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ABCS movimenta PorkExpo com painel de mercado e lançamento de cartilha de carne suína na air fryer

Painel recebeu mais de 300 pessoas, entre profissionais da cadeia e estudantes.

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Fotos: Giuliano De Luca/OP Rural

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) recebeu, na última quinta-feira (27), mais de 300 espectadores que estiveram presentes no Painel ABCS na PorkExpo 2022, um dos maiores eventos da suinocultura nacional e internacional. Pensando no cenário desafiador que a suinocultura brasileira tem enfrentado, a Associação promoveu palestras de mercado com especialistas, um debate entre representantes de produtores e agroindústrias, e aproveitou a ocasião para lançar de forma inédita, a cartilha de “Carne Suína na Air Fryer, descubra o chef em você, by Jimmy Ogro”, produzida pela ABCS para promover o consumo da proteína.

Na abertura do evento, o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, falou sobre o prazer imenso que é estar mais uma vez na PorkExpo, após quase 5 anos. “É um evento que reúne produtores, estudantes e fornecedores que fazem a base dessa cadeia da suinocultura. Temos vivido muitos desafios, mas as expectativas que temos para o futuro nos trazem uma luz no fim do túnel. Precisamos de força para vencer as dificuldades, não tenho dúvidas que essa cadeia organizada do jeito que está, sairá vitoriosa. Estamos fazendo um trabalho gigantesco desde 2005, onde temos feito uma reeducação do nosso povo, através do varejo, conversando com o nosso consumidor e trazendo um novo olhar sobre a carne suína. Essas perspectivas são muito importantes pois vivemos um momento de virada quanto setor.”

A primeira palestra do painel foi conduzida pelo consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg),  Alvimar Jalles, que abordou “O papel dos produtores na formação de preço dos suínos”, saindo da perspectiva tradicional de observar o mercado sob o efeito de “manada”. “Quero agradecer a ABCS pelo convite e por essa oportunidade de compartilhar com vocês o que temos feito em Minas Gerais”, disse.  Em seguida, o consultor de mercado da ABCS, Iuri Pinheiro Machado complementou o assunto trazendo a palestra “O crescimento recente da suinocultura e as lições para o futuro”. “Vou fazer um resumo do que aconteceu nos últimos anos, e o que a gente espera dentro dos setores produtores para que a gente passe esse momento e ter uma preparação melhor para outros momentos de crise, pois mudamos de patamar em relação a nossa produção”, explicou. Ele relembrou o surto de Peste Suína Africana (PSA) na China, a pandemia de Covid-19, a guerra Rússia x Ucrânia, e a alta da inflação, explicando que num mundo globalizado os acontecimentos mundiais tem impacto também globalizado.

Para o debate, José Roberto Goulart, Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SPC) e Elias José Zydeck, Diretor Executivo da Frimesa, se juntaram aos consultores para discutir como as empresas enxergam o destino do aumento da produção da próxima década. José Roberto defendeu que a suinocultura é cíclica, e que os produtores precisam se preparar para os momentos de crise. “Tem que ter estratégia, nosso negócio é assim, em que saber se preparar para as crises, tem que saber passar pelas crises, quem vai ficar nesse mercado é quem é resiliente, quem se planeja, se prepara, quem sabe trabalhar, quem cuida da casa, quem tem estoque de milho, é esse pessoal que vai ficar.” Ele também elogiou como a cadeia tem aprimorado a produção, venda e apresentação da carne suína “É um incentivo para que o consumidor compre a proteína.” Já Elias falou sobre o trabalho da Frimesa, que se manteve competitiva e sobreviveu à correlação inferior entre o suíno, frango e boi. “Avançamos no mercado interno e temos uma previsão de que até 2028/2030, o Brasil esteja consumindo até 25kg per capita de carne suína.”

Lançamento
Ao final, a ABCS fez o lançamento oficial da cartilha  Carne Suína na Air Fryer, com a presença do próprio Chef Jimmy Ogro. O material explora de forma inovadora toda a praticidade, facilidade e otimização da rotina que os consumidores buscam, para inserir a carne suína, sem abrir mão do sabor, saúde e qualidade. São 6 receitas e diversas dicas de preparo e de utilização do utensílio, com barriga de porco à pururuca, costelinha barbecue,  linguiça suína e batatas, hambúrguer de pernil suíno, filé-mignon suíno e copa-lombo suíno.

“Tenho falado cada vez mais de carne suína e aproveito todas as oportunidades de provar que ela é a melhor proteína. No último ano houve um aumento de 32% na procura e também nas vendas de air fryers no Brasil, e se queremos ensinar as pessoas a cozinhar, precisamos usar o que ela tem em casa. Temos receitas muito fáceis e com muito sabor nesse material”, contou Jimmy enquanto apresentava a cartilha.  Lívia Machado, diretora de marketing e projetos da ABCS, defendeu o uso do marketing para o impulsionamento da cadeia de produção, e da parceria com Chefs que acreditam nessa ferramenta, além da importância em se atualizar e observar as novidades. “Seguimos a tendência do consumidor e quando pensamos no consumidor precisamos entender que o comportamento muda.”

A cartilha está disponível em formato digital no site do Escolha Mais Carne Suína. Nos próximos dias, vídeos com todas as receitas serão postadas no instagram @maisarnesuina, fique de olho!

Fonte: Ascom ABCS

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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