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A prioridade das cooperativas são as pessoas

Presidente da Ocesc faz uma ampla avaliação das cooperativas, além das cadeias produtivas de suinocultura e avicultura.

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O presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e diretor de agropecuária da Cooperativa Central Aurora Alimentos Marcos Antônio Zordan faz uma ampla avaliação do papel das cooperativas, o desempenho e as projeções das duas principais cadeias produtivas catarinenses: a avicultura e a suinocultura.

Como o Sr. avalia o comportamento da avicultura e suinocultura em face do atual quadro macroeconômico?

Quanto à produção nossa obrigação é melhorarmos sempre nosso padrão zootécnico e, se tivermos oportunidade, ampliar o volume, para atender o mercado interno e externo, porém, não repetimos os bons resultados de 2014. Os resultados de 2015 são apenas satisfatórios, apesar de  estarmos operando no azul. O problema é que a suinocultura e a avicultura sofrem todos os impactos do mau momento da economia brasileira. O desemprego reduz o consumo geral, inclusive o de carnes. A inflação aumenta os custos de produção no campo e na indústria.

Temos certeza que vamos sentir muita saudade de 2014.

Quais os desafios que se apresentam no cenário mundial?

O Brasil continua sendo o maior exportador de frango, seguido pelos Estados Unidos e União Europeia. Nosso produto tem qualidade e nosso preço é competitivo, apesar dos nossos custos praticamente se equipararem. O que me preocupa é a criação do Acordo de Comércio Transpacífico, do qual o Brasil ficou de fora. Podemos perder mercados duramente conquistados. Nossa diplomacia comercial falhou totalmente nesse episódio, nos deixando em médio prazo de "pires na mão". Infelizmente  não somos um País tradicionalmente vendedor na área agropecuária em especial, não possuímos tratados de médio e longo prazo, temos que praticamente nos virarmos por conta própria, apesar dos nossos produtos serem de "primeira linha”, temos muitas vezes que lutar até internamente para colocá-los no mercado externo. Temos condições e produzimos como ninguém,mas na hora de ganharmos dinheiro ficamos muitas vezes a mercê.

Novos mercados estão surgindo para a carne brasileira. Poderemos elevar as exportações em 2016?

Infelizmente, nesse estágio, nada indica que o cenário econômico brasileiro vai melhorar em 2016. O ajuste fiscal que nada vai adiantar, porque é somente para embarrigar, porque precisamos diminuir despesas, temos que nos cobrir com o cobertor que temos, ainda não foi aprovado no Congresso e os grandes problemas da economia não foram verdadeiramente atacados. A cadeia produtiva da avicultura industrial já fez seu papel, no campo e nas agroindústrias, reduzindo custos e aumentando a eficiência. Ampliar as exportações, em 2016, requer manter os atuais e conquistar novos mercados. O governo federal poderia ao menos reconhecer o esforço da agroindústria e ser um catalisador e não um empecilho.

Teremos novos avanços tecnológicos, de produção e de sanidade na avicultura?

A avicultura brasileira é a mais avançada do mundo, mas, sempre há o que melhorar. Inevitavelmente, vamos ampliar o nível de automação e robotização nas indústrias. Essa é uma tendência mundial porque, de um lado, há escassez de mão de obra e a insegurança trabalhista. De outro lado, a automação melhora a produtividade e reduz custos no médio e longo prazo. Por outro lado, temos a melhor sanidade avícola do mundo. Nunca tivemos patologias graves. Santa Catarina é uma ilha de sanidade no Brasil. Somos área livre de praticamente todas as epizootias.

Quais os efeitos da crise na cadeia produtiva e no cooperativismo catarinense?

