Suínos
Alibem apresenta compromisso público com o bem-estar animal
As diretrizes desta política estão baseadas na conformidade legal, abordagem integrada, treinamento e capacitação, governança do tema e agenda positiva.

Atenta às principais mudanças que vêm ocorrendo no mercado interno e externo de proteína animal, a Alibem, presente no Rio Grande do Sul e Mato Grosso, está fazendo muito mais do que fornecer carne suína de alta qualidade para o Brasil e mais de 40 países. Segunda maior no estado gaúcho e a quinta maior do Brasil em volume de abates, assumiu compromisso público, de forma voluntária, com o bem-estar animal, produzindo uma Política de Bem-Estar Animal na qual expressa orientações e intenções com relação ao BEA.
Conforme o diretor de Agropecuária, Fabrício Ruschel, a Alibem vem, ao longo dos últimos anos, buscando implementar as melhores práticas no seu sistema de produção. “Como parte desse trabalho, assumimos, de forma voluntária, compromissos e tornamos pública nossa política de bem-estar animal, que contém as principais diretrizes adotadas pela empresa quanto ao tema. Além das questões legais e exigências de mercado, a Alibem tem como preceito basilar a preocupação com a qualidade de vida dos animais que estão nas unidades de produção, bem como nas atividades de transporte e nas indústrias”, defende.

Diretor de Agropecuária da Alibem, Fabrício Ruschel
Ruschel afirma que esta medida traz grandes benefícios, já que a empresa se coloca entre o rol de players que estão assumindo, de forma voluntária, compromissos de bem-estar animal, enaltecendo que esta política e compromissos conduzem ao aprimoramento das condições de vida dos animais, a uma maior transparência de ações perante o mercado e ao alinhamento com a agenda ESG (ambiental, social e governança) corporativa. “Isso propicia melhorias nas relações de trabalho tanto nas unidades de produção próprias, quanto junto aos seus parceiros integrados. Todo esse processo culmina com o fornecimento de um produto de alta qualidade, favorecendo os consumidores finais”, pontua.
Ele acrescenta que a empresa vem desenvolvendo um amplo programa de treinamentos para as equipes técnicas, fornecedores, produtores integrados e indústrias, com o objetivo de obter um ambiente de trabalho mais harmônico, melhor relação homem-animal, melhores índices produtivos e redução de perdas ao longo de toda a cadeia.
Compromissos
De acordo com ele, a Alibem reforçou em seus compromissos ações que já vinham sendo executadas no dia a dia do seu sistema de produção, tais como: a não utilização de antibióticos como promotores de crescimento em nenhuma das fases produtivas, a adoção da imunocastração, que já é praticada há mais de dez anos, a migração para gestação coletiva, processo que está em andamento nas granjas e também o aprimoramento das boas práticas durante o manejo pré-abate e abate em seus frigoríficos. “Também fortalecemos a governança do tema, com a atuação do Comitê Diretivo de Bem-Estar Animal, constituído por representantes de diversas áreas, proporcionando discussões e maior aprofundamento do tema, bem como avanços em seus projetos e ações cada vez mais assertivas”, destaca.
Manual Nami
Fabrício Ruschel explica também a opção pela adoção do manual Nami, do North American Meat Institute, que é um guia de referência internacional de boas práticas voltadas ao bem-estar dos animais durante o processo de pré-abate e abate. “Nossa empresa já busca orientar as suas ações com base nesse guia, evoluindo gradualmente no intuito de alcançar a certificação de bem-estar animal em suas plantas frigoríficas. O manual traz uma série de indicadores relacionados ao transporte, manejo pré-abate e abate que devem ser monitorados permanentemente a fim de garantir as melhores práticas durante os processos”, informa.
Bem-estar em cada elo
O profissional reitera a preocupação que a Alibem possui com o bem-estar animal em todos os elos da cadeia produtiva, inclusive durante a etapa de transporte, na qual a empresa desenvolve ações de melhorias de seus veículos transportadores de animais e fornece treinamentos aos motoristas. “Dessa forma, entendemos que a política e os compromissos que abrangem todas as fases de produção, com envolvimento de todos os colaboradores, produtores integrados e transportadores, fortalecem o impacto positivo da empresa junto à sociedade. Estamos certos de que, como toda agenda relativa à sustentabilidade dos negócios, essa é uma jornada que exige atenção e melhoria contínuas”, conclui.
Compromissos assumidos
• Seguir com a migração para o sistema de gestação coletiva até 2031, de acordo com a Instrução Normativa 113/2020, do Ministério da Agricultura e Pecuária. Assim, os novos projetos implantados adotarão o sistema “cobre e solta”.
• Continuar a aplicar a imunocastração, em vez da castração cirúrgica – procedimento eliminado dos protocolos da Companhia, voluntariamente, desde 2010.
• Seguir com a prática de não desgastar os dentes dos leitões, exceto quando houver impacto negativo ao bem-estar da fêmea e/ou da leitegada.
• Continuar a não utilizar antibióticos como promotores de crescimento em etapa alguma da produção.
• Certificar as indústrias nos padrões do manual Nami (North American Meat Institute) até 2026.
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Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.



