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ABPA comemora abertura do mercado da República Dominicana para Carne Suína

Mercado é um dos maiores importadores da proteína animal nas Américas.

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Foto: Jaqueline Galvão/OP Rural

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou a abertura do mercado da República Dominicana para a carne suína produzida no Brasil, conforme anunciado hoje (09) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

De acordo com o Ministério da Agricultura, três plantas brasileiras dos Estados do Acre, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram habilitadas imediatamente a embarcar produtos para o mercado dominicano. Espera-se que novos estabelecimentos gaúchos, catarinenses e também do Paraná sejam habilitados após a conclusão de trâmites pendentes.

“A República Dominicana é um mercado com elevada demanda, que tem enfrentado desafios severos com registro de Peste Suína Africana em seu território, o que tem reduzido nos últimos anos a produção local. Neste sentido, graças ao trabalho realizado pelos Ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores, posicionamos o Brasil como parceiro pela segurança alimentar da população dominicana. Esperamos ver os efeitos desta parceria em breve, com embarques de produtos brasileiros para este mercado”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

A República Dominicana é um dos mais relevantes mercados importadores de carne suína das Américas. Anualmente, o país produz 45 mil toneladas de carne suína, mas consome 165 mil toneladas, conforme dados de 2022 do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Em 2022, a República Dominicana importou 120 mil toneladas do produto, e a projeção para 2023 aponta para compras internacionais de até 130 mil toneladas, conforme projeções do USDA. Cerca de 85% deste volume é proveniente dos Estados Unidos, sendo completado pelo Reino Unido e Canadá.

“O país caribenho é um importante hub turístico na região em que se localiza e o Brasil já exporta frango há muitos anos para a República Dominicana, o que pode facilitar a rápida concretização de negócios. É o quinto mercado aberto ou ampliado apenas este ano para a proteína suína, o que reforça cada vez mais a posição de destaque do Brasil no suprimento de carne suína em nível global, com o Brasil já sendo aproximadamente 12% de toda carne suína comercializada internacionalmente no mundo” destaca o diretor de mercados da entidade, Luís Rua.

Fonte: Assessoria ABPA

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CEASAs do Brasil aderem a programa do Pacto Contra a Fome para reduzir desperdício

Centrais de Abastecimento representam quase 50% do fornecimento de alimentos do país. Adesão de 15 unidades da ABRACEN ao guia “CEASA Desperdício Zero” tem potencial de recuperar R$ 233 milhões em valor econômico por ano e beneficiar 122 mil pessoas por dia.

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Foto: Divulgação

Em um movimento estratégico para combater a fome e mitigar perdas na cadeia de suprimentos, na quarta-feira (26), foi assinada a Carta Compromisso pelos presidentes de 15 Centrais de Abastecimento ligadas à Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (ABRACEN) em adesão ao Programa CEASA Desperdício Zero, do Instituto Pacto Contra a Fome. As signatárias representam 49,75% do abastecimento total do Brasil, por onde passaram quase 9 milhões de toneladas de alimentos em 2024, segundo dados da CONAB.

A iniciativa formaliza a implementação de um modelo nacional focado na redução de perdas e na redistribuição de alimentos. O projeto CEASA Desperdício Zero é fruto de uma cooperação técnica do Pacto Contra a Fome junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e à Abracen. O princípio fundamental é garantir que nenhum alimento que chegue à CEASA seja perdido em aterros ou incineradores, mas sim transformado em alternativas que assegurem um destino mais justo, chegando à mesa de quem de famílias em situações de vulnerabilidade social.

O paradoxo do desperdício e a fome

A urgência da ação é retratada por dados alarmantes que expõem a contradição brasileira. Um levantamento realizado pelo Pacto Contra a Fome em parceria com a consultoria Integration mostra que 55 milhões de toneladas de alimentos são perdidos ou desperdiçados anualmente no Brasil em toda a cadeia, do campo à casa do consumidor. Isso ocorre ao mesmo tempo em que temos mais de 54,7 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar.

“As centrais de abastecimento são fundamentais no combate à fome e na redução de desperdício de alimentos. São milhares de toneladas de alimentos in natura que passam todos os dias por estes aparelhos públicos. Além de serem um elo fundamental entre o campo, o varejo e o consumidor, são espaços em que a nossa visão de um Brasil sem fome pode começar a se materializar”, afirma Maria Siqueira, cofundadora e co-diretora do Pacto Contra a Fome.

O impacto nas Ceasas

No recorte específico das centrais de abastecimento, os números também exigem atenção imediata. Dados da Abracen indicam que 2% dos 17 milhões de toneladas de alimentos comercializados nas Centrais são desperdiçadas anualmente. Esse percentual representa mais de 340 mil toneladas de alimentos perdidos, gerando um prejuízo econômico superior a R$ 1,5 bilhão por ano e resultando na emissão de cerca de 510 mil toneladas de CO2 na atmosfera.