Um de nossos maiores problemas reside nos custos que não param de aumentar em decorrência da política cambial em vigor e da inflação. Muitos insumos são cotados em dólar, inclusive o milho e o farelo de soja utilizados em larga escala na nutrição dos imensos planteis de aves e suínos. O milho é o insumo cujo preço mais oscila. Infelizmente, a produção de milho vem caindo no sul do Brasil, o que nos obriga importar do centro-oeste brasileiro. Como acaba tendo o agravante do custo direto do óleo diesel, as coisas ficam sempre mais complicadas. O milho e o farelo participam com mais ou menos 70%. 

A sociedade brasileira tem demonstrado, nos últimos anos, uma crescente valorização ao setor, mas, onde o cooperativismo brasileiro ainda pode avançar?

Na busca do reconhecimento de seu papel e de sua importância social e econômica para o País. Acreditamos que cada vez mais o País como um todo tem reconhecido o trabalho do cooperativismo, vendo que vai muito além da operação comercial, tendo sempre como seu maior patrimônio as pessoas, porque Cooperativa, é uma sociedade de pessoas.

O modelo continua ideal para o desenvolvimento das pessoas e das comunidades?

Exatamente. A doutrina do cooperativismo se consolida no Brasil e no mundo como uma forma vitoriosa de organização e produção. É capaz de unir as pessoas, aperfeiçoar o trabalho, o talento e o esforço de cada um para o sucesso coletivo da cooperativa e o crescimento econômico de cada um. O Cooperativismo, sem sombra de dúvidas é a forma mais justa que uma sociedade pode ter, pois estamos ainda engatinhando, nós somente mudamos o mundo se nós mudarmos, esse é o nosso compromisso.

Em abril o Sr. entrega o comando da OCESC ao seu sucessor. O que foi conquistado em sua gestão?

Alguns sonhos já foram realizados, como a sede própria, a maior visibilidade para a entidade, a autogestão com maior segurança e profissionalismo. Tornamo-nos, de fato, o porto seguro político para assessorar as cooperativas. Temos também um sonho que é a continuação da prática efetiva dos princípios, dando ênfase à educação, formação e informação, que acreditamos ser a base para a cidadania e cooperação. Uma coisa é certa temos muito que fazer e a nossa função missionária não pode parar, a sociedade precisa de nós.

Fonte: Assessoria

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Sindiavipar critica decisão do STF sobre desoneração da folha de pagamento

Sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

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Foto: Jonas Oliveira

O Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) manifestou, nesta sexta-feira (26), sua preocupação diante da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país.

Anteriormente, esta medida havia sido aprovada pelo Congresso Nacional com ampla maioria de votos.

De acordo com o Sindiavipar, a decisão do STF responde a um pedido do governo federal e pode impactar negativamente o emprego, elevar os custos de produção, agravar a inflação e acentuar a insegurança jurídica no país.

Diante disso, o sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

Confira a nota na íntegra: 

É com extrema preocupação e profunda decepção que o Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) recebe a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país, que havia sido duplamente referendada pelo Congresso Nacional por esmagadora maioria de votos dentro do mais transparente processo democrático.

Além de ferir o princípio constitucional da equidade dos três poderes, a lamentável medida, que atende inoportuno pedido do governo federal, expõe mais uma intromissão indevida do STF em atribuições que são exclusivas do legislativo, com potencial para levar à demissão milhões de trabalhadores, restringir novas contratações, elevar os custos de produção com forte impacto inflacionário e aumentar a insegurança jurídica do Brasil, fator que já vem desestimulando novos investimentos na economia e travando o crescimento nacional.

O Sindiavipar espera que os senadores e deputados federais, representantes legítimos dos interesses e das aspirações da população brasileira, tomem as necessárias e urgentes providências para derrubar o ato infeliz do ministro do STF e restaurar a vontade soberana do Parlamento, evitando um grave retrocesso que trará desastrosos prejuízos econômicos e sociais para o país.

