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"Agronegócio vai impulsionar retomada da economia brasileira em 2019", diz CEO global da AGCO

Em visita ao Brasil, Martin Richenhagen analisa o mercado agrícola na América do Sul, faz projeções e reforça a maior renovação de portfólio da história da companhia

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O presidente do conselho, presidente e CEO global da AGCO, líder global em concepção, fabricação e distribuição de máquinas e soluções agrícolas, Martin Richenhagen, reforçou o clima de confiança no cenário agrícola da América do Sul. O executivo visita o Brasil nessa semana. Com vendas globais 17% maiores nos últimos nove meses, comparadas ao mesmo período de 2017, impulsionadas pelo bom desempenho das safras na região, o CEO da AGCO prevê que 2019 será um ano de mais crescimento.

"Estamos otimistas com o cenário agrícola da América do Sul, em especial do Brasil. Mesmo com as incertezas na economia e política brasileira, alcançamos números positivos e apresentamos crescimento em relação ao ano anterior. As expectativas para os próximos anos são as melhores possíveis, por isso temos investido tanto na renovação do portfólio das nossas marcas e como na alta tecnologia das nossas fábricas da região, consolidando a AGCO na era da Indústria 4.0", disse Richenhagen.

Além do esperado novo recorde da safra de soja no Brasil, a mais recente pesquisa de hábitos do produtor rural, promovida pela Associação Brasileira De Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), apontou que 34,14% dos produtores pretendem adquirir novos maquinários no próximo ano. A disputa comercial entre EUA e China também deve favorecer a exportação dos equipamentos produzidos no país.

Para atender essa demanda e a evolução tecnológica dos maquinários agrícolas, a AGCO deve completar em 2019 o processo de renovação de 100% do seu portfólio, iniciado em 2017. Trata-se da maior transformação da oferta de produtos de toda a história da companhia, com 159 novos equipamentos. Entre os novos produtos, estão as linhas de tratores Massey Ferguson MF 4700 e MF 5700, que são evolução da família de tratores mais consagrada da marca e mais vendida do país, a MF 4200.

Em 2018, a AGCO destinou um aporte R$ 112 milhões em investimentos, sendo R$ 60 milhões apenas para modernização e aplicação de novas tecnologias na planta da companhia em Santa Rosa (RS) e quadruplicou o tempo de treinamento dos colaboradores da empresa, para reforçar o conceito de "Smart Factory" em suas linhas fabris. Segundo estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria) realizado em 2017, apenas 1,6% das empresas consultadas trabalha com esse conceito.

"Além de todo o aporte financeiro que temos feito em nossas fábricas, somos pioneiros mundiais no uso de tecnologias como o Glass para a fabricação dos nossos produtos. Estamos prontos para atender as necessidades do produtor rural sul-americano, nosso principal parceiro na nossa missão de alimentar o mundo", destaca Luís Felli, Presidente da AGCO para a América do Sul.

O Brasil é líder na produção e exportação de itens como a soja, o café e o açúcar, e das carnes bovina e de frango. Ainda assim, o país possui cerca de 219 milhões de hectares de terra livres para o agronegócio. Isso, somado ao clima favorável e à disponibilidade de água e terra fértil, coloca o Brasil como um dos países de maior potencial para atender a crescente demanda por alimentos no planeta.

Richenhagen também apresentou lançamentos de produtos e estratégias das principais marcas do grupo – tais como Massey Ferguson, Valtra, Challenger e GSI -, acompanhado do Vice-presidente Sênior e Gerente Geral AGCO Américas, Bob Crain, do Presidente AGCO América do Sul, Luís Felli, e do Chefe de Comunicação global da AGCO, Ulrich Stockheim.

 

Alta tecnologia e agricultura de precisão

Entre os novos produtos da empresa, destacam-se a plantadora dobrável Momentum e a colheitadeira IDEAL. A Momentum chega ao mercado brasileiro com a tecnologia Precision Planting, que melhora a distribuição de sementes no campo. O produto terá versões de 24, 30 e 40 linhas. Além disso, a plantadora conta com 18 metros de largura quando aberta, o que aumenta a rapidez no plantio, e 3,6 metros quando fechada, para facilitar o transporte. O armazenamento de sementes também é destaque, com uma capacidade de até 5.130 litros.

A IDEAL é a nova linha de colheitadeiras axiais de alta performance da AGCO. O principal diferencial do lançamento é um sistema de processamento inteligente, que preserva a qualidade dos grãos e oferece melhor manuseio, eficiência energética e capacidade, em uma grande variedade de condições de solo. A colheitadeira IDEAL apresenta as mais recentes inovações tecnológicas na área de agricultura de precisão, oferecendo serviços conectados como o gerenciamento de informações e dados do campo.

"A colheitadeira IDEAL é o resultado de muitos anos de pesquisa e desenvolvimento, inúmeras horas de engenharia, trabalho em equipe e experiência como líder do setor", afirmou o presidente e CEO da AGCO. "É mais um resultado dos incansáveis esforços da AGCO para entregar soluções inovadoras para os produtores que alimentam o mundo", completa.

