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Bovinos / Grãos / Máquinas

Agricultura precisa adotar cuidados após chuva excessiva -Cooplantio

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A chuva que tem castigado o Rio Grande do Sul nas últimas semanas também tem sido prejudicial para as lavouras de inverno. Em um momento  importante para a implantação das culturas, especialmente a do trigo, que tinha uma perspectiva de aumentar a produção depois de um recorde estadual que estimulou os agricultores, as estimativas apontam para um atraso na semeadura.
    O gestor de Marketing e Serviços da Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto (Cooplantio), Dirceu Gassen, explica que o excesso de chuvas prejudica as lavouras de várias maneiras. O encharcamento do solo dificulta a oxigenação e o crescimento das plantas, além disso, a semeadura em solos com excesso de água, em geral é de má qualidade e prejudica o estabelecimento das plantas. "Microrganismos patogênicos podem ser beneficiados, especialmente a ocorrência e severidade do vírus do mosaico em trigo", salienta.
    O dirigente da Cooplantio reforça que o plantio direto determinou grande avanço no manejo de solos, mas há a necessidade de práticas complementares de manejo de excesso de água de chuvas, a cobertura permanente do solo e a redução do passeio de máquinas, que compactam o solo e diminuem a capacidade de armazenar água. 
    Lembra também que plantas cultivadas que desenvolvem com fraqueza ou falhas, permitem o estabelecimento de plantas daninhas e a severidade de doenças radiculares. "De forma geral os insetos não são beneficiados pelo excesso de chuvas, pois, microrganismos de controle biológico podem causar doenças e morte de pragas", ressalta.
    Gassen afirma que o Sul do Brasil se caracteriza por chuvas em excesso e em
todos os meses, com média de 1800 mm/ano, comparado a 1600 mm no Centro Oeste do Brasil, 800 mm no Pampa da Argentina, 780 mm na região de produção de grãos dos Estados Unidos e 600 mm na França e Alemanha. "Podemos concluir quevivemos numa região de intensas chuvas e que exigem práticas de conservação de solos e manejo para evitar perdas por erosão", conclui.
 
Entenda a dinâmica e o ciclo da água
 
    A água é considerado o diluente universal, as moléculas de H2O estão fortemente ligadas e fazem parte de ciclos contínuos. A água está armazenada no solo, na superfície e no ar. Os solos de lavouras tem capacidade de armazenar entre 2% e 25% de seu volume em água. Lavouras bem conduzidas, sob plantio direto e cobertura permanente do solo, absorvem maior volume de água.
    Por outro lado, solos arados, gradeados, sem cobertura vegetal e compactados pelo excessivo passeio de máquinas tem menor capacidade de armazenar água. Como consequência, são expostos a enxurradas, erosão e prejuízos generalizados de recursos naturais.
 
Chuva no Rio Grande do Sul
 
    De forma geral a comunicação da quantidade de chuva é expressa em milímetros. É necessário compreender que um milímetro de lâmina de água corresponde a um litro por metro quadrado. Em alguns países de Europa a comunicação da mídia é de litros/m2 e não em milímetros de chuva, para facilitar o entendimento.
    Nas últimas chuvas, os registros de 300 mm, por exemplo, correspondem a 300 litros/m2. Uma quantidade de água muito elevada, que escorre, forma enxurradas, causa erosão, enche os rios e causa enchentes. Essas quantidades de chuvas em períodos curtos ocorrem periodicamente e são consideradas normais. 
As intensidades maiores se repetem em períodos mais longos. O registro de maior enchente em Porto Alegre foi de 1941, quando inundou a cidade. Como estratégia de proteção foi construído o muro da Mauá. Interessante destacar que em 1943 foi registrada a maior seca, quando água chegou aos níveis mais baixos em Porto Alegre.
    As florestas e as lavouras cobertas por vegetação, tem maior capacidade de armazenar água e, principalmente, retardam os processos de escorrimento e perda do excesso, diminuindo a severidade das enchentes. Com informações da 
assessoria de imprensa da Cooplantio.
(AB)

