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Bovinos / Grãos / Máquinas Impactos ambientais

Ações de baixo custo podem reduzir emissão de metano na pecuária

Diversas iniciativas com vistas à sustentabilidade ambiental do setor pecuário são desenvolvidas ao redor do mundo. Entre elas está a parceria de Avaliação e Desempenho Ambiental na Pecuária (LEAP), uma iniciativa multissetorial que busca desenvolver métodos e métricas harmonizados para avaliar os impactos ambientais das cadeias de abastecimento de gado.

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Diversas iniciativas com vistas à sustentabilidade ambiental do setor pecuário são desenvolvidas ao redor do mundo. Entre elas está a parceria de Avaliação e Desempenho Ambiental na Pecuária (LEAP), uma iniciativa multissetorial que busca desenvolver métodos e métricas harmonizados para avaliar os impactos ambientais das cadeias de abastecimento de gado, garantindo a viabilidade econômica e social da atividade.

Diretor de Política Pecuária da Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO), Aimable Uwizeye: “Cortar as emissões de metano pode potencializar a redução do aquecimento global, mas é preciso que a humanidade esteja comprometida com isso, não apenas o setor da pecuária”

Esse programa é liderado pelo diretor de Política Pecuária da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Aimable Uwizeye. “É um programa de suporte às políticas sustentáveis baseado na ciência, em ações climáticas e na transformação sustentável da pecuária. Foi lançado em 2012 pela FAO em Roma, na Itália, e sua participação é aberta e voluntária à sociedade civil organizada, setores privados e públicos”, disse Uwizeye durante sua participação no Fórum Metano na Pecuária – o caminho para a neutralidade climática, promovido no mês de maio pela JBS, em parceria com a SilvaTeam, em São Paulo, SP. No evento ele palestrou sobre as novas diretrizes de emissão de metano.

O diretor da FAO diz que a maioria das intervenções para aumentar a produtividade animal pode resultar em redução direta de emissões (fermentação entérica e sistemas de manejo de esterco), com ações de mitigação de baixo custo.

Para isso, orienta o setor a formular incentivos adequados para a adoção de tecnologia, transferência de conhecimento para os agricultores, implementação de políticas e programas de apoio para superar as barreiras de mercado, tanto regulatórias como institucionais. “É importante apoiar investimentos no setor pecuário, dar suporte à inovação para desenvolver aditivos alimentares promissores (3-NOP ou algas marinhas) e reduzir outras externalidades”, afirma.

LEAP

Entre os objetivos que norteiam as ações de trabalho do LEAP estão a construção de um consenso sobre o desempenho ambiental de cadeias de suprimentos para bovinos, suporte ao benchmarking e medidas políticas baseadas em evidências e estratégias de negócios.

Outra iniciativa que visa mensurar as emissões de metano (CH4) global no setor pecuário é o projeto Metano TAG, criado em fevereiro de 2021. Conduzido por Ermias Kebreab, Michelle Cain e Jun Murase, os estudos são guiados por 59 especialistas internacionais, que representam 23 países do globo. “As atividades conduzidas pelo projeto Metano TAG têm como objetivo aprimorar as avaliações de emissões de gases de efeito estufa, fazer análise de cenários de mitigação e comparações entre setores, que incluem pesquisas sobre animais, ciências do solo, avaliação do ciclo de vida, ciência ambiental, ciência do clima e métricas de emissões”, menciona Uwizeye.

Agropecuária representa mais de 40% das emissões globais de CH4

A agropecuária representa mais de 40% de todas as fontes antropogênicas de emissões globais de CH4, originadas principalmente pela fermentação entérica (arroto das vacas), cultivo de arroz e depósito de estrume no pasto. Apesar da sua curta vida útil, permanece no ar pouco mais de dez anos, o metano é 86 vezes mais poderoso do que o dióxido de carbono em 20 anos na atmosfera e 28 vezes mais potente em um século.

Como se trata de um gás de curta duração na atmosfera, evitar que seja emitido pode contribuir para limitar o aumento da temperatura do planeta em curto prazo. “Cortar as emissões de metano pode potencializar a redução do aquecimento global, mas é preciso que a humanidade esteja comprometida com isso, não apenas o setor da pecuária”, ressalta o diretor da FAO.

