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Notícias Frente aos desafios da cadeia produtiva

ABCS reúne indústria, varejo e governo em busca de atender às demandas do setor suinícola

Durante o “Encontro da Cadeia de Valor da Suinocultura Brasileira”, a entidade trouxe panoramas atuais e detalhou quais medidas têm tomado para diminuir os impactos do mercado nos produtores de suínos

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Fotos: Arquivo/OP Rural

Com o propósito de informar aos suinocultores e lideranças da cadeia produtiva as ações emergenciais que estão sendo adotadas frente ao momento do mercado de suínos no Brasil, para minimizar os efeitos ocasionados pela alta no custo de produção da suinocultura e pelos baixos valores pagos aos produtores, que estão preocupando toda a cadeia produtiva, a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) realizou, na quarta-feira (02), o “Encontro da Cadeia de Valor da Suinocultura Brasileira”.

Na oportunidade, o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, compartilhou durante o evento que também é produtor e se solidariza com essa situação. “Recebo ligações todos os dias de produtores preocupados, nos preparamos para uma expectativa de exportação que não aconteceu, temos uma super oferta no mercado interno e uma população com pouca renda, o excesso de oferta é o que vem prejudicando os preços pagos aos produtores. Mas quero ressaltar que a equipe ABCS está empenhada em encontrar soluções para essa crise tão injusta. Estamos em contato com o Mapa e teremos também uma audiência com o Ministro da Economia, Paulo Guedes para construir soluções em conjunto.”

Na ocasião, a entidade apresentou um panorama atualizado do mercado de suínos, bem como o cenário econômico-social da população brasileira que interfere diretamente na cadeia produtiva, além de trazer perspectivas relacionadas à exportação e ao mercado externo compartilhadas pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O evento contou também com a presença de representantes do varejo alimentício brasileiro, que trouxeram a visão do varejo sobre o comportamento do preço e volume de venda da carne suína, além de ouvir o coordenador Geral de Culturas Perenes e Pecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), João Salomão, que explano as iniciativas que estão em andamento junto ao Governo Federal.

Perspectivas de Mercado 
O consultor de mercado da ABCS, Iuri Pinheiro Machado, explicou que um dos principais problemas atuais na suinocultura é a super oferta de carne suína no mercado interno, mas ressalta que a produção cresceu para atender a uma demanda nacional e internacional que também crescia, e que encolheu em razão da diminuição do poder aquisitivo dos consumidores. “Nos últimos dois anos tivemos uma queda na renda e uma alta na inflação, além do aumento da Selic que afeta o crédito. A pandemia teve um impacto negativo na renda salarial da população em torno de 6%, e todo o cenário econômico resultou numa perda do poder de compra dos consumidores em torno de 20%.”

Ele explicou também que, segundo especialistas, a economia do Brasil não vai se recuperar este ano e projetam o crescimento do PIB em torno de apenas 0.3%. Por outro lado, estimam que até o fim do ano haverá uma queda na inflação, que será positiva. “Em relação a produção, a suinocultura brasileira cresceu vertiginosamente, atingindo os patamares previstos para 2027 em 2021, ou seja, tivemos um crescimento gigantesco, acompanhado pelo aumento do consumo per capita que já ultrapassou os 18 kg, ponto muito positivo para toda a cadeia”, destacou.

Ele trouxe também um levantamento da produção brasileira nos últimos anos, juntamente com preços da carne suína no varejo brasileiro, e também um comparativo entre a relação de troca com o suíno, o milho e o farelo de soja, que compara o valor que o animal é vendido com os custos de produção.

Para completar essa visão de mercado, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, falou sobre as perspectivas das exportações para curto e médio prazo na suinocultura. “A situação é desafiadora para todos, inclusive fora do país e também para a indústria. Como pontos positivos diminuímos a dependência que temos da China, e aumentamos as exportações para outros países asiáticos, mas a China vai continuar comprando e vamos continuar exportando, porém estamos enfrentando dificuldades relacionadas à disseminação da Peste Suína Africana (PSA) e a retomada da produção no país.” Ele trouxe também informações referentes ao cenário de mercado na Europa e nos Estados Unidos, além de projeções para o futuro das exportações de carne suína brasileira.

