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Notícias Desafios fitossanitários das lavouras

Agricultores ampliam investimento e área tratada com defensivos agrícolas cresce 12,1% em 2021, informa Sindiveg

Inseticidas foram utilizados em 27% da área tratada com defensivos agrícolas, 4 pontos percentuais a mais que os herbicidas (23%)., e os fungicidas foram usados em 18% da área, mais que o dobro do percentual dos tratamentos de sementes (8%).

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Jeferson Vasconcelos

Os agricultores brasileiros estão cada vez mais produtivos e preocupados com os crescentes desafios fitossanitários das lavouras. A safra 2021/2022 está estimada em 269,3 milhões de toneladas de grãos, conforme o mais recente levantamento da Companhia Brasileira de Abastecimento. Esse resultado é 5,4% superior à colheita anterior, de 255,5 milhões de toneladas. Já a área tratada com defensivos agrícolas cresceu 12,1% em relação ao ano anterior, principalmente devido ao aumento de pragas, doenças e ervas daninhas de difícil controle, informa o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg). Foram aplicados insumos em 1,883 bilhão de hectares, ante 1,679 bilhão de hectares do ano anterior.

Presidente do Sindiveg, Julio Borges Garcia

O conceito de área tratada é o resultado da multiplicação da área cultivada em hectares pelo número de aplicações de defensivos e, ainda, pelo número de produtos formulados em cada uma das aplicações. O Sindiveg aplica esse conceito desde 2020, utilizando dados encomendados à Spark Consultoria Estratégica, que realiza pesquisa junto aos agricultores. “As estatísticas de área tratada representam um importante indicador para medir a contribuição efetiva da indústria de defensivos agrícolas com a proteção e defesa dos cultivos, e mostram que o produtor tem investido cada vez mais em tecnologia e prevenção contra as pragas, doenças e ervas daninhas”, explica o presidente do Sindiveg, Julio Borges Garcia.

O crescimento da área plantada, segundo Garcia, comprova o compromisso dos agricultores brasileiros em aumentar a produção de alimentos para atender à crescente demanda brasileira e global. “Para isso, a indústria de defensivos agrícolas não mede esforços, aumentando a oferta de novos produtos e tecnologias eficazes, além de ampliar o financiamento no campo”, ressalta o dirigente.

Outro fator responsável pelo crescimento da área tratada envolve o constante aumento dos desafios fitossanitários, com a expansão de pragas, doenças e ervas daninhas de difícil controle. As pulverizações contra cigarrinhas, por exemplo, tiveram elevação de 98%. Já as aplicações contra mosca-branca e percevejos subiram 29% e 25%, respectivamente. Os agricultores também utilizaram mais fungicidas protetores (+18% em 2021).

Desafios externos e internos

Em 2021, a indústria de defensivos agrícolas enfrentou sérios problemas relacionados a aumento do câmbio, desabastecimento de algumas matérias-primas vindas da China, atraso nas entregas, elevação dos custos dos fretes marítimos e consequente pressão dos custos.

Como setor considerado essencial para a segurança alimentar da população, a indústria de defensivos precisou revisar suas estratégias e processos para que não faltassem insumos agrícolas para os produtores rurais. Faltas pontuais e apenas de alguns produtos específicos, entretanto, ocorreram, em função do problema logístico global.

Não bastassem as condições externas adversas, a agricultura também enfrentou desafios climáticos no ano passado, como a grave seca em partes do Centro-Oeste, Sudeste e, principalmente, Sul. Também é preciso destacar que o clima tropical do Brasil é perfeito para insetos, fungos e plantas daninhas se disseminarem com maior facilidade. “Temos a dádiva de ter mais de uma safra por ano, mas também o desafio de controlar o persistente ataque das pragas e doenças. Um ano é mais severo que o outro. Os países de clima temperado não enfrentam esse nível de problema, muito devido às temperaturas baixas e à neve, que dificultam a propagação das pragas”, explica Garcia.

