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Agromensal de agosto apresenta análise do mercado da soja

Valorização do dólar frente ao Real, maior demanda externa pela soja do Brasil e a retração de parte dos sojicultores brasileiros impulsionaram as cotações da oleaginosa em agosto. Por outro lado, os maiores fluxos de soja e de milho resultaram em aumentos nos preços do frete e redução da disponibilidade de cotas nos portos nacionais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A valorização do dólar frente ao Real, a maior demanda externa pela soja do Brasil e a retração de parte dos sojicultores brasileiros impulsionaram as cotações da oleaginosa em agosto. No entanto, os maiores fluxos de soja e de milho resultaram em aumentos nos preços do frete e redução da disponibilidade de cotas nos portos nacionais.

Agentes consultados pelo Cepea indicaram que o porto de Santos (SP) esteve com restrição para recebimento de soja em praticamente todo o mês de agosto, devido à capacidade de estocagem. Assim, as negociações foram mais frequentes nos portos de Paranaguá (PR), de São Francisco (SC) e de Rio Grande (RS), porém, com maior liquidez para entregas a partir de outubro deste ano. Nos últimos dias de agosto, agentes consultados pelo Cepea também relataram dificuldades nos negócios de soja para embarque imediato por Paranaguá (PR).

Levantamento do Cepea mostra que o frete da soja de Cascavel (PR) para Paranaguá subiu 13,8% de julho para agosto, para a média de R$ 180,90/tonelada, a maior desde março de 2021. Mesmo com as dificuldades logísticas, o Brasil embarcou 8,5 milhões de toneladas de soja em agosto, volume 44% superior ao escoado em ago/22 e um recorde para o período.

Na parcial deste ano (de janeiro a agosto), saíram dos portos brasileiros quantidade recorde de soja, de 81 milhões de toneladas. Com isso, entre julho e agosto, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá subiu 1,2%, com a média do último mês a R$ 148,55/sc de 60 kg, a maior desde março deste ano, em termos reais (as médias foram deflacionadas pelo IGP-DI, de jul/23). Já na comparação anual, a média ficou 14,7% inferior à de
agosto/22, também em termos reais.

As indústrias nacionais também estiveram ativas nas negociações, mas as valorizações menos significativas dos derivados diminuíram a margem de lucro dessas empresas, o que limitou as aquisições do grão. O Indicador Cepea/Esalq Paraná subiu 1,8% de julho para agosto, a R$ 139,84/sc de 60 kg no último mês, também a maior média desde março/23, em termos reais, mas 17,4% abaixo da de agosto/22.

De julho a agosto, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços da soja avançaram 1,8% no mercado de balcão (preço pago ao produtor) e 2,6% no de lotes (negociações entre empresas). Em um ano, entretanto, observam-se quedas nominais de 23,4% no mercado de balcão e de 23,2% no de lotes. Na média de agosto, o dólar avançou 2,1% sobre a de julho, mas caiu 4,7% sobre a de agosto/22.

Safra 2023/24

Em agosto, as atenções começaram a se voltar ao clima no Brasil, devido à proximidade do período de semeadura da safra 2023/24. O Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) indica que há mais de 90% de probabilidade de que o de El Niño continue a se manifestar pelo menos até o fim do ano. Esse fenômeno tende a elevar o volume de chuvas no Sul e no Sudeste do Brasil, o que beneficiaria o início das atividades de campo.

Porém, o El Niño deve reduzir a umidade nas regiões Norte e Nordeste do País. As negociações da soja da safra 2023/24, por sua vez, estiveram menos intensas, tanto na venda quanto na modalidade barter. De acordo com a equipe de Custo de Produção Agrícola do Cepea, embora o custo médio desta safra esteja menor que o da anterior (2022/23), os preços de venda também caíram, resultando em relação de troca menos atrativa aos sojicultores.

Derivados

A demanda por farelo e óleo de soja também esteve firme, especialmente devido ao maior apetite global. As comercializações, por sua vez, foram limitadas pela baixa margem das indústrias brasileiras. Com base nos preços da soja, do farelo e do óleo de soja negociados no estado de São Paulo, o Cepea calculou o “crush margin” em R$ 365,79/tonelada no dia 31 de agosto, o menor desde 29 de setembro de 2022. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços do farelo de soja registraram alta de 1,5% entre as médias de julho e de agosto.

No comparativo anual, entretanto, observa-se baixa de 5,7%, em termos reais. Quanto ao óleo de soja, o preço do produto bruto e degomado negociado na região de São Paulo (com 12% de ICMS incluso) subiu 2,3% em relação a julho, com média de R$ 5.208,83/tonelada em agosto, também a maior desde abril deste ano. Quando comparado há um ano, no entanto, o preço desse subproduto recuou 28%, em termos reais.

