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Agro tem papel estratégico na retomada da economia brasileira

Impulsionado por demanda externa, produtividade e governança, setor se consolida como motor do novo ciclo de crescimento econômico.

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O agro tem papel estratégico na retomada da economia brasileira. “Temos vantagens ambientais, climáticas e tecnológicas para produzir mais e melhor. O agro passou por dificuldades nos últimos anos, mas há uma virada no horizonte, com mais produção e maior demanda vinda da China e da Europa”, analisou o economista Ricardo Amorim durante o Congresso Andav 2025, uma realização da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), encerrado na quinta-feira (07) no Transamerica Expo Center, em São Paulo.

Economista Ricardo Amorim: “A agroeconomia não é apenas um pilar do presente, mas o motor do futuro brasileiro” – Fotos: Divulgação/FD Fotografia

Para Amorim, o agronegócio está próximo de um novo ciclo positivo, impulsionado por demanda externa e avanços na produtividade. “A agroeconomia não é apenas um pilar do presente, mas o motor do futuro brasileiro”, enfatizou.

A previsão é que a economia brasileira se acelere no ano que vem, com queda da inflação, apesar dos efeitos negativos imediatos decorrentes do tarifaço do Trump. A economia em geral segue ciclos de 5 a 7 anos, e utilizando indicadores históricos de crescimento do PIB, desemprego, população ocupada, ele analisou que o Brasil está em um ciclo ascendente, com a economia nacional, pelo quinto ano consecutivo, crescendo mais do que os economistas preveem.

Além disso, o preço de commodities e os ganhos de produtividade no agro neste século, colocam o Brasil em posição de destaque no cenário internacional. “O desempenho da economia brasileira é regido por ciclos, com altos e baixos. E estamos, agora, num ciclo de alta. Nos últimos quatro anos, nunca se criou tanto emprego no Brasil, e isso se deve aos investimentos feitos durante esse período”, avaliou.

Ele abordou também os reflexos das políticas comerciais dos Estados Unidos, afirmando que a taxação sobre produtos estrangeiros terá efeito negativo para os próprios americanos. “O produto importado vai ficar mais caro para o americano e a taxa de juros americana vai subir”, disse o economista, que acrescentou que os impactos do tarifaço devem ser sentidos de forma regionalizada, inclusive no Brasil.

Amorim, por fim, definiu o Brasil como o país mais propício a receber investimentos externos, pois desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, as tensões mundiais foram intensificadas e dentre os países com características atrativas, o único em desenvolvimento com grande mercado consumidor é o Brasil.

Crédito na distribuição

Soluções financeiras e estratégias para ampliar o acesso ao crédito no agro foi o assunto no Congresso Andav 2025. O consultor André Pessoa elencou três pontos principais característicos do momento atual: elevado grau a alavancagem do produtor rural, taxa de juros asfixiante e incompatível com o retorno normal dos negócios, e margens do segmento primário (produtor rural) em patamares muito baixos, principalmente em grãos, mesmo a safra 2024-2025 tendo sido melhor do que o programado. “O cenário exige que o produtor se dedique à gestão financeira de seu negócio, da mesma forma que os distribuidores e os demais atores já fazem”, disse.

Filipe Paiva, sócio-fundador da Unibarter, agregou insegurança jurídica, recuperações judiciais, guerras e outros eventos que ampliam a incerteza dos investidores.  Lembrou, ainda, que a entrada do agro no mercado de capitais começou pelas indústrias, que incentivaram os distribuidores. Alertou, também, que a captação no mercado de capitais exige gestão de risco, conhecimento sobre a forma como o produtor comercializa, governança, uso de ferramentas, liquidez, tecnologia, aperfeiçoamento dos processos, valorizar e escutar os profissionais de crédito.

Do mesmo modo, Moacir Teixeira, sócio-fundador da Ecoagro, frisou que o casamento do mundo do agro com o mercado de capitais tem potencial de crescimento. Para ele, a capitalização deve ser feita via distribuidor de insumos, pois é o melhor canal de comunicação para o pequeno produtor rural e recomenda: “Tudo depende de gestão, pois os prazos do mercado de capitais são mais longos do que os de custeio, exigindo planejamento”, comentou.

Celso Ienaga reforçou a urgência da governança sustentável como eixo central para o futuro das organizações: “A governança sustentável não é apenas uma estrutura organizacional, mas uma jornada de transformação que conecta propósito, longevidade e geração de valor, fortalecendo toda a cadeia do agronegócio”

Levar gestão ao produtor rural também é uma necessidade alinhada por Carlos Aguiar Neto, diretor de Agronegócios do Banco Santander. “Em um cenário de juros altos, novo IOF e alavancagem elevada, os problemas não são resolvidos com prazos mais longos. O prazo que é dado é para que possa ser planejada a desalavancagem. Por isso, quem está alavancado, precisa se organizar para resolver esse problema”, ponderou.

Governança sustentável: o alicerce do futuro das organizações

Durante o Congresso Andav 2025, Celso Ienaga, sócio da Dextron Consulting, reforçou a urgência da governança sustentável como eixo central para o futuro das organizações. “Quem não cuida da governança hoje, terceiriza seu futuro”, afirmou.

