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Abraves manifesta repúdio à reportagem contra carne suína

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A Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos (ABRAVES) emitiu nota de repúdio e indignação a respeito de reportagem intitulada “Mitos e verdades sobre a carne suína”, que foi ao ar na rede Novo Tempo de Comunicação, no quadro Vida & Saúde.
Segundo a ABRAVES, o profissional que concedeu a entrevista, falou de forma irresponsável e tentou denegrir a imagem não apenas da proteína animal, mas também do setor suinícola, falando inverdades sobre a carne suína. Atualmente, a suinocultura no mundo todo segue rígidos padrões de produção. A alta qualidade genética, aliada a nutrição balanceada, condições sanitárias controladas e biossegurança altíssima, além de tornar a carne suína muito saudável, garantem qualidade, sabor e segurança alimentar.

Confira na íntegra a nota da Abraves:
À
REDE NOVO TEMPO DE COMUNICAÇÃO – TRANSMITINDO ESPERANÇA
Av. Gen. Euryale de Jesus Zerbine 5878 – Jardim São Gabriel
CEP: 12340-010 – Jacareí – SP
Ref: Reportagem “Mitos e verdades sobre a carne de porco”
Prezados senhores,

Nós, médicos veterinários membros da Associação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos – ABRAVES, registramos a nossa indignação e surpresa diante da reportagem intitulada “Mitos e verdades sobre a carne de porco”, que foi ao ar no programa Vida & Saúde veiculada pela TV Novo Tempo. Muito nos surpreendeu as inverdades mencionadas pelo profissional que concedeu a entrevista, que de forma irresponsável, tentou denegrir a imagem de um importante setor do agronegócio brasileiro, como fonte de renda familiar e que mais gera empregos em nosso país.

O suíno não é o “lixeiro do mundo” conforme mencionado na entrevista. Ele é criado de forma confinada, não tem contato direto com o solo, o que mitiga os riscos de contaminação por ovos da Taenia solium, razão pela qual a prevalência da cisticercose nesse animal atualmente é insignificante (menos de 0,1% – dados da Inspeção oficial). O entrevistado, mesmo sendo da área zootécnica, demonstrou total desinformação técnica a respeito do ciclo de vida desse parasita. O suíno faz apenas o ciclo intermediário da Taenia solium, que é a cisticercose, ingerindo ovos eliminados por humanos infestados. A forma adulta do parasita desenvolve-se apenas no intestino de humanos. Para humanos desenvolverem a cisticercose, necessitam ingerir ovos da Taenia eliminados pelas fezes dos próprios humanos. Esta é a razão principal pela qual a cisticercose humana ocorre mais em regiões sem saneamento básico e onde ocorrem alagamentos frequentes. 
Os suínos recebem ração balanceada e inócua. As vacinas utilizadas na suinocultura propiciam proteção e um desenvolvimento robusto até a idade de abate. Como qualquer outra espécie de animal doméstico, o suíno possui um sistema imune desenvolvido, capaz de debelar infecções várias, particularmente aquelas sob proteção induzida pela utilização de vacinas. 
A grande maioria de nós é cristã, e sem desrespeito algum à Bíblia, sabemos mais sobre Medicina Veterinária agora, do que há 2.000 anos. A título de esclarecimento, o fato de ser a fonte de proteína mais consumida no mundo, não se deve ao acaso. Um estudo recente que avaliou a gordura intramuscular do lombo suíno revelou que quase 50% do teor de ácidos graxos é composto pelo ácido oléico (C18:1n9), confirmando os benefícios da carne suína como uma fonte saudável de proteína. Ainda nesse mesmo estudo, avaliou-se o índice aterogênico, que é uma medida de qualidade onde se comprova o risco de determinado alimento de produzir doenças cardiovasculares, sendo este índice baixo (0,31) na carne suína, o que reitera o papel da carne suína como uma fonte saudável de proteína animal. Sobretudo, carne suína é uma das fontes de proteína indicadas por médicos para pessoas de alto risco de doença cardiovascular. Para maiores informações, segue a referência do artigo: A. L. N. Alvarenga, R. V. Sousa, G.G. Parreira, H. Chiarini-Garcia and F. R. C. L. Almeida. Fatty acid profile, oxidative stability of pork lipids and meat quality indicators are not affected by birth weight. Animal (2014), 8:4, pp 660–666.
Nós, profissionais envolvidos nessa importante cadeia produtora de alimentos, não podemos aceitar que a falta de conhecimento técnico de um indivíduo, veiculada por um importante sistema de comunicação, ponha a perder anos de investimento em pesquisa e trabalho árduo de suinocultores, empresas e instituições de ensino e pesquisa para esclarecer à sociedade brasileira que a carne suína inspecionada pelo serviço oficial não oferece risco algum e deve ser um item indispensável no cardápio da nossa população.
Certos de vossa compreensão, despedimo-nos.