Importante destacar que os problemas fitossanitários podem representar quebra de até 40% na produção agrícola – equivalentes a cerca de 100 milhões de toneladas por ano. “Todos os cultivos sofrem com o ataque de pragas, fungos e ervas daninhas. A eficácia do seu controle é essencial para o Brasil manter o elevado nível de produção e produtividade no campo”, expõe.

Produtos e culturas

Em 2021, os inseticidas foram utilizados em 27% da área tratada com defensivos agrícolas, 4 pontos percentuais a mais que os herbicidas (23%). Os fungicidas foram utilizados em 18% da área, mais que o dobro do percentual dos tratamentos de sementes (8%). Foi feita aplicação de outras categorias de produtos em 24% da área tratada.

Com 1,063 bilhão de hectares, a soja representou cerca de 56% da área tratada com defensivos agrícolas, em 2021, com crescimento de 15,56% em relação ao ano anterior. O milho foi a cultura que mais cresceu percentualmente em aplicações: +23,82%, chegando a 305,3 milhões de hectares. Outros destaques são o trigo (+16% de área tratada, atingindo 47,9 milhões de hectares); as pastagens (+8%); o café e os citros (+6% cada); e a cana (+5%). Hortifrútis apresentaram ligeiro decréscimo de área tratada (-1,5%), assim como feijão (-4,5%), arroz (-8%) e algodão (-12%).

“O levantamento encomendado pelo Sindiveg mostra que 46% da área tratada receberam aplicações entre outubro e dezembro de 2021, tradicional período de semeadura da soja. O segundo período mais importante foi o primeiro trimestre, com 30% das aplicações, momento importante para plantio de milho”, informa o presidente da entidade.

Em volume de defensivos utilizados, houve crescimento anual de 9,4%, passando de 1,081 milhão de toneladas para 1,183 milhão t.

O valor de mercado dos defensivos efetivamente aplicados pelos agricultores aumentou 17,4%, em 2021, passando de US$ 12,485 bilhões (2020) para US$ 14,655 bilhões (2021). A soja representou 53% do valor total, com US$ 7,779 bilhões, enquanto o milho participou com 13% e a cana, com 9%. “Esse investimento tem sido importante para garantir o sucesso da agricultura brasileira, responsável por R$ 768,4 bilhões em Valor Bruto da Produção, em 2021″, salienta Garcia.

“Em um ano extremante desafiador, com dificuldades para aquisição de matérias-primas e problemas de logística, a indústria cumpriu o seu papel e atendeu à demanda dos produtores rurais, trabalhando para evitar a falta de insumos para produção de alimentos e contribuindo para a geração renda e emprego no campo”, complementa.

Fonte: Assessoria

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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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Brasil lança plataforma sobre saúde dos solos e reforça liderança em agricultura sustentável

Ferramenta da Embrapa reúne mais de 56 mil análises e mostra que dois terços das áreas avaliadas no País apresentam solos saudáveis ou em recuperação.

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Foto: SAA SP

Foi lançada na última segunda-feira (17), na Agrizone, a Casa da Agricultura Sustentável da Embrapa durante a COP 30, em Belém (PA), a Plataforma Saúde do Solo BR – Solos resilientes para sistemas agrícolas sustentáveis. A cerimônia ocorreu no Auditório 1 e marcou a apresentação oficial da tecnologia criada pela Embrapa, que reúne pela primeira vez informações sobre a saúde dos solos brasileiros em um ambiente digital e de acesso público.

 

Na abertura, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, destacou o simbolismo de apresentar a novidade dentro da Agrizone, espaço que abriga soluções de baixo carbono. “A Agrizone é o começo de uma nova jornada. Estamos mostrando para o mundo inteiro, de forma concreta, que temos tecnologia para desenvolver uma agricultura cada vez mais resiliente às mudanças climáticas”, afirmou.

Para ela, o lançamento reforça o protagonismo do Brasil como líder global em inovação sustentável para a agricultura e os sistemas alimentares.