Para Ienaga, a governança não é apenas um conjunto de regras ou estruturas de controle, mas um compromisso contínuo com responsabilidade, transparência e visão de longo prazo. “Falta de planejamento e governança, crescimento desenfreado sem estratégia, estrutura de capital inadequada podem levar a quebra da empresa”, analisou.

As empresas que remodelaram seus processos com base em decisões estruturadas, dados, princípios ESG (ambiental, social e governança), melhoraram seus resultados e ganharam relevância diante de investidores e da sociedade. “A governança sustentável não é apenas uma estrutura organizacional, mas uma jornada de transformação que conecta propósito, longevidade e geração de valor, fortalecendo toda a cadeia do agronegócio”, enfatizou Ienaga.

Fonte: Assessoria Andav

Notícias Livre de imprevistos

Empresas agrícolas apostam em tecnologia para aumentar produtividade e segurança

O uso de câmeras de segurança inteligentes, permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

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Nos últimos anos, o setor agrícola brasileiro tem investido cada vez mais em diferentes tecnologias. O objetivo é ampliar a forma de monitorar as plantações em tempo real, para saber exatamente sobre o período ideal para plantio, irrigação e colheita, sendo instrumentos que funcionam como importantes aliados para o trabalho na agricultura.

Da mesma forma, os investimentos em tecnologia também se fazem necessários nas propriedades visando a segurança destes espaços, com o objetivo de garantir que o patrimônio esteja livre de imprevistos.

Pensando nisso, apresentamos este artigo para você, que possui empresas agrícolas, ou propriedades, e ainda está em dúvida sobre quais os tipos de tecnologia poderá investir para aumentar a sua produtividade e segurança.

Melhorando o desempenho das plantações

Existem diversas tecnologias voltadas exclusivamente para fornecer melhorias para as propriedades rurais, com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos que se tornaram aliados para o desenvolvimento agrário.

Um dos exemplos a serem destacados é voltado à agricultura de precisão. Através de dados de GPS, imagens de satélite e sensores, é possível avaliar a qualidade do solo e das diferentes culturas existentes na fazenda. O objetivo é garantir a aplicação adequada de sementes, fertilizantes, defensivos e outros insumos, de modo a garantir a eficiência da produção.

Atualmente, a conectividade nas propriedades já é uma realidade. E a internet das coisas (IoT) se torna uma importante aliada. Através da instalação de sensores no solo, em plantas e máquinas, é possível coletar dados em tempo real sobre a temperatura, umidade, níveis de nutrientes e condições climáticas. Isso permite um manejo eficiente para a irrigação da região, além de detectar determinados problemas precocemente.

Da mesma forma, tecnologias como inteligência artificial e big data se somam juntos às melhorias para o setor agrícola, através do uso de algoritmos de IA para analisar grandes volumes de dados sobre o andamento das culturas plantadas, fazendo com que os produtores tenham real noção de lidar com o seu plantio de acordo com a demanda exigida.

E isso também soma-se a equipamentos modernos e automatizados, como os tratores e colheitadeiras autônomos, que fazem o trabalho no campo por 24 horas por dia, garantindo a redução de custos operacionais. Outro exemplo pode ser visto com os drones, que através de câmeras e sensores, fazem o monitoramento aéreo das lavouras, para localizar áreas que necessitam de maior cuidado.

Segurança como aliada ao setor

Atualmente, se tornou cada vez mais necessário que as empresas agrícolas também invistam em segurança, para proteger sua plantação, maquinário, e até mesmo as pessoas que estão trabalhando nas propriedades. Pensando nisso, também há tecnologias que contribuem com a segurança no setor.

Um dos exemplos está justamente no sistema de reconhecimento de placas de veículos. que ajuda a identificar todos os veículos que estiverem dentro das instalações das propriedades. Além disso, estes dispositivos são essenciais para fiscalizar e monitorar atividades suspeitas nos locais fechados, com o objetivo de oferecer resposta imediata em caso de possíveis ameaças.

Outro recurso que vem ganhando espaço é o uso de câmeras de segurança inteligentes, capazes de detectar comportamentos anormais, movimentos fora do padrão ou a presença de pessoas em áreas restritas. Essas câmeras permitem uma resposta proativa, enviando alertas automáticos e reduzindo significativamente o tempo entre a detecção de um incidente e a ação preventiva.

Há também o caso dos softwares de gestão agrícola, que se tornam aliados para a avaliação de riscos dentro da área de cultivo, tornando o ambiente mais seguro para os trabalhadores, de modo a garantir a execução dos serviços de acordo com as normas regulatórias.

A rastreabilidade também entra no processo, com o uso de ferramentas como o blockchain, responsáveis pelo rastreio da origem e do percurso dos produtos agrícolas. O objetivo é aumentar a transparência de toda a cadeia de suprimentos até o consumidor final, gerando segurança alimentar.