Fonte: Ag. Safras

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Bovinos / Grãos / Máquinas Em Uberaba, Minas Gerais

ABCZ vai realizar curso de avaliação morfológica de raças zebuínas leiteiras

O curso é destinado a produtores, profissionais do setor e estudantes de Ciências Agrárias.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Para obter uma produção eficiente na pecuária leiteira, o produtor precisa estar atento não só à capacidade produtiva do rebanho, mas também aos aspectos morfológicos dos animais. E durante a ExpoLeite, que acontecerá entre os dias 21 e 25 de outubro, em Uberaba (MG), a ABCZ realizará o Curso de Avaliação Morfológica de Raças Zebuínas Leiteiras, oportunizando uma seleção mais satisfatória nas fazendas, com base em características funcionais para a produção de leite.

O curso é destinado a produtores, profissionais do setor e estudantes de Ciências Agrárias. O conteúdo será aplicado em aulas teóricas e práticas, no dia 21 de outubro. “Os participantes vão aprender a identificar e reconhecer os principais aspectos morfológicos ligados à conservação das raças puras, como as características morfológicas influenciam a produção leiteira, as associações genéticas e fenotípicas entre as características morfológicas e os atributos econômicos da produção de leite e, ainda farão, na prática, a identificação e classificação de fêmeas e machos com aptidão leiteira”, destaca o Superintendente Técnico Adjunto do Leite e Projetos Técnicos da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado.

O investimento é de R$ 150,00 para estudantes e de R$ 300,00 para não estudantes. Para se inscrever, clique aqui.

Confira a programação completa.

Fonte: Assessoria ABCZ
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Bovinos / Grãos / Máquinas Seminário de Criadores e Pesquisadores

Pecuaristas debatem planejamento reprodutivo e desafios da prenhez em novinhas precoces

Transferência de conhecimento tem proporcionado uma evolução expressiva no desempenho genético dos rebanhos, melhorando a qualidade dos animais e, consequentemente, a oferta no mercado.

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Fotos: Fernando Samura

Transmitir uma mensagem com mais clareza e divulgar informações que tenham aplicabilidade no campo. Estes foram os objetivos centrais que nortearam as discussões do 28º Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores, promovido recentemente pela Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP), em Uberaba (MG). Conforme os organizadores, a edição de 2024 foi uma das maiores já realizadas, registrando um crescimento de público de 25% em relação ao ano anterior.

Zootecnista, especialista em Agronegócio e diretora de Mercado e Associados da ANCP, Fernanda Borges: “O Seminário não só reforçou a importância da fase da prenhez ao parto na cadeia produtiva, como também destacou o papel da ANCP em promover a inovação e o desenvolvimento contínuo da pecuária nacional”

Com o tema “Da prenhez ao parto”, o seminário focou nos avanços mais recentes da pecuária de corte, no planejamento reprodutivo e nos desafios associados a prenhez em novilhas precoces, atraindo cerca de 500 participantes, entre criadores associados, pecuaristas, pesquisadores, professores e estudantes de ciências agrárias, técnicos agropecuários, profissionais de programas de melhoramento genético, associações de raças bovinas e empresas da área de genética de todo o país.

O evento ofereceu uma programação rica e diversificada, com especialistas renomados no setor discutindo e compartilhando conhecimentos sobre as novas tecnologias e práticas que estão moldando o futuro da produção bovina no Brasil. Além de palestras e discussões em plenário, os participantes tiveram a oportunidade de acompanhar uma mesa-redonda, o lançamento de novas DEPs (Diferença Esperada na Progênie) e a divulgação do sumário de touros 2024.

ExpoGenética

Esta foi a segunda vez que o Seminário integrou a programação da ExpoGenética, reforçando seu papel como um dos principais fóruns de debate e troca de conhecimento no setor. “A ExpoGenética é um dos principais encontros da pecuária de corte no Brasil, proporcionando uma excelente oportunidade de networking. É um ambiente em que criadores, pesquisadores e empresas se conectam, trocam conhecimentos e estabelecem parcerias que impulsionam o setor”, ressalta a zootecnista, especialista em Agronegócio e diretora de Mercado e Associados da ANCP, Fernanda Borges.

