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Acordo de grãos do Mar Negro expira hoje após suspensão da Rússia

Negociações visavam aliviar uma crise global de alimentos. Quase 33 milhões de toneladas métricas de milho, trigo e outros grãos foram exportados pela Ucrânia sob o acordo.

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Foto: José Fernando Ogura

Um pacto que permitiu a exportação segura de grãos da Ucrânia pelo Mar Negro no último ano expira no final desta segunda-feira (17), depois que a Rússia disse que suspenderá sua participação.

O acordo, negociado pelas Nações Unidas e pela Turquia em julho passado, visava aliviar uma crise global de alimentos, permitindo que os grãos ucranianos bloqueados pelo conflito Rússia – Ucrânia fossem exportados com segurança.

O último navio deixou a Ucrânia sob o acordo no domingo (16). A invasão da Rússia em fevereiro de 2022 e o bloqueio dos portos ucranianos do Mar Negro fizeram disparar os preços globais dos grãos. Ucrânia e Rússia estão entre os maiores exportadores de grãos do mundo.

Quase 33 milhões de toneladas métricas de milho, trigo e outros grãos foram exportados pela Ucrânia sob o acordo.

A Rússia notificou formalmente a Ucrânia, por meio da embaixada russa em Minsk, que estava suspendendo sua participação no acordo de grãos do Mar Negro.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres nesta segunda-feira que os acordos do Mar Negro deixaram de ser válidos até esta segunda-feira. “Infelizmente, a parte desses acordos do Mar Negro em relação à Rússia não foi implementada até agora, então seu efeito foi encerrado”, afirmou.

Ele disse que a decisão de não renovar o acordo não está relacionada a um ataque noturno na ponte entre a Rússia e a Crimeia, que ele chamou de “ato terrorista” e culpou a Ucrânia.

Os militares ucranianos sugeriram que o ataque poderia ser algum tipo de provocação da própria Rússia, mas a mídia ucraniana informou, citando fontes não identificadas, que o Serviço de Segurança da Ucrânia estava por trás do incidente.

A Rússia ameaçou sair do pacto porque suas demandas para melhorar suas próprias exportações de grãos e fertilizantes não foram atendidas. A Rússia também reclamou que não chegavam grãos suficientes aos países pobres. As Nações Unidas argumentaram que o acordo beneficiou esses Estados, ajudando a reduzir os preços dos alimentos em mais de 20% globalmente.  “Assim que a parte russa dos acordos for cumprida, o lado russo retornará à implementação deste acordo, imediatamente”, acrescentou Peskov.

A Alemanha continua apelando à Rússia para tornar possível uma extensão do acordo de grãos do Mar Negro com a Ucrânia, disse um porta-voz do governo em Berlim.

Fonte: Agência Brasil

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ALA e US Poultry abrem inscrições ao Prêmio Técnico-Científico 2024

Pesquisas serão selecionadas com base em critérios como relevância do tema, qualidade da metodologia, experiência da equipe de pesquisa e potencial de impacto para a avicultura.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Associação Latino-Americana de Avicultura (ALA), por meio de se Instituto Técnico Científico, em parceria com o US Poultry & Egg Association (USPOULTRY), anunciaram nesta quarta-feira (15) a abertura das inscrições para o Programa Técnico-Científico 2024.

Iniciativa que busca promover a pesquisa técnico-cientifica, o Prêmio selecionará duas pesquisas para oferecer aportes de até US$ 15 mil.

As inscrições vão até 15 de outubro. As pesquisas serão selecionadas com base em critérios como relevância do tema, qualidade da metodologia, experiência da equipe de pesquisa e potencial de impacto para a avicultura.

“O Programa Técnico-Científico é uma iniciativa de grande importância para o desenvolvimento da avicultura na América Latina. Através do programa, a ALA e o US Poultry investem na pesquisa científica, buscando gerar conhecimento e inovações que contribuam para o aprimoramento da produção avícola na região”, explica o coordenador do Instituto Técnico Científico da ALA, Hebert Trenchi.

Para se inscrever no Programa Técnico-Científico 2024, os interessados devem enviar a proposta de pesquisa, de acordo com as bases e regulamentos do programa, para o e-mail: coordenadorctc@avicolatina.com. As bases e regulamentos do programa, as diretrizes para propostas e o formulário de avaliação de tipo estão disponíveis no site da ALA, que você tem acesso clicando aqui.

Fonte: Assessoria ABPA
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JBS tem lucro de R$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre e supera expectativas do mercado

Alavancagem recua para 3,66x em dólar e prossegue em trajetória favorável.

