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Aditivos naturais reduzem impacto do estresse térmico em suínos

É importante observar que o animal altera seu comportamento para reduzir a sensação de calor térmico e que este contexto tem relação com, por exemplo, momentos de redução de consumo de alimento

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Arquivo/OP Rural

 Artigo escrito por Silvano Bünzen, gerente de Serviços Técnicos da Wisium

O calor excessivo pode causar desconforto a homens e animais.  Em suínos, o estresse térmico, principalmente por calor, acaba impactando negativamente o desempenho dos animais, uma vez que além do desconforto e da alteração do comportamento, reduz consumo de alimento e consequentemente, o crescimento e a saúde dos animais.

Os processos de adaptação fisiológicos normais que resultam do estresse por calor estão associados à produção de muitos radicais livres e cortisol, que alteram as estruturas fisiológicas normais e prejudicam a ação das diversas enzimas e atividades celulares, “atrapalhando”, desta forma, a manutenção da saúde e do ótimo crescimento.

Mas, como perceber o estresse térmico? Em poucas palavras, podemos dizer que estresse térmico compreende temperaturas fora das ideais para os animais, as quais chamamos Zona de Conforto Térmico ou temperatura de conforto.

Para cada fase do desenvolvimento do animal, a zona de conforto térmico muda. Quando jovens, por exemplo, os suínos nascem com pouca reserva corporal e, por isso, têm dificuldade de tolerar temperaturas frias, o que faz com que percam energia para se manterem aquecidos e, sem os devidos cuidados, podem morrer rapidamente. Já quando adultos, a temperatura ideal muda. Estudos apontam que a temperatura ideal é de aproximadamente 30 graus (leitões recém-nascidos) e de cerca de 20 graus (matrizes).

Vale destacar que, por terem uma temperatura mais baixa como ideal, animais adultos podem ter o seu desempenho prejudicado diante de temperaturas elevadas, acima de 28-30 graus Celsius, pois os suínos são menos eficientes em dissipar calor do seu metabolismo para o ambiente.

Por isso, é importante observar que o animal altera seu comportamento para reduzir a sensação de calor térmico e que este contexto tem relação com, por exemplo, momentos de redução de consumo de alimento, que impactam fortemente no ganho de peso, diminuindo o seu crescimento.

Como as mudanças estruturais, ou seja, melhorias nas instalações e granjas, normalmente exigem maiores investimentos, o uso de aditivos e soluções nutricionais que possam minimizar o impacto do calor sobre os processos fisiológicos dos animais são uma alternativa, que pode dar mais ou menos retorno, considerando principalmente o grau de estresse a que os animais estão submetidos.

Destaque

Dentro deste contexto, alguns aditivos naturais têm grande destaque, como, por exemplo, os baseados em extratos de plantas e outros componentes, com características antinflamatórias.

Estudos comprovam que eles podem ter um efeito redutor na produção de radicais livres e, com isso, diminuir os efeitos deletérios do estresse térmico por calor sobre o desempenho dos animais.

Pesquisas realizadas com o objetivo de ajudar a melhorar o desempenho dos animais frente a diversas condições encontradas no campo chegaram a um conjunto de soluções e aditivos naturais que melhora o desempenho dos suínos frente às altas temperaturas.

Estas tecnologias, que incluem extratos de plantas e outros componentes, com características anti-inflamatórias e nutricionais que ajudam a reduzir os efeitos danosos sobre o metabolismo dos animais, contribuem para o bem-estar animal, para a melhora da produtividade e para maior rentabilidade.

É importante ressaltar ainda que soluções nutricionais são cada vez mais necessárias. Porém, exigem uma visão holística, associadas a manejo e a condições de produção, para que determinadas tecnologias sejam ainda mais eficientes e contribuam diretamente para a produção de alta qualidade.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de outubro/novembro de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

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Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
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Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

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Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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