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Agroleite 2025 começa com expectativa de público recorde e foco em tecnologia e inovação

Com mais de 350 expositores e programação técnica intensa, evento reúne líderes do setor lácteo em Castro, capital nacional do leite.

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Foto: Igor Jacinto/Vice-Governadoria

O vice-governador Darci Piana participou nesta terça-feira (5) da abertura oficial da 25ª edição do Agroleite, em Castro, na região Centro-Sul do Paraná. A solenidade foi realizada na Praça Central do Castrolanda Expo Center, dando início à programação daquela que é considerada a maior vitrine da tecnologia da cadeia do leite na América Latina. “A Agroleite reúne os maiores produtores de leite do País, nestar egião que lidera a produção nacional de lacticínios. Isso é fruto de um trabalho intenso das nossas cooperativas, como a Castrolanda, e dos nossos produtores, que trabalham com muita tecnologia para oferecer os melhores produtos aos consumidores”, afirmou o vice-governador.

Fotos: Secom

As cidades de Castro e Carambeí lideram a produção de leite brasileira, com mais de 800 milhões de litros produzidos todos os anos, de acordo com a Pesquisa Pecuária Municipal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Valor Bruto da Produção de lacticínios nas duas cidades passa de R$ 1,8 bilhão anuais, colaborando para o desenvolvimento econômico e social do Estado. “Hoje nós somos um centro de tecnologia, ciência e conhecimento. Foi isso que alçou o setor a este protagonismo e que tem ajudado o Paraná a gerar empregos e a crescer”, afirmou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Márcio Nunes.

O protagonismo na produção de leite é resultado dos investimentos em tecnologia e de uma tradição que vem sendo passada de geração em geração. “Os primeiros imigrantes da Holanda chegaram aqui há 70 anos com muita vontade de povoar essa região e fazer a diferença. O que nós vivemos hoje é a continuação deste legado. Com muito trabalho, dedicação e empenho, a cadeia do leite se desenvolveu e hoje é uma referência na América Latina”, disse o presidente da Castrolanda, Willem Berend Bouwman.

Evento

Entre os dias 05 e 08 de agosto, a feira terá, além de atrações especiais, fóruns, painéis e seminários voltados às cadeias produtivas do agronegócio. Neste ano, o Agroleite conta com mais de 350 expositores, o que representa um aumento de 10% em relação ao ano anterior. A expectativa dos organizadores é de que mais de 160 mil pessoas passem pelo local durante os quatro dias de atividades. A entrada é franca.

O evento é uma realização da Castrolanda, em parceria com o Governo do Estado do Paraná e a Prefeitura Municipal de Castro, e com o apoio de 131 empresas patrocinadoras.

A abertura dos trabalhos conta, entre outras opções, com o Painel da Mulher Cooperativista, uma ação que já se tornou tradição. Marcado para as 14h, na Arena Conexão – Plenária Principal, o encontro será conduzido pela jornalista e mentora em comunicação Sirlei Benetti, fundadora do portal SouAgro.net. Ele tem como tema “Você nasceu para dar certo”. O objetivo é de promover a reflexão e a valorização do papel feminino no campo e na sociedade. O painel é voltado para todas as mulheres, independentemente de serem produtoras ou não.

Diversos temas voltados ao setor serão explorados em apresentações ao longo da semana. Na sexta-feira (8) pela manhã, o ex-ministro da economia, Paulo Guedes ministra uma palestra no Fórum da Agricultura, com o tema “Impactos do cenário global e nacional no agronegócio brasileiro”.

Além disso, durante todos os dias será realizada uma das grandes atrações da semana: o julgamento oficial das raças leiteiras, com a presença de convidados especiais. Dois nomes de destaque internacional vão conduzir os trabalhos neste ano. O canadense James David Black será o responsável pela avaliação da raça Holandesa (tanto preta e branca, quanto vermelha e branca), além de outras cinco categorias.

Já a raça Jersey será julgada pelo norte-americano Ryan Krohlow, criador e preparador de animais premiados em eventos de elite como a World Dairy Expo, onde também já atuou como juiz. Haverá tradução simultânea dos julgamentos.

Ao todo, 52 expositores inscreveram 548 animais – um número 15% maior do que no ano anterior. A concorrência é maior justamente nas categorias holandesa – 235 exemplares da preta e branca e 116 da vermelha e branca – e Jersey, com outros 170 animais na disputa.

