Suínos
Abate de suínos no Rio Grande do Sul cresce 40% em dez anos; conheça os maiores produtores
Entre 2013 os maiores produtores eram Nova Candelária, com 223 mil suínos abatidos, Palmitinho, com 153 mil, e Capitão, com 145 mil.

O abate de suínos cresceu cerca de 40% no Rio Grande do Sul na última década, saltando de 7,86 milhões de animais em 2013 para 11,15 milhões em 2022. As informações são da Acsurs. O Presente Rural preparou um panorama deste histórico, com a indicação dos municípios com maior produção, ano a ano. Confira.
Entre 2013 os maiores produtores eram Nova Candelária, com 223 mil suínos abatidos, Palmitinho, com 153 mil, e Capitão, com 145 mil. Naquele ano, foram abatidos 7,86 milhões de suínos nos frigoríficos gaúchos. Em 2014, o município de Três Passos assumiu a terceira posição entre os maiores produtores. Ao todo, foram abatidos 8,31 milhões de suínos.
Em 2015, a produção teve ligeira alta, para 8,66 milhões de suínos. Os três maiores produtores eram Nova Candelária (192 mil), Palmitinho (178 mil) e Boa Vista do Buricá (160 mil). Já em 2016 o salto foi maior, para 9,3 milhões de animais, com nova mudança dos top três: Palmitinho (211 mil), Rodeio Bonito (205,9 mil) e Nova Candelária (205,2 mil).
Em 2017 a produção caiu um pouco, para 9,02 milhões de animais abatidos. De acordo com a Acusurs, naquele ano, do total de suínos produzidos, cerca de 1,4 milhão de animais eram de granjas de produtores independentes, ou seja, que não dependiam de integradora para produzir e vender seus animais.
Em 2018 a produção voltou a aumentar para 9,38 milhões de animais. Do total de suínos produzidos no RS em 2018, pouco mais de 1,45 milhão de animais eram de granjas de produtores independentes. Rodeio Bonito (266 mil), Palmitinho (209 mil) e Nova Candelária (192 mil) foram os principais produtores naquele ano.
Em 2019, a produção também aumentou, para 9,58 milhões de animais abatidos. Do total, estima-se que 1,46 milhão de animais eram procedentes de granjas de produtores independentes. Rodeio Bonito, Palmitinho e Rondinha lideraram o ranking entre maiores produtores.
Em 2020 o Estado gaúcho atingiu 10 milhões de suínos abatidos. Rodeio Bonito (272 mil), Palmitinho (221 mil) e Nova Candelária (202 mil) foram os que mais produziram naquele ano.
Em 2021 foram 10,68 milhões de suínos abatidos no RS. Naquele ano, Rodeio Bonito e Palmitinho ocupavam as primeiras posições, respectivamente, seguidos de um novo protagonista: Aratiba, com abate de 212 mil animais.
Em 2022 a produção aumentou 5,2% em relação a 2021, chegando a 11,15 milhões de animais abatidos e processados no Estado. Vale lembrar que esses são os dados de abate de animais. Em 2022, por exemplo, o Rio Grande do Sul produziu e enviou para outros estados mais de 1,42 milhão de animais. Essa produção para abate em outros estados acontece todos os anos.

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Suínos
Preços do suíno vivo seguem estáveis e novembro registra avanço nas principais praças
Indicador Cepea/ESALQ mostra mercado firme com altas moderadas no mês e estabilidade diária em estados líderes da suinocultura.

Os preços do suíno vivo medidos pelo Indicador Cepea/Esalq registraram estabilidade na maioria das praças acompanhadas na terça-feira (18). Apesar do cenário de calmaria diária, o mês ainda apresenta variações positivas, refletindo um mercado que segue firme na demanda e no escoamento da produção.
Em Minas Gerais, o valor médio se manteve em R$ 8,44/kg, sem alteração no dia e com avanço mensal de 2,55%, o maior entre os estados analisados. No Paraná, o preço ficou em R$ 8,45/kg, registrando leve alta diária de 0,24% e acumulando 1,20% no mês.
No Rio Grande do Sul, o indicador permaneceu estável em R$ 8,37/kg, com crescimento mensal de 1,09%. Santa Catarina, tradicional referência na suinocultura, manteve o preço em R$ 8,25/kg, repetindo estabilidade diária e mensal.
Em São Paulo, o valor do suíno vivo ficou em R$ 8,81/kg, sem variação no dia e com leve alta de 0,46% no acumulado de novembro.
Os dados são do Cepea, que monitora diariamente o comportamento do mercado e evidencia, neste momento, um setor de suínos com preços firmes, porém com oscilações moderadas entre as principais regiões produtoras.
Suínos
Produção de suínos avança e exportações seguem perto de recorde
Mercado interno reage bem ao aumento da oferta, enquanto embarques permanecem em níveis históricos e sustentam margens da suinocultura.

