Notícias
Agro brasileiro deve romper a barreira de R$ 1,41 trilhão em 2025
Projeções indicam salto de dois dígitos no faturamento das lavouras e da pecuária, com café e bovinos puxando a expansão; 2026 aponta acomodação nos resultados.

O agronegócio brasileiro deve entrar em 2025 operando em um nível de receita sem precedentes. Projeções oficiais indicam que o Valor Bruto da Produção (VBP), indicador que mede o faturamento da porteira para dentro, poderá chegar a R$ 1,41 trilhão, alta expressiva de 11,4% sobre o resultado consolidado para 2024, estimado em R$ 1,27 trilhão.

Foto: Shutterstock
A arrancada de 2025 é impulsionada essencialmente pelas lavouras, que devem responder por 66% do VBP total, somando R$ 932,6 bilhões. A pecuária, por sua vez, tende a manter participação estável, com R$ 479,6 bilhões, o equivalente a 34% do montante nacional.
Para 2026, no entanto, o cenário mostra ligeira acomodação: o VBP projetado recua para R$ 1,37 trilhão, movimento associado especialmente a uma retração prevista de 5,1% na produção agrícola, enquanto a pecuária deve sustentar patamar semelhante ao do ano anterior.
Lavouras
Entre as culturas analisadas, o café se destaca como a grande estrela da próxima safra. O faturamento projetado chega a R$ 114,9 bilhões, avanço robusto de 46,2% em comparação ao ano anterior, movimento impulsionado por preços firmes e perspectiva de retomada na produtividade.
A soja segue como carro-chefe do campo, devendo alcançar R$ 326 bilhões, alta de 9,8%. Já o milho surpreende pela força do crescimento: receita estimada em R$ 167,5 bilhões, o que representa um salto de 34,2%, refletindo tanto melhora de preços quanto expansão da produção.

Foto: Shutterstock
Entre as culturas que avançam de forma moderada está o trigo, com faturamento previsto de R$ 10,8 bilhões, aumento de 3,2%.
Setores estratégicos
Apesar do desempenho geral favorável, alguns segmentos sinalizam cautela. A cana-de-açúcar, uma das bases energéticas e industriais do país, deve recuar 1,9%, totalizando R$ 117,6 bilhões. A laranja enfrenta uma queda mais acentuada, com retração de 18,4% e receita estimada em R$ 23 bilhões.
Entre culturas específicas, o algodão indica crescimento controlado: R$ 36,3 bilhões (+7%). O cacau mantém trajetória positiva, com R$ 12,3 bilhões, alta de 12%.
Nos grãos essenciais da dieta brasileira, o cenário é de ajuste: o arroz deve cair 13%, registrando R$ 21,6 bilhões, enquanto o feijão tem redução prevista de 18,7%, chegando a R$ 12 bilhões.
Pecuária
No lado da pecuária, o bom momento é guiado pelo mercado de bovinos. O segmento deve alcançar R$ 205,4 bilhões, crescimento de

Foto: Shutterstock
20,8%, refletindo melhora dos preços pagos ao produtor e aumento no volume de abates.
Os suínos devem crescer 10,7%, com receita de R$ 61,7 bilhões, enquanto a avicultura de corte tende a somar R$ 111,2 bilhões, avanço de 4,4%. A produção de leite segue trajetória gradual de recuperação, estimada em R$ 71,5 bilhões (+4,9%). Os ovos continuam ganhando espaço no consumo interno e externo, com alta de 11,3%, chegando a R$ 29,7 bilhões.
Sinal verde para investimentos
O boletim técnico do governo, que combina dados de produção do IBGE com preços efetivamente pagos aos produtores, reforça o dinamismo do agronegócio brasileiro e sua capacidade de resposta às oscilações de mercado.
Com um 2025 promissor, o setor tende a acelerar decisões de investimento em tecnologia, manejo e expansão de área. Ainda assim, os sinais de acomodação previstos para 2026 sugerem que o produtor deve planejar com cautela, acompanhando as variações de preços internacionais, custos de insumos e desempenho climático.

Notícias
Mapa projeta salto histórico no VBP das carnes em 2026
Bovinos, suínos e frangos podem alcançar R$384,1 bilhões em valor bruto puxados pelo maior crescimento das proteínas em mais de duas décadas.