O Torneio Leiteiro é outra atração especial desta edição do Agroleite. A disputa contará com a realização de oito ordenhas de terça a quinta-feira. Essa ação vai movimentar o Pavilhão Agroleite em disputas que medem a produtividade por volume em duas categorias: vaca jovem e vaca adulta.

Troféu Agroleite

A noite de quarta-feira em Castro promete muita expectativa para os 48 finalistas do Troféu Agroleite. O “Oscar” da pecuária leiteira nacional terá seus campeões conhecidos em cerimônia fechada para convidados a partir das 20 horas. As disputas pelo título envolvem 16 categorias: Genética, Saúde Animal, Bem-Estar, Nutrição, Sementes, Ordenha, Refrigeração, Embalagens, Associação de Produtor, Tratores, Implementos agrícolas, Fazenda Referência, Agente Financeiro, Laticínios, Pesquisa e Desenvolvimento e Mídia.

Centro de excelência

Durante a Agroleite, o Sistema Faep também vai promover, na quarta-feira (6), o lançamento da pedra fundamental do futuro Centro de Excelência em Leite, empreendimento de R$ 32 milhões.

No espaço, construído em um terreno de quatro hectares, anexo ao Parque Tecnológico da Agroleite, funcionará um complexo educacional voltado à formação de mão de obra para a cadeia láctea, em nível técnico e especializado. A projeção é oferecer 500 vagas em cursos de especialização em bovinocultura de leite e em técnico em agropecuária, a partir de 2027. Com oito blocos – sete com estrutura padrão e uma adaptável –, o local terá 4,3 mil metros quadrados de área construída.

A escolha do município para abrigar o Centro de Excelência em Leite levou em consideração, entre outros aspectos, a sua relevância para a cadeia produtiva. Reconhecida por lei federal como “Capital Nacional do Leite”, Castro tem um rebanho de mais de 53,4 mil vacas ordenhadas, com produção média anual de 8,4 mil litros por animal. A média nacional é de 2,2 mil litros por vaca/ano. O desempenho em produtividade de Castro se aproxima de líderes da pecuária leiteira mundial, como Estados Unidos e Alemanha, e supera o de países como França e Nova Zelândia.

Presenças

Também estiveram presentes na cerimônia de abertura da Agroleite os secretários Alex Canziani (Inovação e Inteligência Artificial), Aldo Bona (Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) e Valdemar Bernardo Jorge (Justiça e Cidadania); o prefeito de Castro, Reinaldo Cardoso; a prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt; e os deputados estaduais Marcelo Rangel e Luís Corti.

Fonte: AEN-PR

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STF suspende julgamento da Moratória da Soja e mantém paralisação nacional de processos

Com pedido de vista de Dias Toffoli, segue válida a liminar de Flávio Dino que congelou ações na Justiça e no Cade, enquanto especialistas destacam impacto do caso na segurança jurídica do agro.

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Moratória da Soja é um acordo privado para evitar a compra de soja de áreas de desmatamento na Amazônia - Foto: Divulgação/Ibama

O Supremo Tribunal Federal suspendeu o julgamento que analisava a liminar concedida pelo ministro Flávio Dino que determinou a suspensão nacional de todos os processos que discutem a validade da Moratória da Soja na Justiça e no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Até o momento, há quatro votos para confirmar a paralisação das ações. A análise ocorre no plenário virtual desde a última sexta-feira (14) e estava prevista para terminar na próxima terça-feira (25). O pedido de vista foi do ministro Dias Toffoli, e até que o processo volte à pauta a medida segue válida.

O advogado Frederico Favacho afirma que é positiva a decisão de Flávio Dino, por reconhecer que a Moratória da Soja é legal. “Esse é o ponto mais importante de toda a controvérsia”, entende.

A Moratória da Soja é um acordo voluntário entre tradings que comercializam grãos, no qual se comprometem a não comprar soja de áreas desmatadas na Amazônia após julho de 2008. O STF julga uma ação ajuízada pelo PcdoB, PSOL, PV e Rede. As legendas pedem a suspensão de lei do estado de Mato Grosso que proíbe a concessão de benefícios fiscais para empresa que assinaram o acordo.

