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ABPA faz projeções para produção e exportação de aves, suínos e ovos em 2024
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta que o ano de 2024 será positivo para a produção de carne de frango no país, com estimativa de crescimento de 1,8% no volume produzido, podendo chegar a 15,1 milhões de toneladas neste ano e com perspectivas iniciais de até 15,35 milhões de toneladas em 2025 (+2,3% em relação à 2024). O consumo anual da proteína por habitante neste ano deve se manter nos mesmos patamares do ano passado, em torno de 45 kg per capita/ano, com possibilidade de incremento para 46 kg per capita/ano no ano seguinte (+2% em relação à 2024).
Por sua vez, as exportações de carne de frango devem crescer até 2,2% este ano, com estimativas de vender ao exterior 5,25 milhões de toneladas em 2024, com expectativa de chegar a 5,35 milhões de toneladas em 2025 (+1,9% em relação à 2024). “Em relação às projeções divulgadas no final do ano passado, estamos estimando uma leve redução. Ainda assim, os volumes projetados de produção e exportação de carne de frango deverão novamente renovar o recorde neste ano de 2024, em um ano seguramente mais positivo para a avicultura quando comparado aos últimos dois anos e mesmo com os desafios do caso isolado de Newcastle que já está sendo superado pelo Brasil” explica o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Já a produção brasileira de carne suína poderá crescer 1% em 2024, atingindo um volume de 5,2 milhões de toneladas, com o consumo per capita interno estabilizado em 18 kg por habitante/ano (estável). Para 2025, as previsões iniciais indicam possibilidade de aumento de até 1%, chegando eventualmente a 5,25 milhões de toneladas (+1% em relação à 2024), mantendo o consumo per capita em torno de 18 kg por habitante/ano (estável).
As exportações de carne suína devem encerrar 2024 com volume recorde de até 1,325 milhão de toneladas, crescimento de até 7,7% em relação ao ano anterior. Para 2025, a projeção inicial indica exportações de até 1,375 milhão, alta estimada de até 3,8% em relação a 2024. “Em um contexto internacional no qual o principal exportador, a União Europeia, têm reduzido sistematicamente as suas exportações, o Brasil vem ganhando espaço no mercado internacional. Aliado às recentes aberturas ou ampliações de mercado conquistadas, as projeções indicam volumes recordes neste ano de 2024, com diversificação dos mercados compradores de nossa carne suína”, destaca o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.
Produção de ovos
A produção de ovos no Brasil poderá chegar a 56,9 bilhões de unidades em 2024, crescimento de até 8,5% se comparado ao ano passado. A projeção da Associação indica ainda que para 2024 o consumo também vai crescer 8,5%, totalizando 263 unidades por habitante/ano. Para 2025, a estimativa inicial de produção é de até 57,5 bilhões de unidades, crescimento estimado de 1% em relação a 2024.
Já as exportações deverão apresentar recuo de até 20%, com 20 mil toneladas previstas. Contudo, em 2025, está prevista uma retomada do crescimento do volume exportado, com 22 mil toneladas exportadas e alta de 10%. “Tivemos um primeiro semestre com demanda bastante aquecida no mercado interno, o que diminuiu o ímpeto de exportações do setor. Estimamos um consumo per capita recorde em nosso país neste ano de 2024”, destaca o presidente da ABPA.
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Oferta elevada e demanda enfraquecida mantêm pressão sobre cotações da tilápia
Preços continuaram caindo no mês de agosto em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, embora em menor intensidade frente aos dois meses anteriores.
Em agosto, os preços da tilápia continuaram caindo em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, embora em menor intensidade frente aos dois meses anteriores.
Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da oferta elevada de peixe, somada à demanda enfraquecida, diferentemente do cenário observado em 2023.
Quanto às exportações brasileiras de tilápia (filés e produtos secundários), o volume embarcado caiu em agosto, interrompendo o ritmo crescente que vinha sendo observado desde março.