De acordo com a profissional, a escolha do tema que norteou as discussões da 28ª edição do evento se deu em razão de que os criadores têm investido cada vez mais na precocidade sexual de novilhas, buscando com que esses animais emprenhem em idades mais jovens. Contudo, esse avanço trouxe à tona um novo desafio: dificuldades no parto devido ao tamanho, idade e desenvolvimento da fêmea.

Além de oferecer uma plataforma para atualização e a troca de conhecimento, Fernanda diz que o evento visa popularizar o melhoramento genético em toda a cadeia produtiva, atingindo desde pequenos até grandes criadores. “Nosso objetivo é garantir que todos tenham acesso às ferramentas necessárias para desenvolver melhor seu rebanho para que compreendam e reconheçam o potencial que possuem nas mãos”, frisou, acrescentando: “Muitos criadores ainda baseiam suas decisões em achismos, opiniões de vizinhos ou informações genéricas, sem conhecer as reais oportunidades que o melhoramento genético pode oferecer. Neste sentido, o seminário busca formar multiplicadores de conhecimento, de modo que a informação chegue a todos os níveis da cadeia produtiva, contribuindo para o fortalecimento da pecuária nacional”.

Conforme a zootecnista, o Brasil tem um enorme potencial para melhorar não apenas a quantidade, mas também a qualidade da produção de carne. O investimento em genética, segundo ela, é uma alternativa com excelente custo-benefício e pode proporcionar ganhos acumulativos ao longo dos anos, sem complexidades desnecessárias. “O Seminário não só reforçou a importância da fase da prenhez ao parto na cadeia produtiva, como também destacou o papel da ANCP em promover a inovação e o desenvolvimento contínuo da pecuária nacional”, frisou.

Ciência e prática

Fernanda destaca a importância do Seminário Nacional de Criadores e Pesquisadores como o evento mais relevante promovido pela ANCP ao longo do ano. Com quase três décadas de trajetória, o Seminário se consolidou como um importante canal para a disseminação dos avanços em pesquisa e desenvolvimento aplicados à prática pecuária. “A ANCP investe intensamente em pesquisas e no desenvolvimento de conhecimento que possa ser diretamente aplicado pelos produtores no dia a dia. O seminário desempenha um papel importante ao reunir e compartilhar essas inovações, originadas de colaborações com universidades e centros de pesquisa”, menciona.

Essa transferência de conhecimento tem proporcionado uma evolução expressiva no desempenho genético dos rebanhos, melhorando a qualidade dos animais e, consequentemente, a oferta no mercado. “O impacto positivo dessas inovações reverbera por toda a cadeia produtiva da carne, beneficiando todos os envolvidos e garantindo que o conhecimento transmitido durante o seminário se reflita em avanços concretos na prática pecuária”.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura de leite e na produção de grãos acesse a versão digital de Bovinos, Grãos e Máquinas, clique aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Indicador sobe 3% na 1ª dezena, mas pecuaristas esperam maiores altas

No atacado, os preços da carne com osso também registram aumentos, impulsionados pela demanda aquecida, de acordo com colaboradores consultados pelo Cepea.

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Foto: Shutterstock

Levantamentos do Cepea mostram que as cotações do boi gordo seguem em alta, sustentadas pela oferta limitada de animais prontos para abate no spot.

No acumulado da primeira dezena de setembro, o Indicador Cepea/B3 subiu 3,1%, passando de R$ 239,75 no último dia útil de agosto, para R$ 247,20 na última terça-feira (10).

Segundo pesquisadores do Cepea, apesar do movimento altista, pecuaristas se mantêm resistentes em entregar o boi, na expectativa de valores maiores que os atuais.

No atacado, os preços da carne com osso também registram aumentos, impulsionados pela demanda aquecida, de acordo com colaboradores consultados pelo Cepea.

Divulgação recente do IBGE mostra que o volume abatido no segundo trimestre foi recorde, com destaque para a categoria fêmea (vaca e novilha) – foram 8,8 milhões de cabeças no semestre, o que representou 45,7% do total de animais abatidos.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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