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Notícias Congresso Brasileiro do Agropecuário

Agro pode buscar novas formas para ampliar a conciliação entre as agendas de conservação e produção

No primeiro painel do evento, foi pontuado que o Brasil segue comprometido com as novas formas de negociação e com a geopolítica internacional.

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Fotos: Gerardo Lazzari

As mudanças climáticas trouxeram novos paradigmas que demandam formas diferentes para continuar no caminho de conciliação entre a produção agropecuária e a conservação ambiental. Desse modo, os debatedores do Agronegócio: Meio Ambiente e Mercados, do 21º Congresso Brasileiro do Agronegócio, avaliaram a necessidade de ampliar o diálogo entre todos os stakeholders; de investimentos para conservar ainda mais; de lideranças para que inspirem outras empresas e setores; e de ciência para resolver os problemas.

Superintendente de Relacionamento com Clientes da B3, Fabiana Perobelli – Fotos: Gerardo Lazzari

Nesse sentido, Fabiana Perobelli, superintendente de Relacionamento com Clientes da B3, comentou que o agronegócio brasileiro precisa se posicionar como protagonista dessa integração. “Já temos uma estrada pavimentada de investimentos, que podem ajudar bastante no financiamento desses projetos socioambientais e do mercado de carbono”, disse. Contudo, ela ressaltou que é preciso evoluir mais, principalmente, na previsibilidade de regras, ou seja, investir na regulação do mercado verde e de carbono, o que permite traze para o país um fluxo de capital estrangeiro para comprar títulos.

Outros pontos citados por Fabiana foram aumentar a capacidade de certificação e a democratização do CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio), por meio do Fiagro, um instrumento que possibilitou atrair pessoas físicas e o varejo. “Na medida em que melhorarmos nossa comunicação, vamos ter um universo melhor, que não está sendo explorado no agronegócio e será possível financiar mais projetos com temática socioambiental e de carbono”.

Diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), o professor Gonçalo Pereira, coordenador do Laboratório de Genômica e Bioenergia da Unicamp

Durante o painel moderado por André Guimarães, diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), o professor Gonçalo Pereira, coordenador do Laboratório de Genômica e Bioenergia da Unicamp, destacou a ciência como fundamental para resolver problemas e para fomentar a inovação nos mais diversos segmentos. “O professor universitário é um ativo que os empresários precisam aproveitar para resolver seus desafios. Porém, é preciso interação e diálogo”, pontuou.  A seu ver, o que o Brasil tem em abundância é fotossíntese. “A energia faz com que a planta tenha a capacidade de fixar de pegar o CO2 da atmosfera, por isso a meta não deveria ser um país neutro, mas, sim, um país carbono negativo. Ser neutro é pouco ambicioso”.

Liège Correia, diretora de Sustentabilidade da Friboi/JBS e vice-presidente da Abag

Liège Correia, diretora de Sustentabilidade da Friboi/JBS e vice-presidente da Abag, avaliou que para ter desenvolvimento, é preciso ser sustentável, por isso, a sustentabilidade é a estratégia da JBS. “Os setores líderes precisam ser os exemplos, demonstrar as iniciativas, para que os demais sigam no mesmo caminho”, afirmou. Ela ponderou ainda sobre a importância de incluir toda a cadeia de produção, que é bastante pulverizada, e a necessidade da implementação definitiva do Código Florestal.

Embaixador José Carlos da Fonseca Júnior, cofacilitador da Coalizão Brasil – Clima, Florestas e Agricultura

O embaixador José Carlos da Fonseca Júnior, cofacilitador da Coalizão Brasil – Clima, Florestas e Agricultura, trouxe como exemplo o segmento de florestas, porque enquanto produz em mais de 9,5 milhões de hectares com finalidade industrial, conserva mais de seis milhões de hectares em floresta nativa. Afirmou que no país existem experimentos em termos de carbono e florestas nativas. “O mundo precisa de madeira e de fibras vegetais. E, o país, possui um grande ativo potencial, com o crédito de carbono, tendo condições para ser líder do mercado voluntário”, explicou. Ele ainda comentou sobre o fato de o Brasil ser um país que já conheceu picos e vales, e que precisa estar na mesa de negociação do mundo.

