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ABCS e Abegs acompanham visita técnica do secretário de Defesa Agropecuária à Estação Quarentenária de Cananéia

Grupo teve a oportunidade de conhecer as instalações do quarentenário, que recebe regularmente lotes de suínos importados. 

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Fotos: Divulgação/ABCS

No dia 10 de julho, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e a Associação Brasileira de Empresas de Genética de Suínos (Abegs), acompanhadas pelo Secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, e sua comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), realizaram uma visita técnica à Estação Quarentenária de Cananéia (EQC). Durante a visita, o grupo teve a oportunidade de conhecer as instalações do quarentenário, que recebe regularmente lotes de suínos importados.

Durante a visita o Secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, enfatizou a importância do quarentenário do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), com a permanência do Serviço Veterinário Oficial (SVO) no local, visando o trabalho em conjunto com o setor privado para mitigar os riscos de entrada de doenças, e proteger a saúde do rebanho de suínos do Brasil.

Estação Quarentenária de Cananéia – EQC

A Estação Quarentenária de Cananéia (EQC) está localizada no município de Cananéia, litoral de São Paulo/SP, região estratégica composta por ilhas, que proporciona um isolamento favorável, reduzindo significativamente o risco de disseminação de patógenos e protegendo contra a introdução de doenças exóticas com potencial impacto produtivo, protegendo os patrimônios (sanitário, genético e econômico) do país. Além disso, a EQC promove a manutenção do perfil genético de alta qualidade dos animais, assegurando que o rebanho brasileiro continue a ser referência mundial em termos de desempenho e produtividade.

Instituída em 1971, por meio do Decreto Presidencial nº 69.522, e de responsabilidade do Mapa, a EQC passou a operar a parte de suínos somente em 2016, quando por meio de uma parceria público-privada, a ABCS e a Abegs se uniram ao Mapa para desenvolver a cooperação técnica assinada em 2015, tendo como objetivo a reforma e ampliação do quarentenário para criar um estabelecimento oficial voltado a receber os suínos importados. Assim, em 2016 foram inaugurados os sítios 1 e 2.

De acordo com o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, a principal motivação para a ABCS e a Abegs firmarem a parceria público-privada, visando o estabelecimento de um quarentenário oficial no território nacional, se deu devido à preocupação quanto ao risco de entrada da PRRS (Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos) e PED (diarreia epidêmica suína), que vinham causando sérios prejuízos à suinocultura mundial, e sendo uma potencial ameaça para a suinocultura brasileira. “Nesse sentido, a Abegs e a ABCS formaram essa parceria juntamente com o Mapa para adotar medidas para mitigar os riscos de entrada de doenças no rebanho nacional, visando a manutenção de status livre desses vírus, dentre outras doenças de alto impacto econômico”, ressaltou.

Com o aumento na demanda de importações e número de empresas de genética, em 2020 a parceria público-privada atuou para a ampliação do quarentenário, visando alojar um maior número de animais. Assim, dobrando a capacidade do quarentenário com a construção do sítio 3 e 4.

Para a diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke, essa iniciativa ressalta a importância das parcerias público-privadas no Brasil. A colaboração entre o setor público-privado é fundamental para o fortalecimento da suinocultura nacional, promovendo a proteção e promoção da saúde animal no Brasil. A EQC é um orgulho para o país, alojando suínos importados para compor os programas de melhoramento genético, aliado a um rigor sanitário, que possibilita às empresas de genética de suínos do Brasil uma condição diferenciada no cenário global.”

Nas palavras do presidente da Abegs, Alexandre Rosa  “Hoje o Brasil está estruturado para ser exportador de material genético. Temos um status sanitário privilegiado e um rebanho de suínos com excelente nível genético. Uma vantagem competitiva do nosso País é a Estação Quarentenária de Cananéia (EQC) que não apenas desempenha um papel fundamental ao garantir a segurança das nossas importações genéticas, conferindo credibilidade e robustez ao sistema de fiscalização brasileiro, como assegura o fluxo de genes superiores e o intensivo progresso da qualidade genética do nosso plantel, dentro dos melhores padrões competitivos da suinocultura mundial”.

Saiba mais sobre a EQC aqui.

Fonte: Assessoria ABCS

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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