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A valorização dos empregados terá prioridade, afirmam novos diretores da Embrapa

Clenio Pillon e Selma Beltrão assumem a partir da próxima segunda-feira (19) as diretorias de Pesquisa e Inovação (DE-PI) e Pessoas, Serviços e Finanças (DE-PSF), respectivamente.

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Presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, com os novos diretores Ana Euler, Clenio Pillon e Selma Beltrão

O Conselho de Administração da Embrapa (Consad) elaborou, em reunião realizada na quinta-feira (15), os planos de trabalho e empossou dois novos diretores-executivos. Agora, os nomes seguirão para publicação no Boletim de Comunicação Administrativa (BCA). Clenio Pillon e Selma Beltrão assumem a partir da próxima segunda-feira (19) as diretorias de Pesquisa e Inovação (DE-PI) e Pessoas, Serviços e Finanças (DE-PSF), respectivamente. Pillon também ficará à frente da Diretoria de Governança e Gestão (DE-GG) até que o novo gestor seja empossado.

Selma Beltrão assume a partir da próxima segunda-feira (19) a Diretoria de Serviços e Finanças (DE-PSF) – Fotos: Fernanda Diniz

Em seus discursos de posse, eles ressaltaram a valorização das pessoas como um dos principais compromissos da nova gestão com a presidente Silvia Massruhá e a diretora de Negócios, Ana Euler, empossada em 19 de maio. Todos os nomes são de carreira na Instituição e passaram pela aprovação do Consad e do Conselho de Elegibilidade (Coele).

Além da abordagem nas pessoas como principal capital da Empresa, Pillon e Selma destacaram também o compromisso com uma agricultura cada vez mais sustentável para os próximos 50 anos, baseada na pluralidade e no diálogo com todos os segmentos do setor produtivo e da sociedade. Prometeram ainda lutar pela recomposição orçamentária e fortalecer a participação da Embrapa no desenvolvimento agropecuário do país, especialmente no que se refere ao combate à fome e à redução das desigualdades sociais.

“É com muita honra e felicidade que passo a fazer parte desta nova gestão, que tem como marcas a governança humanizada e a forte presença feminina, uma vez que três das cinco cargas de direção são ocupadas por mulheres, e pela diversidade regional. Vamos trabalhar na valorização das pessoas, para criar um ambiente de trabalho saudável, ético, motivador e produtivo, bem como para ampliar as parcerias com as instituições do SNPA e os setores público e privado e pelo fortalecimento da integração entre as UDs”, enfatizou Selma. Outro compromisso assumido é a recomposição do quadro de empregados.

A nova diretora deixa a representação dos funcionários no Consad para assumir o DE-PSF no lugar da analista Mara Rocha Ribeiro.

Pillon também agradeceu a todos pela confiança e afirmou que a principal motivação para assumir a Diretoria de Pesquisa e Inovação é fortalecer ainda mais o papel da agricultura no desenvolvimento dopaís. “A partir do diálogo e da valorização das pessoas, das equipes e dos espaços de participação, usando estratégias inovadoras de construção do conhecimento e de gestão e em articulação às políticas públicas de forma transversal, vamos fortalecer as agendas de mercado, social e ambiental, com sinergia interna e em conjunto aos nossos parceiros nos ambientes de inovação. Vamos atuar na fronteira do conhecimento e em maior proximidade aos segmentos das cadeias agroalimentares, pecuárias e florestais e aos nossos públicos prioritários, visando contribuir para a sustentabilidade da agricultura e para o desenvolvimento do país”, destacou.

Clenio Pillon é o novo diretor de Pesquisa e Inovação (DE-PI) e Pessoas da Embrapa e também ficará à frente da Diretoria de Governança e Gestão (DE-GG), até que o novo gestor seja empossado

Pillon assume o cargo no lugar do pesquisador Guy de Capdeville, que registrou à frente da DE-PI de fevereiro de 2020 até maio de 2023.

A presidente Silvia Massruhá agradeceu ao Consad pela posse dos novos diretores, ressaltando que, com isso, a equipe está quase completa. “Juntos, vamos trabalhar de mãos dadas com os cinco milhões de produtores brasileiros em prol de uma agricultura cada vez mais pujante e humanizada. As diferentes ideias e experiências que fazem parte da bagagem de cada um de nós vão garantir uma gestão plural e inclusiva” , complementau.

Estiveram presentes à posse o novo presidente do Consad, Carlos Augustin, e os conselheiros Tereza Vendramini, Luana Souza, Rafaelo Abritta e Paulo Alvin (on-line).

Saiba mais sobre os novos diretores
A analista da Superintendência de Comunicação (Sucom) Selma Lúcia Lira Beltrãoé a nova diretora-executiva de Pessoas, Serviços e Finanças. Mestre em Política e Gestão de Ciência e Tecnologia pela Universidade de Brasília (UnB), foi gerente-geral da Unidade de Serviço Embrapa Informação Tecnológica, entre 2013 e 2018, sendo responsável pela execução de importantes programas e políticas públicas do governo federal. Selma foi eleita por dois mandatários consecutivos como representante dos empregados no Conselho de Administração da Embrapa (Consad), entre 2020 e 2023. Também faz parte do Conselho Deliberativo da Ceres, Fundação de Seguridade Social fechada de previdência complementar, sem fins lucrativos, multipatrocinada e gestora de planos previdenciários, como da Embrapa, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), da Emater Minas Gerais, etc.

