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Adapar alerta para importância de produtores comunicar sobre animais com sinais de raiva

Fiscais reiteram a importância de pecuaristas avisarem a Adapar em qualquer suspeita da doença na propriedade

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Todo o ano a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) recebe notificações de produtores e médicos veterinários de animais com sinais nervosos que podem ser raiva. Recentemente, a Adapar de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Estado, teve dois chamados para a possiblidade da doença, sendo que um deles foi enviado material para o laboratório para análise. Além disso, casos recentes que ocorreram em Cascavel fez com que a vigilância dos produtores fosse redobrada.

Segundo o fiscal de Defesa Agropecuária de Marechal Rondon, Loreno Egidio Taffarel, todos os sinais nervosos em bovinos, como andar cambaleante, dificuldade de caminhar e de ficar de pé, entre outros, indicam acometimento do sistema nervoso em bovinos e também em outras espécies. “Quando isso ocorre em um bovino ou equino da propriedade, o produtor, veterinário, zootecnista ou assistente técnico, deve comunicar a Adapar, pois pode ser sinal de raiva. Caso o animal venha a óbito, a Adapar coleta partes específicas do sistema nervoso central (cérebro, cerebelo e tronco encefálico), envia para o laboratório em Curitiba e lá são realizados os testes”, explica.

Já o fiscal Flávio da Cunha Dias comenta que a vantagem de comunicar e da coleta e envio do material é que o laboratório realiza vários tipos de testes quando ocorre uma suspeita raiva. “O primeiro teste realizado é da raiva bovina ou equina, e caso esse resultado seja negativo, são feitos outros testes, como da Encefalopatia Espongiforme Bovina ou Doença da Vaca Louca, a Listeria spp., Toxoplasma, Neospora, Babesia e Rinotraqueite Infecciosa Bovina. Ou seja, são realizados vários testes, na tentativa de ter o diagnóstico da causa da morte e de poder tomar medidas corretas na propriedade, para proteger o rebanho e também as pessoas”, diz.

Os fiscais agropecuários reforçam que a notificação ou comunicação para a Adapar de sinais nervosos em bovinos, equinos ou ovinos, pode levar a importantes descobertas ou diagnósticos, tanto do ponto de vista de zoonoses, quanto de saúde pública e de protocolos sanitários nas propriedades. “É importante salientar que praticamente todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva. Então, quando se combate a raiva em herbívoros (bovinos, búfalos, cavalos e outros animais) estamos evitando que essa doença chegue mais próximo aos seres humanos pela contaminação de carnívoros, como os cães e gatos. A raiva é sempre fatal, seja em animais ou em humanos”, alertam os fiscais.

Eles informam que na região a recomendação da Adapar é, por prudência, vacinar anualmente contra raiva os bovinos e equinos do distrito de São Roque, que abrange também uma pequena parte do município de Entre Rios do Oeste. “Isso porque naquela região existem abrigos de morcegos hematófagos que são o reservatório natural e vetores do vírus da raiva. E em um dos abrigos foi verificado a coexistência de morcegos hematófagos com não hematófagos”, esclarece.

Segundo dados da Adapar, o último caso de raiva em bovinos em Marechal Cândido Rondon foi em 2011 e em Mercedes em 2012. Nos últimos anos houve ainda casos de raiva em bovinos e equinos em São José das Palmeiras (2017), depois em Terra Roxa, Palotina, Toledo e Ouro Verde do Oeste. “Sempre que ocorre raiva em herbívoros (bovinos e equinos), há grande apreensão na população humana envolvida, então, prevenir e vacinar os animais é a melhor alternativa, considerando ainda que a vacina é barata”, dizem os fiscais.

Além disso, de acordo com o fiscal agropecuário, nas coletas realizadas pela Adapar de Marechal Rondon, houve dois resultados de laboratório que identificaram a presença de Herpesvírus bovino (HBV). “Isso demonstra a importância de vacinar contra e Rinotraqueíte Infecciosa Bovina ou IBR (HPV tipo 1) e da Encefalite Herpética Bovina (HPV tipo 5)”, comenta.

Como acontece o diagnóstico

Após o material ser coletado pelos agentes da Adapar todo ele é encaminhado para um laboratório, em Curitiba, onde são feitos os testes para identificar a doença que acometeu o animal. Taffarel explica que primeiro é realizado o teste da raiva que é provocada por um vírus e transmitida por morcegos hematófagos, ou seja, que se alimentam de sangue dos mamíferos. “Caso o resultado de laboratório dê resultado negativo para raiva bovina, então o próximo passo no laboratório é verificar se não há a ocorrência da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), também conhecida como “vaca louca””, conta.

