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A superprodução agrícola no Brasil e a crise dos silos de armazenamento 

Para garantir a segurança, detectores específicos são essenciais e o Brasil possui normas e regulamentações que estabelecem a necessidade de tais dispositivos, para garantir a segurança dos trabalhadores nestes ambientes.

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Foto: Wenderson Araujo/CNA/Trilux

As explosões de silos em Palotina, no Paraná, chamaram a atenção para esse tipo de incidente que não é incomum, devido aos riscos associados à armazenagem de grãos, incluindo soterramento por grãos, incêndios e explosões. O milho, quando fermentado, pode liberar calor e um cheiro azedo, ao longo do dia, e os trabalhadores podem não perceberem. Há também o risco de explosões, devido a poeira fina gerada pelo transporte de grãos, em que uma fagulha ou o atrito podem gerar o potencial explosivo.

Para garantir a segurança, detectores específicos são essenciais e o Brasil possui normas e regulamentações que estabelecem a necessidade de tais dispositivos, para garantir a segurança dos trabalhadores nestes ambientes. Porém, como estamos em um momento de alta produção, são contratados funcionários terceirizados, que podem não estar familiarizados com os protocolos rígidos de segurança.

Apesar dos atuais recordes na produção de grãos, o setor enfrenta desafios relacionados à infraestrutura de armazenagem a cada safra. O Brasil é um importante produtor e exportador de grãos, e a região do Centro-Oeste desempenha um papel fundamental nesse cenário, sendo uma das principais áreas agrícolas do país, responsável por uma significativa parcela da produção de soja, milho e algodão. Nesse contexto, a infraestrutura de armazenamento desempenha um papel crucial para garantir que a produção agrícola seja devidamente conservada, evitando perdas e possibilitando o armazenamento temporário até a comercialização.

De acordo com informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país alcançou recordes na safra de milho, mas a soja ainda ocupa 20% dos silos, também devido ao aumento da produção, principalmente, nos estados de Mato Grosso e Bahia, onde as condições climáticas favoráveis contribuíram para o sucesso das colheitas.

O problema crônico de déficit de armazenagem no país piora a cada safra. Estima-se que esse déficit gira em torno de 124 milhões de toneladas em 2023. Embora existam programas governamentais destinados a incentivar o investimento em armazenagem, como o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e o Plano Safra, a burocracia e a falta de recursos suficientes ainda são obstáculos significativos. Para construir novas unidades armazenadoras, é necessário passar por processos de licenciamento, que podem ser demorados. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) estima que o Brasil necessitaria investir R$ 15 bilhões, anualmente, em armazéns para dar conta do aumento da produção agrícola.

A falta de silos de armazenamento pode representar um desafio significativo para o setor agrícola, especialmente durante os períodos de superprodução. Quando a produção excede a capacidade de armazenamento disponível, acidentes como o ocorrido essa semana são mais propícios, além da dificuldade que os agricultores enfrentam para armazenar e vender suas safras a preços favoráveis. O investimento em infraestrutura de armazenamento é fundamental para garantir a segurança alimentar, o escoamento eficiente da produção e a estabilidade econômica do setor agrícola brasileiro.

Fonte: Por Paula Cristiane Oliveira Braz, administradora, especialista em agronegócios e tutora dos cursos de especialização em Agronegócios da Uninter.

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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