A Secretaria de Política Agrícola (SPA) e o Ministério da Pecuária e da Agricultura (MAPA) divulgou o primeiro prognóstico para 2026 apontando um avanço expressivo no Valor Bruto da Produção (VBP) das principais cadeias pecuárias do país. Somados, bovinos, suínos e frangos podem alcançar R$ 384,1 bilhões no próximo ano, alta de 281% frente aos pouco mais de R$ 100 bilhões estimados no início dos anos 2000.
O desempenho reflete o crescimento consistente das três proteínas, embora com dinâmicas distintas. Entre os bovinos, a previsão é de um VBP ligeiramente superior a R$208 bilhões, 247% acima de 2000; enquanto os frangos devem registrar cerca de R$113,5 bilhões, incremento próximo de 280%. O maior salto, entretanto, será dos suínos, cujo VBP estimado em R$62,5 bilhões representa expansão superior a 476% em 26 anos, elevando sua participação no total do setor de pouco mais de 10% para 16,3%.

Foto: Shutterstock
A análise indica mudanças na composição do VBP da pecuária. A fatia dos bovinos deve recuar 9%, enquanto o segmento de frangos mantém relativa estabilidade, com leve redução de meio ponto percentual. Na comparação com 2024, o setor avícola segue como o de menor crescimento, ainda impactado pelo caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) registrado na avicultura comercial.
Já os suínos tendem a um avanço de 10,68% no VBP, enquanto os bovinos projetam o maior crescimento anual do século, com alta próxima de 21%, impulsionados por um desempenho que se manteve robusto mesmo diante do tarifaço dos Estados Unidos, posteriormente revogado.
Frango

Foto: Divulgação/Freepik
A produção de carne de frango deve alcançar cerca de 15,86 milhões de toneladas em 2026, estabelecendo um novo recorde histórico e superando a estimativa de 15,5 milhões de toneladas para 2025. O bom resultado da avicultura de corte, aliado ao desempenho da suinocultura, contribui para que a produção total de carnes no país chegue a 32,6 milhões de toneladas no próximo ano. O volume representa alta de 0,4% frente às 32,48 milhões previstas para este ano e também configura o maior nível já registrado.
Em 2025, a oferta ampliada de carne de frango tem garantido maior disponibilidade no mercado interno, mesmo com o leve avanço das exportações, estimadas em 5,2 milhões de toneladas, acima das 5,15 milhões embarcadas em 2024, quando o setor enfrentou impactos decorrentes do registro de Influenza Aviária no Rio Grande do Sul.
A retomada das compras pela China, principal destino da proteína, contribuiu para aliviar eventuais perdas. Para 2026, a perspectiva é de manutenção do ritmo positivo das vendas externas, que podem atingir 5,25 milhões de toneladas, sem prejudicar o consumo doméstico. A disponibilidade interna deve subir 3,1%, passando de 10,3 milhões de toneladas em 2025 para 10,62 milhões no ano seguinte, permitindo que a disponibilidade per capita chegue a 51,3 quilos por habitante.
Suinocultura

Foto: Shutterstock
O panorama é semelhante para a suinocultura, com produção prevista em 5,63 milhões de toneladas em 2025 e exportações estimadas em 1,48 milhão, mesmo em meio à redução da demanda chinesa após a recomposição de seu plantel pós-PSA. A disponibilidade interna deve aumentar de 4 milhões de toneladas em 2024 para 4,16 milhões em 2025. Em 2026, a produção deve avançar 4,5%, alcançando 5,88 milhões de toneladas, viabilizando exportações de 1,6 milhão de toneladas e ampliando a oferta interna para 4,3 milhões de toneladas.
Carne bovina
Quanto à carne bovina, a produção estimada para 2025 é de 11,38 milhões de toneladas, ligeiramente acima de 2024. As exportações seguem em ritmo acelerado e devem totalizar 4,21 milhões de toneladas até o fim do ano, o maior volume já registrado, impulsionadas pela demanda chinesa, que absorveu 53,7% dos embarques brasileiros. Para 2026, a reversão do ciclo pecuário deve reduzir a produção para 10,89 milhões de toneladas devido à maior retenção de fêmeas. Ainda assim, a demanda internacional deve permanecer aquecida, mantendo as exportações próximas de 4,25 milhões de toneladas. A disponibilidade interna, por sua vez, tende a cair para 6,67 milhões de toneladas.
Notícias
Minas Gerais projeta recorde histórico no VBP agropecuário em 2025
Estado deve alcançar R$ 168,1 bilhões impulsionado pelo avanço das lavouras e pelo crescimento uniforme da pecuária.

