Bovinos / Grãos / Máquinas
Adapar alerta sobre plantio da soja e colheita do trigo
Fonte: Adapar
Bovinos / Grãos / Máquinas
Pesquisadores avaliam se microrganismos podem reduzir emissão de metano de bovinos
Avaliação já indicou que a abundância de alguns microrganismos é diferente em touros com altas e baixas taxas de emissões. Já no que diz respeito ao consumo alimentar, foram identificados tanto organismos associados à ineficiência alimentar quanto à maior eficiência.
Em um ano em que as ondas de calor continuam severas, as pessoas tendem a refletir um pouco mais sobre as consequências das alterações do clima. A ciência tem feito a sua parte. Boa parte das pesquisas da Embrapa Pecuária Sudeste, localizada em São Carlos (SP) tem foco em sistemas sustentáveis de produção, ou seja, busca obter carne e leite com menor emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) para reduzir o impacto da atividade agropecuária.
Entre diversos estudos e tecnologias do centro de pesquisa, um deles avalia a contribuição de bactérias e microrganismos na emissão de metano de bovinos e na eficiência alimentar desses animais por meio da hologenômica, o estudo simultâneo dos genomas do hospedeiro e dos microrganismos.
Coordenado pela pesquisadora Luciana Regitano, o estudo, que envolve instituições do Brasil e do exterior, testou se os componentes do microbioma ruminal e fecal dos animais poderiam ser usados como biomarcadores. Segundo Luciana, os cientistas querem saber se, usando a informação sobre o tipo de microrganismos abrigado pelo animal, é possível melhorar seu perfil de eficiência alimentar e emissão.
A avaliação já indicou que a abundância de alguns microrganismos é diferente em touros com altas e baixas taxas de emissões. Já no que diz respeito ao consumo alimentar, foram identificados tanto organismos associados à ineficiência alimentar quanto à maior eficiência.
Essa pesquisa, que contou com apoio da Fapesp por meio do Projeto Temático “O hologenoma de Nelore: implicações na qualidade de carne e em eficiência alimentar”, deve ser concluída no final deste ano. Para saber mais, veja um dos trabalhos aqui .
Hologenômica
Interessados nesse tema terão a oportunidade de participar de um curso de curta duração Análise de Dados Hologenômicos para Agricultura. O curso ocorre presencialmente de 29 de julho a 09 de agosto de 2024, em São Carlos (SP). As inscrições para seleção de candidatos estão abertas no site do evento até o dia 30 de março. Quarenta candidatos, 20 do Brasil e 20 do exterior, serão selecionados e terão custeio total de suas despesas pela Fapesp. Para inscrição, acesse aqui.
A iniciativa propõe uma visão interdisciplinar da hologenômica e de como avaliar e integrar dados de diferentes técnicas ômicas (genômica, metagenômica, epigenômica, transcriptômica, etc.). Além disso, vai discutir como essas ferramentas podem melhorar o desenvolvimento de novas tecnologias agrícolas.
Bovinos / Grãos / Máquinas
Exportações brasileiras intensas de carne bovina sinalizam possível recorde mensal
Os embarques diários superaram as 10 mil toneladas até o dia 19, somando, na parcial, mais de 155 mil toneladas enviadas ao exterior, o que já representaria o segundo melhor abril da história, mesmo faltando sete dias para o cômputo total.
As exportações brasileiras de carne bovina in natura estão intensas em abril, sinalizando um recorde mensal.
De acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea, os embarques diários superaram as 10 mil toneladas até o dia 19, somando, na parcial, mais de 155 mil toneladas enviadas ao exterior, o que já representaria o segundo melhor abril da história, mesmo faltando sete dias para o cômputo total.
Em abril de 2022, recorde histórico para o mês, a média diária foi de 8,29 mil toneladas.
Segundo pesquisadores do Cepea, o volume atual deve ajudar no maior equilíbrio junto à oferta interna, dando sinais de mais firmeza ao mercado no curto prazo.
Bovinos / Grãos / Máquinas
Primeiro trimestre de 2024 se encerra com estabilidade nos custos
Apesar da leve recuperação nas cotações de grãos no período, os preços de insumos destinados à dieta animal continuaram recuando.
O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira se manteve estável de fevereiro para março, considerando-se a “média Brasil” (bacias leiteiras de Bahia, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul). Com isso, o primeiro trimestre de 2024 se encerrou com uma leve retração no custo, de 0,3%. Apesar da leve recuperação nas cotações de grãos no período, os preços de insumos destinados à dieta animal continuaram recuando.
Dessa forma, os custos com o arraçoamento do rebanho acumulam queda de 1,8%. Sendo este o principal componente dos custos de produção da pecuária leiteira, reforça-se que a compra estratégica dos mesmos pode favorecer o produtor em períodos adversos.
No mercado de medicamentos, o grupo dos antimastíticos foi o que apresentou maiores elevações em seus preços, sobretudo em MG (1,2%) – este movimento pode ter sido impulsionado por chuvas intensas em algumas regiões do estado ao longo do mês.
Por outro lado, produtos para controle parasitário registraram leves recuos, enquanto vacinas e antibióticos ficaram praticamente estáveis. Tendo em vista o preparo para o plantio das culturas de inverno nesta época do ano, foi possível observar valorização de 7,4% das sementes forrageiras na “média Brasil”, com os avanços chegando a ficar acima de 10% no Sul do País.
Tal atividade também impacta diretamente o mercado de fertilizantes, que registou recuperação de 0,3% na “média Brasil”. Por outro lado, o mercado de defensivos agrícolas apresentou queda de 0,4%, a qual foi associada ao prolongamento das chuvas em algumas regiões, o que reduz, por sua vez, a demanda por tais insumos.
De maneira geral, a estabilidade nos preços dos principais insumos utilizados e a elevação do preço do leite pago ao produtor contribuíram para a diluição dos custos da atividade leiteira no período, favorecendo a margem do produtor.
Cálculos do Cepea em parceria com a CNA, tomando-se como base propriedades típicas amostradas no projeto Campo Futuro, apontam elevações de 4% na receita total e de 30% na margem bruta (o equivalente a 9 centavos por litro de leite), considerando-se a “média Brasil”.
Relação de troca
Em fevereiro, a combinação entre valorização do leite e a queda no preço do milho seguiu favorecendo o poder de compra do pecuarista leiteiro. Assim, o produtor precisou de 28 litros de leite para adquirir uma saca de 60 kg do grão – o resultado vem se aproximando da média dos últimos 12 meses, de 27 litros/saca.