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Bovinos / Grãos / Máquinas Nutrição

Alga Lithothamnium melhora relação de ingestão de matéria seca e digestibilidade

A utilização de fontes não convencionas na dieta de ruminantes tem se mostrado interessante

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 Artigo escrito por Clayton Vieira Almeida, supervisor Cerrados de Nutrição Animal da Oceana

A produção de vacas de leite deve estar pautada em três importantes pilares: genética, manejo e nutrição. Com os sistemas de produção amplamente intensificados, as vacas estão cada vez mais produtivas e para atender esta demanda na produção de leite, uma dieta de vaca leiteira deve ter como principais ingredientes a energia, a fibra e os minerais.

A alimentação é o maior impacto no custo de produção dentro sistemas intensivos de produção leiteira, representando de 40 a 60% do custo total da propriedade. Logo, a rentabilidade da propriedade é bastante afetada pela relação da produção leiteira com o desembolso de alimentação por vaca.

Para se ter melhor relação custo-benefício de uma dieta, é preciso que ofereça exatamente o que é necessário de cada ingrediente, reduzindo desperdícios. Mas, para que isso ocorra é fundamental ter conhecimento de dois pontos essenciais: necessidade da vaca de cada nutriente e a composição dos alimentos utilizados na dieta.

A necessidade da vaca para produção consiste na exigência nutricional, que depende do peso vivo, quantidade de leite produzida, estágio de lactação e estado fisiológico. Com essas informações, é possível definir a necessidade de cada ingrediente. É imprescindível conhecer quanto cada alimento fornece de cada nutriente, por exemplo, se uma vaca ingerir 3,2 kg de proteína/dia é preciso saber quanto de proteína cada alimento da dieta possui para se adequar à quantidade de cada alimento.

As exigências e as formulações são estimadas com base na MS (matéria seca) dos alimentos, pois as vacas exigem quantidades específicas de nutrientes secos diariamente para atender as exigências de manutenção, crescimento, gestação e produção de leite. No entanto, alimentos aparentemente secos não são absolutamente secos. Quando recomendamos, por exemplo, 12 kg/vaca/dia de resíduo de cevada (ou cervejaria), com teor de MS de 20%, verificamos a realidade ofertada de apenas 2,4 kg de nutrientes secos, já que o restante, 9,6 kg, são representados por água.

Fontes não convencionais na dieta

A utilização de fontes não convencionas na dieta de ruminantes tem se mostrado interessante. Entre elas, destaca-se a alga Lithothamnium calcareum, pois essa fonte natural de minerais orgânicos apresenta maior eficiência em sua utilização, influenciando não apenas na manutenção do aporte mineral, mas também exercendo efeito positivo em outros processos nutricionais, como a digestibilidade do alimento.

Estudo indicou que a adição da farinha de algas calcárias na dieta de bovinos melhorou a qualidade e a produção de leite, promoveu aumento no ganho de peso e melhorou a digestibilidade aparente da proteína bruta de forragens de baixa qualidade.

As principais características que potencializam a atuação deste produto são atribuídas à maior disponibilidade dos micronutrientes que se encontram adsorvidos nas paredes celulares, sendo assim facilmente assimiláveis pelos animais e à elevada porosidade das algas (>40%), que propicia maior superfície específica de atuação.

Na produção animal, a utilização de complementos alternativos e porque não dizer, renováveis, se tornam ferramentas importantes para maximização do lucro líquido para o produtor, comprovando a real eficácia da lithothamnium para a produção leiteira.

Outras notícias você encontra na edição de Bovinos, Grãos e Máquinas de agosto/setembro de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Bovinos / Grãos / Máquinas

Exportações recordes de carne bovina reforçam preços no mercado interno

Com 96% do volume anual já embarcado até outubro, o ritmo forte das exportações e o avanço nas vendas de animais vivos reduzem a oferta doméstica e sustentam as cotações, apesar da resistência recente de compradores a novos ajustes.

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As exportações brasileiras de carne bovina continuam avançando em ritmo expressivo e já impulsionam diretamente o mercado interno. De acordo com a análise quinzenal do Cepea, os embarques acumulados até outubro alcançaram 96% do total exportado em 2024, configurando um novo recorde para o setor.

Além da carne bovina, as vendas de animais vivos também registram alta. No acumulado do ano, o volume enviado ao exterior chegou a 842 mil toneladas, crescimento de 12,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Esse fluxo intenso para o mercado externo reduz a oferta doméstica e, somado à baixa disponibilidade de animais terminados, mantém as cotações firmes no mercado interno. A demanda por carne bovina e por boi gordo permanece consistente, com estoques enxutos e vendas estáveis.

Por outro lado, compradores começam a demonstrar resistência a novas elevações, indicando uma possível acomodação dos preços no curto prazo.

Fonte: O Presente Rural com informações Deral
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Retirada da sobretaxa pelos EUA devolve competitividade à carne brasileira

Decisão tem efeito retroativo, pode gerar restituição de valores e reorganiza o fluxo comercial após meses de retração no agronegócio.

