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ACBB anuncia campeões da 2ª Prova de Eficiência e Performance da raça Brahman

Animais apresentaram ainda grande velocidade de ganho de peso, qualidade de carcaça, alta eficiência reprodutiva e alimentar.

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Com a participação de cerca de 60 touros e fêmeas da raça Brahman, a 2ª Prova de Eficiência e Performance Brahman/Boi com Bula premiou os melhores exemplares em qualidade de carcaça, desempenho, morfologia e eficiência. A competição ocorreu no Centro Tecnológico da Central Bela Vista, em Botucatu/SP, e teve duração de 90 dias, com a participação de 10 criatórios do país.

O resultado foi apresentado durante o Simpósio “O Brahman no Brasil”, ocorrido no dia 26 de novembro e cuja programação contou com palestras técnicas sobre ultrassonografia de carcaça, avaliação andrológica e desafio da precocidade sexual em novilhas. “A prova identificou animais com extrema qualidade de carcaça, capazes de atender as demandas do mercado de carne de qualidade, com velocidade de ganho de peso e uniformidade de qualidade”, destaca o presidente do Conselho Técnico da raça Brahman, Fernando Pereira.

Além do exame de ultrassonografia de carcaça e as pesagens, os animais foram submetidos a avaliações de fertilidade. “As fêmeas foram desafiadas precocemente, sendo que a taxa de prenhez foi de 32,5% com apenas uma inseminação, sendo que 50% delas responderam ao protocolo de pré-indução. Elas emprenharam aos 12 meses, comprovando que a raça é fértil e precoce. Já os machos passaram por exame andrológico e apresentaram grande potencial para serem reprodutores de campo ou contratados por central para produção de sêmen”, acrescenta Pedro Diego Faria Araújo, gerente comercial da Central Bela Vista.

A raça ainda confirmou sua eficiência alimentar nas avaliações de Consumo Alimentar Residual (CAR), apontando que conseguem ter maior ganho de peso mesmo consumindo menos alimento. Na prova dos machos, o mais eficiente consumiu -1,57 kg MS/dia e o menos eficiente 1,47 kg MS/dia, o mesmo ocorre nas fêmeas, onde a mais eficiente consumiu -1,40 kg MS/dia e a menos eficiente 1,16 kg MS/dia, ou seja, diferença de 3,04 kg MS/dia e 2,56 kg MS/dia nos machos e fêmeas, respectivamente. “A eficiência alimentar demonstra variabilidade genética na raça Brahman, característica que pode ser explorada na identificação e seleção de animais geneticamente superiores em relação ao uso dos alimentos para produção de carne”, informa Matheus Henrique Vargas de Oliveira, supervisor de Produção e Pesquisa na central Bela Vista.

Premiados

Entre os criatórios premiados, a Casa Branca Agropastoril conquistou o bicampeonato da competição e teve vários animais consagrados. A fêmea CABR Lady Alina 3188/2 foi a Grande Campeã de Morfologia e Campeã de Performance. Já CABR Antigona 3276/2 foi duplamente premiada: Campeã Eficiência e Campeã Desempenho. O criatório Brahman Hans conquistou o campeonato na categoria Campeã Gourmet, com a fêmea Miss Eslovaquia 146.

Entre os machos, o Grande Campeão de Morfologia foi o MR W2R POI 1378, do Brahman W2R. Na prova 1, o Campeão de Desempenho foi MR 789 DO AMIR, do Brahman Fada. O Campeão de Eficiência foi MR Terra Verde 1593, do Brahman Terra Verde. O Campeão Gourmet foi CABR Thor 3053/3, da Casa Branca Agropastoril.

Na prova 2 dos machos, o Campeão de Eficiência foi MR AOL ARI 445, do Brahman AOL, o Campeão de Desempenho foi CABR Timoteus 3080/3, da Casa Branca Agropastoril, e o Campeão Gourmet foi o touro MR. W2R POI 1408 FIV, do Brahman W2R.