Relatório sobre CH4

Em janeiro deste ano, a comissão do LEAP e do Metano TAG apresentaram um relatório preliminar sobre as emissões de CH4, em que foram compilados as fontes e afundamentos de metano na agricultura, métricas para estimar e quantificar as emissões de metano, além de ações de mitigação e estudos de casos.

De acordo com Uwizeye, o estudo foi revisado em março por 11 especialistas e em maio o relatório preliminar passou por uma revisão pública. Agora a comissão do Metano TAG realiza a última revisão da coletânea, para em julho ser publicada.

Estudos no Uruguai e na Argentina

A FAO, em colaboração com outros centros de pesquisas, conduziu alguns estudos de casos sobre o sistema de produção de carne bovina no Uruguai e na Argentina. “Com o projeto de coalizão do clima e do ar limpo espera-se reduzir o metano entérico para melhorar a segurança alimentar e a subsistência”, frisa Uwizeye.

A pecuária de corte do país uruguaio emite 35,4 milhões de toneladas de CO2-eq por ano. Das principais fontes de emissões, 61,5% é oriundo da fermentação entérica, 33,7% do esterco depositado no pasto e 3,2% da alimentação.

A fim de diminuir a quantidade de metano lançada no ar pela atividade, o Uruguai está desenvolvendo um estudo de baixas emissões no gado para produção de carne, estimando as emissões de GEE por sistema de produção: bezerros e por ciclo completo, intensidade média de emissão por quilo de peso vivo por sistema de produção, potencial de redução do metano entérico, entre outros fatores. “Estão fazendo a suplementação com legumes, o que é muito importante para reduzir as emissões de metano na pecuária e também estão procurando entender como mitigar essa quantidade de emissões para reduzi-la”, expõe.

Por outro lado, pelas dimensões do país argentino as emissões de CH4 são maiores que do Uruguai, com destaque para a fermentação entérica, que representa 62,2%, e o estrume dos animais 34,5% do total de emissões de GEE na produção de carne bovina. “Na Argentina é importante adotar medidas de baixa emissão, com suplementação estratégica de novilhos e reprodutores, definição da melhor época para acasalamento, redução de doenças reprodutivas, uso de 50% de silagem de sorgo e 50% de aveia para forragem, entre outras ações. Essas medidas adotadas de forma eficiente vão trazer um caminho para alcançar a neutralidade climática”, relata Uwizeye.

Ações apoiadas pela FAO

Conforme Uwizeye, a FAO oferece apoio para integração de metas de mitigação e adaptação relacionadas à pecuária em ações e políticas climáticas, desenvolvimento de ferramentas analíticas e abordagens para avaliar o impacto das reduções de metano da pecuária, desenvolvimento de ciência e política baseada em evidências e estratégias, além de capacitação, investimentos e financiamentos climáticos.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura, commodities e maquinários agrícolas acesse gratuitamente a edição digital Bovinos, Grãos e Máquinas.

Fonte: O Presente Rural

Bovinos / Grãos / Máquinas

Brasil apresenta na COP30 ações que unem produtividade e redução de metano na pecuária

Iniciativas do Mapa destacam inovação, assistência técnica e parcerias internacionais para ampliar tecnologias sustentáveis e fortalecer a pecuária de baixa emissão.

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Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou, nesta segunda-feira (17), na Blue Zone da COP30, as principais ações brasileiras que associam ganho de produtividade à redução das emissões de metano na pecuária. A agenda reuniu representantes de financiadores como Global Methane Hub e Environmental Defense Fund (EDF), além de organizações multilaterais como a FAO, a Climate and Clean Air Coalition (CCAC) e a Clean Air Task Force (CATF).

O Mapa foi representado por Bruno Brasil, diretor do Departamento de Produção Sustentável, que destacou a integração entre inovação, assistência técnica e práticas sustentáveis para acelerar a transição climática no campo.