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária mineira mantém a perspectiva de fechar 2025 com o valor recorde de R$ 168,1 bilhões, um crescimento de 13,8% em relação ao ano anterior. O indicador, atualizado mensalmente, é uma estimativa da renda gerada pelos estabelecimentos rurais com a venda de seus produtos agrícolas e pecuários. O cálculo é realizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP).
Lavouras

Foto: Freepik
O bom desempenho do setor agropecuário é impulsionado pelo segmento das lavouras, que deve alcançar R$ 113,4 bilhões, um aumento de 17,3% no ano. Sozinho, o setor representa 67% do faturamento agropecuário mineiro. “Como tem sido observado nos últimos levantamentos, o café se mantém como destaque entre as culturas que contribuem para essa alta no rendimento, com crescimento de 48% e VBP estimado em R$ 59 bilhões”, detalha a assessora técnica da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa-MG), Amanda Bianchi.
O VBP da soja, segundo maior do segmento agrícola, deve alcançar R$ 18,6 bilhões, crescendo 11% em relação a 2024. O milho também apresentou alta de 19%, somando R$ 7,8 bilhões.
Por outro lado, a estimativa é de queda no VBP da cana-de-açúcar (-4%), assim como da banana (-19%), batata-inglesa (-55%), feijão (-29%), laranja (-6%), mandioca (-26%) e arroz (-30%).
Pecuária
O VBP do segmento pecuário deve atingir R$ 54,7 bilhões, o que representa um aumento de 7,3%. Todos os produtos do segmento devem registrar crescimento em 2025, com liderança do leite, que tem faturamento estimado em R$ 18,3 bilhões e alta de 2%.
Em segundo lugar, vem a carne bovina, que deve alcançar R$ 18 bilhões (+13%). O VBP do frango deve chegar a R$ 8,2 bilhões (+3%). Segundo a assessora técnica Amanda Bianchi, a tendência é de manutenção dos preços dos produtos avícolas até o fim do ano, devido à retomada das exportações e ao aumento da demanda doméstica, impulsionado pelo maior valor pago pelas aves natalinas no período festivo. Já o VBP da carne suína está estimado em R$ 7,4 bilhões, alta de 7%.
Notícias
Asgav celebra 60 anos com ediçaõ especial do Jantar do Galo
Evento reconhece personalidades, municípios e ex-presidentes que contribuíram e contribuem com o desenvolvimento do setor no Rio Grande do Sul.

A Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) realiza nesta sexta-feira (28), no Plaza Hotel & Boulevard Convention, em Bento Gonçalves, na serra gaúcha, o Jantar do Galo – Especial 60 Anos. A edição comemorativa celebra seis décadas de atuação da entidade na defesa e no fortalecimento da cadeia avícola, reunindo lideranças, autoridades e representantes do setor em uma noite de integração e reconhecimento. A programação terá início às 19 horas, com um coquetel receptivo aos convidados, seguido pela cerimônia oficial, que está prevista para começar às 20 horas.
Nesta edição histórica, a Asgav presta homenagem aos ex-presidentes Aristides Inácio Vogt, Luiz Fernando de Pinedo Roman Ross e Nelson Franken, além de distinguir o presidente do Conselho Diretivo Asgav/Sipargs, Nestor Freiberger, por sua contribuição institucional.
Na categoria Avicultura Regional, o destaque vai para o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, que é agricultor, advogado e deputado estadual no quarto mandato, sempre defendendo o agronegócio na vida pública. O diretor comercial da Naturovos/Solar, Anderson Herbert, receberá a distinção pelo desempenho estratégico e consolidado no mercado externo. Os municípios gaúchos de Marau (frango de corte) e Farroupilha (produção de ovos) completam a lista de homenageados.
Para o presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, o evento simboliza a força e a continuidade do setor. “Chegar aos 60 anos celebrando a nossa história ao lado de quem constrói diariamente a avicultura gaúcha é muito significativo. Este jantar é uma forma de reconhecer lideranças, municípios e personalidades que, com dedicação e visão, impulsionam o crescimento do setor e fortalecem toda a nossa cadeia produtiva”, afirma.
A noite também contará com atrações especiais, incluindo covers de artistas famosos e show da Banda Dublê, atração principal da celebração que será o entretenimento de confraternização final da noite especial.
O Jantar do Galo se consolida como um dos principais encontros de confraternização e homenagens da avicultura no Estado, sendo esta edição especial alusiva aos 60 anos da Asgav.
Confira a lista completa de homenageados:
Homenagem aos ex-presidentes:
Aristides Inácio Vogt
Luiz Fernando de Pinedo Roman Ross
Nelson Franken
Homenagem ao presidente do Conselho Diretivo Asgav/Sipargs:
Nestor Freiberger
Categoria Personalidades – Destaques da Avicultura Regional:
Ernani Polo – Secretário de Desenvolvimento Econômico do RS
Categoria Personalidades – Destaques da Avicultura no Mercado Externo:
Anderson Herbert – Diretor Comercial da Naturovos / Solar
Município Destaque da Avicultura – Categoria Frango de corte:
Marau/RS
Município Destaque da Avicultura – Categoria Produção de ovos:
Farroupilha/RS



