Notícias A partir desta segunda-feira
Abertas as inscrições de animais para 89ª ExpoZebu
Maior feira de raças zebuínas do mundo acontece de 27 de abril a 05 de maio, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG).

Os criadores interessados em participar da maior feira de raças zebuínas do mundo, a ExpoZebu, podem inscrever seus animais a partir desta segunda-feira (29). Lembrando que as inscrições são feitas somente on-line, no site www.abcz.org.br. O prazo para inscrições se encerra no dia 20 de abril – ou antes, se esgotadas as vagas nos pavilhões -, mas os criadores que realizarem as inscrições antecipadamente garantem desconto. De 29 de janeiro até 29 de fevereiro os valores serão de R$ 400,00 para associados e R$ 800,00 para não associados.
Para inscrições efetuadas entre 1º de março e 06 de abril, o investimento será de R$ 500,00 (associados) e R$ 1.000,00 (não associados). Já a partir de 07 de abril, o valor será de R$ 600,00 (associados) e R$ 1.200,00 (não associados).
Além do desconto, a inscrição realizada até 29 de fevereiro possibilita que o criador escolha o pavilhão de seus animais, respeitando a setorização das raças no Parque Fernando Costa. Para inscrições realizadas a partir de março, o alojamento dos animais é de competência exclusiva da ABCZ. Vale ressaltar que o número de inscrições pagas não está vinculado ao número de argolas, ficando a critério da ABCZ a colocação de mais de um animal por argola, quando necessário.
A data base para cálculo de idade dos animais participantes é 25 de abril (quinta-feira). Ainda de acordo com o regulamento da 89ª ExpoZebu, as inscrições são limitadas a 15 animais de cada raça, por expositor. Entretanto, cada um pode relacionar na ficha de inscrição outros 10 animais de reserva, para possíveis substituições. Nos casos das raças Gir, poderão ser inscritos até 15 (quinze) animais por expositor dentro de cada modalidade de julgamento prevista nesse regulamento, quais sejam, dupla aptidão e leiteiro; e, nos casos das raças Nelore e Guzerá, segue-se o mesmo critério da raça Gir, ou seja, para Nelore, Nelore Mocho, Nelore Pelagens, Guzerá e Leiteiro. Além disso, cada expositor poderá inscrever, adicionalmente: a) 01 (uma) matriz de sua propriedade, para disputar o título de “Matriz Modelo – Prêmio Orestes Prata Tibery Jr e, b) 02 (dois) animais para o Campeonato “Modelo Frigorífico”.
O cancelamento de inscrições poderá ser feito até 15 de abril, com direito a devolução ou compensação dos valores pagos pelo criador, desde que o cancelamento seja comunicado por correspondência ou e-mail. Após 15 de abril, não serão aceitos cancelamentos e não haverá ressarcimento.
Já para substituição de animais inscritos, o prazo máximo é 25 de abril. Se não for comunicada nenhuma alteração até esta data, serão consideradas as inscrições iniciais. Animais não inscritos e que forem apresentados no dia da recepção poderão não ir a pavilhão nem a julgamento, podendo ser retirados do recinto do evento, a critério da Diretoria da ABCZ.
Os animais que se destinam à exposição serão recebidos, identificados e inspecionados entre os dias 21 e 24 de abril, das 7h30 às 17h30. Os animais procedentes de localidades distantes mais de 700 km de Uberaba poderão dar entrada no Parque Fernando Costa a partir de 15 de abril. “É importante que o criador acesse o site oficial da ExpoZebu para obter informações detalhadas sobre o regulamento do evento. A equipe da ABCZ está disponível para esclarecer dúvidas e fornecer todo o suporte necessário para a inscrição”, destaca o gerente de Exposições da ABCZ, Rodrigo Abdanur.
Na última edição, a ExpoZebu recebeu mais de 400 mil pessoas, incluindo visitantes de mais de 30 países e gerou mais de R$ 400 milhões em negócios, reforçando a grandiosidade do evento e o potencial das raças zebuínas para a produção e corte e leite de qualidade. Na programação deste ano, além dos aguardados julgamentos das raças zebuínas, estão previstos importantes debates e eventos comerciais, com uma forte temporada de leilões e shoppings de animais.
Um dos destaques da 89ª ExpoZebu é o 2º Congresso Mundial de Criadores de Zebu (Comcebu). O encontro, que dará ainda mais visibilidade para as raças zebuínas e seu potencial produtivo, será realizado entre os dias 1º e 4 de maio. Capitaneado pela Federação Internacional dos Criadores de Zebu (Ficebu), o Comcebu teve sua estreia em 2022 em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A programação do Comcebu 2024 contará com dia de campo, painéis de debate e palestras de especialistas renomados do setor. Os ingressos estão sendo vendidos pelo site oficial do Comcebu: https://comcebu.com.br. As vagas são limitadas.
Confira o regulamento completo da 89ª ExpoZebu, clicando aqui.
Voos extras para Uberaba durante a ExpoZebu
Atendendo a um pedido do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, junto a prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Rui Ramos, a Azul Linhas Aéreas vai oferecer voos extras para Uberaba durante o período da 89ª ExpoZebu. A venda de passagens saindo do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), começa no dia 1º de fevereiro.
No último dia 15, a comitiva esteve em São Paulo, nas sedes administrativas da Gol e da Azul Linhas Aéreas, para solicitar o aumento de voos para Uberaba, em especial, no período da feira. Na ocasião, o grupo apresentou as potencialidades da cidade, bem como os números da ExpoZebu 2023, que recebeu mais de 400 mil pessoas no Parque Fernando Costa, incluindo mais de 700 estrangeiros de mais de 30 países. “Agradecemos a Azul Linhas Aéreas por atender nosso pedido prontamente. Nosso objetivo é garantir mais conforto e funcionalidade com mais opções de voos, facilitando a chegada e partida dos nossos visitantes, ampliando o público da ExpoZebu, que projeta Uberaba nacional e internacionalmente”, destacou o presidente da ABCZ.
Veja abaixo os dias e horários:
25/04
18h05 Campinas / 19h10 Uberaba
19h50 Uberaba / 20h55 Campinas
06/05
09h10 Campinas / 10h15 Uberaba
11h Uberaba / 12h05 Campinas
07/05
08h35 Campinas / 09h40 Uberaba
10h20 Uberaba / 11h25 Campinas

Notícias
Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025
Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves
A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.
Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.
Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.
Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves
Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.
Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.
Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.
Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro
Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.
No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.
Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável
Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”
Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.
Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.
As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).
Maior mercado mundial de bioinsumos
O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.
A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.
Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.
Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.