Foto: Mapa

Segundo ele, a adoção de tecnologias alinhadas ao Plano ABC+ e a estratégias de intensificação sustentável reforça o papel do Brasil como referência global em pecuária de baixa emissão. “A experiência brasileira demonstra que o ganho de produtividade na pecuária é uma medida efetiva na redução da intensidade de emissões de metano, conciliando sustentabilidade e renda para o produtor rural”, destacou Bruno Brasil.

Durante o encontro foram discutidas possibilidades de financiamento para serviços de ATER digital com foco em ampliar o acesso de produtores a soluções tecnológicas e sustentáveis. As instituições presentes reforçaram a importância de parcerias internacionais para fortalecer iniciativas que apoiam a redução do metano e a adaptação climática na agropecuária.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bovinos / Grãos / Máquinas Irregularidades sanitárias

Cargueiro barrado na Turquia inicia retorno após dois meses sem desembarque

Retorno deve durar cerca de um mês, com chegada prevista para 14 de dezembro. As condições a bordo têm sido descritas por testemunhas como degradantes, com forte odor, infestação de moscas e carcaças acumuladas no convés, em processo avançado de decomposição.

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Cerca de três mil vacas estão há dois meses confinadas em um navio que não obteve autorização para desembarcar sua carga na Turquia, após autoridades identificarem graves irregularidades na documentação sanitária e na identificação dos animais. A inspeção turca constatou que 146 bovinos estavam sem brincos de identificação ou com numeração ilegível, enquanto 469 apresentavam marcas que não correspondiam às listas oficiais de importação, falhas que acenderam o alerta para riscos sanitários, incluindo a possível transmissão de doenças. Também foi reportada a morte de 48 animais durante a viagem.

O cargueiro Spiridon II deixou Montevidéu, Capital do Uruguai, em 20 de setembro, e chegou à região do porto de Bandırma em 22 de outubro. Desde então, não recebeu permissão para desembarcar as vacas, destinadas à produção de leite. Após semanas ancorado, o navio deixou Bandırma na última sexta-feira (14), cruzou o Estreito de Çanakkale e agora navega de volta rumo ao Uruguai. Segundo dados da plataforma MarineTraffic, o retorno deve durar cerca de um mês, com chegada prevista para 14 de dezembro.

Fotos: Reprodução

Odor forte e infestação de moscas

As condições a bordo têm sido descritas por testemunhas como degradantes, com forte odor, infestação de moscas e carcaças acumuladas no convés, em processo avançado de decomposição. Além das mortes registradas, a organização Animal Welfare Foundation (AWF) relatou, com base em informações obtidas localmente, o nascimento de cerca de 140 bezerros durante a travessia.

Retorno a Uruguai

A especialista em bem-estar animal Maria Boada, da AWF, alertou que muitos dos bovinos não devem resistir a uma segunda viagem de um mês até Montevidéu e que o navio aparenta ter estoque insuficiente de alimento. Ela também afirmou ser provável que os animais mortos tenham sido descartados no mar.

Foto: Reprodução

A veterinária australiana Lynn Simpson, referência internacional em transporte marítimo de animais, lançou novos alertas ao relatar vazamento de fluidos provenientes de carcaças em decomposição no convés, destacando riscos ao bem-estar animal, à saúde pública e à segurança ambiental.

Esta não é uma situação isolada envolvendo a exportação de animais vivos. Ao redor do mundo, casos como esse se repetem, cada vez com maior frequência, devido à péssima condição dos chamados navios boiadeiros. A exportação de animais vivos é uma das atividades de maior impacto negativo da pecuária, as más condições de higiene e bem-estar nos navios causam intenso sofrimento animal e oferecem riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

Outros casos

Em 2024, o navio transportador de animais vivos Al Kuwait atracou no porto da Cidade do Cabo para carregar ração. A chegada do curral flutuante poluiu o ar da capital legislativa da África do Sul e seu cartão-postal mais característico com o cheiro fétido de esterco de 19.000 touros embarcados no Brasil para serem enviados ao Iraque. O episódio foi exposto pela National Council of Societies for the Prevention of Cruelty to Animals (NSPCA).

