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Agroindústria de Santa Catarina sofre com infraestrutura ruim

Preocupação do Sindicarne e do empresariado é que as deficiências logísticas estão afetando a competitividade do agronegócio catarinense. Há risco de colapso logístico, avaliam.

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Presidente do Sindicarne/SC, José Antonio Ribas Júnior: "A logística afeta diretamente o preço pago pelo consumidor final" - Foto: Divulgação/Sindicarne

O agravamento das deficiências infraestruturais e logísticas de Santa Catarina está determinando a fuga de investimentos das agroindústrias. Esse fato deveria acender o sinal de alerta para o Governo na avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), José Antonio Ribas Júnior.

Ao fazer uma avaliação do ano recém-encerrado e formular previsões para 2024 no âmbito do agronegócio – e em especial na esfera das agroindústrias da proteína animal – o dirigente manifestou preocupação com a deteriorização da infraestrutura. “Chegamos a um ponto em que agora, de fato, os investimentos não ficarão mais em Santa Catarina. Não é mais uma questão de tendência, de fazer as contas certinhas e perceber que não faz sentido investir aqui em razão do custo futuro logístico e a perda de competitividade perante outros estados, como Mato Grosso do Sul, Paraná, Mato Grosso, que estão fazendo investimentos em logística muito maiores e que permitirão ter uma condição muito mais favorável”, avalia.

A preocupação do Sindicarne e do empresariado é que as deficiências logísticas estão afetando a competitividade do agronegócio catarinense, especialmente no que se refere às condições das rodovias, portos, aeroportos e ferrovias. “A gente enxerga um futuro que, no máximo, levará Santa Catarina a manter o tamanho que tem e não mais observar crescimentos de produção, porque não consegue ter mais competitividade que seja atrativa para novos investimentos”, projeta o presidente do sindicato.

Ribas adverte que as deficiências infraestruturais precisam ser atacadas com um grande plano de investimentos para evitar a fuga das agroindústrias. “A logística afeta diretamente o preço pago pelo consumidor final. É importante que as pessoas saibam disto. Rodovias ruins, tráfego de longo percurso com veículos de carga, carência de infraestrutura aeroportuária e praticamente inexistência do modal ferroviário no Brasil aumentam o custo dos produtos e a produtividade das empresas”, enfatiza.

Gigante

Para Ribas Júnior, “só quem não conhece a dimensão do agronegócio em geral e da agroindústria catarinense, em particular, pode ignorar a gravidade da situação”. O agronegócio catarinense representa 31% do PIB estadual e contribui com 70% das exportações. Santa Catarina é o maior produtor brasileiro de suínos e detém a vice-liderança na produção de aves. Ancorado no grande oeste catarinense, o parque agroindustrial sustenta 60.000 empregos diretos e 480.000 indiretos. Em 2022 os investimentos diretos totalizaram R$ 5 bilhões e a geração de movimento econômico chegou a R$ 7 bilhões – dinheiro que irriga a economia de centenas de municípios catarinenses.

Depois de realçar que Santa Catarina é um estado rico com a excelência na produção de proteína de aves e suínos, liderança em exportações, as melhores certificações, os melhores mercados atendidos, ele lamentou que o estado sofra com absoluto descaso no investimento em estrutura logística. “Nossas rodovias estão em péssimas condições de conservação, de trafegabilidade, e continuamos andando de lado, na melhor das hipóteses, em relação a termos uma ferrovia, e com os nossos portos aí enfrentando dificuldades”, avalia. O Porto de Itajaí não está operando e as condições climáticas determinam, com certa frequência, o fechamento temporário dos outros portos.

O presidente do Sindicarne defende um plano de Estado no horizonte de 50 anos “para virar o jogo do desenvolvimento nacional e melhorarmos a competitividade no mercado externo e, assim, menores preços no mercado interno”. Lembra que o agronegócio catarinense está reivindicando há mais de 30 anos a construção de Ferrovias. Uma, ligando o oeste de SC ao centro-oeste brasileiro para a busca de milho; outra, ligando o oeste de SC com o litoral catarinense para acesso aos portos.

O modal ferroviário, comprovadamente, possui menores custos ao rodoviário, quando o trajeto for superior aos 350 quilômetros de distância. Para produção de proteínas, Santa Catarina traz insumos (5 milhões de toneladas/ano de milho e soja) do Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul por modal rodoviário, em uma operação ida-volta de mais de 2.000 quilômetros. Mesmo desafio reside no escoamento da produção do Oeste catarinense para os portos do Estado. “Isso é contraproducente porque os custos se tornam elevados, por isso as duas ferrovias reivindicadas resolveriam esse gargalo.”

Para apoiar e agilizar a campanha, oito entidades empresariais criaram o Movimento Pró-Ferrovias – SindicarneAcav, Faesc, Fiesc, Ocesc, Acic, ABPA, Centro Empresarial e Facisc – abraçado pelo Governo do Estado. A ferrovia é uma solução, porque o modal rodoviário de longa distância está se tornando inviável. Além disso, nos últimos 10 anos a média de emissão de novas carteiras de motoristas profissionais de carga caiu em 22% e a idade média desses profissionais subiu para 53 anos. O presidente do Sindicarne teme que “se não agirmos rapidamente, o Brasil terá um colapso logístico por falta de mão de obra e/ou elevação de custos”.

Fonte: Sindicarne

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Notícias No Brasil

Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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