Os fiscais de defesa agropecuária esclarecem que a EEB, ou doença da “vaca louca”, quando ocorre em animais muito velhos, é considerada uma degeneração, indesejável, mas de certa forma natural. “Entretanto, quando ocorre em animais em idade produtiva, afeta a exportação de carne bovina”, diz. O fiscal agropecuário explica que uma das formas de desencadear a doença é alimentar ruminantes com subprodutos de origem animal que contém o príon infectante. “Justamente, por conta disso, é proibida a utilização, por exemplo, de farinha de carne ou ossos na alimentação de ruminantes (bovinos, ovinos, caprinos, búfalos) ou qualquer outro subproduto de origem animal a esses animais (como peneirar restos de ração de camas de aviário). Também nos frigoríficos são removidos das carcaças materiais de risco específico para a doença e isso tem se mostrado como medidas efetivas para o controle da doença, além de reduzir a exposição humana ao agente, pois se trata de uma importante zoonose”, afirma.

Persistindo o resultado negativo para raiva e EEB o laboratório faz pesquisa de Listeria spp. “A Listeria monocytogenese é uma bactéria que também pode infectar humanos, principalmente por meio de alimentos contaminados, entre eles produtos lácteos não pasteurizados e carnes, e em frutas e vegetais. As pessoas de maior risco são principalmente bebês, crianças, mulheres grávidas, idosos e pessoas com imunidade baixa”, conta.

Taffarel diz que caso os resultados no laboratório da Adapar sejam negativos para raiva, EEB e Listeria, então são realizados outros testes. Entre eles os protozoários da família Sarcocystidae que incluem o Toxoplasma (que causa a doença toxoplasmose em humanos) e Neospora.

Também são pesquisados a Babesia sp, que é a causadora da babesiose e um dos agentes da tristeza parasitária em bovinos. “A Babesia é um protozoário transmitido pelo carrapato dos bovinos, ou seja, quando o carrapato está se alimentando do sangue dos bovinos, ele transmite a Babesia para o animal”, diz o fiscal.

Além disso, também é pesquisado o vírus da doença de Aujeszky. “A doença de Aujeszky é importante porque afeta, além de outras espécies, como os suínos. Todas as granjas de suínos fornecedoras de matrizes, reprodutores ou sêmen são monitoradas para essa doença. Em Marechal Cândido Rondon, temos três granjas controladas para essa doença, em Pato Bragado uma granja e em Quatro Pontes duas granjas, sendo uma delas a Central de Sêmen Suíno”, conta Dias.

Uma última doença que é analisada pelo laboratório é a rinotraqueite infecciosa bovina (IBR), que é um herpesvirus bovino tipo 1 (BHV-1) e o vírus da encefalite herpética bovina (BHV-5). “Essas doenças são importantes nos bovinos, porque além de levar a surtos de abortos, infertilidade e infecções do trato respiratório e reprodutivo, pode infectar o cérebro dos bovinos e levar a encefalite”, conta Taffarel. Ele explica que quando ocorre encefalite pode-se confundir com a raiva, devido aos sinais nervosos e na maioria das vezes leva a morte do animal.

“Por isso é importante que os produtores vacinem o rebanho contra essas doenças, com orientação de um médico veterinário, pois nem todas as vacinas protegem contra o BHV-5 e é importante um protocolo para cada propriedade de acordo com a vacina comercial utilizada. Nas amostras enviadas para o laboratório pela Unidade da Adapar de Marechal Cândido Rondon que eram suspeitas de raiva, em 2019 tivemos uma propriedade com resultado positivo para BHV-1 e em 2021 outra propriedade com resultado positivo tanto para o herpesvírus bovino tipo-1 quanto para o tipo 5 (BHV-1 e BHV-5). Isso demonstra a importância de vacinar o rebanho para a IBR (BHV-1 e BHV-5) e de comunicar a Adapar em caso de sinais nervosos observados, principalmente em bovinos, equinos e ovinos”, concluem.

Fluxograma de como é feita a investigação até o correto diagnóstico

Fonte: O Presente Rural com informações da Adapar

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Feicorte: São Paulo impulsiona mudanças no manejo pecuário com opção de marcação sem fogo

Estado promove alternativa pioneira para o bem-estar animal e a sustentabilidade na pecuária. Assunto foi tema de painel durante a Feicorte 2024

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No painel “Uma nova marca do agro de São Paulo”, realizado na Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, em Presidente Prudente (SP), que segue até o dia 23 de novembro, a especialista em bem-estar animal, Carmen Perez, ressaltou a importância de evitar a marcação a fogo em bovinos.

