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Notícias No Rio Grande do Sul

Agricultura e Inovação promovem primeiro debate sobre Centro de Inteligência do Agro

Projeto inédito conta com construção coletiva de atores do governo, academia, sociedade civil e empresas.

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Foto: Ascom/Seapi

O primeiro ciclo de debate sobre o Centro de Inteligência do Agro, projeto inédito liderado pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), ocorreu nesta sexta-feira (23). Atores da quádrupla hélice — governo, iniciativa privada, academia e sociedade civil organizada — se reuniram no Tecnopuc, em Porto Alegre, para criar em conjunto a proposta do novo hub de inovação do agronegócio, cuja sede deverá ser o Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O lançamento oficial está previsto para a Expointer, em agosto.

A secretária da Sict, Simone Stülp, destacou a importância de construir esse projeto de modo coletivo, com contribuições de diferentes segmentos. “Universidades, empresas, organizações da sociedade, poder público, todos precisam abraçar essa demanda. Fizemos este chamamento para dar o primeiro passo nessa construção. Precisamos nos unir em torno de projetos estratégicos como este”, afirmou.

O Centro de Inteligência do Agro, segundo Simone, vem para reforçar a trajetória e a competência do RS no agronegócio e produzir melhorias em toda a cadeia. “Hoje, temos vários desafios e necessidades nessa área, mas também temos excelência em soluções. Faltam alguns pontos de conexão. Por isso, o centro terá um papel de orquestração, para fortalecer os elos entre os pontos da cadeia”, explicou. A secretária pontuou que o projeto deverá ter um caráter de estratégia de Estado, para garantir sua continuidade e legitimidade.

O titular da Seapi, Giovani Feltes, também enfatizou o aspecto colaborativo da iniciativa: “A expertise da Secretaria de Agricultura é fundamental nessa construção coletiva, que buscará consolidar o protagonismo do agronegócio no RS e no Brasil”. Conforme o secretário, o Parque Assis Brasil é um local adequado para uma instalação desse porte, em função de localização, logística e acesso, entre outros diferenciais.

Para o coordenador da Rede de Inovação do Agronegócio do RS (Riagro), Luís Humberto Villwock, a proposta de criação do centro vem avançando significativamente a partir de articulações com diferentes setores, e a Expointer será uma boa oportunidade para o lançamento. “Já teremos uma estrutura mais bem definida a partir do trabalho das pessoas reunidas aqui”, disse.

Na discussão sobre as perspectivas futuras do agro, o assessor técnico da Emater/RS Célio Alberto Colle afirmou que a tecnologia é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento do produtor rural, capaz de gerar emprego e renda. Já o economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do RS (Farsul), Antonio da Luz, destacou o papel do Brasil na produção de alimentos no contexto mundial, o que reforça a relevância do agronegócio.

Workshop de cocriação

Após o debate realizado pela manhã, a tarde foi dedicada ao trabalho de cocriação. O diretor de Ambientes de Inovação da Sict, Everaldo Daronco, celebrou a oportunidade da discussão coletiva e ampla, reunindo atores da quádrupla hélice: “Ter essa diversidade é essencial, porque esse projeto é estratégico dentro do governo e pretende fazer do RS um vetor na área do agronegócio”.

As tarefas da tarde se dividiram em duas etapas. Na primeira, os times apontaram pontos críticos e desafios para transformar o RS em um centro de referência em inovação no agronegócio nos âmbitos nacional e internacional. Na segunda, discutiu-se a visão de futuro do centro levando em consideração os seguintes pontos: forças econômicas, infraestrutura, atração e manutenção de talentos, sustentabilidade ambiental e modelo de governança.

Nos próximos meses, outros encontros deverão ser realizados para concluir o formato e a estrutura do centro.

Fonte: Assessoria Ascom Sict

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Brasil e Reino Unido avançam em diálogo sobre agro de baixo carbono na COP30

Fávaro apresenta o Caminho Verde Brasil e discute novas parcerias para financiar recuperação ambiental e ampliar práticas sustentáveis no campo.

