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ABCS, associações estaduais e Mapa reúnem recursos para 2ª etapa da campanha de vacinação contra PSC em Alagoas

Completar o esquema vacinal é fundamental para quebrar o ciclo da doença e impulsionar o Plano Brasil Livre de PSC para os demais Estados da Zona não Livre da doença.

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A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), suas afiliadas e o Mapa, estiveram empenhadas, no início deste ano, para reunir recursos para a realização da segunda etapa do Plano Piloto de Vacinação contra Peste Suína Clássica (PSC) em Alagoas. Iniciado no ano anterior, o Programa Piloto que integra o Plano Estratégico Brasil livre de Peste Suína Clássica, coordenado pelo governo federal, imunizou de forma gratuita 112 mil suínos em mais de sete mil propriedades de todo o estado.

A diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke, explica que o Programa Piloto em Alagoas visa testar a melhor forma de execução da campanha de vacinação para replicar nos 11 Estados que compõem a Zona não Livre de PSC. “Por meio da vacinação dos suínos iremos acabar com a circulação viral, promover a saúde do rebanho e a sustentação do mercado nacional e internacional. Essa é uma responsabilidade compartilhada entre os líderes da cadeia suinícola, como o serviço veterinário oficial, associações, fundos de defesa sanitária, agroindústrias e demais instituições que representam o setor”, afirma.

Assim, o Estado de Alagoas foi escolhido para a implementação do projeto piloto, pelo tamanho do rebanho e de sua área geográfica, além de ser um Estado que faz divisa entre as Zonas Livres e Zona não Livre de PSC. Ela reitera que: “para uma boa cobertura do rebanho e eficácia da vacina, é de vital importância realizar a segunda etapa da vacinação, para garantir a imunidade dos suínos e a eliminação viral, e abrirmos caminho para vacinar também os demais estados da ZnL, visando tornar o Brasil livre de PSC”, menciona Charli.

Aporte financeiro

Na execução da 1ª etapa houve o aporte financeiro de mais de R$ 1 milhão, por meio da ABPA, ABCS e suas afiliadas. Já para a 2ª etapa da Campanha houve grande mobilização e apoio de diversas instituições, que doaram recursos financeiros para a campanha não parar, como os Fundos de Defesa Agropecuária dos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Tocantins, a MSD/Allflex, Zoetis, a Associação Sul-matogrossense de Suinocultores (Asumas), o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarnes), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB),  o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (OCEPAR-PR), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA/SENAR) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), levantando o aporte financeiro de mais de 900 mil reais necessários para iniciar a segunda etapa do Plano ainda no primeiro trimestre deste ano.

A doença 
A PSC é uma doença extremamente contagiosa entre os suínos e que causa perdas direta e indiretas para a suinocultura nacional. Não acomete humanos, e o ciclo da doença sem mantem nos suínos domésticos ou nos asselvajados infectados.

Na maioria dos casos a doença se caracteriza por causar infertilidade, abortos, natimortos, infecções oro-nasais e lesões hemorrágicas. A transmissão se dá pelo contato entre os suínos, alimentos e equipamentos contaminados. A queda de produtividade e mortalidade são prejuízos diretos causados pela doença, além dos custos dos programas de controle e erradicação, e as restrições de acesso ao mercado de suínos nacional e internacional quando originários de áreas acometidas.

Atualmente o Brasil está dividido em 16 Estados na Zona Livre (Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Acre, Amazonas em parte, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins e o Distrito Federal) e 11 Estados na Zona Não Livre (constituída pelos estados de Alagoas, Amapá, Amazonas em parte, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima). “Somente os Estados que compõem a Zona Livre conseguem exportar. Tornar o Brasil livre da doença, com certeza é um passo fundamental para a suinocultura brasileira”, frisa a ABCS.

Intuições que contribuíram para a execução da 2ª fase da campanha

 

Fonte: Assessoria

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Santa Catarina registra avanço simultâneo nas importações e exportações de milho em 2025

Volume importado sobe 31,5% e embarques aumentam 243%, refletindo demanda das cadeias produtivas e oportunidades geradas pela proximidade dos portos.

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Foto: Cláudio Neves

As importações de milho seguem em ritmo acelerado em Santa Catarina ao longo de 2025. De janeiro a outubro, o estado comprou mais de 349,1 mil toneladas, volume 31,5% superior ao do mesmo período do ano passado, segundo dados do Boletim Agropecuário de Santa Catarina, elaborado pela Epagri/Cepa com base no Comex Stat/MDIC. Em termos de valor, o milho importado movimentou US$ 59,74 milhões, alta de 23,5% frente ao acumulado de 2024. Toda a origem é atribuída ao Paraguai, principal fornecedor externo do cereal para o mercado catarinense.

Foto: Claudio Neves

A tendência de expansão no abastecimento externo se intensificou no segundo semestre. Em outubro, Santa Catarina importou mais de 63 mil toneladas, mantendo a curva ascendente registrada desde julho, quando os volumes mensais passaram consistentemente da casa das 50 mil toneladas. A Epagri/Cepa aponta que esse movimento deve avançar até novembro, período em que a demanda das agroindústrias de aves, suínos e bovinos segue aquecida.

Os dados mensais ilustram essa escalada. De outubro de 2024 a outubro de 2025, as importações variaram de mínimas próximas a 3,4 mil toneladas (março/25) a máximas superiores a 63 mil toneladas (setembro/25). Nesse intervalo, meses como junho, julho e agosto concentraram forte entrada do cereal, acompanhados de receitas que oscilaram entre US$ 7,4 milhões e US$ 11,2 milhões.

Exportações crescem apesar do déficit interno
Em um cenário aparentemente contraditório, o estado, que possui déficit anual estimado em 6 milhões de toneladas de milho para suprir seu grande parque agroindustrial, também ampliou as exportações do grão em 2025.

Até outubro, Santa Catarina embarcou 130,1 mil toneladas, um salto de 243,9% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado também chamou atenção: US$ 30,71 milhões, alta de 282,33% na comparação anual.

Foto: Claudio Neves

Segundo a Epagri/Cepa, essa movimentação ocorre majoritariamente em regiões produtoras próximas aos portos catarinenses, onde os preços de exportação tornam-se mais competitivos que os do mercado interno, especialmente quando o câmbio favorece vendas externas ou quando há descompasso logístico entre oferta e demanda regional.

Essa dinâmica reforça um traço estrutural conhecido do agro catarinense: ao mesmo tempo em que é um dos maiores consumidores de milho do país, devido ao peso das cadeias de proteína animal, Santa Catarina não alcança autossuficiência e depende do cereal de outras regiões e países para abastecimento. A exportação pontual ocorre quando há excedentes regionais temporários, oportunidades comerciais ou vantagens logísticas.

Perspectivas
Com a entrada gradual da nova safra 2025/26 no estado e no Centro-Oeste brasileiro, a tendência é que os volumes importados se acomodem a partir do fim do ano. No entanto, o comportamento do câmbio, os preços internacionais e o resultado final da produção catarinense seguirão determinando a necessidade de compras externas — e, por outro lado, a competitividade das exportações.

Para a Epagri/Cepa, o quadro de 2025 reforça tanto a importância do milho como insumo estratégico para as cadeias de proteína animal quanto a vulnerabilidade decorrente da dependência externa e interestadual do cereal. Santa Catarina continua sendo um estado que importa para abastecer seu agro e exporta quando a lógica de mercado permite, um equilíbrio dinâmico que movimenta portos, indústrias e produtores ao longo de todo o ano.

Fonte: O Presente Rural
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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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