garantir a uniformidade das ações em todo o País.
Já o auditor-fiscal federal agropecuário Elton Massarolo reforçou a necessidade de um diálogo constante entre os entes envolvidos, destacando a importância da cooperação entre União, estados e municípios para garantir a segurança alimentar e a qualidade dos produtos de origem animal comercializados no Brasil. “Precisamos trocar informações. Todas as esferas. Assim conseguiremos tratar o tema com a maior qualidade possível”, avalia.
Profissionais
A perspectiva dos profissionais que atuam na ponta do sistema também foi pauta do encontro. O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR), Adolfo Sasaki, e o presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Paraná (Sindivet-PR), Cezar Amin Pasqualin, apresentaram a realidade dos médicos veterinários no âmbito estadual.
Eles destacaram as ações realizadas em prol da classe, que atua diretamente nos serviços de inspeção e é peça fundamental na manutenção da qualidade sanitária dos produtos de origem animal.
O encontro também foi palco para a troca de experiências práticas de sucesso. Fernanda Marciniuk, que representou o Consórcio Metropolitano de Serviços do Paraná (Comesp) no evento, apresentou a trajetória do Consórcio na instauração do sistema de inspeção nos municípios, e exemplificou o sucesso dessa iniciativa com a recente adesão do consórcio ao Susaf-PR em 2024.
Com a adesão, às agroindústrias indicadas puderam ampliar o mercado de venda de seus produtos. Esse processo fortaleceu o trâmite de qualificação sanitária dos produtos dos municípios integrantes, reforçando a experiência positiva com o Comesp.
Com uma perspectiva regional diferenciada, representantes do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) de Formiga
(MG) também compartilharam sua experiência na construção do processo de regularização sanitária.
Alimenta 2025
O Alimenta 2025 é um congresso internacional que reúne palestras sobre estratégias e tendências na produção e processamento de proteína animal, feira de tecnologias e negócios, workshops temáticos e relacionamentos institucionais.
O evento debate a atual condição das proteínas animais no mercado global; segurança alimentar, novas soluções, tecnologias, pesquisas científicas, premissas; futuro e papel do Brasil e do Paraná no cenário global.
Patrocínio e apoio
O Alimenta 2025 – Congresso e Feira Internacional da Proteína Animal, é realizado pela Hollus Comunicação e Fundep (Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação). Tem como correalizadores o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) e o Jornal O Presente Rural.
O evento tem o patrocínio da Copel (Companhia Paranaense de Energia), do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Apoiam o Alimenta 2025: Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), Frimesa Cooperativa, Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Paraná) e Governo do Estado do Paraná.

Notícias Livre de imprevistos
Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança
O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.
Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.
Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.
Melhorando o desempenho das plantações
Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.
Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.
Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.
Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.
E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.
Segurança como aliada ao setor
Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.
Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.
Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.
Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.
A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.
Conclusão
Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.
Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.
Notícias
Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural
Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.
Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.
Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.
A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.
Notícias
Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA
Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024
Fosfatados ainda pesam
Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.
A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores
Fontes mais baratas e diluídas
O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.
Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP
O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Oportunidades para safrinha de 2026
Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos
Câmbio segue como ponto de atenção
Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais



