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Agricultor de MS vira referência no uso de tecnologias

Adoção das novas tecnologias que surgem no mercado e cuidados altos com o solo fazem a diferença em propriedades como a do produtor Everaldo dos Reis, de Mato Grosso do Sul

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Estamos na era digital. A expressão, já quase um clichê, demonstra a realidade do momento que o mundo vive. A alta tecnologia que vem sendo desenvolvida ano a ano é algo que agregou muito, ainda mais para aqueles que sabem usar a seu favor. E o agronegócio tem usado, com inteligência, as novas alternativas que surgem para aumentar a produtividade. Um exemplo é o produtor de Itaquirai, em Mato Grosso do Sul, Everaldo Jorge dos Reis. Com uma propriedade de 1,7 mil hectares, ele utiliza as mais variadas tecnologias para garantir uma boa produtividade e sustentabilidade. Já virou referência para outros produtores.

O produtor começou sua jornada como consultor e técnico agrícola na Cooperativa Copasul, em Naviraí, MS, em 1993. Na época, surgiu a oportunidade para que começasse a plantar em uma área de 160 hectares, em princípio algodão. “Eu conciliava as duas atividades, dando consultoria e plantando”, lembra. Ele conta que no início teve algumas dificuldades, como todos têm com frustração de safra, seca e preço baixo. Com o passar do tempo, trocou a cultura e passou a plantar soja e milho. No início, Reis se juntou com alguns sócios, que compraram algumas propriedades para plantar. “Mas, com o tempo os sócios foram indo embora do Estado e eu fui ficando sozinho com a propriedade. E comecei a pensar: sou da área, tenho formação e experiência, dou consultoria, tenho que ter produtividade”, conta.

Com uma grande propriedade, Reis passou a prestar mais atenção nas tecnologias que estavam presentes para auxiliar o produtor rural. De acordo com ele, viajou para muitos locais, no Brasil e no exterior, para ver o que havia no mercado e o que estava dando certo. “Começamos então a trabalhar com agricultura de precisão. Fomos os primeiros da região a utilizar. Na época era de outra forma, não havia empresas especializadas nisso, e fomos conversando com outros produtores, trocando ideias e fazendo de uma forma mais caseira”, diz. Ele conta que a atividade foi dando certo e passou a investir mais em equipamentos para fazer as análises. “E depois veio outras tecnologias que fomos adotando, como o piloto automático (tratores e colhedeiras), por exemplo”, comenta.

Solo

E para o produtor sul-mato-grossense o grande diferencial para uma boa produtividade está, acima de tudo, nos cuidados com o solo. “O solo nós temos e podemos aproveitar mais. É preciso tratar a terra com carinho. Este é o principal, a grande produtividade vem do tratamento com o solo, este é o nosso maior diferencial”, afirma. E ele sabe o que diz. Nos 15 anos que vem investindo em altas tecnologias, a maioria sempre voltada para ele ter certeza da qualidade do solo. O que não dava certo, corrigia. “Estamos sempre muito focados no solo. Fazemos perfil e investimos na qualidade”, diz. Além do mais, o produtor informa que são feitas correções com cálcio e fósforo, por exemplo, no que for preciso. “Tentamos sempre buscar isso. Acredito que se não seguirmos esse caminho não vamos para lugar algum”, destaca. Sem contar que Reis ainda tem um controle rigoroso de custos, gastos e preços. “Sabemos quantos custa um saco de soja ou de milho, um trator, a manutenção de um maquinário”, diz.

O produtor destaca ainda que investir em tecnologia não é somente em maquinários ou novos softwares. “Utilizar tecnologia é um pacote de ações. Nós fazemos na fazenda ainda o manejo de pragas, vemos os índices de lagarta, percevejo e dessecação, por exemplo. O que temos que fazer hoje é trabalhar para aumentar a produtividade, e não há outro jeito se não utilizar a tecnologia que temos disponível para isso”, afirma. E o que o Reis destaca ainda é a importância de o produtor adquirir as tecnologias gradualmente. “Se começar tudo de uma vez só, ela se torna inviável. Alguns equipamentos têm um custo mais elevado, por isso adquirir tudo de uma única vez é mais difícil”, comenta. Porém destaca que é importante todos os anos o produtor ir se aperfeiçoando, já que, desta forma, a tecnologia adquirida “se paga”.