Carne suína no varejo brasileiro 
Para trazer a visão do varejo sobre o assunto, a ABCS recebeu representantes de quatro redes parceiras, que mostraram preocupação com o atual cenário dos produtores, e esclareceram que esta situação também tem impactado seus negócios. Numa tentativa de abrir diálogo com os produtores, eles ressaltaram que acreditam numa relação de “ganha, ganha” entre todos os envolvidos, produtores e varejo, e explicam que a queda nos preços da carne suína vem sendo repassada aos consumidores, que já sentem a proteína mais barata, e por isso esperam manter as margens de lucro ligadas ao aumento do volume de vendas.

A gerente nacional de Suínos do Carrefour, a maior rede de varejo do país, Maria Rosilene Sousa Costa, explicou que a demanda no mês de janeiro tradicionalmente diminui em vista da renda dos consumidores que tende a ficar mais comprometida devido às contas de início de ano. “Com relação aos preços, estamos repassando os valores mais baixos para os consumidores, e na ponta estamos trabalhando com ofertas para manter o volume de vendas, precisamos achar um equilíbrio entre o preço pago aos produtores e o repassado aos consumidores, esse equilíbrio só consegue ser alcançado através do trabalho de ponte entre produtores e varejo construída pela ABCS.”

Pensamento compartilhado pelo gestor comercial de Suínos do GPA, Fábio Ramos, responsável pelas bandeiras Extra e Pão de Açúcar. “O nosso objetivo no GPA é aumentar a venda e o volume de venda da carne suína. Como estratégia estamos aproveitando a alta da carne bovina para incluir a carne suína na cesta dos consumidores, precisamos dar poder de compra ao consumidor, e conseguimos isso com preços mais competitivos, ofertas e comunicação com os clientes, mostrando que ele pode comer um corte de suíno mais em conta. Toda vez que o custo diminuir, o preço vai ser repassado aos consumidores, tivemos uma diminuição de preço final ao cliente do ano passado pra cá em 20%, por exemplo”, pontua.

Já Gustavo Nogueira Cabral Lessa,  comprador de Suínos Nacional do Hortifruti e Natural da Terra, referência em produtos frescos, trouxe a perspectiva do cliente classe A, que antes não era tão impactado pela oscilação de renda, mas que hoje sente mais essa redução e também está em busca de promoções. “Para nos adaptar ao momento temos feito ações, queremos reduzir a nossa margem, buscar maior volume junto aos nossos fornecedores, aumentando o cash margem e também o consumo. Temos como objetivo este ano tornar a proteína uma prioridade, evidenciando a carne suína e impulsionando o consumo.”

O gerente de compras da Companhia Sulamericana de Distribuição (CSD), responsável pelas redes Cidade Canção, Amigão e São Francisco, Charles dos Santos Carolino, ressalta que o grupo tem a dimensão do quanto o produtor está sofrendo com essa situação, e explicou que “temos repassado a queda dos preços pago pela carcaça para os consumidores, pois somos referência no Estado do Paraná. Temos aproveitado essa baixa de preços e queremos continuar nos mantendo ‘agressivos’, vendendo grandes volumes e fidelizando nosso cliente ao transferir essa queda de preço para eles no ponto de venda”, conceitua.

Atuação do Mapa
O coordenador geral de Culturas Perenes e Pecuária do Mapa, João Salomão, declarou que o órgão está ciente do problema e detalhou as medidas que estão sendo encaminhadas pelo governo federal, por meio do Mapa, como a medida provisória para venda de milho balcão para os pequenos produtores, a isenção do PIS/Confis para conseguir que seja prorrogada até final do ano, a renegociação de dívidas para os produtores, a retenção de matrizes que geraria um capital de giro ao produtor, trabalhando para que o produtor mantenha o rebanho. Ele ressaltou que o Mapa está focado para que esta última medida seja executada antes do Plano Safra. Além disso, ele explicou que existe uma linha de financiamento para estocagem de suínos.

Impulsionando o consumo interno
Num momento de instabilidade e desafios financeiros para os suinocultores, a ABCS acredita que se torna imprescindível trabalhar para impulsionar e fortalecer ainda mais o consumo da proteína suína no mercado brasileiro, e por isso realizará a segunda edição da campanha “Carne de Porco: bom de preço, bom de prato”. Voltada para açougues, grandes, pequenos e médios varejistas, e com abrangência nacional, a campanha alcançou quase R$ 1 milhão em vendas de carne suína em 2021. Este ano com novo design, peças digitais para PDV e foco em preço baixo e economia, a campanha vai impulsionar os cinco cortes mais baratos e populares entre os consumidores brasileiros: pernil, bisteca, barriga, costela e copa-lombo. A campanha foi apresentada durante o evento, e será entregue a toda a cadeia até o fim desta semana.

O presidente da ABCS encerrou o evento com uma mensagem aos produtores: “Levamos a todos vocês informações corretas e acabamos de entender quais são os problemas. Aquilo que pode ser feito juntamente ao governo, indústria e varejo está sendo feito. Entregamos um ofício com as demandas de todos os presidentes das associações estaduais para a ministra da Agricultura, mas precisamos ser lúcidos e entender que uma ação conjunta nesse momento é necessária. Estamos recebendo e atendendo todos os produtores e precisamos estar juntos, cada um fazendo seu papel”, frisou.

E continuou: “Vamos trabalhar para distribuir essa campanha e impulsionar o consumo. Contem com a ABCS e os presidentes estaduais que têm se empenhado ao máximo, agradeço o comprometimento de todos vocês. Esse movimento de impulsionamento do consumo precisa ser uma iniciativa de toda cadeia, pois estamos todos sofrendo. Sei do que estou falando porque sou produtor e estou sentindo na carne esta situação”, expôs.

Lopes pediu ainda para que todos tenham responsabilidade e que trabalhem juntos – produtores, cadeia, indústria e varejo – para superar esse momento difícil do setor suinícola encarando-o como uma grande oportunidade para alavancar o consumo interno. “Temos uma oportunidade gigantesca para crescer o consumo interno em até 22 kg. Uma oportunidade de acabar com a dependência que temos das exportações, que são importantíssimas, mas precisamos fortalecer o mercado interno. Se as exportações caírem, temos 2030 milhões de pessoas que precisam consumir mais carne suína. Estamos aqui trabalhando dia e noite para mudar a realidade da suinocultura brasileira, o material está disponível e precisamos fazer com que essas informações cheguem no consumidor. Temos a oportunidade de sairmos mais fortes dessa crise e cabe a nós fazermos isso”, finalizou.

Fonte: Assessoria ABCS

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Sindirações apresenta dois novos associados

Sul Óxidos e Purefert do Brasil passam a integrar o quadro de associados da entidade, reforçando a cadeia produtiva na promoção de parceiras estratégicas.

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Foto: Shutterstock

Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações anuncia a chegada de duas novas empresas no seu quadro de associados: Sul Óxidos e Purefert do Brasil. No total, a entidade representa cerca de 90% da indústria de alimentação animal. Para Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, essa movimentação vai de encontro com um dos principais objetivos da entidade, que é dar voz para as empresas e defender os principais interesses do setor.

Foto: Divulgação/Sindirações

Com mais de 20 anos de experiência, a Sul Óxidos é referência na produção de óxido de zinco e sulfato de zinco, além da comercialização de ânodos, zinco metálico e outros metais não ferrosos. Comprometida com a excelência, a empresa foca na melhoria contínua de seus processos e na garantia da qualidade de seus produtos, atuando com responsabilidade ambiental e priorizando a redução de resíduos sólidos e efluentes, a fim de minimizar os impactos ambientais.

De acordo com Jorge Luiz Cordioli Nandi Junior, Engenheiro Agrônomo da Sul Óxidos, “a filiação ao Sindirações é vital para reforçar sua presença no setor de alimentação animal e fomentar parcerias estratégicas. A associação garante acesso a informações essenciais sobre tendências do mercado, regulamentações e práticas de excelência. Além disso, a Sul Óxidos se posiciona para defender os interesses da indústria, moldando políticas que beneficiam o segmento. A colaboração com outros líderes do setor facilita a troca de inovações e conhecimentos, fortalecendo a competitividade e a sustentabilidade da empresa nesse nicho crucial”, comenta.

