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ABPA e Apex Brasil assinam novo convênio para estimular exportação de proteínas animais
Acordo terá duração de dois anos e conta com diversas linhas estratégicas para o fortalecimento do comércio internacional da proteína animal do Brasil.
O Brasil já é o maior exportador de carne de frango do mundo e é o quarto maior de carne suína, mas ainda há mercados a conquistar. Um novo convênio entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) vai promover as exportações do setor e ampliar a participação nos mercados em que a atuação ainda é pequena. A ideia é reforçar a imagem de qualidade, sanidade e sustentabilidade das proteínas animais.
Os presidentes da ABPA, Ricardo Santin, e da Apex Brasil, Jorge Viana, assinaram na última sexta-feira (1º) o convênio de promoção setorial da avicultura e da suinocultura do país. A assinatura do acordo contou também com a presença do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e do secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Giovani Feltes, e ocorreu em meio à programação da Expointer, em Esteio (RS).
O convênio terá validade de dois anos, até 2025, e contará com diversas linhas estratégicas para o fortalecimento do comércio internacional da proteína animal do Brasil. São ações que incluem mentoria técnica e apoio para campanhas de imagem, organização de eventos e participação em feiras de diversos mercados-alvo para os setores exportadores de carne de frango, carne suína, carne de pato, ovos e material genético avícola.
No novo convênio, a expectativa é de mais de US$ 4 bilhões (algo próximo de R$ 20 bilhões) em projeções de negócios diretamente (por contatos e consolidação de negócios nas feiras internacionais) impactados ao longo de dois anos, por meio das marcas internacionais geridas pela ABPA: Brazilian Chicken, Brazilian Pork, Brazilian Egg, Brazilian Breeders e Brazilian Duck. Envolvendo os impactos indiretos (incluindo campanhas, seminários, workshops com importadores e outras ações de imagens), espera-se que este número chegue a quase US$ 15 bilhões (ou R$ 70 bilhões) anuais.
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, aponta que o convênio é fruto de um esforço da Agência de se aproximar da realidade dos estados e gerar mais oportunidades de exportação e atração de investimentos. “Queremos ampliar o fluxo de comércio e fazer com que os produtos brasileiros cheguem ao mundo todo. A diplomacia presidencial adotada pelo presidente da República Luis Inácio Lula da Silva gera oportunidades que buscamos aproveitar”, aposta.
Graças ao convênio, estratégias serão adotadas para fortalecer o comércio internacional de proteínas animais. Mentoria técnica, apoio a campanhas de imagem, organização de eventos e participação em feiras nos mercados-alvo estão entre as ações planejadas. “Vamos trabalhar na qualificação de pequenas empresas e cooperativas buscando ampliar a diversificação regional para além das regiões tradicionalmente exportadoras e criar um programa focado no empoderamento de mulheres envolvidas em toda a cadeia produtiva”, explica Rafaela Albuquerque, gestora do Projeto Setorial na ApexBrasil.
“É um convênio fundamental para fortalecer a nossa imagem internacional como produtores de alimentos e parceiros pela segurança alimentar, estimulando as exportações e a geração de ganhos para o setor e o país”, ressalta o presidente da ABPA, Ricardo Santin, acrescentando: “É mais saúde e alimentos não apenas para as famílias brasileiras, como também para famílias de mais de 160 nações em todo o mundo”.
Desde o início da parceria de apoio ao setor, o novo convênio firmado entre ApexBrasil e ABPA representa o maior aporte já feito em um acordo para o setor de proteína animal. Estão previstos investimentos conjuntos da ordem de R$ 25 milhões. Isso permitirá, nos próximos dois anos, alavancar em mais de R$ 140 bilhões as exportações do setor.
O setor de proteínas animais desempenha um papel importante na economia nacional, empregando cerca de 4,1 milhões de pessoas e contribuindo com 13,5% do PIB do agronegócio do país. Com a validade do convênio estendendo-se até 2025, o Brasil busca não apenas manter sua posição nas exportações de carnes de frango e suína, mas também conquistar o primeiro lugar no mundo.
No último biênio, o projeto de parceria da ApexBrasil com a ABPA promoveu a exportação de US$ 20,8 bilhões (ou R$ 116,5 bilhões), após um total de 136 iniciativas voltadas para a promoção da imagem brasileira e o estímulo às exportações.
O novo convênio é composto por 76 empresas exportadoras que desempenham um papel significativo nas vendas internacionais, representando 98% do panorama das exportações brasileiras no setor. Entre 2021 e 2022, o conjunto de empresas participantes apresentou um crescimento de 17% no valor embarcado, direcionados para mais de 150 destinos de exportação.
Diversas metas já estão traçadas neste novo convênio, incluindo a participação em 11 grandes feiras internacionais, campanhas, organização de missões comerciais, geração de inteligência de mercado, ampliação do número de empresas exportadoras do setor, entre outras iniciativas.
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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento
Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.
O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).
A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.
Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.
A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.
Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.
Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.
Fretes
Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.
O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento
Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.
As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.
O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.
Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.
No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.
Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).
A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes
Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.
Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.
Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.
A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.
Para ônibus
Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.
Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.
Evolução
Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.