A equipe da NSPCA que embarcou no navio descreveu o que testemunhou como abominável. Além de animais mortos, outros animais feridos e doentes foram encontrados a bordo, alguns dos quais tiveram que ser sacrificados. Havia escassez de medicamentos necessários para lidar com os problemas de saúde animal encontrados, entre eles um surto de conjuntivite bovina. Tampouco havia assistência médica suficiente: apenas dois veterinários, auxiliados por quatro tratadores, acompanhavam os 19.000 touros.

Em 2019, o Queen Hind naufragou no Porto de Midia na Romênia, pouco após zarpar carregado com milhares de ovinos vivos. Em 2022, o Al Badri 1, também carregado, adernou e afundou em um berço de atracação do porto de Suakin, no Sudão. O navio que afundou no porto romeno, o Queen Hind, esteve no Brasil apenas alguns meses antes do acidente. Investigações subsequentes indicaram diversas irregularidades, inclusive a existência de compartimentos de carga ocultos. Tanto o Haidar quanto o Queen Hind e o Al Badri 1 eram navios convertidos.

Em 2018, uma operação de exportação de bovinos vivos causou intensa poluição do ar na cidade de Santos-SP, em decorrência do acúmulo de fezes e urina dos animais na embarcação, o navio de bandeira panamenha MV Nada. Os 27 mil bois pertenciam à Minerva e tinham por destino a Turquia. A empresa foi multada pela prefeitura municipal por infração ambiental e maus tratos animais.

Em 2015, na cidade de Barcarena (PA), o navio Haidar, com quase 5 mil bois vivos, 28 tripulantes a bordo e 700 toneladas de óleo, naufragou no Porto de Vila do Conde. A decomposição dos corpos dos animais mortos e o vazamento de óleo do navio provocaram um dos piores desastres ambientais da história do estado. As carcaças e o óleo que vazou do Haidar deixaram um rastro de contaminação que alcançou a cidade de Belém, cerca de 60 km rio abaixo.

Em 2012, 2.750 bois morreram asfixiados a bordo do navio de bandeira panamenha MV Gracia Del Mar, em decorrência de uma pane no sistema de ventilação durante a viagem. Os animais, fornecidos pela Minerva, foram embarcados no porto de Vila do Conde, em Barcarena-PA, e tinham por destino o Egito.

No Porto de São Sebastião, o terceiro do país que mais exporta animais vivos, a população relata como fica a cidade nos dias de operação: o trânsito fica congestionado pelo grande fluxo de caminhões; o mau cheiro das fezes e da urina dos animais empesteia o ar e prejudica o turismo na região. Este cenário foi retratado no documentário “Elias: O Boi que Aprendeu a Nadar”, da Mercy For Animals.

Fonte: O Presente Rural com Animal Welfare Foundation
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Casos de raiva no Paraná exigem cuidados redobrados nas propriedades

Crescimento dos focos da doença mobiliza autoridades, Sistema Faep e produtores na vacinação obrigatória, reforço da vigilância e ações de educação sanitária em diversas regiões.

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Fotos: Arnaldo Alves

O Paraná tem registrado casos de raiva herbívora em rebanhos de animais de produção, o que acende o alerta para a necessidade de ações de controle da zoonose (doença infecciosa transmitida entre animais e seres humanos).

Por isso, as autoridades sanitárias, com apoio do Sistema Faep e produtores rurais, têm promovido uma série de medidas de controle, como vacinação obrigatória, reforço na vigilância e campanhas de educação. “Nas últimas décadas, o Sistema Faep investiu, de forma sistemática, na sanidade animal e na segurança das atividades agropecuárias. Agora, nas ações contra a raiva, não é diferente. Temos colaborado ativamente nas campanhas de disseminação de informações e de conscientização. É preciso ampliar a importância do controle dessa doença e garantir a proteção dos nossos rebanhos comerciais”, enfatiza o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette.

Foto: Licia Rubinstein

A presença da raiva no Paraná é recorrente, o que exige atenção constante dos produtores. Porém, há uma região que concentra boa parte dos casos. Em 2024, o Estado confirmou 227 focos de raiva, sendo mais da metade em propriedades localizadas na área de abrangência das regionais de Cascavel e Laranjeiras do Sul. A situação se repete em 2025. Até setembro, já foram contabilizados 166 focos em 41 municípios, sendo 81 na região Oeste.