Segundo ela, a questão está diretamente ligada ao bem-estar animal, especialmente no que diz respeito ao local onde é realizada a marcação da brucelose, que ocorre na face do animal, uma região com maior concentração de terminações nervosas, um ponto mais sensível. Essa ação representa um grande desafio, pois, embora seja uma exigência legal nacional, os impactos para os animais precisam ser cuidadosamente avaliados.

“O estado de São Paulo tem se destacado de forma pioneira ao oferecer aos produtores rurais a opção de decidir se desejam ou não realizar a marcação a fogo. Isso é um grande avanço”, destacou Carmen. Ela também mencionou que os animais possuem uma excelente memória, lembrando-se tanto dos manejos bem executados quanto dos malfeitos, o que pode afetar sua condição e bem-estar a longo prazo.

Além disso, a imagem da pecuária é um ponto crucial, especialmente considerando o poder da comunicação atualmente. “Organizações de proteção animal frequentemente utilizam práticas como a marcação a fogo, castração sem anestesia e mochação para criticar a cadeia produtiva. Essas questões podem impactar negativamente a percepção do setor”, alertou. Para enfrentar esses desafios, Carmen enfatizou a importância de melhorar os manejos e de considerar os riscos de acidentes nas fazendas, que muitas vezes são subestimados quando as práticas de manejo não são adequadas.

“Nos próximos anos, imagino um setor mais consciente, em que as pessoas reconheçam que os animais são seres sencientes. As equipes serão cada vez mais participativas, e a capacitação constante será essencial”, afirmou. Ela finalizou dizendo que, para promover o bem-estar animal, é fundamental investir em treinamento contínuo das equipes. “Vejo a pecuária brasileira se tornando disruptiva, com o potencial de se tornar um modelo mundial de boas práticas”, concluiu.

Fica estabelecido o botton amarelo para a identificação dos animais vacinados com a vacina B19 e o botton azul passa a identificar as fêmeas vacinadas com a vacina RB 51. Anteriormente, a identificação era feita com marcação à fogo indicando o ano corrente ou a marca em “V”, a depender da vacina utilizada.

As medidas foram publicadas no Diário Oficial do Estado, por meio da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24.

Mudanças estabelecidas

Prazos

Agora, fica estabelecido que o calendário para a vacinação será dividido em dois períodos, sendo o primeiro do dia 1º de janeiro a 30 de junho do ano corrente, enquanto o segundo período tem início no dia 1º de julho e vai até o dia 31 de dezembro.

O produtor que não vacinar seu rebanho dentro do prazo estabelecido, terá a movimentação dos bovídeos da propriedade suspensa até que a regularização seja feita junto às unidades da Defesa Agropecuária.

Desburocratização da declaração

A declaração de vacinação pelo proprietário ou responsável pelos animais não é mais necessária. A partir de agora, o médico-veterinário responsável pela imunização, ao cadastrar o atestado de vacinação no sistema informatizado de gestão de defesa animal e vegetal (GEDAVE) em um prazo máximo de quatro dias a contar da data da vacinação e dentro do período correspondente à vacinação, validará a imunização dos animais.

A exceção acontecerá quando houver casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado pelo produtor no sistema GEDAVE.

Fonte: Assessoria Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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Treinamento em emergência sanitária busca proteger produção suína do estado

Ação preventiva do IMA acontecerá entre os dias 26 e 28 de novembro em Patos de Minas, um dos polos da suinocultura mineira.

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Com o objetivo de proteger a produção de suínos do estado contra possíveis ameaças sanitárias, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realizará, de 26 a 28 deste mês, em Patos de Minas, o Treinamento em Atendimento a Suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. A iniciativa capacitará mais de 50 médicos veterinários do serviço veterinário oficial para identificar e responder prontamente a casos de doenças como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). A disseminação global da PSA tem preocupado autoridades devido ao impacto devastador na produção e na economia, como evidenciado na China que teve início em 2018 e se estendeu até 2023, quando o país perdeu milhões de suínos para a doença. Em 2021, surtos recentes no Haiti e na República Dominicana aumentaram o alerta no continente americano.

A escolha de Patos de Minas como sede para o treinamento presencial reforça sua importância como polo suinícola em Minas Gerais, com cerca de 280 mil animais produzidos, equivalente a 16,3% do plantel estadual, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A Coordenadoria Regional do IMA, em Patos de Minas, que atende cerca de 17 municípios na região, tem mais de 650 propriedades cadastradas para a criação de suínos, cuja sanidade é essencial para evitar prejuízos econômicos que afetariam tanto o mercado interno quanto as exportações mineiras.

