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Agro brasileiro mostra-se inovador, tecnológico, altamente produtivo e sustentável no 13° Congresso de Marketing do Agro ABMRA
Evento reuniu mais de 3 mil profissionais de empresas, agências, meios de comunicação e instituições públicas e privadas

“Essa edição do Congresso ABMRA reuniu diversos elos da cadeia e conseguiu trazer conhecimento e insights importantes, tais como: a) É preciso desenhar uma narrativa que melhore as percepções sobre o Agro, que muitas vezes são prejudicadas por causa das informações erradas que veiculam por aí; b) Os meios digitais por si só não fazem milagres. É preciso construir um plano a partir de uma plataforma multimeios; c) Os segmentos que atuam no Agro precisam estar conectados e estarem uníssonos: todos a uma só voz. Assim será possível conquistar a admiração do brasileiro e tornar o Agro em uma paixão nacional. As empresas e marcas têm um papel importante nesta construção.” A afirmação de Ricardo Nicodemos, vice-presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA) e coordenador do 13º Congresso de Marketing do Agro ABMRA, concentra os mais importantes insights e percepções discutidas no evento, que reuniu mais de 3 mil profissionais de empresas, agências, meios de comunicação e instituições públicas e privadas.
“O 13º Congresso de Marketing do Agro ABMRA consagra-se como um dos mais importantes eventos do agro em 2020, ano extremamente desafiador em vários sentidos, inclusive para o trabalho da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio de fomentar, defender e valorizar a comunicação e o marketing do agro. Representa muito para nós atrair uma grande e seleta audiência de profissionais, empresários, pesquisadores, professores, comunicadores e estudantes. Foram, em média, 200 participantes em tempo real. Apenas dois dias após o Congresso, são 4 mil visualizações no YouTube do Canal Rural e da ABMRA”, destaca Jorge Espanha, presidente da ABMRA.
Com o tema central “O Marketing no Agro 4.0. Agregando Valor e Fortalecendo a Imagem do Setor”, o 13º Congresso de Marketing do Agro ABMRA reuniu cinco painéis com palestras e mesa de debates, que se conectaram. A programação começou pela tecnologia e inovação no campo, passou pelo perfil do produtor, envolvendo percepções que a população tem sobre o agro, a visão da indústria e food service, abrangendo os estabelecimentos que produzem os alimentos, e finalizado com a comunicação e o marketing. No total, 25 profissionais com experiências complementares dividiram experiências, colocando pontos de vista e provocando discussões conectadas com os desafios, as oportunidades e a importância do marketing e comunicação do agro.
“O objetivo do debate ‘Agro 4.0 – uma realidade no Brasil que gera crescimento agora e no futuro’ foi abordar a importância da agricultura 4.0, que nos traz as mais modernas práticas e processos de manejo, tecnologias de alta potência e precisão, mecanismos sofisticados, ou seja, todas questões que englobam resultados mais eficazes no agro”, assinala Alessandra Mello, jornalista especializada em agronegócio e moderadora do primeiro painel, que contou com a participação de Pedro Henrique Coutinho, CEO da Start Up Olho do Dono; Anselmo del Toro Arce, Diretor da Solinftec; Felipe Santos, Gerente de Marketing e Planejamento para Agricultura de Precisão da John Deere; Thiago Vechiato Junqueira, Diretor de Experiência do Cliente da divisão agrícola da Bayer; e Ivan Moreno, CEO na Orbia.
Já o segundo painel “Se a tecnologia é o caminho para o crescimento, quem vai implantá-la? O produtor rural: perfis, hábitos e a nova geração” contou com Marcelo Claudino, Diretor Comercial e Novos Negócios IHS Markit; Fabio Matuoka Mizumoto, Especialista em sucessão familiar e Professor da FGV-EESP e sócio da Markestra; Eduardo Eugenio Spers, professor Titular da Esalq-USP e Coordenador do MarkEsalq e Professor da ESPM, e moderação de Vera Ondei, editora de Mídia Digital da DBO, que destacou que já existe um grande interesse do produtor rural em ter acesso à agricultura digital. “Apesar da aceitação da grande maioria, é necessário ter estratégias de implementação nas propriedades rurais e, o mais importante, que isso seja incentivado por todas as gerações, sejam elas mais antigas ou mais jovens”.
“Percepções sobre o agro e como torná-lo motivo de admiração dos brasileiros e do mundo” foi o tema discutido no terceiro painel, com moderação de Ricardo Nicodemos e participação de Adriana Brondani, Consultora e fundadora da Biofocus Hub; Bruno Brasil, Chefe da Secretaria de Pesquisa e Desenvolvimento da EMBRAPA; Marcelo Coutinho, Professor e Coordenador do Mestrado da FGV e Especialista em Estratégia e Mercado Digital; e Luciana Florêncio de Almeida, PhD, Coordenadora do Mestrado em comportamento do consumidor e professora de Pós Graduação da ESPM.
“Todo recado que vem do agro deve ser passado com credibilidade, principalmente por meio do poder que as mídias e veículos possuem. Ou seja, a forma de comunicar da indústria deve ser clara, limpa e objetiva para podermos criar vínculos com a sociedade”, reforça Bruno Blecher, jornalista especializado em agronegócio e sócio da agência Fato Relevante, que moderou o painel 4 sobre “Como a indústria pode ajudar a melhorar e valorizar a imagem do agro junto à população”. Participaram Jean Louis Gallego, Diretor Comercial e Marketing da Aryzta do Brasil Alimentos; André Luiz Gasparini, Diretor Comercial – Agropalma; Leonardo Lima, Diretor de Desenvolvimento Sustentável Corporativo e Compromisso Social do McDonald’s; e Camille Lau, Gerente de Marketing da Unilever.
“O marketing e a comunicação como instrumentos de agregação de valor e diferenciação em toda a cadeia do agro” fechou o 13º Congresso de Marketing do Agro ABMRA, destacando a crescente demanda do marketing, citando estratégias eficazes e o conceito do marketing e da comunicação, que liga as relações humanas, principalmente do produtor com a sociedade. Jose Luiz Tejon, sócio diretor da Biomarketing, foi o moderador do debate, com palestras de Hamilton dos Santos, Diretor Geral da ABERJE (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial); Cris Camargo, CEO da IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau); Rafael Menin Soriano, Presidente da ANER; e Roberto Fava Scare, Sócio Fundador da Markestrat, Especialista e Autor de Livros sobre Trade Marketing. “O marketing no agro nos faz entender as mudanças de comportamento dos consumidores e do poder de persuasão que eles têm nas plataformas digitais, tornando a comunicação cada vez mais instantânea”, conclui Tejon.
Assista ao Congresso na íntegra aqui.