De acordo com chefe do Departamento de Saúde Animal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adapar), Rafael Gonçalves Dias, esse número elevado motivou a publicação da Portaria 368/2025, que torna obrigatória a vacinação contra raiva em 30 municípios da região Oeste do Paraná (veja a lista mais abaixo) para bovinos, búfalos, cavalos, asnos, mulas, ovinos e caprinos a partir de três meses de idade. “Simultaneamente, intensificamos a mobilização com o projeto ‘Adapar Educa a Campo’, que tem percorrido municípios da região para fortalecer a conscientização e engajamento local. Essas ações visam a contenção de focos ativos e a prevenção em áreas vizinhas para evitar a expansão da doença”, detalha Dias.

Em outubro, o órgão e o Sistema Faep realizaram reuniões e encontros em propriedades rurais, assentamentos e prefeituras, com um público estimado em 1,1 mil pessoas. Além disso, a campanha teve divulgação nos veículos de comunicação do Oeste. “O Sistema Faep apoiou diretamente essa ação. Esse projeto-piloto, cuja proposta é expandir para outras áreas da defesa agropecuária, promoveu a integração entre a agência e a sociedade por meio da educação sanitária”, explica Nicolle Wilsek, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP.

Confira os municípios onde a vacinação é obrigatória

  • Boa Vista da Aparecida
  • Braganey
  • Campo Bonito
  • Capanema
  • Capitão Leônidas Marques
  • Cascavel
  • Catanduvas
  • Céu Azul
  • Diamante d’Oeste
  • Foz do Iguaçu
  • Guaraniaçu
  • Ibema
  • Itaipulândia
  • Lindoeste
  • Matelândia
  • Medianeira
  • Missal
  • Planalto
  • Pérola d’Oeste
  • Quedas do Iguaçu
  • Ramilândia
  • Realeza
  • Rio Bonito do Iguaçu
  • Santa Lúcia
  • Santa Tereza do Oeste
  • Santa Terezinha de Itaipu
  • São Miguel do Iguaçu
  • Serranópolis do Iguaçu
  • Três Barras do Paraná
  • Vera Cruz do Oeste

Saiba como identificar casos de raiva

Foto: Fabiano Bastos

A raiva em herbívoros é transmitida, entre outras formas, por morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue de animais). Entre os sintomas da doença estão o isolamento do animal, apatia ou agitação, perda de apetite, salivação intensa e dificuldade para engolir, fezes secas e escuras, e progressiva paralisia dos membros. “Diante desses sinais clínicos, a doença é praticamente irreversível e fatal para os animais acometidos”, alerta Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar.

Se um produtor suspeitar de raiva em algum animal do rebanho, a orientação é: isolar o animal suspeito, notificar imediatamente à Adapar e não mexer ou manipular o animal sem proteção. “É importante que quando o animal morrer, o produtor solicite a visita da Adapar para coletar uma amostra. Além disso, ações importantes são reforçar a vacinação no entorno da propriedade, identificar possíveis abrigos de morcegos e monitorar os demais animais da propriedade”, orienta Dias.

Outros cuidados

O chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar enfatiza que, mesmo em municípios onde a vacinação não é obrigatória, o ato de imunizar o rebanho previne que animais suscetíveis sejam infectados caso o vírus chegue até aquela área. “Mesmo sem obrigatoriedade legal, vacinar ajuda a formar uma ‘cobertura imunológica’, que reduz o risco de propagação desde as áreas de foco. Vacinar antecipadamente constitui uma medida preventiva responsável e vantajosa, independentemente de obrigatoriedade legal”, reforça.

Segundo Nicolle Wilsek, técnica do Sistema FAEP, há medidas complementares que ajudam na prevenção da raiva e de outras doenças que podem afetar os rebanhos. “É preciso seguir boas práticas sanitárias, como manter o registro detalhado de vacinações, investir em capacitação contínua, incluir cláusulas de sanidade em transações de animais e promover a conscientização de cuidados pessoais no manejo”, destaca.

Fonte: Assessoria Sistema Faep
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