Fotos: Divulgação/Brahman

Nova edição

O presidente da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB), Gustavo Rodrigues, confirmou a terceira edição da prova, que acontecerá no segundo semestre de 2023. Poderão participar machos nascidos entre 1º de junho de 2021 e 30 de novembro de 2021. O Conselho Técnico da ACBB, em parceria com a  Brasil com Z, encaminhará aos criadores as orientações sobre peso mínimo e máximo para participação dos animais e sobre a vistoria técnica antes da admissão. “Esta é uma forma de mostrarmos ao mercado o potencial da raça para produção de carne de qualidade, com base em dados oficiais”, destaca.

A 2ª Prova de Eficiência e Performance Brahman/Boi com Bula teve como realizadores a ACBB, BrasilcomZ e Central Bela Vista, tendo o apoio institucional da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e patrocinadores DGT Brasil, Global Gen Vet Siencie, GRM, Miya Consultoria, Neopecuária e PremiumGen.

Fonte: Ascom

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Oferta robusta pressiona preços do trigo no mercado brasileiro

Levantamento do Cepea aponta desvalorização influenciada pela ampla oferta interna, expectativas de safra recorde no mundo e competitividade do produto importado.

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Foto: Jaelson Lucas

Levantamento do Cepea mostra que os preços do trigo seguem enfraquecidos. A pressão sobre os valores vem sobretudo da oferta nacional, mas também das boas expectativas quanto à produtividade desta temporada.

Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que o dólar em desvalorização aumenta a competitividade do trigo importado, o que leva o comprador a tentar negociar o trigo nacional a valores ainda menores.

Foto: Shutterstock

Em termos globais, a produção mundial de trigo deve crescer 3,5% e atingir volume recorde de 828,89 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo apontam dados divulgados pelo USDA neste mês.

Na Argentina, a Bolsa de Cereales reajustou sua projeção de produção para 24 milhões de toneladas, também um recorde.

Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia a ampla oferta externa e a possibilidade de o Brasil importar maiores volumes da Argentina, fatores que devem pesar sobre os preços mundiais e, consequentemente, nacionais.

Fonte: Assessoria Cepea
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Instabilidade climática atrasa plantio da safra de verão 2025/26

Semeadura avança lentamente no Centro-Oeste e Sudeste devido à má distribuição das chuvas e períodos secos, segundo dados do Itaú BBA Agro.

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Foto: Sistema Faep

O avanço do plantio da safra de verão 2025/26 tem sido afetado por condições climáticas instáveis em diversas regiões do país. De acordo com dados do Itaú BBA Agro, os estados do Centro-Oeste e Sudeste registraram os maiores atrasos, reflexo da combinação entre pancadas de chuva isoladas, má distribuição das precipitações e períodos prolongados de estiagem. O cenário manteve os níveis de umidade do solo abaixo do ideal, dificultando o ritmo da semeadura até o início de novembro.

Enquanto isso, outras regiões apresentaram desempenho distinto. As chuvas mais intensas ficaram concentradas entre Norte e Sul do Brasil, com destaque para o centro-oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, onde os volumes superaram 150 mm somente em outubro. Nessas áreas, o armazenamento hídrico mais elevado favoreceu o avanço do plantio, embora episódios de granizo e temporais tenham provocado prejuízos em algumas lavouras. A colheita do trigo também sofreu atrasos e, em determinados pontos, perdas de qualidade.

Foto: José Fernando Ogura

No Centro-Oeste, a distribuição das chuvas variou significativamente ao longo de outubro. Regiões como o noroeste e o centro de Mato Grosso, além do sul de Mato Grosso do Sul, receberam volumes acima de 120 mm, enquanto outras áreas não ultrapassaram os 90 mm. Somente no início de novembro o padrão começou a mostrar maior regularidade.

No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo registraram precipitações que ajudaram a recompor a umidade do solo. Minas Gerais, por outro lado, enfrentou acumulados abaixo da média — especialmente no Cerrado Mineiro, onde outubro terminou com menos de 40 mm de chuva. Com a retomada das precipitações em novembro, ocorreu uma nova florada do café, embora os efeitos da estiagem prolongada continuem gerando preocupação entre produtores.

O comportamento irregular das chuvas segue como fator determinante para o ritmo da safra e mantém o setor em alerta para os próximos meses.

