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Alimenta 2025: Paraná assume protagonismo global em proteínas animais
Roberto Kaefer e Edson Vasconcelos destacam a força do setor e a missão do evento, que vai reunir toda a cadeia produtiva em Curitiba.


Legenda: O Alimenta é promovido pelo Sindiavipar, em parceria com a Editora O Presente(Jornal O Presente Rural) e a Hollus Comunicação e Eventos , além do apoio do Sistema Fiep. – Foto: Sistema Fiep
O Paraná se prepara para sediar um dos maiores encontros do setor de proteínas animais do Brasil. Entre os dias 16 e 18 de junho de 2025, Curitiba será palco do Alimenta – Congresso e Feira Internacional de Proteína Animal, no Campus da Indústria do Sistema Fiep. O evento, lançado oficialmente na quarta-feira (11), é promovido pelo Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), em parceria com o Jornal O Presente Rural e a Hollus Comunicação e Eventos, além do apoio do Sistema Fiep.
Para o empresário Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar e do Alimenta, o evento reflete a necessidade de unir forças e mostrar ao Brasil e ao mundo a importância estratégica do setor de proteínas do Paraná. Segundo ele, a ideia principal é realizar um congresso e uma feira que congreguem todas as proteínas produzidas no estado: frango, suíno, boi, ovos e peixe. “Queremos destacar a representatividade desse setor na geração de emprego, renda e desenvolvimento econômico. O Paraná já é líder na produção avícola e tem potencial para liderar também em outros segmentos de proteína animal”, afirmou, destacando o papel desses segmentos na economia do Estado.
Kaefer disse que o evento visa discutir estratégias para manter o Paraná na liderança global, tendo como foco temas como automação, inteligência artificial e políticas econômicas para otimizar custos e garantir competitividade. “Não se trata apenas de aspectos técnicos, mas de como podemos inovar para nos manter à frente no cenário internacional”, enfatizou.
Apoio institucional
O Sistema Fiep é um dos grandes apoiadores do evento. Para o presidente da instituição, Edson Vasconcelos, sediar o Alimenta no Campus da Indústria, em Curitiba, é um reconhecimento da relevância do setor para a economia paranaense. “A Federação tem como propósito apoiar toda essa cadeia. O Paraná é referência nessa área e precisamos assumir essa posição quando falamos de proteína animal. É por isso que fizemos questão de ceder o espaço para este evento, que certamente contribuirá para fortalecer ainda mais o setor”, destacou.
Atualmente, o Paraná responde por 40% da produção avícola brasileira e por 42% das exportações de carne de frango. Além disso, ocupa posição de destaque na produção de suínos e peixes. Kaefer reforçou o momento excepcional que esses segmentos estão vivenciando, com preços competitivos e as exportações batendo recordes. “Temos um grande potencial para crescer ainda mais, especialmente em segmentos como o de pescados, que começa a se destacar no mercado internacional”.
Estratégia
A ideia de realizar o Alimenta – Congresso e Feira Internacional de Proteína Animal surgiu a partir da unificação de diferentes eventos do setor em um único congresso, visando fortalecer a representatividade da indústria de proteína animal do Paraná. “Tínhamos vários eventos dispersos pelo estado. Decidimos juntar tudo sob a marca Alimenta, que simboliza o compromisso com a produção de alimentos para o mundo. É justo que esse evento aconteça dentro da Federação das Indústrias, que representa a força da indústria paranaense”, enfatizou Kaefer.
O presidente do Sindiavipar também destacou os desafios enfrentados pelo setor, como a necessidade de modernização constante e a adaptação às exigências do mercado global. “Vamos trazer palestras e workshops que abordem desde tendências de mercado até soluções tecnológicas e de gestão. Precisamos estar preparados para os desafios globais e aproveitar as oportunidades de crescimento”, esclareceu.
O Alimenta terá como público-alvo empresários, produtores rurais, cooperativas, técnicos, gestores públicos e investidores. Durante os três dias de evento, os participantes terão acesso à feira de tecnologias e negócios; workshops temáticos e, ainda, palestras com especialistas sobre economia, inovação e tendências globais.