Atenciosamente,


Lauren Ventura Parisotto
Presidente nacional da Associação de Veterinários Especialistas em Suínos

ABRAVES Nacional
Regional Ceará
Regional Goiás
Regional Mato Grosso
Regional Minas Gerais
Regional Paraná
Regional Rio Grande do Sul 
Regional Santa Catarina
Regional São Paulo 

Fonte: O Presente Rural

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Poder de compra do suinocultor cai e relação de troca com farelo atinge pior nível do semestre

Após pico histórico em setembro, alta nos preços do farelo de soja reduz competitividade e encarece a alimentação dos plantéis em novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A relação de troca de suíno vivo por farelo de soja atingiu em setembro o momento mais favorável ao suinocultor paulista em 20 anos.

No entanto, desde outubro, o derivado de soja passou a registrar pequenos aumentos nos preços, contexto que tem desfavorecido o poder de compra do suinocultor.

Assim, neste mês de novembro, a relação de troca de animal vivo por farelo já é a pior deste segundo semestre.

Cálculos do Cepea mostram que, com a venda de um quilo de suíno vivo na região de Campinas, o produtor pode adquirir, nesta parcial de novembro (até o dia 18), R$ 5,13 quilos de farelo, contra R$ 5,37 quilos em outubro e R$ 5,57 quilos em setembro.

Trata-se do menor poder de compra desde junho deste ano, quando era possível adquirir R$ 5,02 quilos.

Fonte: Assessoria Cepea
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Aurora Coop lança primeiro Relatório de Sustentabilidade e consolida compromisso com o futuro

Documento reúne práticas ambientais, sociais e de governança, reforçando o compromisso da Aurora Coop com transparência, inovação e desenvolvimento sustentável.

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Fotos: Aurora Coop

A Aurora Coop acaba de publicar o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, referente ao exercício de 2024, documento que inaugura uma nova etapa na trajetória da cooperativa. O lançamento reafirma o compromisso da instituição em integrar a sustentabilidade à estratégia corporativa e aos processos de gestão de um dos maiores conglomerados agroindustriais do país.

Segundo o presidente Neivor Canton, o relatório é fruto de um trabalho que alia governança, responsabilidade social e visão de futuro. “A sustentabilidade, para nós, não é apenas um conceito, mas uma prática incorporada em todas as nossas cadeias produtivas. Este relatório demonstra a maturidade da Aurora Coop e nossa disposição em ampliar a transparência com a sociedade”, destacou.

Em 2024, a Aurora Coop registrou receita operacional bruta de R$ 24,9 bilhões, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior. Presente em mais de 80 países distribuídos em 13 regiões comerciais, incluindo África, América do Norte, Ásia e Europa, a cooperativa consolidou a posição de destaque internacional ao responder por 21,6% das exportações brasileiras de carne suína e 8,4% das exportações de carne de frango.

Vice-presidente da Aurora Coop Marcos Antonio Zordan e o presidente Neivor Canton

De acordo com o vice-presidente de agronegócios, Marcos Antonio Zordan, os números atestam a força do cooperativismo e a capacidade de geração de riqueza regional. “O modelo cooperativista mostra sua eficiência ao unir produção, competitividade e compromisso social. Esses resultados são compartilhados entre os cooperados e as comunidades, e reforçam a relevância do setor no desenvolvimento do país”, afirmou.