Maquinários

Entre as tecnologias utilizada por Reis na fazenda está a mecanização. Hoje, todos os tratores possuem piloto automático. “Isto, apesar de um pouco mais caro, se paga. Porque o tratorista ao invés de trabalhar 10 horas cansado, vai ficar 14-15 horas, mas mais sossegado, porque ele não cansa. Ele vai render muito mais”, destaca. Há também nas colheitadeiras, que seguem certo a linha da soja ou milho, já que também possuem piloto automático. “Então, as duas máquinas ‘se falam’ e a produção sai muito mais alinhada”, destaca Reis.

O produtor destaca que a economia que ele tem no desperdício de semente a adubo é a forma que faz com que a tecnologia seja amortizada. “É difícil mensurar o ganho da tecnologia em ganho financeiro. Mas você sabe que está ganhando porque você remontou menos, não há grande rotatividade de pessoal, entre outros ganhos que temos”, diz.

O produtor precisa da prova real, explica. Para isso, ele faz ainda o monitoramento da colheita. “Quando faço a agricultura de precisão e mapeio o solo, para saber a quantidade de corretivo de determinados pontos, eu preciso confirmar se isto está funcionando e se transformando em produtividade. Com isso, vem a colheita monitorada, em que eu consigo checar o que está no solo e o que eu estou realmente produzindo”, destaca. “A colheita monitorada é fundamental para eu tirar a prova real se o que estou fazendo está funcionando, o que está acontecendo na minha propriedade”, afirma.

A baixa rotatividade de pessoal é algo importante para Reis. Além dele, são mais três colaboradores na fazenda. Um trabalha com ele há 12 anos, outro há 11 e um último há cinco anos. “Esta tecnologia que você utiliza nos seus maquinários é também uma forma de valorizar seu colaborador. E isso também vale a pena”, afirma. O produtor ainda destaca que quando se insere alguém em um ambiente em que o processo já está indo bem, com um ambiente organizado, com tecnologias que funcionam, o próprio colaborador já aceita melhor e se adequa ao serviço com mais facilidade. “Eles aceitam a mudança mais facilmente e também é bom para eles. É uma forma deles próprios se sentirem valorizados”, diz. Além do mais, Reis destaca que seus três colaboradores sempre fazem cursos para se adequar e capacitar. “Sem contar que eles também buscam muita coisa sozinhos, e quando encontram algo que acreditam ser bom para a propriedade trazem para mim. Nós temos essa confiança, e isso é bastante positivo”, afirma.

Drone e Estação Meteorológica

Outra novidade em que o produtor investiu e está vendo a diferença é em um drone. “Há coisas que quando você olha para a lavoura no chão é uma coisa, de avião é outra. Mas com o drone, com as imagens que ele passa, é possível ver detalhes que antes eram imperceptíveis”, comenta. Reis diz que é possível detectar, somente pelas imagens, alguns problemas que podem ser evitados no próximo plantio. Ainda é possível ver as manobras feitas pelo pulverizador, há a possibilidade de descobrir se um stand estava falhando, se há mato ou lagarta, ferrugem. “São todos detalhes que eu consigo ver de perto com a imagem que o drone faz para mim”, conta.

Com o drone o produtor comenta que começou a analisar e observar melhor detalhes da propriedade. “Conseguimos ver algumas práticas que estamos desenvolvendo, se está funcionando. É um equipamento interessante. Eu gosto bastante”, afirma.

O que o produtor ainda tem na fazenda é uma estação meteorológica, que foi montada a partir de uma parceria com a empresa Basf e a Fundação ABC. Entre as informações que a tecnologia capta e repassa ao produtor estão a velocidade do vento, temperatura do solo, período de molhamento, humidade do solo, precipitação pluviométrica e previsão do tempo. “São informações importantes que eu posso utilizar para melhorar a minha produtividade. Sabendo a velocidade do vento eu posso ver se é melhor ou não fazer a aplicação de defensivo de forma aérea; com a temperatura do solo eu consigo determinar se consigo fazer um plantio mais cedo, por exemplo. É uma ferramenta que ficou muito boa, ajuda muito”, conta.