Em dezembro do ano passado, Flávio Dino atendeu ao pedido dos partidos e suspendeu a lei de forma liminar. Em abril deste ano, ele reconsiderou a decisão, estabelecendo que a norma passaria a valer a partir de 1º de janeiro de 2026.

Em 05 de novembro, Flavio Dino determinou a suspensão nacional de todos os processos, inclusive os que investigam possível formação de cartel no Cade. Afirmou não considerar adequado, em respeito ao princípio da segurança jurídica, permitir que o debate sobre a Moratória da Soja prossiga nas instâncias ordinárias jurisdicionais ou administrativas, diante da possibilidade de serem proferidas decisões conflitantes e em desacordo com o entendimento a ser fixado pelo STF. “No mesmo voto, Flávio Dino também reconhece o direito de os entes federativos estabelecerem as regras para concessão dos benefícios fiscais, o que, na prática, implicaria em os Estados poderem retirar os benefícios das empresas signatárias, o que continua sendo discutível na esfera infraconstitucional em relação a forma, razoabilidade e outros quesitos”, diz Favacho, complementando: “De toda forma, isso vem num momento importante, quando o mundo todo está de olhos voltados para as boas práticas ambientais do agronegócio brasileiro”.

Fonte: Assessoria do Santos Neto Advogados
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Notícias Com mais de 200 casos no anoA Agência de

Paraná reforça ações contra a raiva após avanço de casos em animais de produção

Órgãos estaduais discutem ações conjuntas, reforçam controle de morcegos hematófagos e recomendam vacinação em todo o território paranaense.

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Fotos: Adapar

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) promoveu uma ação de combate e prevenção contra a raiva durante a 21ª Expovale nesta semana em Ivaiporã, município do Vale do Ivaí. A primeira oficina sobre o impacto da raiva no contexto da Saúde Única foi uma atividade respaldada pelo Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros, que é executado pela agência no Estado. Na ocasião, foram abordados assuntos como o monitoramento de abrigos de morcegos hematófagos e investigação de casos suspeitos.

Considerada uma das doenças de maior importância em Saúde Pública, a raiva permanece como uma das zoonoses mais letais, com grandes impactos econômicos, sociais e sanitários. Quando abordada à ótica da Saúde Única, que engloba a saúde humana, a saúde animal e o meio ambiente, o controle depende de uma atuação integrada entre diversos setores públicos.

O chefe do Departamento de Saúde Animal, da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, alerta sobre a ameaça da zoonose e chama atenção sobre os números da doença no Estado. “O vírus da raiva é transmitido por um tipo de morcego hematófago e pode ser letal para os animas e para os humanos”, explica. “Os casos comprovados da doença em herbívoros no Paraná durante o último ano chegaram a 258. Em 2025, foram investigados mais de 400, destes, 218 casos confirmados até agora”.

A doença circula tanto em territórios urbanos, onde cães e gatos são os principais transmissores, quanto no em ambientes rurais, territórios em que os morcegos hematófagos são os principais reservatórios e responsáveis pela transmissão aos animais de produção. Diante desse cenário, foi realizada a oficina, unindo o órgão de defesa agropecuária do Estado do Paraná e a 22ª Regional de Saúde.

Durante a oficina, a Adapar falou sobre o grupo de animais de produção que é mais afetado pela doença, composto por bovinos, equinos, pequenos ruminantes e suínos e trouxe para discussão ações cruciais para o controle e prevenção da raiva, atuando diretamente no ciclo rural.

Prevenção

A autarquia realiza o cadastramento e o monitoramento dos abrigos de morcegos hematófagos – controle da espécie Desmodus rotundus –, investiga casos suspeitos em herbívoros com coleta de material e executa ações em focos de raiva. Além disso, são desenvolvidas atividades de educação sanitária, como a identificação dos morcegos hematófagos, o reconhecimento dos sinais clínicos da doença nos animais e como realizar a notificação.

Também foi apresentado o recente foco de raiva registrado em um bovino no município de Pitanga, na região Central do Estado, e as medidas adotadas pela agência.

Vacinação

A vacina contra a raiva tem baixo custo, pode ser aplicada pelo próprio produtor e deve ser dada anualmente. A vacinação preventiva é a melhor forma de combate direto. Uma vez que o animal apresenta sinais clínicos não há tratamento. Atualmente, a vacinação é obrigatória em 30 municípios do Oeste, conforme a portaria nº 368/2025 da Adapar.