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A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) manifestou  grande satisfação com a decisão dos Governo dos Estados Unidos de revogar a sobretaxa de 40% imposta sobre a carne bovina brasileira. Para a entidade, a medida representa um reforço da estabilidade do comércio internacional e a manutenção de condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para o Brasil.

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A sobretaxa de 40% havia sido imposta em agosto como parte de um conjunto de barreiras comerciais aos produtos brasileiros, afetando fortemente o agronegócio, carne bovina, café, frutas e outros itens. A revogação da tarifa foi anunciada pelo presidente Donald Trump por meio de uma ordem executiva, com vigência retroativa a 13 de novembro. A medida também contempla potencial restituição de tarifas já pagas.

De acordo com veículos internacionais, a retirada da sobretaxa faz parte de um esforço para aliviar a pressão sobre os preços de alimentos nos EUA, que haviam subido em função da escassez de oferta e dos custos elevados, e reduzir tensões diplomáticas.

Reação da ABIEC 
Na nota divulgada à imprensa na última semana, a ABIEC destacou que a revogação das tarifas demonstra a efetividade do diálogo técnico e das negociações conduzidas pelo governo brasileiro, resultando num desfecho construtivo e positivo.

A entidade também afirmou que seguirá atuando de forma cooperativa para ampliar oportunidades e fortalecer a presença da carne bovina brasileira nos principais mercados globais.

Comércio exterior 
A retirada da sobretaxa tem impacto direto sobre exportadores brasileiros e o agronegócio como um todo. Segundo dados anteriores à

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aplicação do tarifaço, os EUA representavam o segundo maior destino da carne bovina do Brasil, atrás apenas da China.

O recente bloqueio causava retração nas exportações para os EUA e aumentava a pressão para que produtores e frigoríficos redirecionassem vendas para outros mercados internacionais. Com a revogação da sobretaxa, abre uma nova perspectiva de retomada de volume exportado, o que pode fortalecer as receitas do setor e ajudar a recompor a fatia brasileira no mercado americano.

Próximos desafios
Apesar da revogação das tarifaço, a ABIEC e operadores do setor devem seguir atentos a outros desafios do comércio internacional: flutuações de demanda, concorrência com outros países exportadores, exigências sanitárias, regime de cotas dos EUA e eventual volatilidade cambial.

Para a ABIEC, o caso também reforça a importância do protagonismo diplomático e da cooperação institucional, tanto para garantir o acesso a mercados como para garantir previsibilidade para os exportadores brasileiros.

Fonte: O Presente Rural
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Abates de bovinos disparam e pressionam preços no mercado interno

Alta oferta limita valorização do boi gordo, apesar de exportações recordes e forte demanda internacional.

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Os abates de bovinos cresceram no terceiro trimestre, impulsionados pelo bom momento dos confinamentos. Em outubro, as exportações também tiveram desempenho excepcional, mas o aumento da oferta de carne no mercado interno acabou limitando uma valorização maior do boi gordo. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, mesmo com a recuperação recente dos preços, a relação de troca para quem trabalha com recria e engorda piorou, já que o custo do bezerro avançou mais que o preço do boi no período de um ano.

Dados do IBGE mostram que os abates de bovinos subiram 7% no terceiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024. Só em setembro, o crescimento foi de 13% sobre o resultado do ano anterior. Informações preliminares do Serviço de Inspeção Federal (SIF) indicam que, em outubro, os abates podem ter aumentado cerca de 15% na comparação anual.

As boas margens dos confinamentos em 2025, especialmente para produtores que fizeram gestão eficiente de riscos e aproveitaram momentos favoráveis de mercado para travar preços, atraíram um grande volume de animais para a engorda intensiva. Esse movimento reforçou ainda mais a oferta de gado pronto para abate, que já vinha em alta desde o início do ano. Um exemplo foi o contrato futuro com vencimento em outubro, que negociou acima de R$ 330 por arroba durante boa parte de março a agosto e encerrou o mês a R$ 317.

Do lado da demanda, as exportações de carne bovina registraram resultados impressionantes em setembro e outubro, com dois recordes consecutivos: 315 mil e 320 mil toneladas de carne in natura embarcadas, respectivamente, um avanço anualizado de 16,7% sobre o acumulado de janeiro a outubro de 2024.

Mesmo assim, o forte aumento dos abates elevou a oferta de carne no mercado interno, acima do esperado para o período. Ainda assim, o preço do boi gordo reagiu a partir do fim de setembro. Entre o início de outubro e 14 de novembro, a arroba subiu 5,6%, e a carcaça casada avançou ainda mais, 7,9%.

Apesar dessa recuperação, a relação de troca para recria e engorda se deteriorou no intervalo de um ano: enquanto o boi gordo de São Paulo ficou 4,8% mais barato em outubro na comparação anual, o bezerro de Mato Grosso do Sul ficou 15,4% mais caro.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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