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Bovinos / Grãos / Máquinas Espaço Impulso

A transformação digital do agro no Brasil

Com a missão de se tornar um hub do agronegócio nacional para conectar startups, indústrias do setor, universidades e investidores, a Coopavel Cooperativa Agroindustrial, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), ExoHub, operadora Claro e a Fundetec criaram o Espaço Impulso.

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Diretor-superintendente do PTI, General Eduardo Garrido: “A parceria deve se concretizar como o maior projeto de inovação aberta do Brasil voltado ao setor do agronegócio” Foto: Assessoria/PTI

Com a missão de se tornar um hub do agronegócio nacional para conectar startups, indústrias do setor, universidades e investidores, a Coopavel Cooperativa Agroindustrial, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), ExoHub, operadora Claro e a Fundetec criaram o Espaço Impulso. O local é um Living Lab (laboratório vivo de inovação) para o agronegócio, onde instituições poderão testar e validar novas tecnologias e modelos de negócios, ampliar networking e interagir com o mercado, resolvendo demandas reais.

Instalado em um ambiente de 400 metros quadrados, o Espaço Impulso conta ainda com uma área de 720 mil m² que foi transformada em uma fazenda digital.

O Espaço Impulso foi inaugurado no início de fevereiro durante a 34ª edição Show Rural Coopavel, realizado em Cascavel, no estado do Paraná.

Presidente da Coopavel, Dilvo Grolli: “Com essa parceria tão importante e abrangente, entramos definitivamente em uma nova era, estruturando um hub de inovação integralmente envolvido com a tecnologia e as suas possibilidades e tendências. E o melhor de tudo: levando esses novos conhecimentos aos nossos agricultores 365 dias por ano” – Fotos: Sandro Mesquita/OP Rural

Para o presidente da cooperativa, Dilvo Grolli, o lançamento do projeto marca a transformação do campo para o campo digital. “As ideias e dificuldades que os produtores rurais possuem vão ser transformadas em novos produtos que vão melhorar a produtividade, promover o desenvolvimento tecnológico das propriedades e impulsionar a agricultura não só no Show Rural, mas em todo o Brasil”, ressaltou.

Tecnologia

Coordenador de Projetos de Inovação na Coopavel, Kleberson Hayashi Angelossi: “O Espaço Impulso tem o objetivo de trazer a mentoria, incubação e aceleração dos projetos tecnológicos”

Segundo Kleberson Hayashi Angelossi, coordenador de Projetos de Inovação na Coopavel, o objetivo da iniciativa é atrair empresas e outros interessados para gerar tecnologias para o campo. “O Show Rural Coopavel é conhecido por apresentar novidades tecnológicas para os produtores, e agora passa também a desenvolver essas tecnologias no Espaço Impulso”, destaca.

Angelossi ressalta a importância das startups no processo de pesquisa e desenvolvimento tecnológico voltado para o agronegócio brasileiro. “O Espaço Impulso é um parque tecnológico para fazer esses experimentos. Algumas startups necessitam de pequenos investimentos para avançar e em alguns casos falta apenas a validação”, menciona.

Inovação

De acordo com o diretor-superintendente do PTI-BR, general Eduardo Garrido, a iniciativa pretende fazer a transição digital do agronegócio. “Será a oportunidade de unir o empreendedor, o jovem universitário que tem uma ideia, as empresas e os pequenos e grandes produtores rurais para a realização, ao longo de todo o ano, de testes e validações de tecnologias que serão usadas daqui para frente no agronegócio, para contribuir no desenvolvimento do Brasil”, afirmou. “Isso vem ao encontro da nossa função como Parque Tecnológico, que é trazer a tecnologia para auxiliar na geração de emprego e renda, resultando na melhora da qualidade de vida da sociedade”, disse Garrido.

Foco no Agro

Diretor de expansão da Exohab, Michel Costa: “No Espaço Impulso nós fazemos a identificação, seleção, validação das startups e a parte de efetivamente colocar esses produtos no mercado”

Para Michel Costa, diretor de expansão da ExoHub, empresa privada responsável por gerenciar e operar serviços de inovação aberta, o agronegócio é um dos setores mais tecnológicos devido à necessidade de eficiência e produtividade. “O Brasil alimenta mais de um bilhão de pessoas no mundo, e se não tivéssemos altíssima tecnologia formada aqui no país, não conseguiríamos ter esses números”, afirma.

A ExoHub foi criada em Porto Alegre, RS, e também atua em parceria com a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), onde promove inovação com foco no agronegócio.