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A JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, concluiu o primeiro trimestre de 2024 com Lucro Líquido de R$ 1,6 bilhão, ante R$ 83 milhões registrados no trimestre anterior. Esse foi um período em que todas as unidades de negócio aprimoraram o desempenho. No 1T24, a Receita Líquida foi de R$ 89 bilhões, 3% mais que o mesmo período de 2023. O Ebitda foi de R$ 6,4 bilhões, crescimento de 25,9% na comparação com o trimestre anterior.

CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni: “São números que reforçam que estamos no caminho da recuperação, como vínhamos sinalizando nos últimos trimestres” – Fotos: Divulgação/JBS

O número ficou R$ 1 bilhão acima do consenso de mercado. A Margem Ebitda fechou em 7,2% no período, avanço de 4,7 p.p. em relação aos três primeiros meses do ano passado. “A JBS apresentou resultados sólidos no primeiro trimestre de 2024. São números que reforçam que estamos no caminho da recuperação, como vínhamos sinalizando nos últimos trimestres”, diz Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS.

Na operação, destaque para aves: ampliação de vendas com demanda forte e custos menos pressionados, com o valor de grãos muito comportado, tanto na Seara, como na Pilgrim’s Pride. Em carne bovina, permaneceu o contraste entre a fase favorável no Brasil e na Austrália e o momento ainda difícil do ciclo pecuário nos Estados Unidos, que também observou pequena evolução no trimestre.

Prioridade financeira da Companhia, a alavancagem caiu drasticamente em dólar, de 4,42x para 3,66x (dívida líquida/Ebitda). A Companhia encerrou o trimestre com R$ 17,3 bilhões em caixa e conta com US$ 3,3 bilhões disponíveis em linhas de crédito rotativas equivalentes a R$ 16,6 bilhões pelo câmbio de fechamento do período. A dívida líquida da empresa ficou em US$ 15,9 bilhões (R$ 79,3 bilhões). “A robustez de nossos resultados, mais uma vez, reforça a importância de nossa diversificação de geografias e proteínas. Permanecemos focados em nossa estratégia de longo prazo: expansão de nossa plataforma global e consolidação de nosso portfólio de marcas fortes e produtos de valor agregado”, afirma Tomazoni.

Na análise por negócio, a Seara fechou o primeiro trimestre de 2024 com Receita Líquida de R$ 10,3 bilhões, resultado estável em relação ao mesmo período do ano anterior, e Ebitda de R$ 1,2 bilhão, que representa um aumento de 711% em comparação com igual ciclo do ano passado. A margem ajustada no primeiro trimestre de 2024 foi de 11,6%, com crescimento de 10,1 p.p. na comparação com a anterior.

Mesmo com preços e volumes estáveis no mercado, a marca entregou desempenho a partir das diversas ações implementadas ao longo do ano passado, que resultaram em melhores indicadores operacionais. O resultado também é um reflexo dos menores custos dos grãos, melhor equilíbrio da oferta e demanda, e do processo de ramp-up operacional das novas plantas. A categoria de frango in natura apresentou um crescimento de 25% nos três primeiros meses de 2024, no mercado interno, frente ao mesmo período de 2023.

A JBS Brasil, no 1T24, fechou com Receita Líquida de R$ 14,2 bilhões, crescimento de 17% comparado ao 1T23. O Ebitda do primeiro trimestre de 2024 avançou 117%, comparado com o primeiro trimestre de 2023, no montante de R$ 643 milhões. A margem ajustada referente ao primeiro trimestre deste ano foi de 4,5%, com aumento 2,1 p.p comparado com o mesmo período do ano passado.

O resultado no começo de 2024 é reflexo dos maiores volumes vendidos. A receita na categoria de carne bovina in natura, no 1T24, cresceu 11% a/a no mercado doméstico e 60% a/a no internacional. No período, a Companhia manteve seu foco na execução comercial, aumentando e melhorando o nível de serviço junto aos parceiros do programa Friboi+, aproximando as marcas Friboi e Swift junto aos consumidores e melhorando a oferta de produtos de maior valor agregado.

A Pilgrim’s apresentou Receita Líquida estável em relação a igual período do ano anterior, de R$ 21,6 bilhões no 1T24. O Ebitda do período foi de R$ 2,5 bilhões, que comparado ao 1T23 foi 78% maior. A margem Ebitda cresceu em um ano 5 p.p., encerrando o 1º trimestre de 2024 em 11,5%. Nos três primeiros meses do ano, a Companhia direcionou seus esforços com foco na excelência operacional, expansão e diversificação de portfólio, e crescimento no mercado junto com os clientes-chave.