A escolha dos municípios levou em conta a quantidade de focos registrados nos últimos anos, a proximidade com o Parque Nacional do Iguaçu, a ocorrência de áreas compartilhadas de transmissão e o elevado número de pessoas que precisaram de tratamento após contato com animais suspeitos. A obrigatoriedade abrange apenas 30 municípios, mas a vacinação é aconselhada em todo o território paranaense.

Ambiente urbano

Ao discutir sobre a raiva no contexto urbano, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), órgão responsável pela vigilância epidemiológica em humanos, cumpriu o papel de elucidar dúvidas e falar sobre as ações de monitoramento de casos suspeitos em humanos e em animais domésticos. Além disso, também foram informadas as formas corretas de tratamento pós-exposição e a importância das campanhas educativas e de sensibilização da população.

Na prática, são as equipes das secretarias municipais e estaduais que acolhem a população quando há mordeduras ou possível exposição, garantindo que o tratamento seja iniciado a tempo de salvar vidas. Mesmo sendo uma doença de fácil prevenção a raiva continua avançando por falta de cuidado da população. A atuação conjunta entre saúde humana, defesa agropecuária e meio ambiente, somada à vacinação animal e à informação da sociedade é uma forma eficaz de combater a enfermidade.

Expovale

A Expovale é uma exposição agropecuária e industrial da cidade, considerada a maior feira da região do Vale do Ivaí. O foco da exposição é na realização de negócios, promoção da inovação e fortalecimento produtivo. A edição de 2025 foi realizada entre 14 e 19 de novembro. Além de shows, o evento comemorou os 64 anos do município.

Fonte: AEN-PR
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Código georreferenciado traz mudanças na forma de identificar propriedades rurais

Ferramenta aumenta precisão logística, facilita fiscalização e organiza dados territoriais em todo o país.

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Foto: Wenderson Araujo

A Câmara dos Deputados deu mais um passo na modernização da gestão territorial do campo. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) aprovou, na terça-feira (18), o parecer do relator, deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), ao Projeto de Lei 2.898/2021, de autoria do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES).

A proposta altera a Lei 6.538/1978, que dispõe sobre os serviços postais, para assegurar a designação de um código de georreferenciamento às propriedades rurais e agroindustriais em todo o país.

O objetivo do texto é facilitar a identificação e localização dessas áreas, ampliar a precisão logística, garantir maior segurança jurídica e permitir avanços na integração de dados territoriais.

O projeto já havia sido aprovado anteriormente na Comissão de Agricultura (CAPADR) e na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI). Na CCJC, cabia apenas o exame de admissibilidade, etapa necessária para atestar constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da matéria.

Ao apresentar seu voto, Delegado Paulo Bilynskyj, integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), destacou que o texto é enxuto e juridicamente sólido. “Trata-se de um projeto simples, claro e bem articulado. Não há qualquer ofensa a direitos ou garantias constitucionais, tampouco afronta à legislação vigente. Do ponto de vista jurídico e técnico, o PL é absolutamente adequado”, afirmou o relator.

Ele reforçou ainda que a proposta segue os parâmetros da Lei Complementar 95/1998, que orienta a elaboração legislativa. “A alteração é objetiva e não cria redundâncias ou conflitos. Mantém-se fiel à estrutura normativa e contribui para o aperfeiçoamento da legislação”, completou.

Modernização do campo

O deputado Evair Vieira de Melo, coordenador de Direito de Propriedade da FPA, celebrou o avanço da proposta, destacando que a iniciativa atende a uma demanda crescente da agricultura brasileira por precisão, rastreabilidade e segurança territorial. “O georreferenciamento é hoje uma ferramenta indispensável. Ele fortalece a gestão das propriedades rurais, melhora o acesso a serviços e políticas públicas e coloca o Brasil na rota da agricultura de precisão”, elencou o autor do projeto.

Segundo Evair, a medida também contribui para o ordenamento territorial e para a eficiência dos serviços postais e logísticos no meio rural. “Cada propriedade poderá ter um código definido, o que facilita desde entregas até ações de fiscalização, crédito e assistência técnica. É um avanço simples, mas de enorme impacto para o produtor rural”, completou.

Fonte: Assessoria FPA
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