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Agro brasileiro projeta crescimento em 2025, mas desafios climáticos e geopolíticos persistem

Com um cenário favorável para a produção em 2025, o agronegócio brasileiro projeta crescimento nas exportações. No entanto, desafios como a logística e a competitividade internacional devem ser monitorados.

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Foto: Shutterstock

A Secretária de Comércio Exterior (Secex) divulgou os dados das exportações do agronegócio em dezembro, totalizando US$ 11,7 bilhões, redução de 7,2% em relação ao mês de novembro, e 12,8% inferior a dezembro do último ano. O valor total exportado no ano foi de US$ 164 bilhões, leve alta de 1,3% frente ao mesmo período do ano passado.

Principais destaques

A receita de US$ 164 bilhões (FOB) foi um novo recorde para a série histórica das exportações do agronegócio, sendo que o Estado de São Paulo foi o maior arrecadador, com 18,6% do total, enquanto a China seguiu como o principal parceiro comercial do Brasil, adquirindo US$ 50 bilhões em produtos do agronegócio, 30% do total, seguido por Estados Unidos (7,4%) e Holanda (3,3%). Cerca de 70% da receita obtida adveio dos produtos do complexo soja, carnes, complexo sucroalcooleiro e produtos florestais.

Foto: Geraldo Bubniak

O complexo soja foi responsável por 32,8% da receita das exportações do agronegócio brasileiro, no entanto, a receita obtida foi 19,8% inferior à do ano passado, influenciada principalmente pela queda no preço dos grãos.

Em relação aos grãos de soja, foram exportados 98,8 milhões de toneladas, uma queda de 3% em comparação ao ano de 2023, principalmente devido à menor demanda chinesa, comprador de 73% do volume total. O valor bruto FOB total exportado foi de US$ 42,9 bilhões, representando uma redução de 19,4% em relação ao ano de 2023, enquanto o preço caiu 16,9% frente a 2023, para US$ 434,5/t.

Já o farelo de soja, um dos principais produtos utilizados na ração animal, a Indonésia adquiriu 17% do total exportado, de 23 milhões de toneladas, representando um aumento de 3% em comparação ao ano de 2023. O destaque positivo foi para os envios ao Irã, que comprou 9,2% do total, um volume 172% maior que o do ano anterior. Enquanto isso, os preços caíram 18,1%, para US$ 418,8/t.

Dentre os 3 produtos do complexo, as exportações de óleo de soja foram as que apresentaram a maior queda, de 41% frente ao último ano em termos de volume, que somou 1,4 milhão de toneladas, enquanto os preços caíram 15,7%, para US$ 959,3/t. A queda ocorreu principalmente devido a menor demanda asiática, principal destino.

Proteínas animais

Em geral, o volume enviado das três principais carnes in natura tem aumentado em todas as regiões do mundo.

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A carne bovina in natura apresentou aumento de 27% nos volumes enviados em relação ao ano anterior, alcançando um volume exportado de 2,5 milhões de toneladas, novo recorde histórico. No entanto, houve uma queda nos preços diante das menores cotações nos três primeiros trimestres do ano.

A média de preços em 2024 recebida pelos exportadores foi de US$ 4.579/t, queda de 3,3% frente ao ano de 2023. Apesar disso, a partir de agosto os preços começaram a reagir e, no último mês do ano, a carne bovina foi exportada em média a US$ 4.952/t. Em relação aos destinos, apesar de a China continuar como o principal player, sendo o destino de 52% das exportações, os envios para os Estados Unidos, 2° maior importador, e Emirados Árabes Unidos (3°) aumentaram em 94% e 72%, respectivamente.

Para a carne suína in natura, os envios apresentaram alta de 8,5% em relação 2023, atingindo o volume de 1,2 milhão de toneladas. O destaque foi para os envios destinados às Filipinas, que mais que dobraram, compensando a queda de 40% das importações chinesas, e se tornando o segundo principal destino, quase ultrapassando a China, com uma diferença de apenas 2 mil toneladas.

Foto: José Fernando Ogura

Outro destaque foram os envios ao Japão, que aumentaram em 134%. O preço médio na comparação anual avançou 7,6%, para US$ 2.398/t. No entanto, os preços têm subido desde junho, sendo que, em dezembro, os envios foram realizados em média a US$ 2.529/t. O Japão foi um dos melhores mercados, pagando 41% acima da média das exportações.