A produção de suínos mantém trajetória de crescimento, impulsionada por abates maiores, carcaças mais pesadas e margens favoráveis, de acordo com dados do Itaú BBA Agro. Embora o volume disponibilizado ao mercado interno esteja maior, a demanda doméstica tem respondido positivamente, garantindo firmeza nos preços mesmo diante da ampliação da oferta.
Em outubro, o preço do suíno vivo registrou leve retração, com queda de 4% na média ponderada da Região Sul e de Minas Gerais. Apesar disso, o spread da suinocultura sofreu apenas uma redução marginal e segue em patamar sólido.

Foto: Shutterstock
Dados do IBGE apontam que os abates cresceram 6,1% no terceiro trimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, após altas de 2,3% e 2,6% nos trimestres anteriores. Com carcaças mais pesadas neste ano, a produção de carne suína avançou ainda mais, chegando a 8,1%, reflexo direto das boas margens, favorecidas por custos de produção controlados.
Do lado da demanda, o mercado externo tem sido um importante aliado na absorção do aumento da oferta. Em outubro, as exportações somaram 125,7 mil toneladas in natura, o segundo maior volume da história, atrás apenas do mês anterior, e 8% acima de outubro de 2024. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, o crescimento chega a 13,5%.
O preço médio em dólares recuou 1,2%, mas o impacto sobre o spread de exportação foi mínimo. O indicador segue próximo de 43%, acima da média histórica de dez anos (40%), impulsionado pela desvalorização cambial, que atenuou a queda em reais.
Mesmo com as exportações caminhando para superar o recorde histórico de 2024, a oferta interna de carne suína está maior em 2025 em função do aumento da produção. Ainda assim, o mercado doméstico tem absorvido bem esse volume adicional, mantendo os preços firmes e reforçando o bom momento do setor.
Colunistas
Comunicação e Marketing como mola propulsora do consumo de carne suína no Brasil
Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas.

Artigo escrito por Felipe Ceolin, médico-veterinário, mestre em Ciências Veterinárias, com especialização em Qualidade de Alimentos, em Gestão Comercial e em Marketing, e atual diretor comercial da Agência Comunica Agro.
O mercado da carne suína vive no Brasil um momento transição. A proteína, antes limitada por barreiras culturais e mitos relacionados à saúde, vem conquistando espaço na mesa do consumidor.
Se até pouco tempo o consumo era freado por percepções equivocadas, hoje a comunicação correta, direcionada e baseada em evidências abre caminho para quebrar paradigmas. Estudos recentes revelam que o brasileiro passou a reconhecer características como sabor, valor nutricional e versatilidade da carne suína, demonstrando uma mudança clara no comportamento de compra e consumo. É nesse cenário que o marketing se transforma em importante aliado da cadeia produtiva.

Foto: Shutterstock
Reposicionar para crescer
Para aumentar a participação na mesa das famílias é preciso comunicar aquilo que o consumidor precisava ouvir:
— que é uma carne segura,
— rica em nutrientes,
— competitiva em preço,
— e extremamente versátil na culinária.
Campanhas educativas, conteúdos informativos e a presença mais forte nas mídias sociais têm ajudado a construir essa nova imagem. Quando o consumidor entende o produto, ele compra com mais confiança – e essa confiança só existe quando existe uma comunicação clara e alinhada as suas expectativas.
O marketing não apenas divulga, ele conecta. Ao simplificar informações técnicas, aproximar o produtor do consumidor e mostrar maneiras práticas de preparo, a comunicação se torna um instrumento de transformação cultural.
Apresentar novos cortes, propor receitas, explicar processos de qualidade, destacar certificações e reforçar a rastreabilidade são estratégias que aumentam a percepção de valor e, consequentemente, estimulam o consumo.
Digital: o novo campo do agro
As redes sociais se tornaram o “supermercado digital” do consumidor moderno. Ali ele busca receitas, tira dúvidas, avalia produtos e

Foto: Divulgação/Pexels
compartilha experiências.
Indústrias, cooperativas e associações que investem em presença digital tornam-se mais competitivas e ampliam sua capacidade de influenciar preferências.
Vídeos curtos, reels com receitas simples, influenciadores culinários e campanhas segmentadas têm desempenhado papel fundamental na aproximação com o consumidor urbano, historicamente mais distante da realidade da cadeia produtiva e do campo.
Promoções e estratégias de varejo
Além do ambiente digital, o ponto de venda continua sendo o território decisivo da conversão. Embalagens mais atrativas, materiais explicativos, promoções e ações conjuntas com o varejo aumentam a visibilidade e reduzem a insegurança de quem tomando decisão na frente da gondola.
Marketing como elo da cadeia produtiva
A cadeia de carne suína brasileira é altamente tecnificada, sustentável e reconhecida, mas essa excelência precisa ser comunicada. O marketing tem o papel de unir elos – do campo ao consumidor – e transformar conhecimento técnico em mensagens simples e que engajam.