Front externo

Os preços do complexo soja caíram no mercado externo entre as médias de julho e de agosto, devido à proximidade da colheita da safra 2023/24 – as lavouras norte-americanas  começaram a registrar quedas de folhas nas últimas semanas de agosto – e à valorização do dólar, que desfavorece as negociações de soja nos Estados Unidos.

Em agosto, o contrato de primeiro vencimento da soja registrou a menor média mensal desde maio deste ano, a US$ 13,8840/bushel (US$ 30,61/sc de 60 kg), 7,9% inferior à de julho e 11,6% abaixo da de agosto/22, em termos nominais.

O contrato de primeiro vencimento do farelo de soja caiu 2,2% entre os dois últimos meses e 10,8% no comparativo anual. Quanto ao primeiro vencimento do óleo de soja, as desvalorizações foram de 2% de julho para
agosto e de 3,2% de agosto/22 para agosto/23.

Fonte: Assessoria Cepea

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Estratégias de controle de Salmonella serão destaque no Simpósio Matrizes

Guilherme Lando Bernardo, da Aurora Coop, abordará a importância do controle de Salmonella nas reprodutoras para garantir a segurança do processo produtivo.

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O controle da Salmonella é um dos principais desafios enfrentados pela avicultura moderna, especialmente no cenário de crescente demanda por alimentos seguros e de qualidade. Durante o Simpósio Matrizes, da Facta, que será realizado nos dias 15 e 16 de outubro de 2024, em Chapecó, Santa Catarina, o médico-veterinário e assessor técnico da Aurora Coop, Guilherme Lando Bernardo, irá apresentar a palestra “Estratégias de controle de Salmonella”, abordando as melhores práticas e os principais controles que podem ser aplicados na gestão sanitária das reprodutoras.

Segundo Guilherme, o controle eficaz nas reprodutoras é fundamental para manter o processo produtivo livre de contaminação. “Dentre os principais controles, podemos ressaltar a qualidade microbiológica do alimento e água, programas de biosseguridade, como controle de acesso de pessoas e materiais, controle de pragas e o destino correto de carcaças e resíduos”. Ele também destacará a importância da transferência adequada das aves, do transporte de ovos em condições seguras e da implementação de autocontrole microbiológico com coletas periódicas. “Manter a progênie livre é o maior passo para garantir que o processo produtivo permaneça negativo para Salmonella”, completa.

Simpósio Matrizes

O Simpósio Matrizes, promovido pela Facta, encerra o ciclo de eventos da organização em 2024 e nele os profissionais discutirão  os principais desafios relacionados à sanidade, ambiência e qualidade intestinal das aves.

O evento reforça a importância das matrizes reprodutoras na produção sustentável de pintos de um dia e como elas impactam as estratégias de alojamento, tendo em vista os novos mercados internacionais abertos para o Brasil.

A programação completa você pode conferir aqui. E para se inscrever acesse a página do evento.

Fonte: Assessoria Facta
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Ex-ministro Francisco Turra discute futuro da pecuária em painel promovido pela Atitus

Evento foi realizado em parceria com o CNEX | MIT SMR Brasil e o Instituto Aliança Empresarial

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Fotos: Divulgação/Atitus

O Instituto Aliança Empresarial, em Passo Fundo, foi palco de uma importante discussão sobre o cenário atual e o futuro da pecuária brasileira, na última quarta-feira (2). A Atitus Educação, por meio da Escola do Agronegócio, trouxe para o debate o ex-ministro da Agricultura e conselheiro consultivo da Escola, Francisco Turra. O evento foi promovido em parceria com o CNEX | MIT SMR Brasil, centro de formação executiva da Atitus, e o Instituto Aliança.

Para enriquecer a discussão, o painel contou com a participação do diretor da Escola do Agronegócio, Deniz Anziliero, do gerente comercial da Resolpec, Lucas De Carli Meneghello, e teve como mediador  o CEO do CNEX, Douglas Souza.

Em sua fala, Turra ressaltou que o Brasil é o maior exportador do mundo de carne de aves e o segundo maior produtor. Também ocupa a quarta posição em produção e exportação de carne suína. “Temos um papel de destaque nessa cadeia, principalmente em qualidade e sanidade dos produtos, mas temos muito o que investir em informação, tecnologia e capacitação”, ressaltou o ex-ministro que também é presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), além de ser vice-presidente da Associação Latino-Americana de Avicultura (ALA), presidente do conselho da associação dos produtores de biodiesel (APROBIO) conselheiro de Agronegócio da FIESP e da Escola do Agronegócio da Atitus.