A iniciativa visa transformar esse cenário, onde a taxa atual de redistribuição por meio do Banco de Alimentos é de apenas 0,14%.

O CEASA Desperdício Zero define a meta de 0,6% de redistribuição em CEASAs, a partir de casos de sucesso já existentes no país. Assim, a projeção para as 15 Centrais signatárias é redistribuir 53 mil toneladas de alimentos que iriam para o lixo, o que equivale a R$ 233 milhões anuais em alimentos, beneficiando diretamente 122 mil pessoas por dia. A meta total do projeto é atingir 102 mil toneladas de alimentos redistribuídos em todo o Brasil.

Compromissos firmados

Ao assinarem o documento, os presidentes das centrais se comprometem a seguir estratégias claras de infraestrutura e logística:

·  Banco de Alimentos: Garantir infraestrutura adequada para implantação de bancos de alimentos com foco em setores básicos para doação in natura, prevendo futuramente áreas de processamento mínimo e cozinhas experimentais.

·  Logística eficiente: Assegurar pontos de coleta e infraestrutura logística na CEASA para fluxo eficiente dos alimentos que perdem valor de mercado e garantir áreas de descarga exclusivas e sinalizadas.

·  Transparência de dados: Realizar a coleta sistemática de dados e assegurar o compartilhamento regular com o Instituto Pacto Contra a Fome para monitoramento de doadores, volumes e beneficiários.

As 15 centrais que assinaram o compromisso, são: Ceasa Pernambuco, Ceasa Minas Gerais, Ceasa Paraná, Ceasa Rio Grande do Sul, Ceasa Rio Grande do Norte, Ceasa Caruaru, Ceasa Salvador, Ceasa Distrito Federal, AMA, Ceasa Mato Grosso do Sul, Ceasa Campinas, Ceasa Santa Catarina, Ceasa Espírito Santo, Ceasa Ceará e Ceasa Goiás.

Sobre o Pacto Contra a Fome

O Pacto Contra a Fome é uma coalizão suprapartidária e multissetorial que atua no engajamento da sociedade  para erradicar a fome, promover alimentação adequada e reduzir o desperdício de alimentos de forma estrutural e permanente. Sua missão é contribuir para erradicar a fome até 2030 e ter todos os brasileiros alimentados adequadamente até 2040. Para isso, o Pacto atua sob três pilares: articulação, inteligência estratégica e incentivo.

“Temos convicção de que a meta é possível de ser cumprida se todos somarmos nesta causa. Governos, setor empresarial, terceiro setor e sociedade civil são imprescindíveis nesta jornada e é unindo essas forças que estamos atuando”, conclui Maria Siqueira, cofundadora e co-diretora do Pacto Contra a Fome.

Fonte: Assessoria ABRACEN
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Mapa projeta salto histórico no VBP das carnes em 2026

Bovinos, suínos e frangos podem alcançar R$384,1 bilhões em valor bruto puxados pelo maior crescimento das proteínas em mais de duas décadas.

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Foto: Shutterstock

A Secretaria de Política Agrícola (SPA) e o Ministério da Pecuária e da Agricultura (MAPA) divulgou o primeiro prognóstico para 2026 apontando um avanço expressivo no Valor Bruto da Produção (VBP) das principais cadeias pecuárias do país. Somados, bovinos, suínos e frangos podem alcançar R$ 384,1 bilhões no próximo ano, alta de 281% frente aos pouco mais de R$ 100 bilhões estimados no início dos anos 2000.

O desempenho reflete o crescimento consistente das três proteínas, embora com dinâmicas distintas. Entre os bovinos, a previsão é de um VBP ligeiramente superior a R$208 bilhões, 247% acima de 2000; enquanto os frangos devem registrar cerca de R$113,5 bilhões, incremento próximo de 280%. O maior salto, entretanto, será dos suínos, cujo VBP estimado em R$62,5 bilhões representa expansão superior a 476% em 26 anos, elevando sua participação no total do setor de pouco mais de 10% para 16,3%.

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A análise indica mudanças na composição do VBP da pecuária. A fatia dos bovinos deve recuar 9%, enquanto o segmento de frangos mantém relativa estabilidade, com leve redução de meio ponto percentual. Na comparação com 2024, o setor avícola segue como o de menor crescimento, ainda impactado pelo caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) registrado na avicultura comercial.

Já os suínos tendem a um avanço de 10,68% no VBP, enquanto os bovinos projetam o maior crescimento anual do século, com alta próxima de 21%, impulsionados por um desempenho que se manteve robusto mesmo diante do tarifaço dos Estados Unidos, posteriormente revogado.

Frango

Foto: Divulgação/Freepik

A produção de carne de frango deve alcançar cerca de 15,86 milhões de toneladas em 2026, estabelecendo um novo recorde histórico e superando a estimativa de 15,5 milhões de toneladas para 2025. O bom resultado da avicultura de corte, aliado ao desempenho da suinocultura, contribui para que a produção total de carnes no país chegue a 32,6 milhões de toneladas no próximo ano. O volume representa alta de 0,4% frente às 32,48 milhões previstas para este ano e também configura o maior nível já registrado.