Selma possui experiência nas áreas de administração, governança, integridade e ética, políticas públicas, desenvolvimento territorial, agricultura familiar, sustentabilidade e educação. Na área de comunicação atuosa com ênfase em: jornalismo, marketing, negócios, popularização da ciência, gestão e transmissão da informação técnico-científica; gestão editorial, intercâmbio e construção do conhecimento.

O pesquisador Clenio Nailto Pillon é o novo diretor-executivo de Pesquisa e Inovação. Doutor em Ciência do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre em Solos pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e agrônomo pela mesma instituição de ensino, onde também desempenhou a função de professor universitário. Pillon exerceu o cargo de chefe-geral da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), entre 2011 e 2019, e chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, entre 2007 e 2011.

Natural de Santa Maria (RS), filho de agricultores, ingressou como pesquisador em 1999 na Embrapa Suínos e Aves. Na Embrapa Clima Temperado, além de atuar como membro de equipe, liderou vários projetos de arrecadação externa por meio de acordos de cooperação técnica e financeira junto a empresas públicas e privadas e agências de fomento e, ainda, junto ao Sistema Embrapa de Gestão.

Fonte: Superintendência de Comunicação

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Brasil e Japão avançam em tratativas para ampliar comércio agro

Reunião entre Mapa e MAFF reforça pedido de auditoria japonesa para habilitar exportações de carne bovina e aprofunda cooperação técnica entre os países.

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Foto: Percio Campos/Mapa

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, realizou uma reunião bilateral com o vice-ministro internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Florestas (MAFF), Osamu Kubota, para fortalecer a agenda comercial entre os países e aprofundar o diálogo sobre temas da relação bilateral.

No encontro, a delegação brasileira apresentou as principais prioridades do Brasil, incluindo temas regulatórios e iniciativas de cooperação, e reiterou o pedido para o agendamento da auditoria japonesa necessária para a abertura do mercado para exportação de carne bovina brasileira. O Mapa também destacou avanços recentes no diálogo e reforçou os pontos considerados estratégicos para ampliar o fluxo comercial e aprimorar mecanismos de parceria.

Os representantes japoneses compartilharam seus interesses e expectativas, demonstrando disposição para intensificar o diálogo técnico e buscar convergência nas agendas de interesse mútuo.

Fonte: Assessoria Mapa
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Bioinsumos colocam agro brasileiro na liderança da transição sustentável

Soluções biológicas reposicionam o agronegócio como força estratégica na agenda climática global.

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Fotos: Koppert Brasil

A sustentabilidade como a conhecemos já não é suficiente. A nova fronteira da produção agrícola tem nome e propósito: agricultura sustentável, um modelo que revitaliza o solo, amplia a biodiversidade e aumenta a captura de carbono. Em destaque nas discussões da COP30, o tema reposiciona o agronegócio como parte da solução, consolidando-se como uma das estratégias mais promissoras para recuperação de agro-ecossistemas, captura de carbono e mitigação das mudanças climáticas.

Thiago Castro, Gerente de P&D da Koppert Brasil participa de painel na AgriZone, durante a COP30: “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida”

Atualmente, a agricultura e o uso da terra correspondem a 23% das emissões globais de gases do efeito, aproximadamente. Ao migrar para práticas sustentáveis, lavouras deixam de ser fontes de emissão e tornam-se sumidouros de carbono, “reservatórios” naturais que filtram o dióxido de carbono da atmosfera. “A agricultura sustentável é, em sua essência, sobre restaurar a vida. E não tem como falar em vida no solo sem falar em controle biológico”, afirma o PhD em Entomologia com ênfase em Controle Biológico, Thiago Castro.

Segudo ele, ao introduzir um inimigo natural para combater uma praga, devolvemos ao ecossistema uma peça que faltava. “Isso fortalece a teia biológica, melhora a estrutura do solo, aumenta a disponibilidade de nutrientes e reduz a necessidade de intervenções agressivas. É a própria natureza trabalhando a nosso favor”, ressalta.

As soluções biológicas para a agricultura incluem produtos à base de micro e macroorganismos e extratos vegetais, sendo biodefensivos (para controle de pragas e doenças), bioativadores (que auxiliam na nutrição e saúde das plantas) e bioestimulantes (que melhoram a disponibilidade de nutrientes no solo).

Maior mercado mundial de bioinsumos

O Brasil é protagonista nesse campo: cerca de 61% dos produtores fazem uso regular de insumos biológicos agrícolas, uma taxa quatro vezes maior que a média global. Para a safra de 2025/26, o setor projeta um crescimento de 13% na adoção dessas tecnologias.

A vespa Trichogramma galloi e o fungo Beauveria bassiana (Cepa Esalq PL 63) são exemplos de macro e microrganismos amplamente utilizados nas culturas de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão, para o controle de lagartas e mosca-branca, respectivamente. Esses agentes atuam nas pragas sem afetar polinizadores e organismos benéficos para o ecossistema.