Ele defendeu que o país deveria explorar mais os produtos em vez de exportá-los: “Poderíamos transformá-los, agregar valor e gerarmos mais emprego, mais conhecimento e rentabilidade. Estamos deixando os outros países faturarem mais”. Turra também mencionou que há muitas oportunidades na área de proteína animal no Brasil, como a carne de avestruz, o peru e os peixes, como tilápia e salmão, que possuem muita demanda no exterior e são pouco explorados aqui.

Deniz Anziliero comentou sobre os avanços na cadeia de suínos e aves em comparação à pecuária bovina, citando a incorporação de tecnologia e a participação de startups. “A pecuária ainda é desorganizada e fragmentada, com muitas soluções em escala reduzida. As grandes empresas e cooperativas estão liderando essa transformação, integrando tecnologia nas propriedades e gerindo informações. No entanto, muitos produtores ainda não têm afinidade, assistência técnica para viabilizar a implementação das tecnologias”, destacou.

Ele também ressaltou que a Escola do Agronegócio está preparando os jovens para o mercado, ensinando-os a utilizar tecnologias como aliadas para melhorar os resultados no campo, sem deixar de lado as práticas agropecuárias tradicionais. “Integramos os jovens com instituições de pesquisa e empresas que estão implementando tecnologias”, concluiu.

Lucas De Carli Meneghello compartilhou a percepção da Resolpec, distribuidora de produtos veterinários, em relação ao mercado da pecuária, suas demandas e oportunidades. “Há 20 anos no mercado, estamos sempre em busca de levar mais diagnóstico para o produtor e exponenciar o crescimento das fazendas de maneira mais assertiva”, comentou. Neste sentido, apresentou o Software Gerir (Gestão Estratégica de Resultados e Índices de Rebanho), que auxilia na gestão estratégica da fazenda, armazenando os dados e auxiliando na tomada de decisão em relação à qualidade de leite e a criação de bezerras.

Fonte: Assessoria Atitus
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Mercoagro 2025 será lançada em Chapecó no dia 10 de outubro

O lançamento consistirá de exibição de vídeo, apresentação dos números oficiais da feira, manifestações de lideranças e coquetel de confraternização.

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Foto: UQ Eventos

A maior exposição-feira do setor industrial da proteína animal da América Latina – a Mercoagro 2025 (Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne) –  será lançada na próxima quinta-feira (dia 10), às 19 horas, no Shopping Pátio Chapecó, reunindo expositores, patrocinadores, autoridades e imprensa.

A Mercoagro é realizada, promovida e organizada pela Associação Comercial, Industrial, Agronegócio e Serviços de Chapecó (ACIC) desde 1996 e está programada para o período de 9 a 12 de setembro de 2025, no Parque de Exposições Dr. Valmor Ernesto Lunardi, em Chapecó (SC).

O lançamento consistirá de exibição de vídeo, apresentação dos números oficiais da feira, manifestações de lideranças e coquetel de confraternização.

A Mercoagro 2025 terá 250 expositores representando mais de 700 marcas. De acordo com seu desempenho histórico, deve atrair 25 mil visitantes/compradores e oportunizar 250 milhões de dólares em negócios.

A feira é um retrato planetário do estágio em que se encontra um dos mais estratégicos setores da indústria de alimentos. A indústria da proteína animal é uma área de intensivo emprego de ciência e tecnologia. Por essa razão, desde as primeiras edições, a Mercoagro cumpre importante papel de difusão tecnológica e atualização científica do principal evento paralelo que promove para seu público-alvo formado por operadores de agroindústrias e por fabricantes e fornecedores de máquinas, equipamentos e insumos para as longas e complexas cadeias produtivas.

As vendas estão praticamente concluídas e 96% dos expositores da edição anterior (2024) renovaram contrato para participar da edição de 2025. “Nosso compromisso é aperfeiçoar a feira a cada edição para intensificar a experiência dos visitantes e ampliar os negócios dos expositores”, enfatiza o presidente da ACIC Helon Antonio Rebelatto.

A Mercoagro 2025 tem parceria da Prefeitura de Chapecó e patrocínio da Aurora Coop, do BRDE e do Sicoob. A feira tem apoio institucional do Nucleovet, do Chapecó Convention & Visitors Bureau, do Sistema Fiesc/Senai/Sesi, da Unochapecó e do Pollen Parque.

Fonte: Assessoria
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