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Nova edição de Nutrição & Saúde Animal destaca avanços que moldam o futuro das proteínas animais
Conteúdos exclusivos abordam soluções nutricionais que ampliam índices produtivos e fortalecem a sanidade de aves, suínos, peixes e ruminantes.

A nova edição do Jornal Nutrição e Saúde Animal, produzida por O Presente Rural, já está disponível na versão digital e reúne uma ampla cobertura técnica sobre os principais desafios e avanços da produção animal no Brasil. A publicação traz análises, pesquisas, tendências e orientações práticas voltadas aos setores de aves, suínos, peixes e ruminantes.
Entre os destaques, o jornal aborda a importância da gestão de micotoxinas na nutrição animal, tema discutido no contexto da melhoria da eficiência dos rebanhos . A edição também traz conteúdos sobre o uso de enzimas e leveduras e o papel dessas tecnologias na otimização de dietas e no desempenho zootécnico .
Outro ponto central são os avanços na qualificação de técnicos e multiplicadores, essenciais para promover o bem-estar animal e disseminar práticas modernas dentro das granjas . O jornal destaca ainda o impacto estratégico dos aminoácidos na nutrição, além de trazer uma análise sobre conversão alimentar, tema fundamental para a competitividade da agroindústria .
Os leitores encontram também reportagens sobre o uso de pré-bióticos, ferramentas de prevenção contra Salmonella, estudos sobre distúrbios de termorregulação em sistemas produtivos e avaliações sobre os efeitos da crescente pressão regulatória e tributária sobre o setor de proteína animal .
A edição traz ainda artigos sobre manejo, probióticos, qualidade de ovos, doenças respiratórias em animais de produção e desafios sanitários relacionados a patógenos avícolas, temas abordados por especialistas e instituições de referência no país .
Com linguagem acessível e foco técnico, o jornal reforça seu papel como fonte de atualização para produtores, gestores, consultores, médicos-veterinários e demais profissionais da cadeia produtiva.
A versão digital já está disponível no site de O Presente Rural, com acesso gratuito para leitura completa, clique aqui.
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Brasil avança em norma que libera exportação de subprodutos de bovinos e bubalinos
Proposta moderniza regras sanitárias e permite que empresas do Sisbi-Poa destinem materiais sem demanda interna a plantas com inspeção federal para exportação.

O Brasil deu um passo importante para ampliar o aproveitamento de subprodutos de bovinos e bubalinos destinados ao mercado internacional. O Projeto de Lei 4314/2016, de autoria do ex-deputado Jerônimo Goergen (RS), moderniza regras sanitárias e autoriza que empresas integrantes do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa) destinem ao exterior materiais que não têm demanda alimentar no mercado interno, desde que o envio seja feito por estabelecimentos com fiscalização federal.
A proposta, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, na terça-feira (18), recebeu ajustes de redação e correções técnicas apresentadas pelo relator, deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB).
Ele destacou que versões anteriores do texto acumulavam vícios materiais e erros de referência à Lei 1.283/1950, que regula a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal no país, o que comprometia a clareza normativa e poderia gerar insegurança jurídica.
Adequação técnica e segurança jurídica