A jornada de sustentabilidade da Aurora Coop foi desenhada em consonância com padrões internacionais e com base na escuta ativa dos públicos estratégicos. Entre os temas prioritários figuram: uso racional da água, gestão de efluentes, transição energética, práticas empregatícias, saúde e bem-estar animal, segurança do consumidor e desenvolvimento local. “O documento reflete uma organização que reconhece a responsabilidade de atuar em cadeias longas e complexas, como a avicultura, a suinocultura e a produção de lácteos”, sublinha Canton.

Impacto social e ambiental

Em 2024, a cooperativa gerou 2.510 novos empregos, alcançando o marco de 46,8 mil colaboradores, dos quais 31% em cargos de liderança são ocupados por mulheres. Foram distribuídos R$ 3,3 bilhões em salários e benefícios, além de R$ 580 milhões em investimentos sociais e de infraestrutura, com destaque para a ampliação de unidades industriais e melhorias estruturais que fortaleceram as economias locais.

A Fundação Aury Luiz Bodanese (FALB), braço social da Aurora Coop, realizou mais de 930 ações em oito estados, beneficiando diretamente mais de 54 mil pessoas. Em resposta à emergência climática no Rio Grande do Sul, a instituição doou 100 toneladas de alimentos, antecipou o 13º salário dos colaboradores da região, disponibilizou logística para doações, distribuiu EPIs a voluntários e destinou recursos à aquisição de medicamentos.

O relatório evidencia práticas voltadas ao uso eficiente de recursos naturais e à gestão de resíduos com foco na circularidade. Em 2024, a cooperativa intensificou a autogeração de energia a partir de fontes renováveis e devolveu ao meio ambiente mais de 90% da água utilizada, devidamente tratada.

Outras iniciativas incluem reflorestamento próprio, rotas logísticas otimizadas e embalagens sustentáveis: 79% dos materiais vieram de fontes renováveis, 60% do papelão utilizado eram reciclados e 86% dos resíduos foram reaproveitados, especialmente por meio de compostagem, biodigestão e reciclagem. Em parceria com o Instituto Recicleiros, a Aurora Coop atuou na Logística Reversa de Embalagens em nível nacional. “O cuidado ambiental é parte de nossa responsabilidade como produtores de alimentos e como cidadãos cooperativistas”, enfatiza Zordan.

O bem-estar animal e a segurança do consumidor estão no cerne da atuação da cooperativa. Práticas rigorosas asseguram o respeito aos animais e a inocuidade dos alimentos, garantindo a confiança dos mercados internos e externos.

Futuro sustentável

Para Neivor Canton, a publicação do primeiro relatório é um marco institucional que projeta a Aurora Coop para novos patamares de governança. “Este documento não é um ponto de chegada, mas de partida. Ao comunicar com transparência nossas ações e resultados, reforçamos nossa identidade cooperativista e reiteramos o compromisso de gerar prosperidade compartilhada e preservar os recursos para as futuras gerações.”

Já Marcos Antonio Zordan ressalta que a iniciativa insere a Aurora Coop no rol das empresas globais que aliam competitividade e responsabilidade. “A sustentabilidade é o caminho para garantir longevidade empresarial, fortalecer o vínculo com a sociedade e assegurar alimentos produzidos de forma ética e responsável.”

O Relatório de Sustentabilidade 2024 da Aurora Coop confirma o papel de liderança da cooperativa como referência nacional e internacional na integração entre desempenho econômico, responsabilidade social e cuidado ambiental. Trata-se de uma publicação que fortalece a identidade cooperativista e projeta a instituição como protagonista na construção de um futuro sustentável.

Com distribuição nacional nas principais regiões produtoras do agro brasileiro, O Presente Rural – Suinocultura também está disponível em formato digital. O conteúdo completo pode ser acessado gratuitamente em PDF, na aba Edições Impressas do site.

Fonte: O Presente Rural
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Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura

Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

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Foto: Divulgação/Swine Day

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.

O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.

As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.

Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.

Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.

Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.

Fonte: O Presente Rural
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