E os embarques da proteína de frango in natura somaram 4,8 milhões de toneladas, queda de 0,8% frente a 2023. A redução se deu principalmente pela queda na demanda do continente asiático, por outro lado, houve aumento de 3% nos envios ao Oriente Médio e 12% para a África. Os preços de envio caíram 1,3%, para US$ 1.865/t. Quando incluídos os produtos industrializados e miudezas de frango, os embarques subiram 3%.

Redução da demanda de milho

Os embarques de milho apresentaram uma queda significativa (-29%) frente ao último ano, principalmente pela redução da demanda asiática, além de menores volumes para a Coréia do Sul, China e Japão. Ademais, em boa parte do ano, pesou o fato de os preços do cereal no Brasil terem ficado acima da paridade de exportação, ou seja, não competitivos frente ao milho americano.

Por outro lado, houve um aumento no envio para o continente africano, que dobrou a quantidade demandada do Brasil, sendo que o Egito

Foto: Claudio Neves

se tornou o principal destino, comprando 14% do total, volume 240% maior que no último ano. No total, o volume enviado foi de 40 milhões de toneladas. Já os preços caíram 16% para US$ 202,6/t.

Perspectivas para o ano de 2025

Diante do clima mais favorável durante o desenvolvimento das culturas de verão, um primeiro passo para uma produção de grãos robusta em 2025 foi dado, bem como também deve favorecer a segunda safra e os cultivos de inverno. De acordo com a Consultoria Agro do Itaú BBA, com a colheita da safra de soja avançando, os embarques da oleaginosa devem ganhar tração a partir de março, devendo no fechamento deste ano, superar os envios de 2024. “Neste contexto, a logística de escoamento externo da soja deverá será testada. No milho, o cenário dependerá primeiramente do clima durante a safrinha e da dinâmica dos preços locais, no momento bastante descolados da paridade de exportação”, expõe.

No front macro, os analistas de mercado do Itaú BBA dizem que a perspectiva é  de um dólar forte relativamente ao ano passado, o que vai tornar as exportações mais competitivas e fortalecer a receita convertida em reais.

Nas carnes, a boa competitividade brasileira combinada com os desafios sanitários globais, como por exemplo o caso recente de febre aftosa na Alemanha e a gripe aviária recorrente em diversos países, pode levar à superação dos recordes de volumes exportados em 2024. Contudo, na carne bovina, devemos observar uma redução na produção doméstica dada a virada do ciclo pecuário para o modo de retenção de fêmeas, não necessariamente significando queda das exportações. “Vale a atenção ainda com uma eventual elevação de tarifas de importação de carne bovina por parte da China, após ter anunciado investigação de salvaguarda”, ressaltam os analistas.

Fonte: Consultoria Agro Itaú BBA

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Dilvo Grolli recebe Menção Honrosa da ABCA por sua contribuição à agronomia brasileira

Reconhecimento destaca seu papel no avanço científico, na inovação cooperativista e na consolidação do Show Rural como vitrine tecnológica do agro.

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A Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) prestou, dias atrás, homenagem especial ao presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele recebeu o título de Menção Honrosa pela relevante contribuição ao fortalecimento da Engenharia Agronômica no Paraná e no Brasil. O reconhecimento é concedido a personalidades que, além de estimular avanços científicos e tecnológicos no agro, destacam-se como empreendedores que impulsionam o crescimento de suas regiões e do País.

Fotos: Divulgação/Coopavel

Dilvo Grolli tem trajetória reconhecida no cooperativismo paranaense e nacional. Sua visão de futuro e capacidade de liderança contribuíram para transformar a Coopavel em uma das cooperativas mais respeitadas do País, referência em gestão, inovação e apoio ao produtor rural. Ele também é um dos idealizadores do Show Rural Coopavel, criado ao lado do agrônomo Rogério Rizzardi, evento que se tornou um dos maiores centros difusores de tecnologia agrícola do mundo e que impacta diretamente a evolução do agronegócio paranaense e de estados vizinhos.

Exemplo

O presidente da ABCA, professor-doutor Evaldo Vilela, destacou a grandeza dessa contribuição ao afirmar que Dilvo Grolli é um exemplo de liderança que transforma. “Sua dedicação ao cooperativismo, ao conhecimento agronômico e à inovação, traduzida na criação do Show Rural, tem impacto direto no desenvolvimento sustentável do agro brasileiro”.

