Conectado com

Notícias

Agronegócio brasileiro volta ao tabuleiro dos EUA

Decisão de suspender a tarifa adicional de 40% aplicada desde agosto a diversos produtos agrícolas brasileiros abre nova rodada na disputa global por mercados agrícolas e coloca pressão sobre empresas que precisam agir rápido para garantir restituições.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender a tarifa adicional de 40% aplicada desde agosto a diversos produtos agrícolas brasileiros provocou reação imediata entre exportadores, analistas de comércio exterior e investidores. A medida, formalizada por meio de Ordem Executiva na última semana, retira da lista de sobretaxação itens com forte peso na balança comercial entre os dois países, incluindo café, cortes de carne bovina, açaí, tomate, goiaba, manga, banana e cacau. Com impacto direto na competitividade, a suspensão já é vista como uma reabertura do acesso do agronegócio brasileiro ao maior importador mundial de alimentos.

O alívio vem acompanhado de outro elemento decisivo: a aplicação retroativa da medida a 13 de novembro. A ordem prevê que a suspensão vale para mercadorias que desembaraçadas nos Estados Unidos a partir desta data, permitindo a importadores solicitar restituição dos valores pagos com base na tarifa adicional junto ao U.S. Customs and Border Protection. A possibilidade de restituição tem potencial para movimentar milhões de dólares apenas nos primeiros meses, sobretudo entre tradings e frigoríficos que mantiveram embarques mesmo sob o peso da sobretaxa.

Para a advogada, especialista em Comércio Internacional, Carol Monteiro, a medida representa uma oportunidade, mas não encerra o debate sobre o alcance das exceções tarifárias. Segundo ela, o fato de alguns produtos terem ficado de fora da nova lista deve influenciar os rumos das negociações. “A exclusão de novos itens certamente cria margem para que as negociações avancem rumo à ampliação da lista de exceções. Chama atenção, porém, o fato de determinados setores não terem sido contemplados pela Ordem Executiva, como o de pescados, cuja exportação era majoritariamente destinada aos EUA e que possui grande relevância para a região Nordeste do Brasil, além de outras cadeias igualmente afetadas”, comenta.

Advogada, especialista em Comércio Internacional, Carol Monteiro: “A investigação ainda está em andamento, com possíveis impactos significativos e de longo prazo para a relação comercial bilateral”

Além da discussão setorial, a especialista alerta para um ponto estratégico que permanece pendente e pode afetar de forma estrutural o comércio bilateral. “Outro ponto relevante é a ausência de referência expressa à investigação instaurada sob a Seção 301, que trata de políticas comerciais do Brasil, envolvendo práticas do Brasil relacionados ao comércio digital e meios de pagamento eletrônico, incluindo PIX, tarifas preferenciais, aplicação de normas anticorrupção, proteção à propriedade intelectual, etanol e desmatamento ilegal. A investigação ainda está em andamento, com possíveis impactos significativos e de longo prazo para a relação comercial bilateral”, avalia.

A advogada lembra que o processo está em fase de consultas bilaterais entre Brasil e EUA, mas ainda não há clareza sobre os próximos passos. “Houve uma audiência em setembro, com a participação de entidades brasileiras e do Governo, mas até o momento não há sinalização clara quanto aos possíveis desdobramentos desse procedimento ou se tema está sendo efetivamente tratado no âmbito das negociações em curso”, enfatiza.

A investigação tem prazo de duração até julho de 2026, com possibilidade de definição de tarifas adicionais ao final do processo.

A leitura dominante entre analistas é que a suspensão das sobretaxas tende a fortalecer a posição do Brasil no curto prazo, mas não elimina riscos regulatórios futuros. Exportadores brasileiros já relatam retomada de negociações interrompidas desde julho, com expectativa de aumento de embarques em 2025, principalmente no setor de café e proteína bovina. Ainda assim, o mercado segue cauteloso diante da possibilidade de mudanças repentinas na política comercial norte-americana. Há risco reforçado pela previsão explícita de monitoramento contínuo contida na própria Ordem Executiva.

Empresas que conseguirem alinhar velocidade operacional, precisão documental e capacidade de negociação tendem a capturar melhores oportunidades. As demais podem enfrentar o risco de perder competitividade em um mercado em que, cada vez mais, os aspectos tarifários são tão determinantes quanto mérito comercial.

Fonte: Assessoria Monteiro & Weiss Trade

Notícias

Oferta mundial recorde amplia queda do trigo e qualidade preocupa produtores

Chuvas e granizo no Sul podem reclassificar parte do cereal, enquanto câmbio e safra argentina definem os próximos movimentos de preço.