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Foto; Beatriz Batalha/Mapa

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu nesta quarta-feira (19) com a ministra da Natureza do Reino Unido, Mary Creagh, durante a COP30, em Belém. O encontro teve como foco a apresentação das práticas sustentáveis adotadas pelo setor agropecuário brasileiro, reconhecidas internacionalmente por aliarem produtividade e conservação ambiental.

Fávaro destacou as iniciativas do Caminho Verde Brasil, programa que visa impulsionar a recuperação ambiental e o aumento da produtividade por meio da restauração de áreas degradadas e da promoção de tecnologias sustentáveis no campo.

Segundo o ministro, a estratégia tem ampliado a competitividade do agro brasileiro, com acesso a mercados mais exigentes, ao mesmo tempo em que contribui para metas climáticas.

A agenda também incluiu discussões sobre mecanismos de financiamento voltados a ampliar projetos de sustentabilidade no setor. As autoridades avaliaram oportunidades de cooperação entre Brasil e Reino Unido para apoiar ações de recuperação ambiental, inovação e produção de baixo carbono na agricultura.

Fonte: Assessoria Mapa
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Oferta robusta pressiona preços do trigo no mercado brasileiro

Levantamento do Cepea aponta desvalorização influenciada pela ampla oferta interna, expectativas de safra recorde no mundo e competitividade do produto importado.

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Foto: Jaelson Lucas

Levantamento do Cepea mostra que os preços do trigo seguem enfraquecidos. A pressão sobre os valores vem sobretudo da oferta nacional, mas também das boas expectativas quanto à produtividade desta temporada.

Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que o dólar em desvalorização aumenta a competitividade do trigo importado, o que leva o comprador a tentar negociar o trigo nacional a valores ainda menores.

Foto: Shutterstock

Em termos globais, a produção mundial de trigo deve crescer 3,5% e atingir volume recorde de 828,89 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo apontam dados divulgados pelo USDA neste mês.

Na Argentina, a Bolsa de Cereales reajustou sua projeção de produção para 24 milhões de toneladas, também um recorde.

Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia a ampla oferta externa e a possibilidade de o Brasil importar maiores volumes da Argentina, fatores que devem pesar sobre os preços mundiais e, consequentemente, nacionais.

Fonte: Assessoria Cepea
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Instabilidade climática atrasa plantio da safra de verão 2025/26

Semeadura avança lentamente no Centro-Oeste e Sudeste devido à má distribuição das chuvas e períodos secos, segundo dados do Itaú BBA Agro.

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Foto: Sistema Faep

O avanço do plantio da safra de verão 2025/26 tem sido afetado por condições climáticas instáveis em diversas regiões do país. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, os estados do Centro-Oeste e Sudeste registraram os maiores atrasos, reflexo da combinação entre pancadas de chuva isoladas, má distribuição das precipitações e períodos prolongados de estiagem. O cenário manteve os níveis de umidade do solo abaixo do ideal, dificultando o ritmo da semeadura até o início de novembro.

Enquanto isso, outras regiões apresentaram desempenho distinto. As chuvas mais intensas ficaram concentradas entre Norte e Sul do Brasil, com destaque para o centro-oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, onde os volumes superaram 150 mm somente em outubro. Nessas áreas, o armazenamento hídrico mais elevado favoreceu o avanço do plantio, embora episódios de granizo e temporais tenham provocado prejuízos em algumas lavouras. A colheita do trigo também sofreu atrasos e, em determinados pontos, perdas de qualidade.

Foto: José Fernando Ogura

No Centro-Oeste, a distribuição das chuvas variou significativamente ao longo de outubro. Regiões como o noroeste e o centro de Mato Grosso, além do sul de Mato Grosso do Sul, receberam volumes acima de 120 mm, enquanto outras áreas não ultrapassaram os 90 mm. Somente no início de novembro o padrão começou a mostrar maior regularidade.

No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo registraram precipitações que ajudaram a recompor a umidade do solo. Minas Gerais, por outro lado, enfrentou acumulados abaixo da média — especialmente no Cerrado Mineiro, onde outubro terminou com menos de 40 mm de chuva. Com a retomada das precipitações em novembro, ocorreu uma nova florada do café, embora os efeitos da estiagem prolongada continuem gerando preocupação entre produtores.

O comportamento irregular das chuvas segue como fator determinante para o ritmo da safra e mantém o setor em alerta para os próximos meses.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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