 

Fonte: Ass. de Imprensa

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Empresas Discussões sanitárias

American Nutrients reforça a cadeia exportadora da carne suína ao aderir ao programa livre de ractopamina

A empresa oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade

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Arquivo OP Rural

A ractopamina, um agonista β-adrenérgico amplamente utilizado para melhorar ganho de peso e eficiência alimentar em suínos, permanece no centro das discussões sanitárias internacionais. Embora seu uso seja regulamentado no Brasil, diversos mercados estratégicos — como União Europeia, China e Rússia — possuem tolerância zero para resíduos desta substância em produtos de origem suína.

O ponto crítico está na cadeia de alimentação: a inclusão de ractopamina na ração de suínos pode resultar na sua detecção na carne, mesmo quando utilizada dentro das doses permitidas. Essa presença residual é suficiente para inviabilizar exportações e comprometer toda a cadeia produtiva voltada a mercados que adotam exigências mais restritivas.

Com o objetivo de assegurar conformidade sanitária, rastreabilidade e segurança na exportação, o Ministério da Agricultura e Pecuária instituiu o Programa de Produção Livre de Ractopamina. A certificação reconhece empresas que mantêm protocolos rigorosos de controle para garantir ausência parcial ou total da molécula em qualquer etapa da produção de rações para suínos.

A American Nutrients oficializou sua adesão total ao programa como parte de uma estratégia de competitividade e alinhamento às demandas globais. Ao assegurar que suas soluções nutricionais estão completamente isentas de ractopamina, a empresa fortalece a confiança de frigoríficos, integradoras e produtores que dependem de dietas certificadas para acessar mercados premium.

Esta iniciativa reforça o compromisso da American Nutrients com a qualidade, a transparência e a sustentabilidade da cadeia suinícola. Em um cenário de crescente rigor sanitário internacional, a nutrição animal livre de ractopamina é um elemento-chave para manter e expandir a participação brasileira nos mercados mais exigentes do mundo.

Fonte: Daiane Carvalho - Dra. Médica Veterinária - Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento e Responsável Técnica da American Nutrients do Brasil Indústria e Comércio Ltda
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Empresas

Inteligência Artificial conta 140 mil ovos por dia com 99,9% de precisão e transforma avicultura

Entre outros indicadores, tecnologia da ALLTIS monitora temperatura, água e volume de grãos nos silos, reduz perdas e aumenta produtividade da Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP)

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Fotos: Alisson Siqueira

A Granja São Marcos, de Mogi-Guaçu (SP), alcança um novo patamar de produtividade após a implementação do sistema de inteligência artificial da empresa de tecnologia ALLTIS. Com produção diária de 140 mil ovos, o equivalente a 4,7 milhões por mês, a granja – dona da marca Naturegg – estima ganhos operacionais de até 90% após a integração de um pacote de sensores controlado por IA, que permite controle sanitário, monitoramento ambiental e gestão de recursos com mais segurança, precisão e eficiência. A ALLTIS resolve problemas crônicos da avicultura, transformando as granjas em propriedades 4.0 e contribuindo para o aumento da produtividade e a redução de custos. Recentemente, a ALLTIS firmou sociedade com a MCassab Nutrição e Saúde Animal, empresa do Grupo MCassab, especialista em nutrição e saúde animal há mais de meio século.

Fundada em 1983 pela família Teixeira, a São Marcos deixou de ser fornecedora de frangos vivos para ser uma produtora de ovos orgânicos e caipiras livres de antibióticos, comercializados sob a marca Naturegg. Hoje, tem 170 mil aves em postura e distribuição para seis estados brasileiros – São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.

A necessidade de incluir a tecnologia e digitalizar os processos em uma atividade historicamente tradicional, decorre do volume de informações exigidas tanto para gestão do negócio quanto pelos órgãos certificadores. Diariamente, a equipe da São Marcos passou a registrar pela IA, entre outros, dados de temperatura, umidade, consumo de água e ração, taxas de mortalidade e indicadores de bem-estar animal.

“Nosso maior desafio sempre foi transformar informação em decisão. Com a operação que temos hoje, isso já não era possível de forma tradicional. A tecnologia traz agilidade, segurança e capacidade de gerir de maneira eficiente e de antecipar problemas. Agora, conseguimos agir antes que o impacto aconteça”, afirma Matheus Teixeira, diretor comercial da Naturegg.

A parceria com a ALLTIS foi importante para os planos da São Marcos. A granja utiliza quatro frentes tecnológicas da startup: monitoramento ambiental (Sense), controle do consumo de água (Aqua), gestão automática dos silos (Domo) e contagem de ovos por inteligência artificial (EggTag) com precisão de 99,9%. “Cito um exemplo: antes de ter o monitoramento das informações por IA, nossos funcionários precisavam subir em 21 silos para verificar o estoque de ração, enfrentando risco de acidentes e imprecisão nos cálculos. Agora, todo o controle é feito pelo celular, com previsões de consumo e alertas programados”, explica Tailisom Silva, gerente da granja.