Geopolítica e segurança alimentar

Em termos de geopolítica, o embaixador Alexandre Parola, representante permanente da Missão do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmou que o equilíbrio internacional que se dá hoje em dia é entre a cooperação e a competição. Esse tema foi debatido no primeiro painel Geopolítica, Segurança Alimentar e Interesses do 21º Congresso Brasileiro do Agronegócio.

Embaixador Alexandre Parola, representante permanente da Missão do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio

“A diplomacia defende interesses criados a partir de realidades e o Brasil está comprometido com novas formas de negociação, especialmente as agrícolas, que estão mais ágeis. Há uma reforma do sistema vindo aí e o Brasil é parte dessa reconstrução”, afirmou Parola.

Em tempos de conflitos, o futuro é incerto, mas o Brasil, como protagonista e líder na produção mundial de alimentos, se mostra capaz não apenas de apoiar a segurança alimentar e energética como ser exemplo de economia sustentável, marcando seu DNA verde na nova estrutura global.

Vice-presidente de Relações Internacionais da Confederação Nacional da Agricultura, Gedeão Pereira

Na opinião de Gedeão Pereira, vice-presidente de Relações Internacionais da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a preocupação do agro com a demanda por produtos em nível internacional está atrelada à sustentabilidade. “Nos últimos 25 anos nos tornamos o maior exportador líquido de alimentos do mundo e, dentro das questões ambientais, há uma preocupação grande com as imposições vindas da Europa. Há uma demanda global crescente por alimentos e precisamos seguir abrindo mercados no exterior com um olhar cuidadoso para o meio ambiente. O produtor é quem vive nele e por isso tem grande interesse na sua preservação. Mas não basta sermos preservadores, temos que mostrar que somos”, salientou Pereira.

Presidente do Conselho Superior do Agronegócio, Jacyr Costa

Jacyr Costa, presidente do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), também citou o fomento ao comércio como peça importante dentro da segurança alimentar e reforçou a integração da produção agropecuária com a indústria para vencer barreiras e firmar a posição do Brasil no cenário global. “A fome aumentou no mundo e, para garantir segurança alimentar, é preciso mais comércio, o que não significa apenas exportar, mas saber importar, ou seja, facilitar acordos comerciais e inserir o país neste cenário com fomento da produção regional”, frisou, citando o Plano Nacional de Fertilizantes como estímulo a uma indústria local mais competitiva.

“Estamos em um momento de transformação da utilização de fertilizantes fósseis para renováveis. O agro vai crescer e não pode depender de poucos países para este crescimento”, concluiu Costa. A moderação do painel ficou a cargo do presidente da ABAG, Luiz Carlos Corrêa Carvalho.

O evento híbrido foi uma realização da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), em parceria com a B3 – a bolsa do Brasil, realizado na segunda-feira (1º), com o tema Integrar para Fortalecer.

Fonte: Assessoria

Notícias

ABPA, SIPS E ASGAV promovem churrasco com aves e suínos na Expochurrasco

Presidentes das entidades assumem a churrasqueira para assar mais de 200 quilos de carne; cardápio será comandado pelo chef Marcelo Bortolon

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Foto: Divulgação Expochurrasco

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Eduardo Santos e o Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS), José Roberto Goulart, comandarão a churrasqueira de uma ação que as entidades da avicultura e da suinocultura promoverão durante o Festival Internacional do Churrasco (ExpoChurrasco), no dia 20 de abril, no Parque Harmonia, em Porto Alegre (RS).

Com o objetivo de estimular uma presença cada vez maior das carnes de aves e de suínos no cardápio dos churrascos, a ação promoverá um convite à degustação de cortes diferenciados para a grelha.

Ao todo, serão assados mais de 200 quilos de carne nas 6 horas de evento, com cortes de aves, como sobrecoxa desossada, tulipa e coxinha da asa, e de suínos, como costela, panceta, linguiça, sobrepaleta e picanha.

O espaço das associações do setor na Expochurrasco contará com a presença do chef gaúcho Marcelo Bortolon, que preparará receitas especiais, como costela suína ao molho barbecue de goiabada e cachaça, e sobrecoxa de frango ao molho de laranja, mel e alecrim.

