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Agroindústria enfrenta desafios ao lidar com a chegada de suínos sujos às suas instalações

Esses animais deixam as propriedades já sujos ou se sujam ou pioram sua situação durante o transporte e espera, gerando uma série de problemas que vão além da aparência. O maior deles é o risco de contaminação bacteriana, já que suínos sujos podem transportar uma variedade de bactérias patogênicas, representando sérios riscos à segurança alimentar.

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Foto: Shutterstock

A agroindústria enfrenta uma série de desafios ao lidar com a chegada de suínos sujos às suas instalações. Esses animais deixam as propriedades já sujos ou se sujam ou pioram sua situação durante o transporte e espera, gerando uma série de problemas que vão além da aparência. O maior deles é o risco de contaminação bacteriana, já que suínos sujos podem transportar uma variedade de bactérias patogênicas, representando sérios riscos à segurança alimentar.

No entanto, outros desafios podem ser adicionados a esse cenário. A presença de sujeira pode resultar em contaminação da carne com sujidade, fezes e outros materiais orgânicos. Além disso, a manipulação de suínos sujos pode criar desafios adicionais em termos de higiene e saneamento na instalação de processamento. Isso requer medidas extras para limpar e desinfetar áreas de trabalho, equipamentos e instalações para evitar a propagação de patógenos.

Gerente agropecuário da BRF, Antônio Viscondi Júnior, apresentou importantes reflexões a sobre a visão da agroindústria no carregamento e transporte de suínos para o abate durante o Encontro Regional Abraves-PR 2024 – Foto: Francieli Baumgarten

Outra questão é o impacto na eficiência do processamento. A necessidade de limpar e preparar suínos sujos para o processamento pode aumentar o tempo e os custos de mão de obra necessários para a produção de carne. Além disso, a contaminação pode levar à exclusão de lotes inteiros de carne, resultando em perdas financeiras para a empresa.

Quem chama a atenção para o tema é o gerente agropecuário da BRF, Antônio Viscondi Júnior, que apresentou importantes reflexões a sobre a visão da agroindústria no carregamento e transporte de suínos para o abate. Ele palestrou em painel realizado em março, durante o Encontro Regional Abraves-PR 2024, que aconteceu em Toledo. Para Viiscondi Júnior, esse tem sido o principal desafio nessa curta, mas crucial etapa do processo produtivo de carne suína.

Ao abordar os desafios no transporte e manejo dos suínos para o abate, Antônio identifica essa preocupação como primordial. “Hoje o maior problema da agroindústria relacionado à condição e qualidade de animais para abate é o suíno sujo. Temos controle até o carregamento. Dessa forma, 90% dos nossos problemas estão relacionados a isso”, revelou durante sua palestra para médicos veterinários.

Explorando as práticas eficazes para melhorar esse cenário, o profissional elencou uma série de medidas preventivas que são de extrema importância durante o processo, como densidade dentro do caminhão e ‘banho’ a partir de determinadas temperaturas. “Espalhar maravalha pelo percurso (até o caminhão), (observar) o alinhamento do caminhão com o carregador. Carregar os animais de acordo com a documentação (principalmente a Guia de Trânsito Animal – GTA), assim como a nota fiscal do produtor rural – hoje digital. Organizar os animais em pequenos grupos, de forma calma, e utilizar trava de segurança para não ter nenhuma surpresa ou perder os animais no caminho, fazer o alinhamento e distribuição por densidade, ou seja, o número certo de animais por baia. Molhar os animais principalmente em temperaturas acima de 15ºC e cobrir o caminhão com sombrite”, orientou.

Além disso, ele ressaltou a importância da transparência e comunicação com os parceiros que fazem o transporte. “Antes do caminhão sair da propriedade, fazemos uma breve filmagem e demonstramos para a agroindústria como os animais saíram, para garantir a qualidade e condição”, frisou.

Falhas e consequências

O profissional destacou que, embora o manejo para abate seja aparentemente simples, falhas podem resultar em sérias complicações operacionais: “É um manejo para abate simples, mas que pode acarretar em problemas no dia a dia”. Antônio aponta a necessidade de uma abordagem meticulosa em cada etapa do processo e que as perdas vão muito além de condenações e interferem no funcionamento da agroindústria. “Não é somente a questão da contaminação da parte atingida, mas sim o fluxo de produção que acaba travando muito”.

Certificações

Ele enfatiza, no entanto, que do carregamento ao abate, assim como em outras etapas do processo produtivo de carne suína, a certificação em bem-estar animal é uma condição fundamental. “Temos hoje 100% das unidades certificadas em bem-estar animal, caso contrário o negócio não seria sustentável. Temos como regra interna o atendimento às cinco liberdades dos animais e isso é quase como uma Bíblia para nós. Todos devem ser treinados e certificados. Somos certificados tanto nacionalmente como internacionalmente. Mas é claro, sempre temos como melhorar” observa Viscondi.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo na suinocultura acesse a versão digital de Suínos clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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