Fonte: O Presente Rural com informações Itaú BBA Agro
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Mercado da soja inicia novembro com preços instáveis e influência do cenário internacional

Oscilações refletem exportações brasileiras em alta, avanço do plantio e incertezas sobre o acordo China–EUA, aponta análise da Epagri/Cepa.

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Foto: Daiane Mendonça

O mercado da soja entrou novembro sob influência de uma combinação de fatores internos e externos que têm gerado oscilações nos preços e incertezas quanto ao comportamento da demanda global. Em Santa Catarina, conforme o Boletim Agropecuário elaborado pela Epagri/Cepa, a média mensal paga ao produtor em outubro registrou leve recuo de 0,6%, fechando o mês em R$ 124,19 a saca.

Já no início de novembro, até o dia 10, há indicação de recuperação: a média estadual subiu para R$ 125,62/sc, movimento influenciado principalmente pelo comportamento das exportações brasileiras e pelas notícias vindas do mercado internacional.

Foto: Claudio Neves

A elevação dos embarques do Brasil em outubro, 6,7 milhões de toneladas, com volume acumulado superior a 100 milhões de toneladas em 2025, ajudou a firmar as cotações internas. Ao mesmo tempo, o anúncio da retomada das importações de soja dos Estados Unidos pela China e os avanços no acordo comercial entre os dois países impulsionaram os contratos futuros em Chicago (CBOT), com reflexos imediatos nos preços no Brasil.

A análise é do engenheiro-agrônomo Haroldo Tavares Elias, da Epagri/Cepa, que classifica o momento como de viés misto, com o mercado reagindo de forma alternada a notícias de estímulo e pressão.

Fatores que influenciam mercado 
Segundo o boletim, fatores de baixa predominam no curto prazo, puxados principalmente pela lentidão nas negociações internas no Brasil, pelo avanço do plantio da nova safra e pela sinalização do acordo China–EUA. Esse movimento pressiona o mercado brasileiro, ao mesmo tempo que fortalece o mercado americano e sustenta as cotações em Chicago.

1. Mercado internacional
Dados de USDA, CBOT, Esalq-Cepea, Investing.com e Bloomberg, compilados pela Epagri/Cepa, apontam:

Foto: Claudio Neves

Fatores de alta:

  • Importações recordes da China em outubro, 9,48 milhões de toneladas, majoritariamente provenientes da América Latina;
  • Recuperação da CBOT por quatro semanas consecutivas.

Fatores de baixa:

  • Falta de confirmação pela China da compra de 12 milhões de toneladas dos EUA;
  • Retomada das importações chinesas de soja americana, reduzindo o espaço para o produto brasileiro;
  • Negociações internas mais lentas no Brasil, o ritmo mais baixo em quatro anos;
  • Correção técnica de estocásticos e realização de lucros após sequência de altas em Chicago.

2. Oferta e mercado interno

Fatores de alta:

  • Exportações brasileiras mantêm ritmo forte;
  • Estruturação da presença chinesa no Brasil, com ampliação de operações, incluindo um novo escritório no Mato Grosso.

Fatores de baixa:

  • Pressão sobre os preços internos, com queda de 1,4% em outubro.

3. Safra e clima
Fatores de baixa:

  • Plantio avançado, com 47% da safra já implantada, reforçando a expectativa de safra recorde entre 177 e 180 milhões de toneladas no

    Foto: Claudio Neves

    ciclo 2025/26;

  • Produtores nos EUA voltaram a vender após as recentes altas, aumentando a oferta global no curto prazo.

Acordo China-EUA 
Embora o mercado tenha reagido às declarações do governo dos Estados Unidos sobre um novo acordo com a China envolvendo a compra de soja, não houve confirmação por parte dos chineses até 12 de novembro, ressalta a Epagri/Cepa. Caso confirmado, o pacto poderia redirecionar parte da demanda da China para a soja americana, reduzindo o volume destinado ao Brasil.

Contudo, a proximidade da entrada da nova safra brasileira — combinada com o calendário já avançado para novembro, torna improvável a formalização do acordo ainda este ano. Por isso, a tendência, segundo a análise, é que a China siga priorizando a soja brasileira nas próximas semanas.

Fonte: O Presente Rural
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