De acordo com Costa, a ExoHub tem uma estreita relação com as cooperativas agroindustriais por conta da capacidade de investimento e inovação dessas instituições. “Fizemos uma parceria com o PTI para viabilizar esse projeto e trouxemos a tecnologia junto à Coopavel para juntos podermos implementar esse espaço”, afirma.

Segundo Costa, o grande valor agregado imediato do Espaço Impulso é o fato de as tecnologias poderem ser testadas, validadas e conhecidas durante o ano todo, e não somente durante a semana do evento. “Não existe mais o agronegócio analógio e o digital, existe o agronegócio, e ele é digital”, salienta Costa.

Costa destaca ainda a Fazenda Digital implantada de forma definitiva no local onde acontece todos os anos o Show Rural Coopavel. “Já contamos com o Centro Tecnológico de Avicultura e algumas áreas onde tecnologias serão validadas, como drones, Internet das Coisas, sementes e defensivos”, ressalta.

O Espaço Impulso é um ambiente perfeito para estabelecer conexões e gerar novos negócios impulsionados por infraestrutura de conectividade IoT, utilizando as tecnologias e dispositivos 4G e 5G

O superintendente de Inovação do Governo do Estado do Paraná, Marcelo Rangel, representando o governador Ratinho Júnior, considerou o espaço “uma ideia espetacular” e disse que a inauguração representa um novo ciclo de desenvolvimento na área da inovação no Brasil. “Estamos fazendo do Paraná um celeiro da inovação do agro para o país. Não temos dúvida nenhuma de que a região Oeste vai ter reconhecimento nacional e até mesmo internacional, assim como o trabalho do PTI em Foz do Iguaçu”, comentou.

Parceria Fundetec
Durante o cerimonial de inauguração do Espaço Impulso ocorreu também a assinatura de um protocolo de intenções com a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundetec) para o desenvolvimento de ações relacionadas às temáticas de atuação do Laboratório.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor de bovinocultura, commodities e maquinários agrícolas acesse gratuitamente a edição digital Bovinos, Grãos e Máquinas.

Fonte: O Presente Rural

Bovinos / Grãos / Máquinas

Primeiro trimestre de 2024 se encerra com estabilidade nos custos

Apesar da leve recuperação nas cotações de grãos no período, os preços de insumos destinados à dieta animal continuaram recuando.

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O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira se manteve estável de fevereiro para março, considerando-se a “média Brasil” (bacias leiteiras de Bahia, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul). Com isso, o primeiro trimestre de 2024 se encerrou com uma leve retração no custo, de 0,3%. Apesar da leve recuperação nas cotações de grãos no período, os preços de insumos destinados à dieta animal continuaram recuando.

Dessa forma, os custos com o arraçoamento do rebanho acumulam queda de 1,8%. Sendo este o principal componente dos custos de produção da pecuária leiteira, reforça-se que a compra estratégica dos mesmos pode favorecer o produtor em períodos adversos.

No mercado de medicamentos, o grupo dos antimastíticos foi o que apresentou maiores elevações em seus preços, sobretudo em MG (1,2%) – este movimento pode ter sido impulsionado por chuvas intensas em algumas regiões do estado ao longo do mês.

Por outro lado, produtos para controle parasitário registraram leves recuos, enquanto vacinas e antibióticos ficaram praticamente estáveis. Tendo em vista o preparo para o plantio das culturas de inverno nesta época do ano, foi possível observar valorização de 7,4% das sementes forrageiras na “média Brasil”, com os avanços chegando a ficar acima de 10% no Sul do País.

Tal atividade também impacta diretamente o mercado de fertilizantes, que registou recuperação de 0,3% na “média Brasil”. Por outro lado, o mercado de defensivos agrícolas apresentou queda de 0,4%, a qual foi associada ao prolongamento das chuvas em algumas regiões, o que reduz, por sua vez, a demanda por tais insumos.

De maneira geral, a estabilidade nos preços dos principais insumos utilizados e a elevação do preço do leite pago ao produtor contribuíram para a diluição dos custos da atividade leiteira no período, favorecendo a margem do produtor.

Cálculos do Cepea em parceria com a CNA, tomando-se como base propriedades típicas amostradas no projeto Campo Futuro, apontam elevações de 4% na receita total e de 30% na margem bruta (o equivalente a 9 centavos por litro de leite), considerando-se a “média Brasil”.

Relação de troca

Em fevereiro, a combinação entre valorização do leite e a queda no preço do milho seguiu favorecendo o poder de compra do pecuarista leiteiro. Assim, o produtor precisou de 28 litros de leite para adquirir uma saca de 60 kg do grão – o resultado vem se aproximando da média dos últimos 12 meses, de 27 litros/saca.