“Ter dados confiáveis em tempo real é essencial para obter resultados melhores e maior precisão na gestão. O mercado exige rastreabilidade e sustentabilidade, e a tomada de decisão precisa ser rápida e embasada. Nosso papel é transformar dados em informações úteis para o dia a dia e entregar tecnologias que se adaptam às necessidades e realidade do produtor”, afirma André Aquino, sócio e COO da ALLTIS.

“O exemplo da São Marcos mostra o quanto a tecnologia é importante para potencializar a produtividade das granjas de postura. Mas não apenas isso. É essencial monitorar todas as áreas do negócio e, assim, reduzir os gargalos, que são vários. A tecnologia da ALLTIS está disponível para contribuir para vencer esse desafio”, ressalta Mauricio Graziani, diretor executivo da MCassab Nutrição e Saúde Animal, acionista da ALLTIS.

Outros avanços devem vir nos próximos meses, como a automatização da contagem de ovos com identificação por tamanho e coloração. A expectativa é reduzir ainda mais o índice de erros humanos e dispor de dados detalhados para ajustar o manejo à tecnologia e otimizar o rendimento da produção de ovos.

Para Matheus, a digitalização dos processos é um caminho indiscutível. “O maior erro é achar que a tecnologia é algo distante ou complicado. É o contrário. Ela simplifica, reduz perdas e dá clareza para agir. Quem não se permitir evoluir vai ficar para trás”, ressalta o diretor comercial da Naturegg.

Fonte: Assessoria MCassab Nutrição e Saúde Animal
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Empresas Ameaça silenciosa

Como a Doença de Gumboro Afeta a Sanidade, Performance e Rentabilidade das Aves

Altamente contagiosa, a enfermidade viral desafia o sistema imunológico das aves e pode gerar prejuízos expressivos à avicultura industrial

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Divulgação / Fotos: Zoetis

A avicultura industrial brasileira, reconhecida mundialmente por sua eficiência produtiva, enfrenta desafios cada vez mais complexos no manejo sanitário dos plantéis. Entre esses desafios, a Doença de Gumboro, também chamada de Doença Infecciosa da Bursa (DIB) é altamente contagiosa. A enfermidade viral acomete principalmente aves jovens entre 3 e 10 semanas de idade, comprometendo o sistema imunológico e impactando diretamente o desempenho zootécnico das granjas.

A doença é causada por um vírus do gênero Avibirnavirus, notável por sua resistência ambiental — capaz de permanecer ativo por longos períodos mesmo após procedimentos de limpeza e desinfecção. Ao atingir a bolsa de Fabricius, órgão essencial à formação das células de defesa das aves, o vírus provoca imunossupressão severa, tornando os animais mais vulneráveis a outras infecções e interferindo na eficácia de vacinas de rotina.

Além do impacto financeiro direto, os efeitos produtivos da doença são amplos e muitas vezes silenciosos na forma subclínica. Em um cenário de alta densidade de alojamento, o controle da imunossupressão é um fator decisivo para sustentar a competitividade da produção de frangos no país.

“A Doença de Gumboro é uma ameaça muitas vezes silenciosa, mas de alto impacto econômico. Mesmo infecções subclínicas, podem reduzir o ganho de peso, comprometer a conversão alimentar e afetar a qualidade dos ovos. O monitoramento eficaz é o primeiro passo para conter o avanço da enfermidade e proteger o potencial produtivo das granjas”, destaca Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis Brasil.

Na prática, o produtor pode perceber a presença da doença por sinais clínicos como depressão, diarreia aquosa, desidratação e penas arrepiadas. Contudo, é a observação de indícios produtivos como a queda na taxa de ganho de peso diário ou a redução na qualidade dos ovos que costuma revelar a circulação do vírus em sua forma subclínica. Em lotes de alto desempenho, qualquer variação nesses parâmetros representa perda direta de margem e eficiência.

“Em granjas industriais, onde milhares de aves convivem em densidades elevadas, a probabilidade de disseminação viral é alta. O controle eficaz depende de um conjunto de medidas: vigilância sanitária constante, diagnóstico laboratorial preciso e imunização bem planejada. Mais do que uma rotina de biosseguridade, trata-se de uma estratégia de rentabilidade”, reforça Muniz.

A prevenção da Doença de Gumboro deve ser encarada como um investimento zootécnico estratégico. Além da escolha de vacinas adequadas à realidade imunológica dos lotes, é essencial realizar o acompanhamento técnico dos resultados, observando tanto o desempenho produtivo quanto a resposta imunológica. O uso de vacinas como a Poulvac® Procerta® HVT-IBD vacina de vírus vivo congelado contra as doenças de Marek e Gumboro, torna-se uma ferramenta fundamental dentro de estratégias preventivas consistentes e de longo prazo. A vacinação pode ser feita via subcutânea, ou in ovo em ovos embrionados de galinha saudáveis com 18 a 19 dias de idade.

Para a Zoetis, líder mundial em saúde animal, o enfrentamento da Doença de Gumboro faz parte do ciclo contínuo de cuidado. A empresa reafirma que, em um cenário global cada vez mais desafiador, sanidade é sinônimo de desempenho, e o cuidado com a imunidade é o alicerce da produção avícola moderna.

Fonte: Assessoria
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