Suínos
ABCS apresenta as principais tendências globais de consumo para a suinocultura em 2024
Conheça os comportamentos que servirão de guia para traçar as estratégias de atuação do setor ao longo deste ano.

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) traz à tona as principais tendências globais de consumo que prometem moldar o mercado em 2024.
Num cenário marcado por uma década de transformações profundas e impactos significativos nos sistemas e serviços, onde a agilidade e a busca por soluções se tornaram essenciais, aliada ao desejo por contato e personalização, essas informações se revelam como um guia crucial para direcionar e orientar as estratégias da suinocultura na busca pela conexão genuína com os consumidores.
A pesquisa revela dados promissores para os profissionais do setor de proteína animal, destacando que 70% dos brasileiros estão incorporando regularmente carne em suas dietas, indicando um mercado robusto e em expansão.
Segundo a McKinsey & Company, nove em cada 10 consumidores estão adotando estratégias para reduzir custos. Embora otimistas quanto ao futuro, permanecem cautelosos no presente. As classes sociais mais altas demonstram maior otimismo, enquanto as mais baixas mostram menor confiança.
A Euromonitor ressalta que os consumidores buscam soluções rápidas para melhorar o bem-estar físico e mental, indicando oportunidades para a suinocultura adaptar-se a essa demanda.
Ferramentas de inteligência artificial evoluem para co-criar as decisões dos consumidores. A IA generativa, exemplificada pela assistente virtual Luzia do WhatsApp, destaca a importância da personalização para aprimorar a experiência do cliente. A Mintel revela que mais de 40% dos consumidores se sentem confortáveis com assistentes de voz oferecendo recomendações personalizadas, destacando a necessidade de abordagens dedicadas à assistência para cativar o público.
Mindset do consumidor e redes sociais

Em meio à busca por prazer nas distrações, o TikTok se destaca com mais de um bilhão de usuários ativos por mês, proporcionando entretenimento e personalização. A Mintel indica que 29% dos consumidores aceitam marcas rastreando emoções para personalizar experiências.
Com o Brasil como o segundo país mais ativo em redes sociais no mundo, as empresas da suinocultura devem explorar estratégias inovadoras para se conectar em um mundo cada vez mais digital.

Os aplicativos mais populares são, respectivamente: Instagram, Facebook, TikTok, Linkedin, Kwai e X (Twitter), que se consolidam como fontes de entretenimento, meios de comunicação e também de e-commerce, ou “social commerce”, já que 76% dos brasileiros utilizam as redes sociais para pesquisar itens de desejo e para comprar. 56% também utilizam para verificar avaliações de outros clientes e 54% utilizam para comparar preços.
Apesar do e-commerce, o varejo físico ainda vive

Apesar da ascensão do comércio online, 67% dos consumidores ainda preferem compras presenciais, conforme aponta a Mintel. A Kantar ressalta um aumento de 8,8% nas visitas de jovens aos pontos físicos para comprar carne em 2023. Isso evidencia que tanto o ambiente online quanto o offline possuem espaço no mercado, e o quanto as lojas físicas são valorizadas pela experiência que proporcionam.
Sustentabilidade, alimentação saudável e bem-estar
Embora a sustentabilidade não seja o único fator decisivo na escolha de compra, a pauta permanece relevante para os consumidores. Uma pesquisa da Sodexo destaca que 90% dos consumidores brasileiros preferem uma alimentação saudável, desde que inclua carne na dieta. A suinocultura pode se destacar ao atender às demandas por produtos saudáveis e sustentáveis, considerando critérios como preço, preferência, valor nutricional e impacto ambiental.
Em um cenário de constantes mudanças, a suinocultura está diante de oportunidades significativas ao compreender e adaptar-se a essas tendências de consumo globais. A inovação, a personalização e a conexão com o consumidor surgem como pilares essenciais para o sucesso no mercado suinícola de 2024.
A diretora de marketing e projetos da ABCS, Lívia Machado, explica: “Considerando que nós precisamos estar sempre atentos ao comportamento do consumidor, basta olharmos para nós mesmos sobre como a gente muda. De opinião, de interesse, mudam os momentos da nossa vida e assim muda a nossa busca. Por isso, para a ABCS é essencial acompanhar as principais tendências para entender e atender aquilo que os consumidores esperam em relação à saúde, proteína, conexão, saúde e sabor”, finaliza.
Se você é um contribuinte do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), a ABCS irá oferecer uma palestra trazendo informações mais detalhadas e aprofundadas sobre o tema durante a Escola de Gestores no dia 19 de março, salve a data na agenda!

Suínos
Swine Day 2025 reforça integração entre ciência e indústria na suinocultura
Com 180 participantes, painéis técnicos, pré-evento sanitário e palestras internacionais, encontro promoveu troca qualificada e aproximação entre universidade e setor produtivo.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Swine Day chegou à sua 9ª edição reunindo 180 participantes, 23 empresas apoiadoras, quatro painéis, 29 apresentações orais e oito espaços de discussão. O encontro reafirmou sua vocação de aproximar pesquisa científica e indústria suinícola, promovendo ambiente de troca técnica e atualização profissional.
O evento também contou com um pré-evento dedicado exclusivamente aos desafios sanitários causados por Mycoplasma hyopneumoniae na suinocultura mundial, com quatro apresentações orais, uma mesa-redonda e 2 espaços de debate direcionados ao tema.
As pesquisas apresentadas foram organizadas em quatro painéis temáticos: UFRGS–ISU, Sanidade, Nutrição e Saúde e Produção e Reprodução. Cada sessão contou com momentos de discussão, reforçando a proposta do Swine Day de estimular o diálogo técnico entre academia, empresas e profissionais da cadeia produtiva.
Entre os destaques da programação estiveram as palestras âncoras. A primeira, ministrada pelo Daniel Linhares, apresentou “Estratégias epidemiológicas para monitoria sanitária em rebanhos suínos: metodologias utilizadas nos EUA que poderiam ser aplicadas no Brasil”. Já o Gustavo Silva abordou “Ferramentas de análise de dados aplicadas à tomada de decisão na indústria de suínos”.
Durante o encerramento, a comissão organizadora agradeceu a participação dos presentes e anunciou que a próxima edição do Swine Day será realizada nos dias 11 e 12 de novembro de 2026.
Com elevado nível técnico, forte participação institucional e apoio do setor privado, o Swine Day 2025 foi considerado pela organização um sucesso, consolidando sua importância como espaço de conexão entre ciência e indústria dentro da suinocultura brasileira.
Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.