Fonte: Por Victoria Paschoal e Sérgio Lima, do Cepea
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Menor oferta de matéria-prima mantém preços dos derivados em alta

Cotações médias do leite UHT e da muçarela foram de R$ 4,13/litro e R$ 28,66/kg em março, respectivas altas de 3,9% e 0,25%, em termos reais, quando comparadas às de fevereiro.

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Foto: Rubens Neiva

Impulsionados pela menor oferta no campo, os preços do negociados no atacado de São Paulo subiram pelo terceiro mês consecutivo. De acordo com pesquisas diárias do Cepea, realizadas em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB ), as cotações médias do leite UHT e da muçarela foram de R$ 4,13/litro e R$ 28,66/kg em março, respectivas altas de 3,9% e 0,25%, em termos reais, quando comparadas às de fevereiro.

Já em relação ao mesmo período do ano passado, verificam-se desvalorizações reais de 9,37% para o UHT e de 8,53% para a muçarela (valores deflacionados pelo IPCA de março).

O leite em pó fracionado (400g), também negociado no atacado de São Paulo, teve média de R$ 28,49/kg em março, aumento de 0,99% no comparativo mensal e de 9,6% no anual, em termos reais.

A capacidade do consumidor em absorver altas ainda está fragilizada, e o momento é delicado para a indústria, que tem dificuldades em repassar a valorização da matéria-prima à ponta final.

Agentes de mercado consultados pelo Cepea relatam que as vendas nas gôndolas estão desaquecidas e que, por conta da baixa demanda, pode haver estabilidade de preços no próximo mês.

Abril

As cotações dos derivados lácteos seguiram em alta na primeira quinzena de abril no atacado paulista.

O valor médio do UHT foi de R$ 4,21/litro, aumento de 1,99% frente ao de março, e o da muçarela subiu 0,72%, passando para R$ 28,87/kg.

O leite em pó, por outro lado, registrou queda de 2,04%, fechando a quinzena à média de R$ 27,91/

Colaboradores do Cepea afirmaram que os estoques estão estáveis, sem maiores produções devido às dificuldades de escoamento dos produtos

Fonte: Por Ana Paula Negri e Marina Donatti, do Cepea.
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Preço ao produtor avança, mas dificuldade em repassar altas ao consumidor preocupa

Movimento altista no preço do leite continua sendo justificado pela redução da oferta no campo.

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Foto: JM Alvarenga

O preço do leite captado em fevereiro registrou a quarta alta mensal consecutiva e chegou a R$ 2,2347/litro na “Média Brasil” do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Em termos reais, houve alta de 3,8% frente a janeiro, mas queda de 21,6% em relação a fevereiro de 2023 (os valores foram deflacionados pelo IPCA). Pesquisas em andamento do Cepea apontam que o leite cru captado em março deve seguir valorizado, com a Média Brasil podendo registrar avanço em torno de 4%.

Fonte: Cepea/Esalq/USP

O movimento altista no preço do leite continua sendo justificado pela redução da oferta no campo. O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea caiu 3,35% de janeiro para fevereiro, acumulando baixa de 5,2% no primeiro bimestre deste ano. Nesse contexto, laticínios e cooperativas ainda disputam fornecedores para garantir o abastecimento de matéria-prima.

A limitação da produção se explica pela combinação do clima (seca e calor) com a retração das margens dos pecuaristas no último trimestre do ano passado, que reduziram os investimentos dentro da porteira. Porém, a elevação da receita e a estabilidade dos custos neste primeiro trimestre têm contribuído para melhorar o poder de compra do pecuarista frente aos insumos mais importantes da atividade.

A pesquisa do Cepea, em parceria com a CNA, estima que a margem bruta se elevou em 30% na “média Brasil” nesse primeiro trimestre. Apesar da expectativa de alta para o preço do leite captado em março, agentes consultados pelo Cepea relatam preocupações em relação ao mercado, à medida que encontram dificuldades em realizar o repasse da valorização no campo para a venda dos lácteos.

Com a matéria-prima mais cara, os preços dos lácteos no atacado paulista seguiram avançando em março. Porém, as variações observadas na negociação das indústrias com os canais de distribuição são menores do que as registradas no campo.

Ao mesmo tempo, as importações continuam sendo pauta importante para os agentes do mercado. Os dados da Secex mostram que as compras externas de lácteos em março caíram 3,3% em relação a fevereiro – porém, esse volume ainda é 14,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

Fonte: Por Natália Grigol, do Cepea.
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