Diversificação de proteínas e portfólio

A plataforma global da Companhia, com operações nos mais importantes mercados produtores e consumidores, reforçou sua importância no trimestre. A JBS Austrália apresentou Receita Líquida de R$ 7,2 bilhões no primeiro trimestre de 2024, resultado 1% inferior no intervalo de 12 meses. O Ebitda do período foi de R$ 614 milhões, com margem de 8,6%. Os números apresentados são um reflexo do crescimento de 18% na receita do negócio de carne bovina, tanto no mercado doméstico quanto na exportação, em comparação com os três primeiros meses de 2023.

Para a JBS USA Pork, o trimestre apresentou Receita Líquida de R$ 9,5 bilhões, resultado estável em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda do 1T24 foi de R$ 1,6 bilhão, crescimento de 570% frente ao valor do 1T23. Na mesma comparação, a margem Ebitda cresceu 13,9 p.p. em um ano e fechou em 16,4%. Os números vêm do crescimento dos preços médios para o atacado e o reflexo de uma oferta mais ajustada. As operações dos três primeiros meses de 2024 contaram com a ampliação do portfólio de valor agregado e melhora na execução comercial, operacional e logística.

No primeiro trimestre de 2024, a JBS Beef North America teve Receita Líquida de R$ 27,6 bilhões. Ao longo de 2023, a Companhia promoveu diversas ações para melhorar a rentabilidade, tais como ajustes no departamento comercial, implementação de projetos visando a melhoria operacional, otimização do mix de produtos, entre outras iniciativas.

Fonte: Assessoria JBS
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Agro solidário

Essa é uma verdade constatável sempre que os atores do universo rural – famílias, produtores e empresários rurais – são convocados para auxiliar em alguma ação de interesse social. Essa virtude do agro se manifesta novamente, agora, no apoio às vítimas da tragédia climática e amplo sofrimento humano que se abate sobre o Rio Grande do Sul.

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Fotos: Divulgação

O agronegócio é solidário. Essa é uma verdade constatável sempre que os atores do universo rural – famílias, produtores e empresários rurais – são convocados para auxiliar em alguma ação de interesse social. Essa virtude do agro se manifesta novamente, agora, no apoio às vítimas da tragédia climática e amplo sofrimento humano que se abate sobre o Rio Grande do Sul.

É preciso lembrar que o agronegócio brasileiro, reconhecido como um dos principais pilares da economia nacional, exerce um papel fundamental não só na produção alimentícia e na geração de renda, mas também na gestão sustentável dos recursos naturais. Com uma crescente conscientização sobre a importância de práticas agrícolas ambientalmente responsáveis, o setor vem reafirmando seu compromisso com a preservação do meio ambiente.

Nesse cenário, é imprescindível entender que as trágicas enchentes no Rio Grande do Sul destacaram a necessidade urgente – em todas as atividades econômicas no campo ou nas cidades – de priorizar a gestão sustentável das bacias hidrográficas e o uso responsável dos recursos naturais.

Não só o agronegócio, mas também a indústria e outras atividades humanas – têm o dever de adotar técnicas que podem mitigar tais desastres naturais. Métodos como o plantio direto, a rotação de culturas e a conservação de áreas de preservação permanente – ao lado de questões como a correta alocação de indústrias, empresas e atividades extrativas – são essenciais para reduzir a ocorrência de enchentes e minimizar a degradação ambiental.

Neste momento crítico, o agronegócio demonstra não apenas sua capacidade técnica e ambiental, mas também um profundo senso de responsabilidade social. Diante da devastação causada pelas enchentes, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e os Sindicatos Rurais de Santa Catarina mobilizaram-se rapidamente para enviar ajuda às vítimas. Essas ações de solidariedade são fundamentais para o socorro e a recuperação das áreas afetadas, mostrando o compromisso do setor para com a comunidade.

Além do auxílio emergencial será necessário pensar em apoio pós-catástrofe. O engajamento do agronegócio reflete uma visão de longo prazo sobre sua interação com a comunidade e o ambiente. Adotar práticas sustentáveis e apoiar as comunidades em momentos de crise são atitudes que demonstram o compromisso do setor com um desenvolvimento que busca ser economicamente viável, socialmente justo e ecologicamente correto.

Investimentos contínuos em tecnologia e pesquisa são essenciais para desenvolver e implementar práticas que garantam a sustentabilidade do agronegócio, da indústria, do comércio e da prestação de serviços bem com a resiliência das comunidades rurais e urbanas. O foco na preservação ambiental transcende a mera conformidade com normas; trata-se de uma estratégia integral que beneficia a produção agrícola, conserva recursos hídricos, protege a biodiversidade e assegura a qualidade de vida das futuras gerações.

É papel de todos integrar esforços para a recuperação e prevenção de desastres naturais com a implementação de práticas econômicas responsáveis. O agronegócio cumpre seu papel como um agente de transformação social e ambiental.

Fonte: Por José Zeferino Pedrozo, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC).
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