Sindiavipar

Curitiba, 26 de abril de 2024

Fonte: O Presente Rural
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Com presença de autoridades, 89ª ExpoZebu será aberta oficialmente neste sábado

Expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Será aberta oficialmente neste sábado (27), a 89ª ExpoZebu – Genética Além das Fronteiras. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, fará a abertura da solenidade às 10 horas no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG).

Confirmaram presença no evento o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart.

A expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

A ExpoZebu deste ano ressalta a força da cadeia produtiva da carne e do leite destacando avanços da genética zebuína, a relevância dos subprodutos da pecuária, trazendo ampla gama de produtos e serviços especializados.

Além disso, evidencia para criadores, investidores, profissionais do setor, estudantes e toda a comunidade as mais recentes técnicas de produção, manejo de rebanhos, nutrição animal, inovação tecnológica e oportunidades de negócios, apresentando muito mais do que uma exposição de gado.

Esta edição conta com 2.520 animais que participarão dos julgamentos entre os dias 28 e abril a 4 de maio. A programação também inclui o 2º Congresso Mundial de Criadores de Zebu (Comcebu), o 44º Torneio Leiteiro, 38 leilões, 8 shoppings de animais, palestras educativas, workshops práticos, demonstrações ao vivo voltadas ao impulsionamento da eficiência e produtividade porteira adentro.

Além disso, atrações para todos os públicos como a tradicional Feira de Gastronomia e Alimentos de Minas, a 39º Mostra do Museu do Zebu e shows, o que contribui para a movimentação da economia com geração de 4.200 empregos diretos e indiretos.

O Parque Fernando Costa estará aberto para visitação durante os dias de feira das 7h30 às 22h. Especialmente neste sábado, os visitantes poderão degustar pipoca e algodão doce gratuitamente no período da manhã.

A ‘89ª ExpoZebu – Genética Além das fronteiras’ é uma realização da ABCZ, com patrocínio de Cervejaria Petrópolis – Itaipava, Neogen, Banco do Brasil, Cachaça 51: uma boa ideia, Sistema CNA/Senar, Programa leilões, Chevrolet, SETPAR empreendimentos e Caixa – Governo Federal e apoio de Geneal, Sicoob Credileite, Prefeitura de Uberaba – Geoparque, Sindicato Rural de Uberaba e Fazu.

Fonte: Assessoria ABCZ
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ABCZ lança campanha para valorização do produtor rural e da produção de carne e leite

Vídeos educativos serão exibidos em painéis no Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu.

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A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) inicia a 89ª ExpoZebu, maior feira de pecuária zebuína do mundo, uma campanha de valorização do produtor rural e da produção de carne e leite. Trata-se de vídeos educativos com informações importantes sobre o setor.

‘Conhecer para Admirar’ é uma série de 3 episódios com histórias de personagens que tiveram as vidas transformadas pelo agronegócio. A ABCZ também divulgará dois vídeos educativos evidenciando os benefícios da carne e do leite.  “Nós precisamos ampliar o diálogo com a população para combater informações equivocadas sobre a pecuária e agronegócio. Por isso, na campanha, mostraremos exemplo de trabalho e superação na produção rural, além dos benefícios da carne e do leite: empregos gerados, produtos e subprodutos, e principalmente as qualidades nutricionais indispensáveis para a nossa saúde. Tudo isso é fruto do melhoramento genético”, destaca o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid.

O trabalho desenvolvido pela ABCZ contribuiu para o desenvolvimento da genética no país. Entidade ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a ABCZ é responsável pelos registros de animais zebuínos no Brasil. Ao longo de seus 105 anos, a associação já registrou cerca de 23 milhões de animais. E esse progresso genético levou o Brasil ao topo do ranking de exportadores de carne bovina.

Os vídeos serão lançados nesta sexta-feira (26), durante reunião da Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB). Em seguida, serão publicados nas redes sociais da ABCZ e serão divulgados nos telões do Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu, por onde passam cerca de 400 mil pessoas.

Fonte: Assessoria ABCZ
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CBNA – Cong. Tec.

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