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ABCS encerra 2019 em agenda com ministra Tereza Cristina

Sanidade animal, IN 14, crédito e produção de conteúdo técnico foram os cernes dos trabalhos da entidade em 2019

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Esta semana, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) realizou a última reunião de 2019 com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina. O encontro aconteceu na sede da pasta, em Brasília e contou com a presença de representantes da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (ABEGS) e da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Na oportunidade, a ministra contou que conversou com os governadores da região da Zona não Livre (ZNL) sobre a Peste Suína Clássica (PSC). “A reunião com os representantes dos estados foi muito boa e teve excelente receptividade, pois os governadores estão com vontade de resolver e isso é muito positivo, afinal precisamos do apoio estadual para erradicar a PSC”. Ainda priorizando a sanidade animal, Tereza Cristina disse que já foi aprovado recurso para o Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Defesa Nacional (Pró-Defesa), no qual também será utilizado para as questões sanitárias.

Durante a audiência o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, apoiou as medidas já tomadas pela pasta e ponderou a urgência do tema. “As questões sanitárias são prioritárias para continuarmos alavancando o crescimento da proteína suína no Brasil e nos mercados internacionais”. Lopes frisou ainda a necessidade de toda a cadeia atuar de forma proativa a biosseguridade.

Tratando ainda de PSC a ministra comentou que a pasta já está finalizando a normativa que libera a vacinação na Zona não Livre (ZNL), com intuito de implementar, ainda no primeiro trimestre de 2020, o Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica. O Plano foi lançando pelo Mapa no final de outubro e visa erradicar a doença nos 11 estados da ZNL da doença no país: Alagoas, Amapá, Amazonas (exceto parte do estado pertencente à zona livre), Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima.

A ABCS participou de alguns debates para a construção do Plano e segundo a diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke, é essencial a toda a suinocultura nacional se unir para tornar o Brasil livre de PSC. “O plano oficializado pelo Mapa traz a sustentação para promover ações efetivas de reestruturação de serviços veterinários oficiais e o retorno da vacinação, o qual gerará benefícios para todos os elos da cadeia suinícola” E, é essencial resolvermos esse problema, sendo fundamental a responsabilidade compartilhada entre o setor público e a iniciativa privada”.

A região de implementação do plano representa cerca de 50% do território brasileiro, onde se encontra, aproximadamente, 18% do rebanho suíno nacional, o que consiste em mais de 5 milhões de suínos, distribuídos em mais de 300 mil estabelecimentos rurais, predominantemente de pequenos produtores familiares. A diretora explica ainda que a PSC é uma das principais enfermidades que acometem a suinocultura. “A vacinação é uma ferramenta útil, que precisa ser utilizada na ZNL para tornar o país livre da doença”, enfatizou Ludtke.

Outro tema tratado durante a agenda com a ministra e que causa preocupação em toda a cadeia suinícola é a Peste Suína Africana (PSA). O presidente da ABCS, ponderou a necessidade de fomentar a fiscalização via aeroportos e portos do Brasil. “Quanto mais fiscais federais agropecuários e cães detectores tivermos, melhor será a nossa fiscalização e demais barreiras para evitar a entrada da doença no país”.

A ministra concordou e disse que o Mapa já solicitou a compra de mais cachorros e solicitou mais servidores para os postos necessários. “A PSA é uma prioridade do Ministério, faremos de tudo para o Brasil continuar livre dessa doença e, para tanto, medidas práticas estão sendo tomadas, tais como a divulgação de campanhas publicitárias informando aos turistas a proibição de produtos de origem suína que venham do exterior e caso seja descumprido haverá multas para quem tiver trazendo”. Ainda argumentou, que em 2019 mais de 300 plantas frigoríficas brasileiras foram habilitadas ao mercado internacional, e esse trabalho continuará em 2020, por isso a necessidade se investir cada vez mais na defesa sanitária do nosso rebanho.

Balanço 2019: IN 14 e Crédito também foram prioridades da ABCS

Além da atuação assertiva em sanidade animal no ano de 2019, a ABCS trabalhou pela revisão da Instrução Normativa 14 de 2016 que institui normas para as fábricas de ração animal, estabelecendo os critérios e os procedimentos para fabricação, comercialização e o uso de medicamentos na alimentação animal. Junto com o pedido de revisão e ampliação do prazo, a ABCS realizou seminários para debater o tema e produziu material técnico referente ao assunto.

Lembrando que, em junho desse ano a IN entraria em vigor, mas o Mapa revisou o prazo da aplicabilidade da norma, postergando para 18 de julho de 2020. Segundo o presidente da ABCS a prorrogação foi realizada com intuito de que os produtores de fábricas de ração de uso próprio (não comerciais) consigam atingir uma pontuação viável e gradativa quanto às especificações estabelecidas na IN 14. “O Mapa foi muito cauteloso em estabelecer mais um ano para o setor, mas agora o setor produtivo deve fazer o dever de casa. Lopes, ponderou que é essencial a participação de todos na colaboração com a consulta pública da minuta de IN que será publicada nos próximos meses, e assim tornar a norma aplicável ao setor.”

Outro debate que a ABCS se posicionou foi em relação ao recurso do Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (INOVAGRO), visto que é uma das linhas de crédito mais procuradas para inovações na área de sustentabilidade e bem-estar animal, dentro do Plano Agrícola Pecuário (PAP). Como resposta, no lançamento do PAP 2019/2020 foi anunciado que o Inovagro manteve o mesmo valor do recurso programado (R$ 1500 milhões), carência de até 3 anos e com as taxas de juros até 7% ao ano. “Queremos mais recurso para essa linha em 2020, mas só do governo não diminuir o montante e manter os juros de 2018, foi muito bom para a suinocultura”, reforçou o presidente da ABCS.

2019 com muito conteúdo técnico

Já no primeiro semestre de 2019, a ABCS lançou a cartilha “Boas Práticas de Produção em fábricas de ração para uso próprio em granja de suínos”. Além do material, a entidade realizou Seminários Técnicos em diversas regiões do país, visando orientar e sensibilizar os suinocultores e seus colaboradores da importância do controle de segurança na produção das fábricas e do cumprimento das legislações para atender as demandas do mercado consumidor.

Outros materiais produzidos pela Associação foram as cartilhas de “ Doenças Virais de Importância na Produção de Suínos “e também a de “Prevenção e Controle Peste Suína Africana e Peste Suína Clássica“. Os conteúdos estão disponíveis no site da ABCS e representam uma maneira de auxiliar os profissionais da suinocultura sobre os perigos que existem e as medidas de prevenção que devem adotar como padrão no dia a dia das granjas. Acompanhando os materiais sobre doenças que atingem a produção suinícola, a ABCS realizou 15 workshops sobre tema, em diferentes estados e ao todo foram mais de 2.300 capacitados.

Fonte: Assessoria

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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