Conectado com

Suínos Bem-Estar Animal

Aditivo neuro-sensorial diminui estresse dos animais

O estresse sentido pelo animal torna-se um fator que limita a expressão do seu melhor desempenho

Publicado em

em

Arquivo/OP Rural

 Artigo escrito por Jean-François Gabarrou, PhD, gerente Científico Animal Care, Phodé, França

Sabemos que o potencial genético dos animais de produção aumenta de maneira contínua. No entanto, os indicadores de desempenho na produção animal permanecem inferiores ao potencial indicado, mesmo tendo tanto domínio nos parâmetros de produção: arraçoamento, ambiente, saúde…

De fato para melhorar o desempenho de um animal, frequentemente focamos em seu ambiente (o que é primordial). No entanto, também devemos focar no animal, pois é dele que exigimos cada vez mais um melhor desempenho.

Esta situação gera um aumento do estresse na produção animal, influenciado pelos seus diversos parâmetros de produção. Assim, o estresse sentido pelo animal torna-se um fator que limita a expressão do seu melhor desempenho.

O conceito do Melhor Estar

O conceito do “Melhor Estar”, é usado pelos especialistas em olfação que criam aditivos neuro moduladores para reduzir as consequências do estresse na produção animal moderna. O princípio base é simples:

  • Os animais estão sempre em busca do “Melhor Estar”, cabe a nós oferecer-lhes uma solução para que expressem este ”Melhor Estar”.
  • Algumas moléculas olfativas têm efeitos na percepção do estresse e podem oferecer esta solução.

Embora o conceito seja simples, sua aplicação é mais complexa:

  • A seleção dos extratos vegetais e de seus fornecedores, tornam este produto complexo.
  • O desenvolvimento de uma galênica específica que permita a liberação dos princípios ativos ao longo do tempo, requer uma fabricação única e tecnificada.
  • A determinação do modo de ação de um aditivo neuro sensorial, que atua diretamente no cérebro, necessita complexas ferramentas de investigação e uma pesquisa base de longo prazo.
  • Por último, como prova decisiva, permanece os resultados dos efeitos no animal, sobretudo em diferentes situações de estresse.

Complexo

O aditivo neuro sensorial é um produto complexo, geralmente fabricada à base de extratos vegetais voláteis. Outra particularidade é a sua galênica especial, que permite ao alimento veicular seus princípios ativos, evidentemente até a zona digestiva, mas sobretudo aos órgãos da olfação.

O aditivo neuro sensorial atua no cérebro modulando a percepção do estresse, estimulando o circuito da recompensa e favorecendo assim os comportamentos mais adaptados ao estresse percebido pelo animal.

Assim, após inúmeros teses em diferentes situações de estresse típicas da produção  animal, o aditivo neuro sensorial atua com alta eficiência na redução do estresse térmico, estresse de densidade, estresse de manejo, estresse nutricional e estresse social, por exemplo.

Estresse térmico: baixo desempenho relacionado ao baixo consumo de água?

A resposta comportamental esperada na situação de estresse térmico é o consumo excessivo de água.

Quando o estresse térmico prolonga-se durante o dia, os animais ficam resignados, consumindo menos água e tendo como consequência a desidratação.

Baixo consumo de alimento e perdas de desempenho, são consequências da insuficiência do consumo de água. O mesmo ocorre com o aumento na mortalidade em situação de estresse térmico, estando amplamente relacionado à desidratação.

O uso de aditivo neuro sensorial mostrou em diversos trabalhos que permite manter um alto consumo de água, estimulando o sentido de recompensa durante o comportamento de consumir água. Os animais alimentam-se melhor, crescem mais e a mortalidade é fortemente reduzida. Este exemplo ilustra bem o efeito da busca pelo ”Melhor Estar” no comportamento das aves.

Estresse por alta densidade na produção animal

As altas densidades de produção sempre levam a uma redução do consumo de alimento, acarretando uma dedução dos indicadores de crescimento.

Este fenômeno é amplamente compensado pelo ganho em produtividade por barracão, almejado pelo excesso de densidade.

Na avicultura moderna é obrigatório priorizar o desempenho global em relação ao desempenho individual. Mas isto é realmente contraditório?

Obviamente não se pode voltar atrás e recomendar uma diminuição da densidade dos animais em produção, isto seria negar as realidades do mundo moderno. No entanto, devemos investigar mais para então descobrir a origem desta problemática.

Mais uma vez, priorizamos o ambiente do animal (aqui a densidade pensada economicamente) em relação à consideração do animal como um indivíduo.

A causa é simples e merece grande atenção: o estresse, através da secreção de cortisol induz, a produção de leptina nos mamíferos e de interleucinas nas aves domésticas que por sua vez limitam o consumo de alimento.

O uso de aditivos neuro sensoriais, provocam nos animais uma limitação da percepção deste estresse de densidade, possibilitando recuperar parte do consumo perdido.

O bom desempenho é inteiramento recuperado, mais uma vez, através da diminuição dos efeitos do estresse, como o catabolismo devido ao alto nível de cortisol.

Em galinhas poedeiras muito sensíveis ao estresse por densidade, além do uso de aditivos neuro-sensoriais é extremamente importante melhorar as instalações de produção.

Estresse na uniformização e mistura de lotes

Durante uma uniformização de animais (homogeinização dos lotes de suínos, introdução de porcas em uma baia, transferência de frangas para um local de postura) uma nova hierarquia será implantada.

Isso passa necessariamente por múltiplos confrontos entre os animais. Estas brigas são totalmente naturais, porém podem gerar comportamentos anormais como canibalismo, abrindo as portas aos patôgenos que por sua vez, podem levar o animal à morte.

Além disso, estas agressões repetidas aumentam o estresse no ambiente, propagando estes distúrbios comportamentais como uma epidemia.

O uso do aditivo neuro sensorial não diminui a frequência das brigaas entre animais. Observa-se até um leve aumento logo no início. Mas ao contrário, a duração das brigas é limitada e a intensidade das lesões observadas mais ainda, a ponto que a recuperação dos animais é muito rápida.

Aplicabilidade

Este exemplo nos permite entender que este novo conceito pode se aplicar a qualquer tipo de estresse imposto aos animais. Sabemos que o estresse está presente em toda parte durante as diversas fases da produção animal, desde a chegada até o dia da retirada dos animais. Facilmente podemos imaginar o reflexo positivo, referente ao uso de aditivos neuro sensoriais de maneira contínua, permitindo um aumento de produção significativo, bem como uma espetacular redução da mortalidade causada pelas agressões ou estresse (vacinação, retirada, transporte…).

Os aditivos neuro sensoriais são um conceito único e inovador que permite manter e otimizar o desempenho na produção animal mai exigente, tomando em consideração o ”Better-Being” individual do animal.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de julho/agosto de 2019.

Fonte: O Presente Rural

Suínos

Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
Continue Lendo

Suínos

Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças

Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.

Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.

No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.

Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.

Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.

Fonte: Assessoria Cepea
Continue Lendo

Suínos

Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde

Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

Publicado em

em

Foto: Jonathan Campos

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.

Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock

Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.

Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.

O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.

Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
Continue Lendo

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.