Para contemplar a complexidade do tema, o treinamento foi estruturado em dois módulos: remoto e presencial. Na fase on-line, realizada nos dias 11 e 18 de novembro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha, da Espanha e de empresas parceiras abordaram aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças hemorrágicas em suínos. Já na fase presencial, em Patos de Minas, os participantes terão acesso a oficinas práticas de biossegurança, desinfecção, estudos de casos, discussões sobre cenários epidemiológicos, coleta de amostras e visitas a campo, além de simulações de ações de emergência sanitária, onde aplicarão o conhecimento adquirido.

A iniciativa do IMA conta com o apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, sindicato rural e a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, além do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A defesa agropecuária em Minas Gerais depende de ações como essa, fundamentais para evitar a entrada de patógenos e manter a competitividade da produção local. Esse treinamento é parte das ações para manutenção do status de Minas Gerais como livre de febre aftosa sem vacinação.

Ameaças sanitárias e os impactos para a economia

No Brasil, a Peste Suína Clássica está sob controle nas zonas livres da doença. No entanto, nas áreas não reconhecidas como livres, a enfermidade ainda está presente, representando um risco significativo para a suinocultura brasileira. Esta enfermidade pode levar a alta mortalidade entre os animais, além de causar abortos em fêmeas gestantes. Por ser uma enfermidade sem tratamento, a prevenção constante e a vigilância da doença são fundamentais.

A situação é ainda mais crítica no caso da Peste Suína Africana, para a qual não há vacina eficiente e cuja propagação levaria a prejuízos imensos ao setor suinícola nacional, com risco de desabastecimento no mercado interno e aumento dos preços para o consumidor final. Os animais infectados apresentam sintomas como febre alta, perda de apetite, e manchas na pele.

Fonte: Assessoria Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
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Faesp quer retratação do Carrefour sobre a decisão do grupo em não comprar carne de países do Mercosul

Uma das principais marcas de varejo, por meio do CEO do Carrefour França, anunciou que suspenderá vendas de carne do Mercosul: decisão gera críticas e debate sobre sustentabilidade.

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Foto: oliver de la haye

O Carrefour França anunciou que suspenderá a venda de carne proveniente de países do Mercosul, incluindo o Brasil, alegando preocupações com sustentabilidade, desmatamento e respeito aos padrões ambientais europeus. A afirmação é do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, nas redes sociais do empresário, mas destinada ao presidente do sindicato nacional dos agricultores franceses, Arnaud Rousseau.

A decisão gerou repercussão negativa no Brasil, especialmente no setor agropecuário, que considera a medida protecionista e prejudicial à imagem da carne brasileira, amplamente exportada e reconhecida pela qualidade.

Essa decisão reflete tensões maiores entre a União Europeia e o Mercosul, com debates sobre padrões de produção e sustentabilidade como pontos centrais. Para a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), essa decisão é prejudicial ao comércio entre França e Brasil, com impactos negativos também aos consumidores do Carrefour.

Os argumentos da pauta ambiental alegada pelo Carrefour e pelos produtores de carne na França não se sustentam, uma vez que a produção da pecuária brasileira está entre as mais sustentáveis do planeta. Esta posição, vinda de uma importante marca de varejo, é um indício de que os investimentos do grupo Carrefour no Brasil devem ser vistos com ressalva, segundo o presidente da Faesp, Tirso Meirelles.

“A declaração do CEO do Carrefour França, Alexandre Bompard, demonstra não apenas uma atitude protecionista dos produtores franceses, mas um total desconhecimento da sustentabilidade do setor pecuário brasileiro. A Faesp se solidariza com os produtores e espera que esse fato isolado seja rechaçado e não influencie as exportações do país. Vale lembrar que a carne bovina é um dos principais itens de comercialização do Brasil”, disse Tirso Meirelles.

Foto: Shutterstock

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faesp, Cyro Ferreira Penna Junior, reforça esta tese. “A carne brasileira é a mais sustentável e competitiva do planeta, que atende aos padrões mais elevados de qualidade e exigências do consumidor final. Tais retaliações contra o nosso produto aparentam ser uma ação comercial orquestrada de produtores e empresas da União Europeia que não conseguem competir conosco no ‘fair play’”, diz Cyro.

Para o presidente da Faesp, cabe ao Carrefour reavaliar sua posição e, eventualmente, se retratar publicamente, uma vez que esta decisão, tomada unilateralmente e sem critérios técnicos, revela uma falta de compromisso do grupo com o Brasil, um importante mercado consumidor.

Várias outras instituições se posicionaram contra a decisão do Carrefour, e o Ministério da Agricultura (Mapa). “No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo”, diz o Mapa em comunicado. “Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor […] O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, continua a nota.

Veja aqui o vídeo do presidente.

Fonte: Assessoria Faesp
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