Novidade

A novidade adquirida há pouco tempo pelo produtor é um drive que pode ser acoplado em todos os maquinários, mesmo independente da marca. Junto, há ainda um tablet onde o produtor consegue fazer um controle maior e mais preciso de como está a produção. Entre os dados que podem ser obtidos estão a quantidade de combustível utilizado por hora, quantas sementes estão sendo jogadas por metro, quantos quilos de adubo estão indo por hectare, quantas horas o tratorista ficou parado, entre tantas outras informações. “Enquanto o aparelho estiver ligado, automaticamente ele joga as informações na rede e eu consigo ter acesso por aquela máquina naquele dia. Facilita totalmente o gerenciamento da propriedade para mim”, destaca Reis.

O diferencial deste drive é que ele pode ser transferido para outras máquinas, podendo ser passado de um trator para uma colheitadeira, por exemplo. “E na outra máquina ele faz a mesma coisa. Eu consigo ver a velocidade em que a máquina está andando, entre outros detalhes para auxiliar no meu gerenciamento”, diz. Para ele é uma tecnologia que veio para revolucionar a produção. “Sei de alguns produtores no Paraná que já estão utilizando”, comenta.

Porém, o produtor informa que a nova tecnologia não é barata. “O drive funciona por medida. A cada 500 hectares é necessário um drive. Então, você precisa comprar o drive de acordo com a sua propriedade”, conta. Por isso, Reis diz que agora adquiriu somente um, e que vai testar para comprovar sua eficiência, e só assim, então, adquirir mais equipamentos.

Busca de Conhecimento

Buscar conhecimento, novas tecnologias e atualização é o que Reis fez desde o início. O produtor sempre viajou para outros locais, no Brasil e exterior, para buscar coisas novas. “Mesmo que vamos para uma fazenda que tem a mesma área e as mesmas coisas que nós, sempre conseguimos aprender ou tirar algo novo e de bom”, diz. O agricultor conta que já viajou também diversas vezes para os Estados Unidos em busca das novas tecnologias. “Não é que eles estão mais avançados que nós, mas as tecnologias chegam primeiro para eles, já que as empresas estão lá, então vão testar primeiro lá”, comenta. Mas ele conta que é sempre bom ver como as tecnologias são utilizadas de outra perspectiva.

Reis afirma que para utilizar a tecnologia é preciso aprender, por isso a importância de viajar para outros locais. “Vemos sempre coisas interessantes, por isso, todos os anos procuramos viajar para conhecer o que há de novo”, comenta. Porém, ele frisa que não é preciso viajar para o exterior para buscar por novidades. “Aqui mesmo, no Brasil, temos muitas tecnologias e novidades interessantes. Já fui diversas vezes para o Mato Grosso e Paraná, onde encontrei muita coisa interessante. Falamos muito em Estados Unidos e Europa, mas, muitas vezes, o interessante está no nosso vizinho”, enfatiza.

Além do mais, o produtor ainda conta que os colaboradores sempre fazem cursos de capacitação. “Temos uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) aqui do Estado, em que todos os cursos do meio que eles podem fazer, eles estão participando”, diz. Eles também participam de feiras que acontecem em todo o Brasil.

Produtividade

Com a utilização de tanta tecnologia com o passar dos anos, o aumento expressivo da produtividade na fazenda foi perceptível, de acordo com Reis. “A cada ano que passa, com a utilização das novidades, a produtividade veio subindo uns 30%. No começo, a produção era de 40-42 sacas por hectare. Hoje estamos com uma média de mais de 72 sacas por hectare”, informa.

Com tanta tecnologia e uma produtividade acima da média, a propriedade de Reis é local de troca de ideias. Isso porque aqueles que querem conhecer alguma novidade vão até a fazenda para ver como determinada tecnologia funciona. “Há os filhos de outros produtores, onde o pai tinha a propriedade e agora está passando para a segunda geração, que estão vindo com uma cabeça diferente e se interessam pela tecnologia, querem aprender, ver o que está dando certo”, comenta. “Aos poucos, a novidade vai se espalhando e as pessoas vão conhecendo e querem saber como funciona para utilizar também”, entende.

Mais informações você encontra na edição de Nutrição e Saúde Animal de novembro/dezembro de 2017 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Derivados lácteos sobem em outubro, mas mercado prevê quedas no trimestre

OCB aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre

A pesquisa do Cepea mostra que, em setembro, a “Média Brasil” fechou a R$ 2,8657/litro, 3,3% acima da do mês anterior e 33,8% maior que a registrada em setembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro). O movimento de alta, contudo, parece ter terminado. Pesquisas ainda em andamento do Cepea indicam que, em outubro, a Média Brasil pode recuar cerca de 2%.

Derivados registram pequenas valorizações em outubro

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que, em outubro, os preços médios do leite UHT e do queijo muçarela negociados entre indústrias e canais de distribuição em São Paulo registraram ligeiras altas de 0,66% e de 0,59% frente a setembro/24, chegando a R$ 4,74/l e a R$ 33,26/kg, respectivamente. No caso do leite em pó (400g), a valorização foi de 4,32%, com média de R$ 31,49/kg. Na comparação com o mesmo período de 2023, os aumentos nos valores foram de 18,15% para o UHT, de 21,95% para a muçarela e de 12,31% para o leite em pó na mesma ordem, em termos reais (os dados foram deflacionados pelo IPCA de out/24).

Exportações recuam expressivos 66%, enquanto importações seguem em alta

Em outubro, as importações brasileiras de lácteos cresceram 11,6% em relação ao mês anterior; frente ao mesmo período do ano passado (outubro/23), o aumento foi de 7,43%. As exportações, por sua vez, caíram expressivos 65,91% no comparativo mensal e 46,6% no anual.

Custos com nutrição animal sobem em outubro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira subiu 2,03% em outubro na “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS), puxado sobretudo pelo aumento dos custos com nutrição animal. Com o resultado, o COE, que vinha registrando estabilidade na parcial do ano, passou a acumular alta de 1,97%.

Fonte: Assessoria Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas Protecionismo econômico

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito

CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias.

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Foto e texto: O Presente Rural

A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), entidade representativa, sem fins lucrativos, emite nota oficial para rebater declarações do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. Nas suas recentes declarações o CEO afirma que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul pois os produtos sul-americanos não cumprem as exigências e normas sanitárias .

Veja abaixo, na integra, o que diz a nota:

O produtor rural brasileiro está cansado de ser tratado com desrespeito aqui dentro e mundo afora.

O protecionismo econômico de muitos países se traveste de protecionismo ambiental criando barreiras fantasmas para tentar reduzir nossa capacidade produtiva e cada vez mais os preços de nossos produtos.

Todos sabem que é difícil competir com o produtor rural brasileiro em eficiência. Também sabem da necessidade cada vez maior de adquirirem nossos produtos pois além de alimentar sua população ainda conseguem controlar preços da produção local.

A solução encontrada por esses países principalmente a UE e nitidamente a França, foi criar a “Lei Antidesmatamento” para nos impor regras que estão acima do nosso Código Florestal. Ora se temos uma lei, que é a mais rigorosa do mundo e a cumprimos à risca qual o motivo de tanto teatro? A resposta é que a incapacidade de produzir alimentos em quantidade suficiente e a também incapacidade de lidar com seus produtores faz com que joguem o problema para nós.

Outra questão: Por que simplesmente não param de comprar da gente já que somos tão destrutivos assim? Porque precisam muito dos nossos produtos mas querem de graça. Querem que a gente negocie de joelhos com eles. Sempre em desvantagem. Isso é uma afronta também à soberania nacional.

O senador Zequinha Marinho do Podemos do Pará, membro da FPA, tem um projeto de lei (PL 2088/2023) de reciprocidade ambiental que torna obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil por países que comercializem bens e produtos no mercado brasileiro.

Esse PL tem todo nosso apoio porque é justo e recíproco, que em resumo significa “da mesma maneira”. Os recentes casos da Danone e do Carrefour, empresas coincidentemente de origem francesa são sintomáticos e confirmam essa tendência das grandes empresas de jogar para a plateia em seus países- sede enquanto enviam cartas inócuas de desculpas para suas filiais principalmente ao Brasil.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), Estado com maior rebanho bovino do País e um dos que mais exporta, repudia toda essa forma de negociação desleal e está disposta a defender a ideia da suspensão do fornecimento de animais para o abate de frigoríficos que vendam para essas empresas.

Chega de hipocrisia no mercado, principalmente pela França, um país que sempre foi nosso parceiro comercial, vendendo desde queijos, carros e até aviões para o Brasil e nos trata como moleques.

Nós como consumidores de muitos produtos franceses devemos começar a repensar nossos hábitos de consumo e escolher melhor nossos parceiros.
Com toda nossa indignação.

Oswaldo Pereira Ribeiro Junior
Presidente da Acrimat

Fonte: O Presente Rural com informações de assessoria
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Queijo paranaense produzido na região Oeste está entre os nove melhores do mundo

Fabricado em parque tecnológico do Oeste do estado, Passionata foi o único brasileiro no ranking e também ganhou título de melhor queijo latino americano no World Cheese Awards.

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Foto: Biopark

Um queijo fino produzido no Oeste do Paraná ficou entre os nove melhores do mundo (super ouro) e recebeu o título de melhor da América Latina no concurso World Cheese Awards, realizado em Portugal. Ele concorreu com 4.784 tipos de queijos de 47 países. O Passionata é produzido no Biopark, em Toledo. Também produzidos no parque tecnológico, o Láurea ficou com a prata e o Entardecer d´Oeste com o bronze.

Foto: Gilson Abreu

As três especialidades de queijo apresentadas no World Cheese Awards foram desenvolvidas no laboratório de queijos finos e serão fabricadas e comercializadas pela queijaria Flor da Terra. O projeto de queijos finos do Biopark é realizado em parceria com o Biopark Educação, existe há cinco anos e foi criado com a intenção de melhorar o valor agregado do leite para pequenos e médios produtores.

“A transferência da tecnologia é totalmente gratuita e essa premiação mostra como podemos produzir queijos finos com muita qualidade aqui em Toledo”, disse uma das fundadoras do Biopark, Carmen Donaduzzi.

“Os queijos finos que trouxemos para essa competição se destacam pelas cores vibrantes, sabores marcantes e aparências únicas, além das inovações no processo produtivo, que conferem um diferencial sensorial incrível”, destacou o pesquisador do Laboratório de Queijos Finos do Biopark, Kennidy Bortoli. “A competição toda foi muito emocionante, saber que estamos entre os nove melhores queijos do mundo, melhor da América Latina, mostra que estamos no caminho certo”.

O Paraná produz 12 milhões de litros por dia, a maioria vem de pequenos e médios produtores. Atualmente 22 pequenos e médios produtores de leite fazem parte do projeto no Oeste do Estado, produzindo 26 especialidades de queijo fino. Além disso, no decorrer de 2024, 98 pessoas já participaram dos cursos organizados pelo Biopark Educação.

Neste ano, foram introduzidas cinco novas especialidades para os produtores vinculados ao projeto de queijos finos: tipo Bel Paese, Cheddar Inglês, Emmental, Abondance e Jack Joss.

“O projeto é gratuito, e o único custo para o produtor é a adaptação ou construção do espaço de produção, quando necessário”, explicou Kennidy. “Toda a assessoria é oferecida pelo Biopark e pelo Biopark Educação, em parceria com o Sebrae, IDR-PR e Sistema Faep/Senar, que apoiam com capacitação e desenvolvimento. A orientação cobre desde a avaliação da qualidade do leite até embalagem, divulgação e comercialização do produto”.

Foto: Divulfgação/Arquivo OPR

A qualidade do leite é analisada no laboratório do parque e, conforme as características encontradas no leite, são sugeridas de três a quatro tecnologias de fabricação de queijos que foram previamente desenvolvidas no laboratório com leite com características semelhantes. O produtor então escolhe a que mais se identifica para iniciar a produção.

Concursos estaduais

Para valorizar a produção de queijos, vão iniciar em breve as inscrições para a segunda edição do Prêmio Queijos do Paraná, que conta com apoio do Governo do Paraná. As inscrições serão abertas em 1º de dezembro de 2024, e a premiação acontece em 30 de maio de 2025. A expectativa é de que haja mais de 600 produtos inscritos, superando a edição anterior, que teve 450 participantes. O regulamento pode ser acessado aqui. O objetivo é divulgar e valorizar os derivados lácteos produzidos no Estado.

O Governo do Paraná também apoia o Conecta Queijos, evento voltado a produtores da região Oeste. Ele é organizado em parceria pelo o IDR-Paran

Fonte: AEN-PR
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