Deputado Cabo Gilberto Silva: “A remissão incorreta não decorre da vontade do legislador, mas de um erro material, passível de correção. Preservar a referência ao artigo 12 garante coerência e evita contradições interpretativas” – Foto: Divulgação/FPA
Cabo Gilberto apontou que substitutivos anteriores citavam equivocadamente o artigo 11 da Lei 1.283/1950, quando a referência correta deveria ser o artigo 12, que trata diretamente das condições de inspeção sanitária. Para o relator, manter o erro poderia abrir brechas interpretativas. “A remissão incorreta não decorre da vontade do legislador, mas de um erro material, passível de correção. Preservar a referência ao artigo 12 garante coerência e evita contradições interpretativas”, afirmou.
Ele também corrigiu dispositivos que, segundo sua avaliação, extrapolavam a competência do Parlamento ao abordarem temas típicos de regulamentação pelo Poder Executivo. “Alguns trechos invadiam competências próprias do Poder Executivo. Ajustamos essas inconsistências para preservar a constitucionalidade e a técnica legislativa”, explicou.
Exportação via estabelecimentos com inspeção federal
Com essas correções, o texto final deixa claro que estabelecimentos estaduais ou municipais integrados ao Sisbi-Poa poderão destinar subprodutos sem demanda local a plantas industriais com inspeção federal, habilitadas pelo Ministério da Agricultura para exportação.
A medida atende mercados externos que utilizam esses materiais em diversas aplicações industriais e contribui para ampliar o aproveitamento de resíduos do abate, fortalecer a cadeia produtiva e garantir conformidade sanitária nas operações internacionais.
Avanço regulatório
Para o deputado Cabo Gilberto, a atualização moderniza a legislação e posiciona o Brasil para aproveitar melhor oportunidades no comércio global. “A atualização aperfeiçoa a legislação, reforça o papel do Sisbi-Poa e contribui para que o país aproveite oportunidades no mercado internacional sem comprometer a fiscalização sanitária”, destacou o relator.
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STF suspende julgamento da Moratória da Soja e mantém paralisação nacional de processos
Com pedido de vista de Dias Toffoli, segue válida a liminar de Flávio Dino que congelou ações na Justiça e no Cade, enquanto especialistas destacam impacto do caso na segurança jurídica do agro.

O Supremo Tribunal Federal suspendeu o julgamento que analisava a liminar concedida pelo ministro Flávio Dino que determinou a suspensão nacional de todos os processos que discutem a validade da Moratória da Soja na Justiça e no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Até o momento, há quatro votos para confirmar a paralisação das ações. A análise ocorre no plenário virtual desde a última sexta-feira (14) e estava prevista para terminar na próxima terça-feira (25). O pedido de vista foi do ministro Dias Toffoli, e até que o processo volte à pauta a medida segue válida.
O advogado Frederico Favacho afirma que é positiva a decisão de Flávio Dino, por reconhecer que a Moratória da Soja é legal. “Esse é o ponto mais importante de toda a controvérsia”, entende.
A Moratória da Soja é um acordo voluntário entre tradings que comercializam grãos, no qual se comprometem a não comprar soja de áreas desmatadas na Amazônia após julho de 2008. O STF julga uma ação ajuízada pelo PcdoB, PSOL, PV e Rede. As legendas pedem a suspensão de lei do estado de Mato Grosso que proíbe a concessão de benefícios fiscais para empresa que assinaram o acordo.
Em dezembro do ano passado, Flávio Dino atendeu ao pedido dos partidos e suspendeu a lei de forma liminar. Em abril deste ano, ele reconsiderou a decisão, estabelecendo que a norma passaria a valer a partir de 1º de janeiro de 2026.
Em 05 de novembro, Flavio Dino determinou a suspensão nacional de todos os processos, inclusive os que investigam possível formação de cartel no Cade. Afirmou não considerar adequado, em respeito ao princípio da segurança jurídica, permitir que o debate sobre a Moratória da Soja prossiga nas instâncias ordinárias jurisdicionais ou administrativas, diante da possibilidade de serem proferidas decisões conflitantes e em desacordo com o entendimento a ser fixado pelo STF. “No mesmo voto, Flávio Dino também reconhece o direito de os entes federativos estabelecerem as regras para concessão dos benefícios fiscais, o que, na prática, implicaria em os Estados poderem retirar os benefícios das empresas signatárias, o que continua sendo discutível na esfera infraconstitucional em relação a forma, razoabilidade e outros quesitos”, diz Favacho, complementando: “De toda forma, isso vem num momento importante, quando o mundo todo está de olhos voltados para as boas práticas ambientais do agronegócio brasileiro”.



