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Agronegócio brasileiro se posiciona como protagonista para garantir a segurança alimentar e energética mundial
De importador de alimentos, o Brasil se tornou um dos principais produtores e exportadores de diversas commodities agrícolas nas últimas cinco décadas, sendo considerado a resposta ao mundo para garantir a segurança alimentar e energética.
De importador de alimentos, o Brasil se tornou um dos principais produtores e exportadores de diversas commodities agrícolas nas últimas cinco décadas, sendo considerado a resposta ao mundo para garantir a segurança alimentar e energética. Até 2050 a população global vai crescer mais de 2,2 bilhões de pessoas chegando próximo a dez bilhões de habitantes, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas. Para atender essa demanda crescente, a produção de alimentos deverá aumentar em 60%, com o agronegócio brasileiro passando a ser responsável por 41% do crescimento mundial.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, a integração nas cadeias produtivas deve viabilizar o complexo mundo tropical brasileiro, fortalecendo a biodiversidade, provendo a segurança alimentar e energética, produzindo mercados menos voláteis, reduzindo comportamentos individualistas, populistas e protecionistas.
Além disso, vai estimular a competitividade em um processo mais aberto e criativo, unindo organizações públicas e privadas em ações conjuntas. “Nossa integração agroindustrial traz claras vantagens que precisam ser entendidas pelo mundo temperado e as suas diferenças incorporadas a qualquer modelo ou métricas sobre sustentabilidade. Isso é tão legítimo como as cobranças sobre a preservação brasileira da Amazônia”, ressaltou Carvalho durante o 21º Congresso Brasileiro do Agronegócio, uma realização da Abag, em parceria com a bolsa de valores B3, promovido no início de agosto, em formato híbrido.
Em um dia inteiro de debates em busca de promover um agro cada vez mais sustentável, o evento contou com a participação de mais de 700 participantes na capital paulista e em torno de seis mil profissionais acompanharam online as discussões, em mais de sete horas de conteúdo compartilhado em quatro painéis.
Carvalho afirmou que a integração da visão geopolítica com o clima, produção e demanda de alimentos e energias se dá sob a pressão de macro fatores, como a soberania, competitividade e confiança, e sua consequência, que são os investimentos. “Esses fatores mapeados e trabalhados são essenciais ao Brasil e às empresas para enfrentar um mercado com as complexidades de cada país. As políticas públicas preparadas em conjunto pelo setor público e privado são fundamentais ao equilíbrio de um país das dimensões e da responsabilidade do Brasil”, pontuou.
Em relação à sustentabilidade, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, enfatizou que as ações precisam ser lucrativas para o meio ambiente, para a natureza, para as pessoas, para o setor e para o empreendedor. “É desta forma que vamos criar uma economia verde global. Caso ela não seja lucrativa, não vai escalar na velocidade e na maneira como precisamos”, salientou.
No caso do mercado do carbono, Leite evidenciou que o Brasil é o primeiro país a incluir o agro no programa. “O setor é parte da solução, pois absorve parte das emissões. Hoje, a produção de cultivares absorve 45% das emissões”, ilustrou, sugerindo que esse é o caminho para sair de um passivo ambiental para um ativo ambiental.
O ministro ainda destacou a importância do etanol como um combustível que tem menos emissões, ao proporcionar uma solução híbrida para os veículos automotores, bem como elencou o fornecimento de energia renovável mais barata e a busca por um espaço maior ao agro na COP 27 a fim de mostrar o Brasil real, que preserva o meio ambiente, enquanto realiza a produção de alimentos, fibras e energia.
Brasil gera incômodo em gigantes do agro
De outro lado, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, destacou que a regularização fundiária é fundamental para o país, expondo que tanto a agricultura empresarial como a agricultura familiar avançaram nos últimos anos.
Segundo ele, a competividade brasileira no setor tem incomodado os demais players globais. “Todos nós buscamos a preservação ambiental, mas ela não pode ser usada para nos prejudicar e para diminuir nossa competitividade. Temos projetos futuristas nessa área e estamos fazendo nosso dever de casa”, ponderou.
Propulsor do desenvolvimento
A produção agrícola paulista cresceu 26% em 2021, totalizando mais de R$ 122 bilhões de valor produzido, o que coloca São Paulo entre os maiores produtores do país. Para o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, o Brasil tem um papel preponderante como produtor de alimentos. “O preço das commodities podem até variar, mas o alimento continuará a ser a mola propulsora do agronegócio brasileiro. Se o agro foi tão eficiente da porteira para dentro, os governos também têm se esforçado para que o agro seja competitivo da porteira para fora”, afirmou Garcia, acrescentando que um dos principais desafios enfrentados no mercado global é a guerra da narrativa e da comunicação. “Isso porque uma mentira repetida mil vezes se torna verdade por má fé, por interesses econômicos, e o Brasil precisa se unir contra essas falsas narrativas”, complementou.
O CEO da B3, Gilson Finkelsztain, ressaltou a importância do agronegócio para o país e para o mundo, destacando que o mercado financeiro evolui de forma exponencial, contribuindo para a proteção de preços, para a gestão de riscos e ampliando a captação de recursos, crédito e investimentos para todos os agentes do setor.
Nesse sentido, um dos produtos lançados foi o índice composto por empresas relacionados à cadeia do agronegócio, o IAGRO B3, que é formado por 32 ativos mais negociados na bolsa, que chegam a R$ 700 bilhões em valor de mercado.
São empresas do setor primário, fornecedores de insumos, agroindústria, agroserviços, transporte e comércio. “Os investidores nacionais e internacionais passam a contar com o termômetro para medir o setor”, revelou.
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Boletim do leite de novembro
OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.
Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre
A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.
Derivados registram pequenas valorizações em outubro
Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).
Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta
Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.
Custos com nutrição animal sobem em outubro
O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.
Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito
CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.
A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .
Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:
O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.
O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.
Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.
A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.
Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.
O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.
Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.
A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.
Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.
Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.
Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo
Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.
Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.
As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.
“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.
“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.
O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.
Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.
“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.
A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.
Concursos estaduais
Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.
O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran