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Agenda da 48ª Expointer tem mais de 800 eventos
Julgamentos, leilões e provas, entre outras atrações, prometem atrair grande público em Esteio.

Nove dias de feira, em 141 hectares: esses são o tempo e o espaço necessários para a realização dos mais de 800 eventos que devem ocorrer na programação oficial da 48ª Expointer. São julgamentos, leilões, provas, palestras, apresentações, workshops e demonstrações sobre todo o universo do agro.
Toda a programação da 48ª Expointer pode ser consultada nos links abaixo:
Julgamento dos animais
A 48ª Expointer está com 5.107 animais de argola inscritos para os julgamentos. Irão competir pelas desejadas rosetas raças de:
- ovinos;
- bovinos (de corte, de leite e mistos);
- zebuínos;
- bubalinos;
- equídeos;
- caprinos;
- coelhos;
- chinchilas;
- e aves e pássaros (que retornam à exposição após dois anos de ausência).
A raça bovina de corte Greyman estreia na Expointer neste ano, assim como a raça caprina leiteira Murciana. Retornam à exposição cavalos da raça Anglo-Árabe.
A grade de programação para os julgamentos dos animais está disponível para consulta nesta página. Conforme os julgamentos são concluídos e validados, os resultados dos grandes campeonatos são atualizados em tempo real pelo Comissariado-Geral em Relatórios da Expointer.
O ponto alto da exibição do que há de melhor em genética animal é o Desfile dos Grandes Campeões, na sexta-feira (5/9), às 10h, na Pista Central.
Show de máquinas
Os maiores fabricantes nacionais de máquinas, implementos agrícolas e automóveis irão apresentar seus mais recentes lançamentos. Demonstrações técnicas e áreas de test-drive de utilitários ficam no setor de Máquinas e Implementos Agrícolas, organizado pelo Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers).
Pavilhão da Agricultura Familiar
O tradicional Pavilhão da Agricultura Familiar, um dos mais queridos dos visitantes, contará com 456 empreendimentos oriundos de 196 municípios do Rio Grande do Sul, um recorde de participação. O espaço é reconhecido pela grande variedade de:
- embutidos;
- defumados;
- queijos e laticínios diversos;
- pães;
- cucas;
- biscoitos;
- doces;
- geleias;
- mel;
- pescados;
- derivados da cana-de-açúcar;
- farinhas;
- vinhos;
- espumantes;
- cachaças;
- sucos;
- temperos;
- frutas desidratadas;
- ovos;
- licores;
- erva-mate;
- grãos;
- e cervejas artesanais.
O Pavilhão da Agricultura Familiar ficará aberto ao público em todos os dias da feira, das 8h às 20h.
Freio de Ouro
O torneio mais importante do Cavalo Crioulo terá sua final durante a Expointer, como de praxe. As provas finais serão realizadas no sábado (6/9). A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) também promoverá a Supercopa de Paleteada e a Supercopa Freio do Proprietário, cujas provas estão marcadas para sexta (5/9) e sábado (6/9). Todos os eventos ocorrem na Pista do Cavalo Crioulo.
Atrações Culturais
A programação cultural da 48ª Expointer está intensa, com grandes espetáculos de artistas locais e nomes de projeção nacional. A feira se inicia com a Ópera Gaúcha, que apresenta a cultura do Estado e seus principais marcos culturais e históricos. Neste ano, com o tema O legado de um povo, a atração estará na Pista Central, às 19h30, no sábado (30/8).
Evento realizado e produzido pela S3 Produtora, com apoio da ABCCC e do governo do Estado, o Festival Sou do Sul terá sua segunda edição, nos dias 30 e 31 de agosto, às 21h, na pista coberta da ABCCC. Com um espetáculo de 1h45 de duração, apresentará grandes nomes da cultura gaúcha e um show nacional.
O acesso ao festival é gratuito para os visitantes da Expointer, com limite de 10 mil pessoas em cada noite. Também haverá ingressos à venda para áreas especiais neste site. O festival terá a participação de nomes como Elton Saldanha, Luiza Barbosa, Shana Muller, Renato Borghetti, Gaúcho da Fronteira e Guri de Uruguaiana, além de outros 20 artistas gaúchos. O line–up nacional terá os cantores Daniel (30/8) e Alexandre Pires (31/8).
O Palco Principal de shows na Quadra 6, ao lado das esferas, abrigará o 2º Festival Cultural de Esteio, o Projeto Estrada Cultural, a Mostra Musical da Expointer 2025 e a 2ª Mostra da Cultura Gaúcha do Parque Assis Brasil. Serão apresentações, mostras e shows todos os dias, de hora em hora, a partir das 14h.
Artesanato gaúcho
Em sua 42ª edição, a Exposição de Artesanato do Rio Grande do Sul (Expoargs) estará mais uma vez ocupando o Pavilhão do Artesanato, localizado entre os Pavilhões do Comércio e da Agricultura Familiar. Organizada pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), por meio do Programa Gaúcho de Artesanato (PGA), a Expoargs deste ano contará com 189 artesãos, em 124 estandes, oriundos de 56 municípios do RS.
Estarão expostas peças artesanais como:
- artigos de cutelaria;
- pelegos e peles;
- artigos de couro típico regional (couro trançado, para montaria);
- artigos de madeira;
- calçados e adereços de couro bovino (alpargatas, chinelos campeiros, chapéus, boinas, aventais, bolsas);
- tapetes de couro/pele;
- artigos de metal;
- esculturas em argila (de animais do campo);
- e artigos de lã de ovelha.
O Pavilhão do Artesanato funciona em todos os dias da Expointer, das 8h às 20h.
Governo do Estado no Pavilhão Internacional
O governo estadual estará no Pavilhão Internacional com três espaços para receber o público: o Auditório, o Estande e a Arena. Os espaços vão sediar, de segunda a sexta, palestras e painéis sobre diversos temas agropecuários e políticas públicas voltadas ao setor.

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STF suspende julgamento da Moratória da Soja e mantém paralisação nacional de processos
Com pedido de vista de Dias Toffoli, segue válida a liminar de Flávio Dino que congelou ações na Justiça e no Cade, enquanto especialistas destacam impacto do caso na segurança jurídica do agro.

O Supremo Tribunal Federal suspendeu o julgamento que analisava a liminar concedida pelo ministro Flávio Dino que determinou a suspensão nacional de todos os processos que discutem a validade da Moratória da Soja na Justiça e no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Até o momento, há quatro votos para confirmar a paralisação das ações. A análise ocorre no plenário virtual desde a última sexta-feira (14) e estava prevista para terminar na próxima terça-feira (25). O pedido de vista foi do ministro Dias Toffoli, e até que o processo volte à pauta a medida segue válida.
O advogado Frederico Favacho afirma que é positiva a decisão de Flávio Dino, por reconhecer que a Moratória da Soja é legal. “Esse é o ponto mais importante de toda a controvérsia”, entende.
A Moratória da Soja é um acordo voluntário entre tradings que comercializam grãos, no qual se comprometem a não comprar soja de áreas desmatadas na Amazônia após julho de 2008. O STF julga uma ação ajuízada pelo PcdoB, PSOL, PV e Rede. As legendas pedem a suspensão de lei do estado de Mato Grosso que proíbe a concessão de benefícios fiscais para empresa que assinaram o acordo.
Em dezembro do ano passado, Flávio Dino atendeu ao pedido dos partidos e suspendeu a lei de forma liminar. Em abril deste ano, ele reconsiderou a decisão, estabelecendo que a norma passaria a valer a partir de 1º de janeiro de 2026.
Em 05 de novembro, Flavio Dino determinou a suspensão nacional de todos os processos, inclusive os que investigam possível formação de cartel no Cade. Afirmou não considerar adequado, em respeito ao princípio da segurança jurídica, permitir que o debate sobre a Moratória da Soja prossiga nas instâncias ordinárias jurisdicionais ou administrativas, diante da possibilidade de serem proferidas decisões conflitantes e em desacordo com o entendimento a ser fixado pelo STF. “No mesmo voto, Flávio Dino também reconhece o direito de os entes federativos estabelecerem as regras para concessão dos benefícios fiscais, o que, na prática, implicaria em os Estados poderem retirar os benefícios das empresas signatárias, o que continua sendo discutível na esfera infraconstitucional em relação a forma, razoabilidade e outros quesitos”, diz Favacho, complementando: “De toda forma, isso vem num momento importante, quando o mundo todo está de olhos voltados para as boas práticas ambientais do agronegócio brasileiro”.
Notícias Com mais de 200 casos no anoA Agência de
Paraná reforça ações contra a raiva após avanço de casos em animais de produção
Órgãos estaduais discutem ações conjuntas, reforçam controle de morcegos hematófagos e recomendam vacinação em todo o território paranaense.

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) promoveu uma ação de combate e prevenção contra a raiva durante a 21ª Expovale nesta semana em Ivaiporã, município do Vale do Ivaí. A primeira oficina sobre o impacto da raiva no contexto da Saúde Única foi uma atividade respaldada pelo Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros, que é executado pela agência no Estado. Na ocasião, foram abordados assuntos como o monitoramento de abrigos de morcegos hematófagos e investigação de casos suspeitos.
Considerada uma das doenças de maior importância em Saúde Pública, a raiva permanece como uma das zoonoses mais letais, com grandes impactos econômicos, sociais e sanitários. Quando abordada à ótica da Saúde Única, que engloba a saúde humana, a saúde animal e o meio ambiente, o controle depende de uma atuação integrada entre diversos setores públicos.
O chefe do Departamento de Saúde Animal, da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, alerta sobre a ameaça da zoonose e chama atenção sobre os números da doença no Estado. “O vírus da raiva é transmitido por um tipo de morcego hematófago e pode ser letal para os animas e para os humanos”, explica. “Os casos comprovados da doença em herbívoros no Paraná durante o último ano chegaram a 258. Em 2025, foram investigados mais de 400, destes, 218 casos confirmados até agora”.
A doença circula tanto em territórios urbanos, onde cães e gatos são os principais transmissores, quanto no em ambientes rurais, territórios em que os morcegos hematófagos são os principais reservatórios e responsáveis pela transmissão aos animais de produção. Diante desse cenário, foi realizada a oficina, unindo o órgão de defesa agropecuária do Estado do Paraná e a 22ª Regional de Saúde.
Durante a oficina, a Adapar falou sobre o grupo de animais de produção que é mais afetado pela doença, composto por bovinos, equinos, pequenos ruminantes e suínos e trouxe para discussão ações cruciais para o controle e prevenção da raiva, atuando diretamente no ciclo rural.
Prevenção
A autarquia realiza o cadastramento e o monitoramento dos abrigos de morcegos hematófagos – controle da espécie Desmodus rotundus –, investiga casos suspeitos em herbívoros com coleta de material e executa ações em focos de raiva. Além disso, são desenvolvidas atividades de educação sanitária, como a identificação dos morcegos hematófagos, o reconhecimento dos sinais clínicos da doença nos animais e como realizar a notificação.
Também foi apresentado o recente foco de raiva registrado em um bovino no município de Pitanga, na região Central do Estado, e as medidas adotadas pela agência.
Vacinação
A vacina contra a raiva tem baixo custo, pode ser aplicada pelo próprio produtor e deve ser dada anualmente. A vacinação preventiva é a melhor forma de combate direto. Uma vez que o animal apresenta sinais clínicos não há tratamento. Atualmente, a vacinação é obrigatória em 30 municípios do Oeste, conforme a portaria nº 368/2025 da Adapar.
A escolha dos municípios levou em conta a quantidade de focos registrados nos últimos anos, a proximidade com o Parque Nacional do Iguaçu, a ocorrência de áreas compartilhadas de transmissão e o elevado número de pessoas que precisaram de tratamento após contato com animais suspeitos. A obrigatoriedade abrange apenas 30 municípios, mas a vacinação é aconselhada em todo o território paranaense.
Ambiente urbano
Ao discutir sobre a raiva no contexto urbano, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), órgão responsável pela vigilância epidemiológica em humanos, cumpriu o papel de elucidar dúvidas e falar sobre as ações de monitoramento de casos suspeitos em humanos e em animais domésticos. Além disso, também foram informadas as formas corretas de tratamento pós-exposição e a importância das campanhas educativas e de sensibilização da população.
Na prática, são as equipes das secretarias municipais e estaduais que acolhem a população quando há mordeduras ou possível exposição, garantindo que o tratamento seja iniciado a tempo de salvar vidas. Mesmo sendo uma doença de fácil prevenção a raiva continua avançando por falta de cuidado da população. A atuação conjunta entre saúde humana, defesa agropecuária e meio ambiente, somada à vacinação animal e à informação da sociedade é uma forma eficaz de combater a enfermidade.
Expovale
A Expovale é uma exposição agropecuária e industrial da cidade, considerada a maior feira da região do Vale do Ivaí. O foco da exposição é na realização de negócios, promoção da inovação e fortalecimento produtivo. A edição de 2025 foi realizada entre 14 e 19 de novembro. Além de shows, o evento comemorou os 64 anos do município.
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Código georreferenciado traz mudanças na forma de identificar propriedades rurais
Ferramenta aumenta precisão logística, facilita fiscalização e organiza dados territoriais em todo o país.

A Câmara dos Deputados deu mais um passo na modernização da gestão territorial do campo. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) aprovou, na terça-feira (18), o parecer do relator, deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), ao Projeto de Lei 2.898/2021, de autoria do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES).
A proposta altera a Lei 6.538/1978, que dispõe sobre os serviços postais, para assegurar a designação de um código de georreferenciamento às propriedades rurais e agroindustriais em todo o país.
O objetivo do texto é facilitar a identificação e localização dessas áreas, ampliar a precisão logística, garantir maior segurança jurídica e permitir avanços na integração de dados territoriais.
O projeto já havia sido aprovado anteriormente na Comissão de Agricultura (CAPADR) e na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI). Na CCJC, cabia apenas o exame de admissibilidade, etapa necessária para atestar constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da matéria.
Ao apresentar seu voto, Delegado Paulo Bilynskyj, integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), destacou que o texto é enxuto e juridicamente sólido. “Trata-se de um projeto simples, claro e bem articulado. Não há qualquer ofensa a direitos ou garantias constitucionais, tampouco afronta à legislação vigente. Do ponto de vista jurídico e técnico, o PL é absolutamente adequado”, afirmou o relator.
Ele reforçou ainda que a proposta segue os parâmetros da Lei Complementar 95/1998, que orienta a elaboração legislativa. “A alteração é objetiva e não cria redundâncias ou conflitos. Mantém-se fiel à estrutura normativa e contribui para o aperfeiçoamento da legislação”, completou.
Modernização do campo
O deputado Evair Vieira de Melo, coordenador de Direito de Propriedade da FPA, celebrou o avanço da proposta, destacando que a iniciativa atende a uma demanda crescente da agricultura brasileira por precisão, rastreabilidade e segurança territorial. “O georreferenciamento é hoje uma ferramenta indispensável. Ele fortalece a gestão das propriedades rurais, melhora o acesso a serviços e políticas públicas e coloca o Brasil na rota da agricultura de precisão”, elencou o autor do projeto.
Segundo Evair, a medida também contribui para o ordenamento territorial e para a eficiência dos serviços postais e logísticos no meio rural. “Cada propriedade poderá ter um código definido, o que facilita desde entregas até ações de fiscalização, crédito e assistência técnica. É um avanço simples, mas de enorme impacto para o produtor rural”, completou.