A Plataforma disponibiliza dados de saúde do solo por estado e município e já reúne cerca de 56 mil amostras, provenientes de 1.502 municípios de todas as regiões do País. O sistema foi construído a partir da geoespacialização dos dados gerados pela BioAS – Bioanálise de Solos, explicou a pesquisadora da Embrapa Cerrados, Ieda Mendes. A ferramenta permite filtros por estado, município, ano, culturas e texturas de solo, além de comparações entre diferentes cultivos. Também gera mapas e gráficos baseados nas funções da bioanálise, como ciclagem, armazenamento e suprimento de nutrientes.

Solos mais saudáveis e produtivos

Os primeiros mapas revelam que predominam no Brasil solos saudáveis ou em processo de recuperação. “Somando solos saudáveis e solos em recuperação, vemos que 66% das áreas analisadas apresentam condições muito boas de saúde. Apenas 4% das amostras representam solos doentes”, afirmou Ieda.

Mato Grosso lidera o número de amostras (10.905), seguido por Minas Gerais (9.680), Paraná (7.607) e Goiás (6.519). O município com maior participação é Alto Taquari (MT), com 1.837 amostras.

A pesquisadora também destacou a forte relação entre saúde do solo e produtividade. No Mato Grosso, a integração dos dados da BioAS com índices do IBGE mostrou que o aumento na proporção de solos doentes está diretamente associado à queda na produção de soja. “Cada 1% de aumento em solos doentes representa uma perda média de 3,1 kg de soja por hectare”.

Em contraste, análises exclusivamente químicas não apresentaram correlação com a produtividade atual, o que indica que o limite produtivo da agricultura brasileira está cada vez mais ligado à qualidade biológica dos solos.

Ieda ressaltou ainda a participação dos produtores na construção da ferramenta. “Temos contribuições que vão do Acre ao extremo sul do Rio Grande do Sul. Ter um trabalho publicado em revistas técnicas é muito bom, mas ver uma tecnologia sendo adotada em todo o Brasil é maravilhoso”, afirmou.

A expectativa é transformar a plataforma, no futuro, em um observatório nacional da saúde dos solos, capaz de gerar relatórios detalhados por município e conectar pesquisadores, laboratórios e agricultores.

A Plataforma Saúde do Solo BR foi desenvolvida com base nos dados da BioAS, tecnologia lançada em 2020 e criada pela Embrapa Cerrados em parceria com a Embrapa Agrobiologia. O método integra indicadores biológicos (atividade enzimática), físicos (textura) e químicos (fertilidade e matéria orgânica).

O banco de dados atual resulta de uma colaboração com 33 laboratórios comerciais de análise de solo, integrantes da Rede Embrapa e usuários da tecnologia.

Fonte: O Presente Rural com Embrapa Cerrados
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Pressões ambientais externas reacendem disputa sobre limites da autorregulação no agronegócio

Advogada alerta que auditorias privadas e acordos setoriais, como a Moratória da Soja, podem impor obrigações além da lei, gerar assimetria concorrencial e tensionar princípios constitucionais.

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Foto: Freepik

A intensificação de exigências internacionais para que produtores brasileiros comprovem de forma contínua a inexistência de dano ambiental como condição para exportar commodities, especialmente a soja, reacendeu um debate jurídico sensível no país. Para a advogada especialista em Direito Agrário e do Agronegócio, Márcia de Alcântara, parte dessas exigências ultrapassa a pauta da sustentabilidade e pode entrar em choque com princípios constitucionais e da ordem econômica, sobretudo quando assumem caráter padronizado e coordenado por grandes agentes privados.

Segundo ela, quando tradings internacionais reunidas em associações que concentram parcela expressiva do mercado firmam pactos com auditorias e monitoramentos próprios, acabam impondo obrigações ambientais adicionais às previstas em lei. “Esses acordos privados transferem ao produtor o ônus de provar continuamente que não causa dano ambiental, invertendo a presunção de legalidade e de boa-fé de quem cumpre o Código Florestal e demais normas”, explica.