Conforme dados da Secex analisados pelo Cepea, as vendas externas totalizaram 1,3 mil toneladas, quantidade 29,1% inferior à de julho e apenas 2% acima da do mesmo período do ano passado.
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Importações de trigo já somam maior volume em dois anos
Dados da Secex indicam que a quantidade importada pelo Brasil de janeiro a agosto é de 4,556 milhões de toneladas, a maior para o período desde 2020 e 9% acima da adquirida em todo ano de 2023.
Mesmo com os preços de importação elevados, as compras externas de trigo em grão estão crescentes ao longo de 2024, já somando os maiores volumes em dois anos.
Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado à baixa disponibilidade doméstica de trigo, sobretudo de maior qualidade.
Dados da Secex analisados pelo Cepea indicam que a quantidade importada pelo Brasil de janeiro a agosto é de 4,556 milhões de toneladas, a maior para o período desde 2020 e 9% acima da adquirida em todo ano de 2023.
Em agosto, especificamente, as compras externas totalizaram 545,46 mil toneladas, quase o dobro do importado em agosto de 2023 (277,99 mil toneladas).
Quanto aos preços, levantamentos do Cepea mostram que os valores internos do trigo seguem enfraquecidos e oscilando conforme as condições de oferta e demanda regionais.
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Portos do Paraná atingem novo recorde mensal com crescimento nas importações
Em agosto de 2024, foram movimentadas 6.869.966 toneladas, superando em 4% o recorde anterior, registrado em junho deste ano, quando o volume chegou a 6.582.670 toneladas. Nas exportações, os portos do Paraná também registraram crescimento, movimentando 4.423.074 toneladas em agosto.
Os portos paranaenses alcançaram mais um marco histórico de movimentação de cargas. Em agosto de 2024, foram movimentadas 6.869.966 toneladas, superando em 4% o recorde anterior, registrado em junho deste ano, quando o volume chegou a 6.582.670 toneladas.
O destaque do mês ficou por conta das importações, que tiveram um aumento expressivo de 41% em relação ao mesmo período de 2023. O volume passou de 1.741.094 toneladas para 2.446.892 toneladas, puxado principalmente pela importação de fertilizantes, que somou 1.183.490 toneladas, um crescimento de 59% em comparação ao ano passado (745.201 toneladas).
Outro segmento que se destacou foi o de contêineres, que registrou um aumento de 22% nas importações, movimentando 62.218 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), contra 51.017 TEUs no mesmo período de 2023. “O alinhamento das estratégias logísticas e o trabalho integrado das equipes têm sido determinantes para elevar nossa performance e posicionar os portos do Paraná como referência no cenário nacional”, destacou Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná.
Nas exportações, os portos do Paraná também registraram crescimento, movimentando 4.423.074 toneladas em agosto, um aumento de 3% em comparação ao mesmo período do ano anterior (4.301.622 toneladas). A soja em grão foi o principal produto exportado, com 1.863.825 toneladas, 10% acima do volume registrado em agosto de 2023 (1.694.016 toneladas).
Mesmo diante de condições climáticas adversas, como os cinco dias de chuva e oito dias acumulados de neblina que impactaram na movimentação de granéis sólidos, o desempenho logístico não foi comprometido. “Atingimos um resultado histórico, com grande eficiência de produtividade, principalmente em relação à descarga ferroviária. Com a finalização das obras do Moegão, projetamos um aumento ainda maior de movimentações e atração de negócios com novos investidores”, afirmou Gabriel Vieira, diretor de Operações da Portos do Paraná.
O Moegão, maior obra portuária em andamento no Brasil, é um projeto estratégico para os portos do Paraná. Com um investimento de R$ 592 milhões, a obra visa reduzir os cruzamentos ferroviários urbanos e aumentar a capacidade de recepção de trens em 65%, passando de 550 para 900 por dia. A conclusão está prevista para o segundo semestre de 2025, prometendo otimizar ainda mais o fluxo de cargas ferroviárias.