Conclusão

Investir em tecnologias para o setor agrícola é uma necessidade de grande importância, principalmente para a melhora da produtividade e segurança das operações. Isso traz credibilidade às propriedades que estão mais atentas às necessidades do mercado, com a realização dos trabalhos de forma eficaz.

Portanto, é fundamental que os proprietários de áreas agrícolas estejam cada vez mais atentos às necessidades de mercado, de forma a ampliar a sua gama de clientes, e a crescer suas vendas.

Fonte: Assessoria e comunicação
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Estreia de filme sobre Aury Bodanese será transmitida pelo O Presente Rural

Longa-metragem “Antes do Nascer do Sol” terá lançamento nacional ao vivo nesta terça (18), a partir das 19h. A obra reconstrói a trajetória e o legado de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro e referência no desenvolvimento do agronegócio catarinense.

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O filme “Antes do Nascer do Sol”, que narra a trajetória de Aury Luiz Bodanese, uma das figuras mais emblemáticas do cooperativismo agro brasileiro, estreia oficialmente nesta terça-feira (18), às 19 horas. A transmissão ao vivo está programada para começar às 18h57 e você pode conferir no canal de YouTube de O Presente Rural.

Mais de 20 plataformas de comunicação, distribuídas em quatro estados, vão acompanhar o evento simultaneamente, ampliando o alcance da produção cultural. O lançamento marca um dos maiores movimentos de difusão audiovisual já realizados por um grupo regional de mídia no Sul do país.

Criado por Osnei de Lima e Julmir Cecon, o longa-metragem reconstrói a vida, a obra e o impacto de Bodanese no desenvolvimento do agronegócio catarinense e nacional. O roteiro destaca a atuação dele na consolidação do modelo cooperativista na região Oeste, reconhecido por transformar pequenas propriedades e fortalecer cadeias produtivas como leite, suínos e aves.

A direção de marketing do projeto é assinada por Fernanda Moreira, do Grupo Condá, responsável por coordenar a estratégia que conectou veículos de comunicação e plataformas digitais para o lançamento simultâneo.

Fonte: O Presente Rural
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Relação de troca melhora e abre espaço para antecipação de compras de fertilizantes, aponta Itaú BBA

Após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas brasileiros apresentou melhora contínua nos últimos três meses e voltou a níveis próximos da média histórica para nitrogenados e potássicos. A avaliação é da Consultoria Agro do Itaú BBA, no relatório divulgado nesta terça-feira (18), referente novembro de 2025, que aponta um cenário mais favorável para produtores planejarem a safrinha de 2026 e até iniciarem compras para a safra de verão de 2027.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Segundo os analistas, após a forte volatilidade causada pelo conflito entre Israel e Irã, que pressionou especialmente as cotações da ureia, os preços globais recuaram parcialmente. No Brasil, todos os principais fertilizantes caíram em relação às máximas de julho, tanto em dólar quanto em reais. O MAP atingiu a mínima do ano, e a ureia voltou a patamares semelhantes aos de 2024

Fosfatados ainda pesam

Com a queda das cotações, a relação de troca melhorou para a maior parte das culturas, refletindo um equilíbrio maior entre custo dos insumos e preços agrícolas. Ainda assim, os fertilizantes fosfatados continuam acima da média histórica, mantendo pressão sobre operações que dependem de maiores doses de MAP e similares.

A única exceção é o café: com as cotações do grão em forte alta ao longo de 2025, o setor registra as melhores relações de troca já

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

observadas no histórico da consultoria, o que torna a compra de fertilizantes particularmente atrativa para os cafeicultores

Fontes mais baratas e diluídas

O relatório destaca um movimento estruturante no mercado brasileiro: o avanço do uso de fertilizantes com menor concentração do macronutriente, mas preço mais competitivo por ponto percentual de N ou P₂O₅.

Nos nitrogenados, o sulfato de amônio (SAM) passou a oferecer melhor custo por unidade de nitrogênio do que a ureia, atraindo demanda adicional. Entre os fosfatados, o supersimples (SSP) ganhou espaço pela menor cotação nominal, seguido do supertriplo (TSP), que também avança em relação ao tradicional MAP

O efeito já aparece nas importações: entre janeiro e outubro de 2025, pela primeira vez o Brasil importou mais SAM que ureia, e mais SSP do que MAP, um marco inédito nas duas cadeias

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Oportunidades para safrinha de 2026

Com as relações de troca mais favoráveis e preços recuados, o Itaú BBA avalia que há espaço para acelerar as compras da safrinha de inverno de 2026, que estão atrasadas. Os analistas também citam a possibilidade de produtores iniciarem, desde já, a montagem do pacote tecnológico para a safra 2027, aproveitando o momento de maior previsibilidade de custos

Câmbio segue como ponto de atenção

Apesar da queda nas cotações internacionais de ureia, MAP e KCl, o relatório lembra que a taxa de câmbio continua sendo um fator determinante na formação de preços internos. Movimentos do dólar frente ao real podem neutralizar parte da competitividade obtida pela retração externa dos fertilizantes, especialmente em um momento marcado por instabilidades macroeconômicas globais

Fonte: O Presente Rural com Consultoria Agro do Itaú BBA
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