Ao agradecer a honraria, Dilvo ressaltou o papel indispensável da Engenharia Agronômica para o Brasil. “A agronomia é uma das bases que sustentam o agronegócio moderno. Sem esse conhecimento técnico e científico, o campo não teria alcançado o nível de produtividade e competitividade que hoje coloca o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo”, afirmou. Também destacou a importância dos agrônomos ao sucesso das cooperativas: “Profissionais da agronomia têm participação decisiva no crescimento de instituições como a Coopavel, que chega aos seus 55 anos dedicada ao desenvolvimento da agropecuária brasileira”.

A solenidade também enalteceu outros líderes locais, entre eles o empresário Assis Gurgacz, igualmente homenageado por sua atuação e pelo apoio contínuo ao desenvolvimento do setor produtivo, e a agronomia por meio da FAG. O professor Evaldo destacou que figuras como Dilvo Grolli e Assis Gurgacz ajudam a consolidar um ambiente favorável à inovação, à sustentabilidade e ao aprimoramento técnico da agropecuária brasileira, bem como da agronomia.

 

Fonte: Assessoria Coopavel
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Copacol reconhece desempenho dos produtores no Experts do Agro

Com participação de 120 produtores, evento premiou melhores resultados regionais e apresentou o próximo desafio: alcançar 500 sacas por alqueire somando soja e milho.

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A dedicação, o conhecimento e a capacidade de inovação dos cooperados foram reconhecidos pela Copacol na cerimônia de premiação do Projeto Experts do Agro. O evento reuniu em Cafelândia agricultores, familiares, técnicos e parceiros que, ao longo nos últimos dois anos, trabalharam com foco em eficiência, sustentabilidade e melhores resultados no campo.

Divido em três regiões (Baixa, Alta e Sudoeste) o Experts do Agro teve a participação de 120 cooperados e cooperadas, que participaram de encontros e treinamentos intensos, com análises de estudos exclusivos do Centro de Pesquisa Agrícola (CPA). O conhecimento obtido por cada um dos agricultores foi aplicado em áreas de cultivo e os melhores resultados tiveram o reconhecimento da Cooperativa.

Fotos: Divulgação/Copacol

Foram premiados os três melhores de cada região. Cada um foi presenteado com uma viagem à Foz do Iguaçu, com hospedagem em resort e direito à um acompanhante. Na região baixa, regional de Nova Aurora, os premiados foram: com 4.304,5 pontos, Sidney Polato de Goioerê André Gustavo, com 4.343,15 pontos e com 4.388,5 pontos Simone Chaves Oenning, de Nova Aurora, que se destacou com o maior resultado da região, com produtividade de 208 sacas por alqueire.

Na região alta, regional de Cafelândia, os vencedores foram: com 4.177,8 pontos, Elton José Müller, de Bom Princípio, Toledo Elci Dalgalo, de Cafelândia, com 4.208,5 pontos e com 4.260 pontos, também de Cafelândia, Marcio Rogério Scartezini, que se destacou com produtividade de 221,6 sacas por alqueire.

Já no Sudoeste, os destaques foram os produtores: com 4.205,4 pontos, Willian Rafael Dallabrida, de Flor da Serra Ricardo Galon, de Salto do Lontra, com 4.630 pontos e com 4.724 pontos, Douglas dos Santos Cavalheiro, de Pérola do Oeste, que colheu 241,9 sacas por alqueire.

Proporcionar ao produtor tecnologia e conhecimento técnico para garantir uma safra com maior produtividade e rentabilidade foi a proposta do Projeto Experts do Agro. No decorrer dos anos, vários desafios foram lançados aos cooperados e superados pelos participantes: Projeto 160, Produtividade com Qualidade Soja + Milho 440 e Excelência 460.

A partir de 2026, os cooperados serão desafiados a participar do Projeto Safra 500: total de sacas de milho soja por alqueire. “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo. Agora, temos pela frente um novo desafio, que também será alcançado com o desenvolvimento de estudos que auxiliam os produtores”, afirma o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol.