“Na capital do estado conhecido pelo churrasco tradicional, vamos assumir pessoalmente a churrasqueira e promover uma grande degustação para incentivar a adoção de mais cortes de carnes de aves e de suínos nas grelhas. A ideia é convidar os visitantes a repetir em suas casas e em suas confraternizações o uso de mais produtos da avicultura e da suinocultura nos cardápios dos churrascos. São uma ótima opção de sabor, com qualidade diferenciada, que agrada a todos os públicos”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Saiba mais sobre a ExpoChurrasco pelo site https://expochurrasco.com.br/

Fonte: Assessoria ABPA
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Notícias Sustentabilidade

Biogás rende prêmio à C.Vale

Cooperativa possui melhor planta industrial para geração de biogás

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Indústria para processamento de raiz de mandioca em Assis Chateaubriand (PR) - Foto: Assessoria

Ações de sustentabilidade da C.Vale renderam prêmio nacional à cooperativa. Em solenidade realizada em Chapecó (SC), dia 17 de abril, a cooperativa recebeu o Prêmio Melhores do Biogás, concedido pelo Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano.

Guilherme Daniel com o troféu ladeado por Aírton Kunz (Embrapa Suínos e Aves), Rafael Gonzalez (CBIogás) e Suelen Paesi (Universidade de Caxias do Sul) – Foto: UQ Eventos

A C.Vale conquistou a primeira colocação na categoria Melhor Planta/Geradora de Biogás – Indústria. O segundo lugar ficou com a multinacional Raizen e a terceira colocação com o grupo Cetric.

A cooperativa foi representada pelo supervisor ambiental Guilherme Daniel. “Para a C.Vale, as questões ambientais não são somente uma obrigação para atender aos requisitos legais. São atividades que podem gerar receitas, com ganhos ambientais e econômicos”, afirma o presidente da cooperativa, Alfredo Lang.

A C.Vale aproveita o gás metano (CH4) gerado pelos efluentes das amidonarias e Unidade Produtora de Leitões para gerar energia limpa e minimizar o efeito estufa. No caso das duas indústrias de beneficiamento de mandioca, em Assis Chateaubriand e Terra Roxa, ambas no Paraná (PR), a medida reduz em aproximadamente 75% os custos das indústrias com lenha, ou seja, evita o consumo de mais de 50 mil árvores/ano.

 

Fonte: Assessoria
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Notícias

Santa Catarina reforça medidas de biosseguridade em eventos com aglomeração de aves passeriformes

Medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade

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Portaria SAR nº 11/2024 mantém suspenso, em todo o território catarinense, a realização eventos com aglomeração de aves - Fotos: Divulgação/Cobrap

A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) publicou, na última sexta-feira (12), a Portaria SAR nº 11/2024, que mantém a suspensão, em todo o território catarinense, da realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. Ficam autorizados apenas os eventos com a participação exclusiva de passeriformes, mediante o cumprimento das condições e exigências da portaria. A medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

Está em vigor no país e em Santa Catarina o Decreto de Estado de Emergência Zoossanitária para Gripe Aviária. Com isso, justifica-se a necessidade de regramento específico para a realização de eventos com aglomeração de aves. “Essa portaria é resultado de estudos da equipe técnica da Cidasc e de diálogo com a SAR e representantes do setor. A liberação para eventos com aglomeração de passeriformes irá ocorrer mediante o cumprimento de todas as exigências. Dessa forma, iremos prezar pela sanidade, quando autorizada a realização desses eventos”, explica o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.

A equipe da Cidasc realizou um estudo técnico estabelecendo critérios para a retomada gradativa e segura de eventos com a participação exclusiva de passeriformes, com normas como a avaliação da densidade populacional de aves comerciais no município que ocorrerá o evento e avaliação do status sanitário do município e região. Levando em consideração essas normas, foi apurado que atualmente 74 municípios atendem os critérios para sediar esses eventos.

Além disso, foram elencadas as exigências de medidas de biosseguridade, tanto no local do evento, quanto de criação de passeriformes. Também é levada em consideração a necessidade da obrigatoriedade de emissão de Guia de Trânsito Animal e apresentação de atestado sanitário dos passeriformes. A gestão e os procedimentos de autorização devem ser encaminhados à Cidasc.

Fonte: Ascom Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária
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