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VOZ DO COOP

Suínos / Peixes De forma estratégica

Ajuste no peso de abate dos suínos pode ajudar a enfrentar a crise

Quem sabe um dia poderemos chegar a um grau de proatividade sistêmica que nos permita entender a demanda em tempo real e hábil para ajustar a oferta, por um simples ajuste no peso ao abate, e evitarmos perdas significativas no nosso setor. Para tal, a ação conjunta necessariamente deverá prevalecer sobre atitudes individuais. Talvez esse seja o maior desafio.

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Osmar Dalla Costa

O atual cenário da suinocultura brasileira é preocupante. Produtores e associações buscando soluções para enfrentar a crise e manter o seguimento ativo e competitivo. A conjuntura que nos é apresentada se deve a soma do elevado custo de produção e do descompasso entre demanda e oferta de suínos.

Infelizmente, em relação a variável custo de produção, as opções não são muitas, em função do mercado de grãos. No curto prazo, pensar em aumentar a demanda interna pela carne suína nos parece utopia. Contar com novos contratos de exportação ou abertura de novos mercados globais é esperar pela “salvação divina”, sem efetivamente criar condições para enfrentarmos o momento e nos prepararmos com sabedoria e discernimento para evitarmos situações similares no futuro.

No nosso ponto de vista, a saída mais plausível seria um controle mais efetivo na oferta de suínos. E não estamos falando em reduzir coberturas, abater leitões ou algo que seja tão radical, mas sim em um ajuste no peso de abate dos nossos animais. Obviamente este ajuste no peso deveria ter sido realizada de forma estratégica, orquestrada por informações contundentes de mercado e realizada de forma proativa e não reativa. Mas sim, não fizemos isso, então neste momento nos resta reagir e buscar reduzir o nosso peso de abate, para minimizar o descompasso oferta x demanda.

Fizemos uma conta bem simples, conforme tabela abaixo:

A redução no peso ao abate em aproximadamente 8% (124,00 para 114,50) e 17% (124,00 para 103,00) representa uma redução compatível a aproximadamente 160 e 355 mil fêmeas, respectivamente, para o plantel brasileiro. Essa redução se realizada de forma estratégica, através de uma associação entre restrição alimentar e redução na idade de abate poderá sim ser efetiva no enfretamento da crise. Precisamos somente cuidar para no primeiro momento não elevarmos ainda mais a oferta em função da redução da idade do plantel. Por isso a importância de coordenar restrição alimentar com redução na idade ao abate.

Essa ação poderá ainda ter efeitos marginais no fluxo de caixa, em função da redução no volume de ração demandado e ampliação no período de estoque de grãos e de outros insumos, conforme realidade de cada unidade produtiva.

Essa estratégia é embasada por uma simples conta. No cenário atual, produzir um quilo de suíno nas últimas semana de alojamento está mais caro que o preço pago por este quilo na maioria das praças brasileiras. Desta forma, nos parece prudente pensarmos nesta ótica: minimizar o prejuízo e reduzir oferta.

Entendemos que o sistema produtivo de suínos no Brasil é um organismo vivo, orgânico, com muitas peculiaridades e principalmente individualidades. Mas se neste momento as praças brasileiras não se unirem e trabalharem em conjunto o prejuízo poderá ser duradouro. As associações do segmento terão uma função estratégica de suma importância na coordenação deste enfretamento da crise, orientando de forma segura, confiável e responsável as ações cabíveis. Por outro lado o suinocultor precisará agir de forma conjunta, com visão global e não apenas em seu próprio sistema. Lideranças precisam necessariamente assumir os seus postos e trabalhar em prol do segmento.

Quem sabe um dia poderemos chegar a um grau de proatividade sistêmica que nos permita entender a demanda em tempo real e hábil para ajustar a oferta, por um simples ajuste no peso ao abate, e evitarmos perdas significativas no nosso setor. Para tal, a ação conjunta necessariamente deverá prevalecer sobre atitudes individuais. Talvez esse seja o maior desafio.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor suinícola e da piscicultura acesse gratuitamente a edição digital Suínos e Peixes.

Fonte: Por Gustavo Gattás e Fabrício Faleiros, zootecnistas e DSc Produção e Nutrição Animal na AnimalNutri

Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

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Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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