Destaque

Diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol: “Evoluímos muito no decorrer das seis décadas de atuação da Copacol e com as pesquisas realizadas avançamos de maneira rápidas. Tivemos elevadas produtividades graças a essa aplicação de tecnologias no campo”

Com a maior produtividade entre todos os participantes do Projeto Experts do Agro, Douglas Cavalheiro aplicou na propriedade todo o conhecimento obtido nos treinamentos. O resultado superou as expectativas do cooperado do Sudoeste paranaense, onde a Copacol está expandindo a atuação nos últimos anos.

“A Copacol tem feito a diferença em nossas vidas. No Sudoeste não tínhamos oportunidades de nos capacitar, de buscar crescimento. Com a chegada da Cooperativa, estamos evoluindo a cada ano em produtividade, em conhecimento técnico e inovação, e por meio do CPA temos à disposição o que há de mais avançado para produzir. Estou feliz não só pelo prêmio, mas pela presença da Cooperativa em nossa região”, comemora o campeão de produtividade.

Atrações

Além da premiação dos cooperados, o encerramento do Experts do Agro contou um panorama amplo do mercado atual de grãos, com Ismael Menezes, especialista em economia e mercado agrícola, com mais de 20 anos de experiência no setor do agro. Duante a cerimônia, o gerente técnico, João Maurício Roy, e o supervisor do CPA, Vanei Tonini, apresentaram um resumo da safra, o desempenho elevado da Cooperativa na comparação com as demais áreas agrícolas e os avanços alcançados pelos participantes do Experts do Agro ao longo dos últimos dois anos.

“Conseguimos traduzir os resultados de pesquisas do CPA em informações que chegam lá no campo. Foram dois anos de troca de experiências com êxito. Encerramos em grande estilo reconhecendo os produtores que mais se destacaram nos manejos e na aplicação das tecnologias. Com produtividade 30% maior que a média geral da Cooperativa, finalizamos com sucesso o Experts do Agro”, exalta João.

Critérios de avaliação

Além da boa produtividade no Experts do Agro, os produtores premiados se destacaram também na boa condução dos manejos, como: Incremento de produtividade em relação à média da unidade em sacas por alqueire qualidade estrutural do solo cobertura do solo com consórcio milho + braquiária, cobertura pré-trigo cobertura após o milho segunda safra manejo de buva e participação nos encontros dos Experts do Agro.

Fonte: Assessoria Copacol
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Nova edição de Nutrição & Saúde Animal destaca avanços que moldam o futuro das proteínas animais

Conteúdos exclusivos abordam soluções nutricionais que ampliam índices produtivos e fortalecem a sanidade de aves, suínos, peixes e ruminantes.

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A nova edição do Jornal Nutrição e Saúde Animal, produzida por O Presente Rural, já está disponível na versão digital e reúne uma ampla cobertura técnica sobre os principais desafios e avanços da produção animal no Brasil. A publicação traz análises, pesquisas, tendências e orientações práticas voltadas aos setores de aves, suínos, peixes e ruminantes.

Entre os destaques, o jornal aborda a importância da gestão de micotoxinas na nutrição animal, tema discutido no contexto da melhoria da eficiência dos rebanhos . A edição também traz conteúdos sobre o uso de enzimas e leveduras e o papel dessas tecnologias na otimização de dietas e no desempenho zootécnico .

Outro ponto central são os avanços na qualificação de técnicos e multiplicadores, essenciais para promover o bem-estar animal e disseminar práticas modernas dentro das granjas . O jornal destaca ainda o impacto estratégico dos aminoácidos na nutrição, além de trazer uma análise sobre conversão alimentar, tema fundamental para a competitividade da agroindústria .

Os leitores encontram também reportagens sobre o uso de pré-bióticos, ferramentas de prevenção contra Salmonella, estudos sobre distúrbios de termorregulação em sistemas produtivos e avaliações sobre os efeitos da crescente pressão regulatória e tributária sobre o setor de proteína animal .

A edição traz ainda artigos sobre manejo, probióticos, qualidade de ovos, doenças respiratórias em animais de produção e desafios sanitários relacionados a patógenos avícolas, temas abordados por especialistas e instituições de referência no país .

Com linguagem acessível e foco técnico, o jornal reforça seu papel como fonte de atualização para produtores, gestores, consultores, médicos-veterinários e demais profissionais da cadeia produtiva.

A versão digital já está disponível no site de O Presente Rural, com acesso gratuito para leitura completa, clique aqui.

Fonte: O Presente Rural
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