Publicado em

em

Foto: Pixabay

De acordo com dados da Consultoria Agro Itaú BBA, o mercado brasileiro de trigo continuou registrando queda até novembro, mesmo com a colheita praticamente encerrada no país. Embora a área plantada tenha diminuído nesta safra, a produtividade surpreendeu positivamente, e a produção deve ficar apenas 2,6% abaixo da temporada anterior, conforme números da Conab.

Eventos climáticos ocorridos entre o fim de outubro e o início de novembro, como fortes chuvas, granizo e temporais no Rio Grande do Sul e no Paraná, ainda podem resultar em revisões negativas. Os maiores prejuízos, porém, devem recair sobre a qualidade do grão, com relatos de lotes atingidos por micotoxina DON, situação que pode levar parte da safra à reclassificação para ração.

No cenário internacional, a pressão também se intensifica. O USDA elevou as estimativas de oferta mundial e projeta produção recorde de 829 milhões de toneladas em 2025/26, frente às 800 milhões da safra anterior. Os estoques globais, que vinham caindo há quatro ciclos, devem subir para 271,4 milhões de toneladas. A ampliação abrange importantes exportadores, como União Europeia, Rússia, Canadá, Austrália e Argentina.

A Argentina, principal fornecedora do Brasil, deve colher 24 milhões de toneladas, segundo a Bolsa de Cereales. Há, entretanto, áreas com excesso de umidade que ainda trazem algum risco. A oferta externa robusta também se soma à valorização do real frente ao dólar, movimento que facilita importações e reduz a competitividade do produto brasileiro no mercado externo.

Para os próximos meses, segundo a Consultoria Agro Itaú BBA, o comportamento das cotações no Brasil dependerá principalmente da evolução do câmbio e das condições climáticas na Argentina, fatores que devem orientar a estratégia de originação no mercado doméstico.

Fonte: O Presente Rural com informações Consultoria Agro Itaú BBA
Continue Lendo

Notícias

Tecnologia e descontos movimentam Dia de Campo da C.Vale

Colhedoras, drones e tratores chamam atenção dos visitantes em Palotina enquanto a cooperativa oferece promoções e negociações de grãos por insumos para a safra 2025/26 e futuras temporadas.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/C.Vale

Colhedoras de forragem de alto rendimento, drones e equipamentos autopropelidos para pulverização chamaram atenção na segunda etapa do Dia de Campo da C.Vale, em Palotina, nesta quarta-feira (03). Máquinas, implementos e tecnologias agrícolas atraíram visitantes de todas as idades.

Entre os destaques, um trator Claas Xeron 5000 impressiona pelo tamanho e pela potência: com 530 cv e oito pneus, é indicado para grandes áreas e traz cabine equipada com monitores e comandos eletrônicos.

A “Black Friday” ofereceu descontos de até 70% em produtos como pequenas máquinas, pneus, peças, aeradores e geradores. Além disso, a cooperativa mantém campanha de negociação de grãos por insumos, contemplando a safra 2025/26 de soja, a safrinha 2026/26 de milho e a temporada 2026/27 de soja.

Fonte: Assessoria C.Vale
Continue Lendo

Notícias

Crianças exploram novidades e interagem com máquinas no Dia de Campo da C.Vale

Espaço Kids, atrações interativas e programas como Cooperjovem garantem diversão e aprendizado no campo experimental da cooperativa.

Publicado em

em

Fotos: Divulgação/C.Vale

Nem mesmo o calor afastou as crianças do Dia de Campo da C.Vale. No campo experimental da cooperativa, o que chama atenção são as máquinas, as plantas e o colorido dos estandes. Muitos pequenos se arriscam a “pilotar” os equipamentos, posam com mascotes e chegam bem pertinho de aviões agrícolas e quadriciclos, matando a curiosidade de perto.

Entre as novidades está o Espaço Kids, com brinquedos e atividades interativas, que garante diversão para todas as idades. O Núcleo Jovem também marca presença com jogos e palestras sobre sucessão no campo, despertando o interesse dos futuros produtores.

Ao longo de 2025, cerca de 500 crianças que participaram do Cooperjovem estão aproveitando o evento acompanhadas por monitores. Outro grupo que chamou atenção veio do programa Bombeiros Mirins e circula uniformizado com roupas marrom e vermelho.

Fonte: Assessoria C.Vale
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.