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Brasil e Reino Unido avançam em diálogo sobre agro de baixo carbono na COP30
Fávaro apresenta o Caminho Verde Brasil e discute novas parcerias para financiar recuperação ambiental e ampliar práticas sustentáveis no campo.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu nesta quarta-feira (19) com a ministra da Natureza do Reino Unido, Mary Creagh, durante a COP30, em Belém. O encontro teve como foco a apresentação das práticas sustentáveis adotadas pelo setor agropecuário brasileiro, reconhecidas internacionalmente por aliarem produtividade e conservação ambiental.
Fávaro destacou as iniciativas do Caminho Verde Brasil, programa que visa impulsionar a recuperação ambiental e o aumento da produtividade por meio da restauração de áreas degradadas e da promoção de tecnologias sustentáveis no campo.
Segundo o ministro, a estratégia tem ampliado a competitividade do agro brasileiro, com acesso a mercados mais exigentes, ao mesmo tempo em que contribui para metas climáticas.
A agenda também incluiu discussões sobre mecanismos de financiamento voltados a ampliar projetos de sustentabilidade no setor. As autoridades avaliaram oportunidades de cooperação entre Brasil e Reino Unido para apoiar ações de recuperação ambiental, inovação e produção de baixo carbono na agricultura.
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Oferta robusta pressiona preços do trigo no mercado brasileiro
Levantamento do Cepea aponta desvalorização influenciada pela ampla oferta interna, expectativas de safra recorde no mundo e competitividade do produto importado.

Levantamento do Cepea mostra que os preços do trigo seguem enfraquecidos. A pressão sobre os valores vem sobretudo da oferta nacional, mas também das boas expectativas quanto à produtividade desta temporada.
Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que o dólar em desvalorização aumenta a competitividade do trigo importado, o que leva o comprador a tentar negociar o trigo nacional a valores ainda menores.

Foto: Shutterstock
Em termos globais, a produção mundial de trigo deve crescer 3,5% e atingir volume recorde de 828,89 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo apontam dados divulgados pelo USDA neste mês.
Na Argentina, a Bolsa de Cereales reajustou sua projeção de produção para 24 milhões de toneladas, também um recorde.
Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia a ampla oferta externa e a possibilidade de o Brasil importar maiores volumes da Argentina, fatores que devem pesar sobre os preços mundiais e, consequentemente, nacionais.
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Instabilidade climática atrasa plantio da safra de verão 2025/26
Semeadura avança lentamente no Centro-Oeste e Sudeste devido à má distribuição das chuvas e períodos secos, segundo dados do Itaú BBA Agro.

O avanço do plantio da safra de verão 2025/26 tem sido afetado por condições climáticas instáveis em diversas regiões do país. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, os estados do Centro-Oeste e Sudeste registraram os maiores atrasos, reflexo da combinação entre pancadas de chuva isoladas, má distribuição das precipitações e períodos prolongados de estiagem. O cenário manteve os níveis de umidade do solo abaixo do ideal, dificultando o ritmo da semeadura até o início de novembro.
Enquanto isso, outras regiões apresentaram desempenho distinto. As chuvas mais intensas ficaram concentradas entre Norte e Sul do Brasil, com destaque para o centro-oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, onde os volumes superaram 150 mm somente em outubro. Nessas áreas, o armazenamento hídrico mais elevado favoreceu o avanço do plantio, embora episódios de granizo e temporais tenham provocado prejuízos em algumas lavouras. A colheita do trigo também sofreu atrasos e, em determinados pontos, perdas de qualidade.

Foto: José Fernando Ogura
No Centro-Oeste, a distribuição das chuvas variou significativamente ao longo de outubro. Regiões como o noroeste e o centro de Mato Grosso, além do sul de Mato Grosso do Sul, receberam volumes acima de 120 mm, enquanto outras áreas não ultrapassaram os 90 mm. Somente no início de novembro o padrão começou a mostrar maior regularidade.
No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo registraram precipitações que ajudaram a recompor a umidade do solo. Minas Gerais, por outro lado, enfrentou acumulados abaixo da média — especialmente no Cerrado Mineiro, onde outubro terminou com menos de 40 mm de chuva. Com a retomada das precipitações em novembro, ocorreu uma nova florada do café, embora os efeitos da estiagem prolongada continuem gerando preocupação entre produtores.
O comportamento irregular das chuvas segue como fator determinante para o ritmo da safra e mantém o setor em alerta para os próximos meses.



