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Agroecologia favorece a produção de alimentos sustentáveis
As unidades da Apta Regional de Pariquera Açu e de São Roque promoveram ações para trabalhar a Campanha Anual de Promoção do Produto Orgânico.

O Grupo de Trabalho da Rede de Pesquisa em Agroecologia Regional (RAR), da APTA Regional, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, promoveu eventos de transferência do conhecimento, durante a “Campanha Anual de Promoção do Produto Orgânico de 2023”, que ocorreram nas unidades de pesquisa da Apta Regional de Pariquera Açu e na APTA Regional de São Roque, interior de SP.
A Campanha Anual de Promoção do Produto Orgânico, foi promovida pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), de 26 de maio a 4 de junho, escolheu como tema de 2023 o Meio Ambiente. O tema da campanha visa ressaltar os benefícios do alimento orgânico como instrumento de preservação do meio ambiente e mitigação das mudanças climáticas.
O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado no dia 5 de junho desde 1973. Criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas na abertura da 27ª Conferência de Estocolmo, na Suécia, em 15 de dezembro de 1972, o dia tem por objetivo sensibilizar a opinião pública e valorizar o meio ambiente. O slogan da 19º Campanha Anual de Promoção do Produto Orgânico, de 2023, é “Produto Orgânico, amigo do clima”.
Transição Agroambiental
Na APTA Regional de Pariquera Açu foi realizado o 11º Encontro de Produtores Orgânicos do Vale do Ribeira, em 31 de maio, em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Rural (CATI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Participaram do evento 175 pessoas, entre elas, agricultores, técnicos e estudantes de diferentes municípios do Vale do Ribeira, que puderam ver na prática o uso de produtos e insumos voltados para a produção orgânica, com destaque para a produção de hortaliças em pequenas propriedades, além da produção em Sistema Agroflorestal (SAF)desenvolvido pelos cooperados da Cooperafloresta – Associação dos Agricultores Agrofloretais de Barra do Turvo e Adranópolis.
O Protocolo de Transição Agroambiental e a importância da certificação orgânica foram destaque nas apresentações de técnicos da CATI e SENAR. O encontro finalizou o dia comum estudo de caso de produção de hortaliças e plantas medicinais na região metropolitana de Curitiba, seguido de uma mesa redonda que discutiu a importância da agricultura orgânica para o Vale do Ribeira.
Resíduos Orgânicos

APTA Regional de São Roque – Foto: Divulgação
Segundo Sebastião Wilson Tivelli, pesquisador da APTA Regional de São Roque, a participação foi bem efetiva na Oficina de Compostagem de Resíduos Orgânicos, que ocorreu no sábado, 3 de junho, com a participação de 35 agricultores, técnicos e estudantes dos cursos de Biologia e Gestão Ambiental do Instituto Federal (IFSP – Campus de São Roque). O evento foi realizado em parceria com a Departamento de Desenvolvimento Rural da Prefeitura da Estância Turística de São Roque, pelo diretor Leonardo Scalise Carmo.
Na parte teórica da Oficina, foram abordados aspectos relevantes para a compostagem de resíduos orgânicos gerados por uma família, por um restaurante vegetariano e pelo município através do serviço de poda de árvores urbanas e o corte de capim em praças e córregos.
Na parte prática da Oficina de compostagem, os participantes foram incentivados a trazerem o resíduo orgânico gerado por eles em suas residências para ser montada uma composteira.
A composteira foi montada com resíduos da poda de árvores triturado, os resíduos domésticos e com aqueles gerados em uma das feiras livres de São Roque.
Ainda durante a parte prática, os participantes ouviram explicações de um representante do Restaurante Casa Isis sobre a composteira com os resíduos gerados pelo restaurante e puderam acompanhar o manejo realizado nessa pilha de composto.
“Ao final da parte prática, foi apresentado aos participantes o composto orgânico pronto produzido na APTA Regional de São Roque”, destaca Tivelli.
O pesquisador explica que a produção de alimentos orgânicos contribui com a preservação do meio ambiente e a mitigação das mudanças climáticas de diferentes formas. Para sua produção, os agricultores orgânicos criam ambientes produtivos que permite a infiltração da água no solo e o estoque de carbono no solo [um dos gases do efeito estufa], o que não ocorre em outros tipos de sistemas produtivos.
Ao utilizar o composto orgânico para adubar os cultivos, osagricultores orgânicos prestam um grande serviço ambiental, devido à destinação correta aos resíduos orgânicos gerados nas cidades, do contrário, o destino desses resíduos seria o aterro sanitário. “Por essas e outras razões, o Produto Orgânico é amigo do clima, como muito bem destaca a Campanha Anual do Alimento Orgânico de 2023”, enfatiza.
“No Dia Mundial do Meio Ambiente contribua você também com o nosso planeta – consuma alimentos orgânicos, e nos demais dias, procure sempre incluir alimentos produzidos localmente e em sistemas agroecológicos” finaliza Tivelli.
Rede Agroecológica Regional (RAR)

Pesquisador Sebastião Tivelli, Apta Regional de São Roque – Foto: Divulgação
A Rede Agroecológica Regional (RAR), criada em 2022, envolve 20 pesquisadores de 11 Unidades Regionais de Pesquisa e Desenvolvimento (URPD) da APTA Regional, que trabalham em projetos científicos com bases agroecológicas para produção de alimentos.
Dentre as temáticas deste programa de Agroecologia estão em destaque a soberania e segurança alimentar e nutricional; os mercados de circuito curto e consumo consciente; os sistemas agroflorestais; as vitrines com bases tecnológicas das pesquisas em agroecologia; os sistemas de produção orgânica; as plantas medicinais e fitoterápicos em programas de saúde pública; as plantas aromáticas, os óleos essenciais e hidrolatos para insumos agropecuários e ingredientes botânicos; controle biológico e horticultura orgânica.

Notícias Livre de imprevistos
Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança
O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.
Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.
Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.
Melhorando o desempenho das plantações
Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.
Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.
Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.
Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.
E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.
Segurança como aliada ao setor
Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.
Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.
Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.
Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.
A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.
Conclusão
Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.
Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.
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Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural
Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.
Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.
Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.
A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.
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Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA
Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR
Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024
Fosfatados ainda pesam
Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.
A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores
Fontes mais baratas e diluídas
O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.
Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP
O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Oportunidades para safrinha de 2026
Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos
Câmbio segue como ponto de atenção
Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais



