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Abate de suínos sobe 6,8% frente ao 2º trimestre e é recorde
Esse foi um recorde na série histórica iniciada em 1997

No 3º trimestre de 2018, o abate de suínos cresceu 6,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior e 4,7% na comparação com o mesmo período de 2017. Esse foi um recorde na série histórica iniciada em 1997. O abate de bovinos subiu 3,7% em relação ao 3º trimestre de 2017 e 7,1% frente ao trimestre imediatamente anterior, que havia sido afetado pela greve dos caminhoneiros. Já o abate de frangos caiu 3,8% na comparação com o mesmo período de 2017, mas subiu 3,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior. A aquisição de leite aumentou 14,3% em relação ao 2º trimestre, mas caiu 0,3% frente ao mesmo período de 2017.
A aquisição de couro subiu 9,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior e 4,3% face ao 3º trimestre de 2017. A produção de ovos de galinha foi a maior registrada na série histórica da pesquisa. Os dados são das Pesquisas Trimestrais da Pecuária, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Abate de suínos tem recordes em julho e agosto
No 3º trimestre de 2018, foram abatidas 11,56 milhões de cabeças de suínos, aumento de 4,7% na comparação com o mesmo período de 2017 e de 6,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Esse foi um recorde na série histórica iniciada em 1997.
A análise mensal do período mostra que no 3º trimestre de 2018 houve recorde para os meses de julho e agosto, onde ambos volumes de abate registraram números um pouco acima dos 4,0 milhões de cabeças abatidas. Tradicionalmente, os meses mais frios favorecem o consumo da carne suína e, além disso, suas exportações também aumentaram.
O abate de 523,49 mil cabeças de suínos a mais no 3º trimestre de 2018, em relação ao mesmo período de 2017, foi impulsionado por aumentos em 17 das 26 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Entre os Estados com participação acima de 1%, houve aumentos em: Santa Catarina (+137,25 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+86,07 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+78,44 mil cabeças), Goiás (+57,97 mil cabeças), São Paulo (+56,38 mil cabeças), Paraná (+54,64 mil cabeças), Mato Grosso (+31,75 mil cabeças) e Minas Gerais (+20,57 mil cabeças). Santa Catarina segue liderando o abate de suínos, com 26,8% do total nacional, seguida pelo Paraná (20,9%) e o Rio Grande do Sul (18,3%).
Abate de bovinos sobe 7,1% após greve dos caminhoneiros
No 3º trimestre de 2018, foram abatidas 8,28 milhões de cabeças de bovinos, quantidade 3,7% maior que a do 3° trimestre de 2017 e 7,1% acima da registrada no trimestre imediatamente anterior, afetado pela greve dos caminhoneiros.
O abate de 292,63 mil cabeças de bovinos a mais no 3º trimestre de 2018 em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 19 das 27 Unidades da Federação (UFs). Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Mato Grosso (+100,24 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+71,93 mil cabeças), Tocantins (+52,33 mil cabeças), Rondônia (+52,19 mil cabeças), Paraná (+43,98 mil cabeças), Bahia (+29,43 mil cabeças), Santa Catarina (+12,08 mil cabeças), Goiás (+7,9 mil cabeças), Pará (+3,76 mil cabeças), São Paulo (+1,29 mil cabeças), Acre (+ 1,13 mil cabeças) e Maranhão (+0,84 mil cabeças).
Em contrapartida, as maiores reduções ocorreram em: Mato Grosso do Sul (- 77,80 mil cabeças) e Minas Gerais (-14,47 mil cabeças). Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 17,2% da participação nacional, seguido por Goiás (10,3%), e Mato Grosso do Sul (9,7%).
Em agosto, abate de frangos chega ao segundo maior resultado mensal do ano
No 3º trimestre de 2018, foram abatidas 1,43 bilhão de cabeças de frangos, um resultado 3,8% menor do que o obtido no mesmo período de 2017, porém apresentando aumento de 3,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Comparando-se os nove primeiros meses do ano, agosto teve o segundo maior volume de cabeças abatidas, atrás apenas de janeiro.
O abate de 56,23 milhões de cabeças de frangos a menos no 3º trimestre de 2018, em relação a igual período do ano anterior, foi determinado por reduções no abate em 11 das 24 Unidades da Federação que participaram da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram quedas em: Santa Catarina (-36,27 milhões de cabeças), Paraná (-20,26 milhões de cabeças), São Paulo (-6,97 milhões de cabeças), Rio Grande do Sul (-6,41 milhões de cabeças), Minas Gerais (-3,49 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (-3,40 milhões de cabeças) e Bahia (-523,65 mil cabeças).
Em contrapartida, ocorreram aumentos em: Mato Grosso (+12,19 milhões de cabeças), Goiás (+7,94 milhões de cabeças), Distrito Federal (+1,87 milhão de cabeças) e Pará (+1,50 milhão de cabeças).
O Paraná continua liderando o abate de frangos, com 31,7% da participação nacional, seguido por Rio Grande Sul (15,0%) e Santa Catarina (13,0%).
Produção de ovos de galinha é a maior da série histórica
Foram produzidas 919,47 milhões de dúzias de ovos de galinha no 3º trimestre de 2018, o que equivale a um aumento de 4,9% em relação à produção do trimestre imediatamente anterior e 9,0% acima do apurado no 3º trimestre de 2017. A produção resultante do 3º trimestre de 2018 foi a maior registrada na pesquisa – tanto para um terceiro trimestre quanto para a série histórica.
A produção de 75,57 milhões de dúzias de ovos a mais, em nível nacional, em relação ao terceiro trimestre de 2017, foi impulsionada por aumentos em 23 das 26 UFs com granjas enquadradas no universo da pesquisa. Nesta comparação, os maiores aumentos quantitativos ocorreram em São Paulo (+24,74 milhões de dúzias) e no Espírito Santo (+14,28 milhões de dúzias).
O estado de São Paulo continua sendo o maior produtor de ovos, com 29,7% da produção nacional, seguido pelo Espírito Santo (9,6%), Minas Gerais (9,0%) e Paraná (8,5%).
Aquisição de leite aumenta 14,3% em relação ao 2º trimestre
No 3º trimestre de 2018, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal) foi de 6,26 bilhões de litros, representando uma queda de 0,3% em relação à quantidade adquirida no 3º trimestre de 2017. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o volume foi 14,3% maior.
No comparativo do 3º trimestre de 2018 com o mesmo período em 2017, a redução de 18,91 milhões de litros de leite adquirido pelos laticínios foi influenciada por quedas em 11 das 26 UFs participantes da Pesquisa.
A retração foi observada em todas as regiões do país, e as mais relevantes ocorreram em Santa Catarina (-50,07 milhões de litros) e Rio Grande do Sul (-28,81 milhões de litros), seguidos por Rio de Janeiro (-17,29 milhões de litros), Minas Gerais (-14,78 milhões de litros) e São Paulo (-14,51 milhões de litros).
Por outro lado, Goiás e Paraná apresentaram aumentos expressivos de 56,78 milhões de litros e 31,19 milhões de litros, respectivamente.
Minas Gerais permaneceu na liderança do ranking nacional de aquisição de leite, com 23,6% do total nacional, seguido pelo Rio Grande do Sul (14,8%) e Paraná (13,1%).

Notícias
STF suspende julgamento da Moratória da Soja e mantém paralisação nacional de processos
Com pedido de vista de Dias Toffoli, segue válida a liminar de Flávio Dino que congelou ações na Justiça e no Cade, enquanto especialistas destacam impacto do caso na segurança jurídica do agro.

O Supremo Tribunal Federal suspendeu o julgamento que analisava a liminar concedida pelo ministro Flávio Dino que determinou a suspensão nacional de todos os processos que discutem a validade da Moratória da Soja na Justiça e no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Até o momento, há quatro votos para confirmar a paralisação das ações. A análise ocorre no plenário virtual desde a última sexta-feira (14) e estava prevista para terminar na próxima terça-feira (25). O pedido de vista foi do ministro Dias Toffoli, e até que o processo volte à pauta a medida segue válida.
O advogado Frederico Favacho afirma que é positiva a decisão de Flávio Dino, por reconhecer que a Moratória da Soja é legal. “Esse é o ponto mais importante de toda a controvérsia”, entende.
A Moratória da Soja é um acordo voluntário entre tradings que comercializam grãos, no qual se comprometem a não comprar soja de áreas desmatadas na Amazônia após julho de 2008. O STF julga uma ação ajuízada pelo PcdoB, PSOL, PV e Rede. As legendas pedem a suspensão de lei do estado de Mato Grosso que proíbe a concessão de benefícios fiscais para empresa que assinaram o acordo.
Em dezembro do ano passado, Flávio Dino atendeu ao pedido dos partidos e suspendeu a lei de forma liminar. Em abril deste ano, ele reconsiderou a decisão, estabelecendo que a norma passaria a valer a partir de 1º de janeiro de 2026.
Em 05 de novembro, Flavio Dino determinou a suspensão nacional de todos os processos, inclusive os que investigam possível formação de cartel no Cade. Afirmou não considerar adequado, em respeito ao princípio da segurança jurídica, permitir que o debate sobre a Moratória da Soja prossiga nas instâncias ordinárias jurisdicionais ou administrativas, diante da possibilidade de serem proferidas decisões conflitantes e em desacordo com o entendimento a ser fixado pelo STF. “No mesmo voto, Flávio Dino também reconhece o direito de os entes federativos estabelecerem as regras para concessão dos benefícios fiscais, o que, na prática, implicaria em os Estados poderem retirar os benefícios das empresas signatárias, o que continua sendo discutível na esfera infraconstitucional em relação a forma, razoabilidade e outros quesitos”, diz Favacho, complementando: “De toda forma, isso vem num momento importante, quando o mundo todo está de olhos voltados para as boas práticas ambientais do agronegócio brasileiro”.
Notícias Com mais de 200 casos no anoA Agência de
Paraná reforça ações contra a raiva após avanço de casos em animais de produção
Órgãos estaduais discutem ações conjuntas, reforçam controle de morcegos hematófagos e recomendam vacinação em todo o território paranaense.

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) promoveu uma ação de combate e prevenção contra a raiva durante a 21ª Expovale nesta semana em Ivaiporã, município do Vale do Ivaí. A primeira oficina sobre o impacto da raiva no contexto da Saúde Única foi uma atividade respaldada pelo Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros, que é executado pela agência no Estado. Na ocasião, foram abordados assuntos como o monitoramento de abrigos de morcegos hematófagos e investigação de casos suspeitos.
Considerada uma das doenças de maior importância em Saúde Pública, a raiva permanece como uma das zoonoses mais letais, com grandes impactos econômicos, sociais e sanitários. Quando abordada à ótica da Saúde Única, que engloba a saúde humana, a saúde animal e o meio ambiente, o controle depende de uma atuação integrada entre diversos setores públicos.
O chefe do Departamento de Saúde Animal, da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, alerta sobre a ameaça da zoonose e chama atenção sobre os números da doença no Estado. “O vírus da raiva é transmitido por um tipo de morcego hematófago e pode ser letal para os animas e para os humanos”, explica. “Os casos comprovados da doença em herbívoros no Paraná durante o último ano chegaram a 258. Em 2025, foram investigados mais de 400, destes, 218 casos confirmados até agora”.
A doença circula tanto em territórios urbanos, onde cães e gatos são os principais transmissores, quanto no em ambientes rurais, territórios em que os morcegos hematófagos são os principais reservatórios e responsáveis pela transmissão aos animais de produção. Diante desse cenário, foi realizada a oficina, unindo o órgão de defesa agropecuária do Estado do Paraná e a 22ª Regional de Saúde.
Durante a oficina, a Adapar falou sobre o grupo de animais de produção que é mais afetado pela doença, composto por bovinos, equinos, pequenos ruminantes e suínos e trouxe para discussão ações cruciais para o controle e prevenção da raiva, atuando diretamente no ciclo rural.
Prevenção
A autarquia realiza o cadastramento e o monitoramento dos abrigos de morcegos hematófagos – controle da espécie Desmodus rotundus –, investiga casos suspeitos em herbívoros com coleta de material e executa ações em focos de raiva. Além disso, são desenvolvidas atividades de educação sanitária, como a identificação dos morcegos hematófagos, o reconhecimento dos sinais clínicos da doença nos animais e como realizar a notificação.
Também foi apresentado o recente foco de raiva registrado em um bovino no município de Pitanga, na região Central do Estado, e as medidas adotadas pela agência.
Vacinação
A vacina contra a raiva tem baixo custo, pode ser aplicada pelo próprio produtor e deve ser dada anualmente. A vacinação preventiva é a melhor forma de combate direto. Uma vez que o animal apresenta sinais clínicos não há tratamento. Atualmente, a vacinação é obrigatória em 30 municípios do Oeste, conforme a portaria nº 368/2025 da Adapar.
A escolha dos municípios levou em conta a quantidade de focos registrados nos últimos anos, a proximidade com o Parque Nacional do Iguaçu, a ocorrência de áreas compartilhadas de transmissão e o elevado número de pessoas que precisaram de tratamento após contato com animais suspeitos. A obrigatoriedade abrange apenas 30 municípios, mas a vacinação é aconselhada em todo o território paranaense.
Ambiente urbano
Ao discutir sobre a raiva no contexto urbano, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), órgão responsável pela vigilância epidemiológica em humanos, cumpriu o papel de elucidar dúvidas e falar sobre as ações de monitoramento de casos suspeitos em humanos e em animais domésticos. Além disso, também foram informadas as formas corretas de tratamento pós-exposição e a importância das campanhas educativas e de sensibilização da população.
Na prática, são as equipes das secretarias municipais e estaduais que acolhem a população quando há mordeduras ou possível exposição, garantindo que o tratamento seja iniciado a tempo de salvar vidas. Mesmo sendo uma doença de fácil prevenção a raiva continua avançando por falta de cuidado da população. A atuação conjunta entre saúde humana, defesa agropecuária e meio ambiente, somada à vacinação animal e à informação da sociedade é uma forma eficaz de combater a enfermidade.
Expovale
A Expovale é uma exposição agropecuária e industrial da cidade, considerada a maior feira da região do Vale do Ivaí. O foco da exposição é na realização de negócios, promoção da inovação e fortalecimento produtivo. A edição de 2025 foi realizada entre 14 e 19 de novembro. Além de shows, o evento comemorou os 64 anos do município.
Notícias
Código georreferenciado traz mudanças na forma de identificar propriedades rurais
Ferramenta aumenta precisão logística, facilita fiscalização e organiza dados territoriais em todo o país.

A Câmara dos Deputados deu mais um passo na modernização da gestão territorial do campo. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) aprovou, na terça-feira (18), o parecer do relator, deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), ao Projeto de Lei 2.898/2021, de autoria do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES).
A proposta altera a Lei 6.538/1978, que dispõe sobre os serviços postais, para assegurar a designação de um código de georreferenciamento às propriedades rurais e agroindustriais em todo o país.
O objetivo do texto é facilitar a identificação e localização dessas áreas, ampliar a precisão logística, garantir maior segurança jurídica e permitir avanços na integração de dados territoriais.
O projeto já havia sido aprovado anteriormente na Comissão de Agricultura (CAPADR) e na Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI). Na CCJC, cabia apenas o exame de admissibilidade, etapa necessária para atestar constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da matéria.
Ao apresentar seu voto, Delegado Paulo Bilynskyj, integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), destacou que o texto é enxuto e juridicamente sólido. “Trata-se de um projeto simples, claro e bem articulado. Não há qualquer ofensa a direitos ou garantias constitucionais, tampouco afronta à legislação vigente. Do ponto de vista jurídico e técnico, o PL é absolutamente adequado”, afirmou o relator.
Ele reforçou ainda que a proposta segue os parâmetros da Lei Complementar 95/1998, que orienta a elaboração legislativa. “A alteração é objetiva e não cria redundâncias ou conflitos. Mantém-se fiel à estrutura normativa e contribui para o aperfeiçoamento da legislação”, completou.
Modernização do campo
O deputado Evair Vieira de Melo, coordenador de Direito de Propriedade da FPA, celebrou o avanço da proposta, destacando que a iniciativa atende a uma demanda crescente da agricultura brasileira por precisão, rastreabilidade e segurança territorial. “O georreferenciamento é hoje uma ferramenta indispensável. Ele fortalece a gestão das propriedades rurais, melhora o acesso a serviços e políticas públicas e coloca o Brasil na rota da agricultura de precisão”, elencou o autor do projeto.
Segundo Evair, a medida também contribui para o ordenamento territorial e para a eficiência dos serviços postais e logísticos no meio rural. “Cada propriedade poderá ter um código definido, o que facilita desde entregas até ações de fiscalização, crédito e assistência técnica. É um avanço simples, mas de enorme impacto para o produtor rural”, completou.