Márcia observa que esse tipo de exigência, quando se torna condição para o acesso ao mercado, tensiona princípios como a segurança jurídica e o devido processo. “Quando a obrigação é padronizada e coordenada por agentes dominantes, deixa de ser mera cláusula contratual e passa a se aproximar de uma restrição coletiva, com efeito de boicote”, afirma.

Moratória da Soja e coordenação setorial

Advogada Márcia de Alcântara: “Esses arranjos acabam por substituir o papel do Estado, criando regras opacas e sem devido processo ao produtor”

Entre os casos emblemáticos está a chamada Moratória da Soja, que proíbe a compra do grão oriundo de áreas desmatadas após 2008 na Amazônia. Para a advogada, o modelo de funcionamento da moratória se assemelha a uma forma de regulação privada, com possíveis implicações concorrenciais. “Há três pontos críticos nesse arranjo: a coordenação por associações que concentram parcela relevante do mercado; a troca de informações sensíveis e listas de exclusão que não são públicas; e a imposição de padrões mais severos do que a legislação brasileira. Esse conjunto pode configurar conduta anticoncorrencial, conforme o artigo 36 da Lei 12.529/2011”, avalia.

Ela acrescenta que cobranças financeiras ou bloqueios comerciais aplicados a produtores que não apresentem documentação adicional de regularidade ambiental podem representar penalidades privadas sem respaldo legal. O tema, segundo Márcia, já vem sendo acompanhado tanto pela autoridade antitruste quanto pelo Judiciário.

Marco jurídico recente

Nos últimos meses, a controvérsia ganhou contornos institucionais. Uma decisão liminar do ministro Flávio Dino, no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão de processos judiciais e administrativos ligados à Moratória da Soja até o julgamento de mérito, para evitar decisões contraditórias e permitir uma análise concentrada do conflito. Paralelamente, o Cade decidiu aguardar o posicionamento do STF antes de seguir com as investigações, embora mantenha atenção sobre a troca de informações sensíveis entre empresas durante o período.

Entidades como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Aprosoja-MT defendem que a atuação concorrencial do Estado não seja paralisada. Elas argumentam que há indícios de coordenação de compra e que a suspensão integral das apurações pode esvaziar a tutela concorrencial.

Entre os principais questionamentos estão a extrapolação normativa de acordos privados, a falta de transparência nos critérios de exclusão e a substituição da regulação pública por padrões privados de alcance global. “Esses arranjos acabam por substituir o papel do Estado, criando regras opacas e sem devido processo ao produtor”, pontua Márcia.

Possíveis desfechos

Foto: Gilson Abreu

A especialista mapeia dois possíveis desfechos para o impasse. Caso o STF decida a favor dos produtores, será reforçada a soberania regulatória do Estado brasileiro, com o reconhecimento de que critérios ambientais devem ser definidos por normas públicas claras e transparentes. A decisão poderia irradiar efeitos para outras cadeias produtivas, como carne, milho e café, estabelecendo parâmetros de ESG proporcionais e auditáveis. Em sentido contrário, validar a autorregulação privada abriria espaço para padrões globais com camadas adicionais de exigência, elevando custos de conformidade e reduzindo a concorrência.

Para Márcia, o Brasil já conta com um dos arcabouços ambientais mais robustos do mundo. O Código Florestal impõe a manutenção de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente, exige o Cadastro Ambiental Rural georreferenciado e conta com sistemas de monitoramento por satélite e mecanismos de compensação ambiental.

Além disso, o país dispõe de políticas estruturantes como a Política Nacional do Meio Ambiente, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e a Política Nacional sobre Mudança do Clima. “Esse conjunto garante previsibilidade ao produtor regular e comprova que o país possui um marco ambiental sólido. Por isso, exigências externas precisam respeitar a proporcionalidade, a transparência e o devido processo. Caso contrário, correm o risco de ferir a legislação brasileira e distorcer a concorrência”, ressalta.

Fonte: Assessoria Celso Cândido de Souza Advogados
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