Em 2025, a oferta ampliada de carne de frango tem garantido maior disponibilidade no mercado interno, mesmo com o leve avanço das exportações, estimadas em 5,2 milhões de toneladas, acima das 5,15 milhões embarcadas em 2024, quando o setor enfrentou impactos decorrentes do registro de Influenza Aviária no Rio Grande do Sul.

A retomada das compras pela China, principal destino da proteína, contribuiu para aliviar eventuais perdas. Para 2026, a perspectiva é de manutenção do ritmo positivo das vendas externas, que podem atingir 5,25 milhões de toneladas, sem prejudicar o consumo doméstico. A disponibilidade interna deve subir 3,1%, passando de 10,3 milhões de toneladas em 2025 para 10,62 milhões no ano seguinte, permitindo que a disponibilidade per capita chegue a 51,3 quilos por habitante.

Suinocultura

Foto: Shutterstock

O panorama é semelhante para a suinocultura, com produção prevista em 5,63 milhões de toneladas em 2025 e exportações estimadas em 1,48 milhão, mesmo em meio à redução da demanda chinesa após a recomposição de seu plantel pós-PSA. A disponibilidade interna deve aumentar de 4 milhões de toneladas em 2024 para 4,16 milhões em 2025. Em 2026, a produção deve avançar 4,5%, alcançando 5,88 milhões de toneladas, viabilizando exportações de 1,6 milhão de toneladas e ampliando a oferta interna para 4,3 milhões de toneladas.

Carne bovina

Quanto à carne bovina, a produção estimada para 2025 é de 11,38 milhões de toneladas, ligeiramente acima de 2024. As exportações seguem em ritmo acelerado e devem totalizar 4,21 milhões de toneladas até o fim do ano, o maior volume já registrado, impulsionadas pela demanda chinesa, que absorveu 53,7% dos embarques brasileiros. Para 2026, a reversão do ciclo pecuário deve reduzir a produção para 10,89 milhões de toneladas devido à maior retenção de fêmeas. Ainda assim, a demanda internacional deve permanecer aquecida, mantendo as exportações próximas de 4,25 milhões de toneladas. A disponibilidade interna, por sua vez, tende a cair para 6,67 milhões de toneladas.

Fonte: Assessoria Sociedade Nacional da Agrocultura
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Minas Gerais projeta recorde histórico no VBP agropecuário em 2025

Estado deve alcançar R$ 168,1 bilhões impulsionado pelo avanço das lavouras e pelo crescimento uniforme da pecuária.

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Foto: Freepik

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária mineira mantém a perspectiva de fechar 2025 com o valor recorde de R$ 168,1 bilhões, um crescimento de 13,8% em relação ao ano anterior. O indicador, atualizado mensalmente, é uma estimativa da renda gerada pelos estabelecimentos rurais com a venda de seus produtos agrícolas e pecuários. O cálculo é realizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP).

Lavouras

Foto: Freepik

O bom desempenho do setor agropecuário é impulsionado pelo segmento das lavouras, que deve alcançar R$ 113,4 bilhões, um aumento de 17,3% no ano. Sozinho, o setor representa 67% do faturamento agropecuário mineiro. “Como tem sido observado nos últimos levantamentos, o café se mantém como destaque entre as culturas que contribuem para essa alta no rendimento, com crescimento de 48% e VBP estimado em R$ 59 bilhões”, detalha a assessora técnica da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa-MG), Amanda Bianchi.

O VBP da soja, segundo maior do segmento agrícola, deve alcançar R$ 18,6 bilhões, crescendo 11% em relação a 2024. O milho também apresentou alta de 19%, somando R$ 7,8 bilhões.

Por outro lado, a estimativa é de queda no VBP da cana-de-açúcar (-4%), assim como da banana (-19%), batata-inglesa (-55%), feijão (-29%), laranja (-6%), mandioca (-26%) e arroz (-30%).

Pecuária

O VBP do segmento pecuário deve atingir R$ 54,7 bilhões, o que representa um aumento de 7,3%. Todos os produtos do segmento devem registrar crescimento em 2025, com liderança do leite, que tem faturamento estimado em R$ 18,3 bilhões e alta de 2%.

Em segundo lugar, vem a carne bovina, que deve alcançar R$ 18 bilhões (+13%). O VBP do frango deve chegar a R$ 8,2 bilhões (+3%). Segundo a assessora técnica Amanda Bianchi, a tendência é de manutenção dos preços dos produtos avícolas até o fim do ano, devido à retomada das exportações e ao aumento da demanda doméstica, impulsionado pelo maior valor pago pelas aves natalinas no período festivo. Já o VBP da carne suína está estimado em R$ 7,4 bilhões, alta de 7%.

Fonte: Assessoria Governos de Minas Gerais
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