Já o grupo Purefert atua como fornecedor de fertilizantes premium para clientes em todo o mundo. Com contratos estratégicos de fornecimento de longo prazo com fornecedores líderes, a Purefert está na vanguarda das mais recentes inovações em qualidade de produto e agregação de valor à cadeia de fornecimento para seus clientes. A empresa é líder de mercado em produtos à base de Fosfato.

“A associação da Purefert ao Sindirações é estratégica por proporcionar acesso a informações técnicas e regulatórias, participação em grupos de trabalho que definem tendências do mercado, suporte em questões jurídicas e tributárias, além de oportunidades de networking para parcerias e inovações. Essa conexão fortalece a competitividade e a conformidade da empresa no mercado”, afirma Thiago Janeri, trader da Purefert.

Fonte: Assessoria Sindirações
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Epagri divulga Boletim Agropecuário de Santa Catarina referente a outubro

Para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha.

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Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

A Epagri divulgou a última edição do Boletim Agropecuário, publicado mensalmente pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa).

Milho

Foto: Sandra Brito

Em outubro, o preço médio mensal pago ao produtor de milho em Santa Catarina apresentou uma alta de 5,3% em relação ao mês anterior. Segundo o documento, os preços refletem a maior demanda interna pelo cereal, a entressafra no Brasil e a concorrência com as exportações.

De acordo com o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Haroldo Tavares Elias, para a 1ª safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%. “A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463kg/ha. Assim, espera-se um aumento de 11% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,24 milhões de toneladas de milho”, diz ele.

O Boletim Agropecuário traz os dados atualizados do acompanhamento das safras e do mercado dos principais produtos agropecuários catarinenses. Confira mais detalhes de outras cadeias produtivas:

Trigo

Em outubro, os preços médios recebidos pelos produtores catarinenses de trigo ficaram praticamente estabilizados, mas com uma pequena variação negativa de 0,34%. Na variação anual, em termos reais, registrou-se uma alta expressiva de 22,07%. Em todo o estado, até a última semana de outubro, cerca de 39% da área destinada ao plantio de trigo nesta safra já havia sido colhida. Para as lavouras que ainda estão a campo, 20% da área estava em fase de floração e 80% em fase de maturação.

Com relação à condição de lavoura, em 94% das áreas avaliadas a condição é boa; 5% a condição é média e, 1% a condição é ruim. A área plantada estimada é de pouco mais de 121 mil hectares, redução de 11,8% em relação à safra passada. A produtividade média estadual está estimada em 3.582kg/ha, um aumento de 60,1%. Até o momento, a expectativa é que a produção estadual deverá crescer 41,3%, chegando a aproximadamente 435 mil toneladas.

Soja

No mês de outubro, as cotações da soja no mercado catarinense apresentaram reação de 2,7% em relação ao mês anterior. No início de novembro, nos 10 primeiros dias do mês, na comparação com o preço médio de setembro, é possível perceber movimento altista de 2,6%. A menor oferta interna do produto no mercado interno tem favorecido as cotações, no entanto, fatores de baixa estão se projetando no mercado futuro.

Para essa safra, deveremos ter um aumento de 2,09% da área plantada, alcançando 768,6 mil hectares na primeira safra. A produtividade média esperada deverá crescer significativamente: a expectativa é um incremento de 8,56%, chegando a 3.743kg/ha. Com isso, espera-se um aumento de 10,8% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,87 milhões de toneladas de soja 1ª safra.

Bovinos

Nas primeiras semanas de novembro registrou-se de alta nos preços do boi gordo em relação ao mês anterior em praticamente todos os estados brasileiros. Em Santa Catarina, o preço médio estadual do boi gordo atingiu R$295,34 em meados deste mês, o que representa uma alta de 8,8% em relação ao mês anterior e de 20,3% na comparação com maio de 2023. A expectativa é de que se verifique a continuidade desse movimento de alta nas próximas semanas.

A reduzida oferta de animais prontos para abate e a elevada demanda, tanto no mercado interno quanto externo, são responsáveis por esse acentuado movimento de alta observado na maioria dos estados. A forte seca que atingiu grande parte do país, em especial a região Centro-Oeste, tem sido um fator crucial na redução da oferta.

Frangos

Santa Catarina exportou 105,5 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em outubro – queda de 0,03% em relação aos embarques do mês anterior, mas alta de 27,1% na comparação com os de outubro de 2023. As receitas foram de US 212,8 milhões – queda de 4,8% em relação às do mês anterior, mas crescimento de 32,9% na comparação com as de outubro de 2023.

De janeiro a outubro, Santa Catarina exportou 961,8 mil toneladas, com receitas de US$ 1,88 bilhão  alta de 6,7% em quantidade, mas queda de 1,6% em receitas, na comparação com os valores acumulados no mesmo período do ano passado.

A maioria dos principais destinos apresentou variação positiva, na comparação entre o acumulado deste ano e o mesmo período de 2023, com destaque, mais uma vez, para o Japão (crescimento de 35,6% em quantidade e 13,4% em valor).

Suínos

Santa Catarina exportou 68,0 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em outubro, altas de 10,6% em relação ao montante do mês anterior e de 44,8% na comparação com os embarques de outubro de 2023. As receitas foram de US$169,4 milhões, crescimentos de 12,7% na comparação com as do mês anterior e de 61,5% em relação às de outubro de 2023. Esse é o segundo melhor resultado mensal de toda a série histórica, tanto em quantidade quanto em receitas, atrás apenas de julho passado.

De janeiro a outubro, o estado exportou 595,3 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$1,39 bilhão – altas de 10,5% e de 6,3%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023. Santa Catarina respondeu por 56,7% das receitas e por 55,0% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano.

Leite

Até setembro/24, as indústrias inspecionadas brasileiras adquiriram 18,331 bilhões de litros de leite cru, 1,2% acima dos 18,116 bilhões adquiridos no período de 2023. Essa quantidade, somada à quantidade importada, mostra que, até setembro, a oferta total de leite foi 1,6% maior do que a do mesmo período de 2023.

De janeiro a outubro/24 foi importado o equivalente a 1,888 bilhão de litros de leite cru, 7% acima dos 1,765 bilhão de litros do mesmo período de 2023.

Em novembro, houve diferentes movimentos nos preços aos produtores catarinenses: estabilidade, alta e baixa. Com isso, pelos levantamentos da Epagri/Cepa, o preço médio de novembro fechou em R$2,75/litro, quase idêntico ao preço médio de outubro, que ficou em R$2,76/litro.

Leia a íntegra do Boletim Agropecuário de novembro, clicando aqui.

Fonte: Assessoria Agência de Notícias SECOM
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IPPA registra alta de 5,5% em outubro de 2024, porém acumula queda de 2,5% no ano

Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%).

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Fotos: Marcello Casal

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) subiu 5,5% em outubro, influenciado pelos avanços em todos os grupos de produtos: de 1,9% para o IPPA-Grãos; de fortes 10,7% para o IPPA-Pecuária; de expressivos 10,4% para o IPPA-Hortifrutícolas; e de 0,5% para o IPPA-Cana-Café.

No mesmo período, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresentou alta de 1,5%, demonstrando que, de setembro para outubro, os preços agropecuários mantiveram-se em elevação frente aos industriais da economia brasileira.

No cenário internacional, o índice de preços calculado pelo FMI subiu 1,4% quando convertido para Reais, acompanhando a valorização da taxa de câmbio oficial divulgada pelo Bacen. Isso indica um comportamento relativamente estável dos preços internacionais dos alimentos.

No acumulado de 2024, o IPPA/CEPEA registra queda de 2,5%. Entre os grupos de alimentos, houve retrações no IPPA-Grãos (-8,3%) e no IPPA-Pecuária (-2,7%), enquanto o IPPA-Hortifrutícolas avançou 34,6% e o IPPA-Cana-Café cresceu 7%.

Em comparação, o IPA-OG-DI Produtos Industriais apresenta estabilidade no ano, enquanto os preços internacionais dos alimentos, convertidos para Reais, acumulam alta de 6,1%.

A despeito desses movimentos divergentes com relação ao IPPA/CEPEA, ressalta-se que, sob uma perspectiva de longo prazo, o que se observa é a convergência ao mesmo nível, após elevação acelerada dos preços domésticos nos últimos anos.

Fonte: Assessoria Cepea
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