Suínos
ABCS intensifica atuação no Congresso para defender interesses da suinocultura
No primeiro semestre de 2025, entidade acompanhou 33 projetos de lei com potencial impacto no setor, promovendo diálogo técnico e estratégico com parlamentares e lideranças do agro.

No primeiro semestre de 2025 a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) reforçou sua atuação estratégica no poder Legislativo, com o foco em temas que tratam da competitividade, regulamentação e bem-estar animal, mantendo diálogo técnico e institucional com parlamentares e lideranças do agro. Isso porque, um dos pilares da atuação governamental da entidade é intensificar as atividades no Congresso Nacional, com o objetivo de assegurar que os interesses da cadeia suinícola estejam devidamente representados no Parlamento. O presidente da ABCS, Marcelo Lopes explica que atualmente, a Associação monitora 33 projetos de lei com potencial impacto sobre a suinocultura. “O trabalho da equipe política é dinâmico e permanente, fechamos o primeiro semestre com um saldo positivo, pois de forma estratégica acompanhamos e atuamos nos assuntos que impactam o setor”.
A equipe política da ABCS acompanha semanalmente as comissões temáticas no Congresso e participa de debates técnicos com as entidades integrantes do Instituto Pensar Agro (IPA), reforçando seu compromisso com a defesa técnica, institucional e propositiva do setor suinícola. Para a gerente de relações governamentais, Ana Paula Cenci, o cenário legislativo de 2025 tem sido marcado por uma redução no ritmo das tramitações, resultado das incertezas orçamentárias e da análise de temas relevantes no Supremo Tribunal Federal (STF). “Esse contexto, aliado ao calendário político, tem afetado o funcionamento das comissões permanentes e a fluidez do processo legislativo, mas mesmo diante desse cenário, a ABCS permanece atuante na defesa da suinocultura nacional, levando as prioridades e defendo interesses”.

Ana Paula Cenci, gerente de relações governamentais: “Esse contexto, aliado ao calendário político, tem afetado o funcionamento das comissões permanentes e a fluidez do processo legislativo, mas mesmo diante desse cenário, a ABCS permanece atuante na defesa da suinocultura nacional, levando as prioridades e defendo interesses” – Foto: ABCS
Entre os projetos acompanhados, Cenci destaca o PL 784/2024, que propõe mudanças na rotulagem de produtos de origem animal. A proposta exige maior transparência quanto à origem, métodos de produção e segurança alimentar, impactando diretamente o setor. “A ABCS elaborou e entregou um documento técnico no gabinete da deputada Daniela Reinehr (PL/SC), solicitando a redistribuição da proposta à Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), que inicialmente não havia sido contemplada na tramitação, apesar de sua relevância para o setor agropecuário”, explica a gerente de relações governamentais. Ana Paula complementa que o PL 784/324 é também articulado junto ao ao Instituto Pensar Agro (IPA) para garantir o tratamento adequado da matéria.
Outro ponto de atenção é o PL 2742/2024, que estabelece padrões mínimos para o manejo de animais em criadouros, incluindo critérios sobre espaço físico, acesso à água, alimentação, cuidados veterinários e reprodução. Cenci explica que a ABCS elaborou e entregou uma nota técnica no gabinete do deputado Nelson Barbudo (PL/MT), destacando os impactos negativos que o texto, da forma como está, pode gerar à suinocultura, setor já regulado pela Instrução Normativa nº 113/2020 do MAPA. “O parlamentar acolheu as contribuições da entidade nacional e demonstrou sensibilidade às especificidades da produção de suínos, o que é muito bom”, avalia a gerente de relações governamentais.
No segundo semestre de 2025, a ABCS seguirá com uma atuação ativa e estratégica no Congresso Nacional, acompanhando os desdobramentos legislativos e trabalhando para que as pautas prioritárias da suinocultura avancem com responsabilidade, técnica e alinhamento com os interesses do setor.

Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.