Os impactos do manejo biológico são mensuráveis: maior porosidade do solo, retenção de água e nutrientes, menor erosão; menor dependência de fertilizantes e inseticidas sintéticos, diminuição na resistência de pragas; equilíbrio ecológico e estabilidade produtiva.

Entre as práticas sustentáveis que já fazem parte da rotina do agro brasileiro estão o uso de inoculantes e fungos benéficos, a rotação de culturas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o manejo biológico de pragas e doenças. Práticas que estimulam a vida no solo e o equilíbrio natural no campo. “Os produtores que adotam manejo biológico investem em seu maior ativo que é a terra”, salienta Castro, acrescentando: “O manejo biológico não é uma tendência, é uma necessidade do planeta, e a agricultura pode e deve ser o caminho para a regeneração ambiental, para esse equilíbrio que buscamos e precisamos”.

Fonte: Assessoria Koppert Brasil
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Brasil lança plataforma sobre saúde dos solos e reforça liderança em agricultura sustentável

Ferramenta da Embrapa reúne mais de 56 mil análises e mostra que dois terços das áreas avaliadas no País apresentam solos saudáveis ou em recuperação.

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Foto: SAA SP

Foi lançada na última segunda-feira (17), na Agrizone, a Casa da Agricultura Sustentável da Embrapa durante a COP 30, em Belém (PA), a Plataforma Saúde do Solo BR – Solos resilientes para sistemas agrícolas sustentáveis. A cerimônia ocorreu no Auditório 1 e marcou a apresentação oficial da tecnologia criada pela Embrapa, que reúne pela primeira vez informações sobre a saúde dos solos brasileiros em um ambiente digital e de acesso público.

 

Na abertura, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, destacou o simbolismo de apresentar a novidade dentro da Agrizone, espaço que abriga soluções de baixo carbono. “A Agrizone é o começo de uma nova jornada. Estamos mostrando para o mundo inteiro, de forma concreta, que temos tecnologia para desenvolver uma agricultura cada vez mais resiliente às mudanças climáticas”, afirmou.

Para ela, o lançamento reforça o protagonismo do Brasil como líder global em inovação sustentável para a agricultura e os sistemas alimentares.

A Plataforma disponibiliza dados de saúde do solo por estado e município e já reúne cerca de 56 mil amostras, provenientes de 1.502 municípios de todas as regiões do País. O sistema foi construído a partir da geoespacialização dos dados gerados pela BioAS – Bioanálise de Solos, explicou a pesquisadora da Embrapa Cerrados, Ieda Mendes. A ferramenta permite filtros por estado, município, ano, culturas e texturas de solo, além de comparações entre diferentes cultivos. Também gera mapas e gráficos baseados nas funções da bioanálise, como ciclagem, armazenamento e suprimento de nutrientes.

Solos mais saudáveis e produtivos

Os primeiros mapas revelam que predominam no Brasil solos saudáveis ou em processo de recuperação. “Somando solos saudáveis e solos em recuperação, vemos que 66% das áreas analisadas apresentam condições muito boas de saúde. Apenas 4% das amostras representam solos doentes”, afirmou Ieda.

Mato Grosso lidera o número de amostras (10.905), seguido por Minas Gerais (9.680), Paraná (7.607) e Goiás (6.519). O município com maior participação é Alto Taquari (MT), com 1.837 amostras.

A pesquisadora também destacou a forte relação entre saúde do solo e produtividade. No Mato Grosso, a integração dos dados da BioAS com índices do IBGE mostrou que o aumento na proporção de solos doentes está diretamente associado à queda na produção de soja. “Cada 1% de aumento em solos doentes representa uma perda média de 3,1 kg de soja por hectare”.

Em contraste, análises exclusivamente químicas não apresentaram correlação com a produtividade atual, o que indica que o limite produtivo da agricultura brasileira está cada vez mais ligado à qualidade biológica dos solos.

Ieda ressaltou ainda a participação dos produtores na construção da ferramenta. “Temos contribuições que vão do Acre ao extremo sul do Rio Grande do Sul. Ter um trabalho publicado em revistas técnicas é muito bom, mas ver uma tecnologia sendo adotada em todo o Brasil é maravilhoso”, afirmou.

A expectativa é transformar a plataforma, no futuro, em um observatório nacional da saúde dos solos, capaz de gerar relatórios detalhados por município e conectar pesquisadores, laboratórios e agricultores.

A Plataforma Saúde do Solo BR foi desenvolvida com base nos dados da BioAS, tecnologia lançada em 2020 e criada pela Embrapa Cerrados em parceria com a Embrapa Agrobiologia. O método integra indicadores biológicos (atividade enzimática), físicos (textura) e químicos (fertilidade e matéria orgânica).

O banco de dados atual resulta de uma colaboração com 33 laboratórios comerciais de análise de solo, integrantes da Rede Embrapa e usuários da tecnologia.

Fonte: O Presente Rural com Embrapa Cerrados
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