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Suínos / Peixes

ABPA e ABCS compartilham “otimismo cauteloso” para a suinocultura em 2018

Presidente da ABPA, Francisco Turra, e presidente da ABCS, Marcelo Lopes, sugerem crescimento para o setor, com “riscos leves” de falta de milho e eleições

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O ano de 2017 foi um pouco turbulento para o produtor de proteína animal. Com imprevistos e altos e baixos, o suinocultor brasileiro teve que ser criativo e colocar tudo na ponta do lápis para não se perder nas contas. Mas, apesar destes detalhes, a suinocultura brasileira venceu as intempéries e terminou o ano com um crescimento de 0,5% em relação a 2016, de acordo com dados apresentados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

A intenção agora é que 2018 seja inda melhor e supere os números do ano passado. Apesar de certo otimismo, lideranças do setor estão com os pés bem no chão quanto a realidade da cadeia e, principalmente, do país. De acordo com o presidente da ABPA, Francisco Turra, o cenário político deve continuar instável em 2018, especialmente por ser um ano de eleições. “Apesar disso, a economia parece ter se descolado da política e acreditamos que a recuperação econômica deva prosperar”, comenta.

Turra afirma que não é esperado um custo de produção baixo. “Indicadores apontam para uma eventual redução de oferta interna de milho.  De qualquer forma, o setor está preparado – após as lições aprendidas em 2016 – e já tem viabilizadas novas vias de abastecimento, a partir dos campos da Argentina, Paraguai e Estados Unidos”, diz. Outra justificativa citada pelo presidente é que o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, garantiu que não ocorrerão entraves para as importações.

ABCS

O otimismo moderado da liderança é compartilhado pelo presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes. “As expectativas para este novo ano são boas. Mas muitas coisas vão depender bastante de como a economia vai reagir e se comportar em 2018. Esperamos que seja um ano tranquilo, principalmente quanto a custos”, aponta. Outro ponto destacado pelo presidente Marcelo Lopes foi quanto à remuneração para o produtor, que, para ele, este ano talvez sofra alguma melhora. Além do mais, Lopes comenta que o cenário mostra para um ano mais tranquilo que 2017, com, inclusive, aumento na produção da suinocultura brasileira. “Um aumento de 2 a 3%”, sugere.

Mercados

O mercado interno, com uma ligeira melhora no final de 2017, ainda é um pouco indefinido sobre como pode se comportar. Para Lopes, a reação deste mercado vai depender bastante de como acontecerão os próximos passos políticos do país, ainda mais por ser um ano de eleição – o que pode interferir.

Turra, da ABPA, complementa, ressaltando que a expectativa é positiva, especialmente com a retomada econômica, o que deve influenciar no consumo per capita de produtos. “No mercado interno, vemos como possível a ampliação do consumo per capita, voltando para o patamar de 15 quilos – 2017 fechou em 14,7 quilos/habitante/ano”, informa.

Já para o mercado externo, as perspectivas das duas lideranças é de que tudo indica para bons resultados. “Deve haver um aumento nas exportações, retomando patamares de 2016, porque no ano passado ficou bastante abaixo”, comenta Lopes. Além do mais, as expectativas para a recuperação de mercados perdidos por conta da Operação Carne Fraca também são bastante positivas. “O ano ainda está no começo, mas estamos bastante confiantes para 2018”, diz o presidente da ABCS.

Mesmo de forma mais moderada, Turra também vê com otimismo o mercado internacional. “Ele continua desafiador, embora o Brasil continue como um dos mais competitivos exportadores globais”, comenta o presidente. Ele acrescenta a expectativa para as exportações é que, em breve, a situação das negociações com a Rússia seja superada, fortalecendo essa importante parceira comercial que gera renda para o Brasil. “São positivas, também, as perspectivas em torno do desempenho das vendas para a Coreia do Sul, assim que concluída a etapa da certificação sanitária. A América do Sul deve seguir como um sólido destino das importações brasileiras, assim como Hong Kong, Singapura e China”, enumera.

Turra acrescenta ainda que nas exportações, as projeções do Boletim Focus apontam para um dólar mais elevado, o que deve favorecer a rentabilidade das exportações. “Nosso trabalho pelo fortalecimento da imagem do Brasil deve contribuir para, enfim, extinguirmos os efeitos negativos gerados pelos equívocos de divulgação da Operação Carne Fraca, apontando para um cenário positivo”, anuncia. Também há expectativa com relação a novas aberturas de mercados que, de acordo com o presidente, ainda devem contribuir para a ampliação dos embatrques da carne suína brasileira. “De qualquer forma, trabalharemos para superar o resultado do ano anterior”, reforça.

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Lopes, presidente da ABCS, informa que as ações que estão sendo desenvolvidas nos últimos anos para o aumento do consumo da carne suína em todo o Brasil, além de capacitação de profissionais do setor, continuam acentuadas em 2018. “Vamos continuar com os projetos de incentivo ao consumo, além de aumentar a quantidade de varejos participantes nas nossas ações”, conta. “Também continuaremos com os treinamentos para suinocultores e açougueiros. Vamos concretizar estes projetos”, aponta o presidente da ABCS.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de fevereiro/março de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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